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Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro Fundamentos Sociais e Históricos do Direito Unidade N° 2 - História do Direito Brasileiro Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro Yara Alves Gomes Revisão Técnica: Cauê Hagio Nogueira de Lima Introdução O Direito no Brasil possui matriz romano-germânica, isso quer dizer que em nosso país, os problemas de ordem jurídicos serão resolvidos não por bases processuais dadas por casos semelhantes que tenham ocorrido anteriormente; mas sim através de um conjunto de normas, denominados de ordenamento jurídico. No interior deste conjunto de leis que organiza a sociedade brasileira, devemos destacar a Constituição Federal, dado que esta e a norma jurídica mais importante e que fundamenta a existência de todas as demais. Desta forma, para que construamos uma compreensão geral do ordenamento no Direito Nacional, faz-se necessário que você, estudante, entenda o contexto de criação e o desenvolvimento das Constituições Nacionais, o conceito de direito, suas fontes e, ainda, sua relação com a moral. Bons estudos! 1. História do Direito Brasileiro Figura 1 - Constituições. Fonte: Rádio Fazenda. Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro Iniciaremos nosso percurso de aprendizagem construindo um breve panorama a respeito das quantas Constituições que já tivemos em vigor em nosso país. Ocorre que no Brasil, por conta de alterações entre monarquia, regimes ditatoriais e democracia, e o caráter que cada espécie de governo tem por conta do regime que adota; o país passou por diversas constituições que refletem sua conjuntura social e cultura em cada contexto histórico. Você quer ler? O direito se manifesta através de dois grandes sistemas o romano- germânico adotado pelo Brasil e ainda o sistema do common law utilizado por países como os Estados Unidos da América. Para saber mais sobre estes sistemas indicamos a leitura do seguinte artigo científico: <https://www.migalhas.com.br/arquivo_artigo/O_%20que_%20e_%20a_%20Commo n.htm>. 1.1. A Constituição de 1824 Com a independência do Brasil e sua desvinculação de Portugal, fez-se necessário que o país formulasse suas próprias regras. Por conta disso, Dom Pedro I, o responsável pela declaração de independência e então Imperador, aje e convoca uma Assembleia Constituinte, ou seja um grupo de cidadãos que escreveria as diretrizes básicas para o desenvolvimento da nação. Temos que após a independência e na formação da assembleia duas foram as forças políticas que exerceram influências no desenvolvimento do texto constitucional. Haviam de um lado os latifundiários (proprietário de terra) e os escravocratas (que apoiavam a escravidão). Ou seja, a possibilidade de representação plena da diversidade de camadas sociais no Brasil à época estava longe de se consumar. Dado que essas forças dominantes tinham, ainda, como interesse limitar o Poder do Imperador para elas mesmas dele se apossarem, o déspota agiu por https://www.migalhas.com.br/arquivo_artigo/O_%20que_%20e_%20a_%20Common.htm https://www.migalhas.com.br/arquivo_artigo/O_%20que_%20e_%20a_%20Common.htm Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro dissolver a assembleia constituinte. Reuniu-se então com juristas de sua confiança e à portas fechadas seu grupo escreveria uma constituição. Assim, em 25 de Março de 1824, conhecer-se-ia esta Constituição que denominou este país como o Império do Brasil; estabelecendo que o país seria organizado sob as bases de uma Monarquia Hereditária e Constitucional. Impôs ainda a existência de quatro poderes vinculados ao Estado: o Legislativo, composto por senadores com mandato para a vida toda; o Judiciário, que seria de responsabilidade dos formados pelas Faculdades de Direito de São Paulo e Recife; e ainda o Executivo e o Moderador que seria de responsabilidade e exercício exclusivo do Imperador. Por fim, esta Constituição foi a única que declarou uma religião oficial ao país, determinando que o Brasil era católico; e perdurou com esta oficialidade por 65 anos, quando seria proclamada a República. 1.2. Constituição de 1891 Em consequência da alteração da forma de Estado do País de Monarquia para República, uma alteração constitucional que adaptasse o país para esta nova realidade seria, sem dúvida, necessária. Por conta desta razão, logo após a Proclamação da República e por influência dos latifundiários (entre os quais devemos destacar os cafeicultores), a nova Constituição nacional foi formulada. Destaca-se nesta Constituição que o país começou a se chamar Estados Unidos do Brasil, que o poder executivo passaria a ser exercido por um Presidente eleito, por aqueles que tivessem melhores condições financeiras (voto censitário). Dentre outras mudanças, podemos citar a extinção do Poder Moderador e retirada da religião oficial que se estipulou. O Brasil passaria a ser, no âmbito da oficialidade das normas, o que até hoje se mantém sendo, um estado laico, ou seja, um Estado que se privaria de receber influências de uma religião oficial ou majoritária. 1.3. Constituição de 1934 Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro Devido à crise econômica vivenciada no ano de 1929, em diversos países no mundo, inclusive no Brasil, a República começou a sofrer com diversos movimentos sociais e greves que requeriam melhores condições de trabalho. Em razão destes movimentos, em 16 de julho de 1934, foi promulgada nossa terceira Constituição Pátria, a de menor duração, somente três anos. Neste período nosso presidente era Getúlio Vargas e este texto constitucional é conhecido por dar início a denominada Era Vargas da história nacional. Esta constituição tinha como objetivo organizar um regime democrático que permitisse a nação ter uma unidade e que fossem valorizados o bem estar social e econômico. As principais características desta Carta Maior são a reforma eleitoral que introduziu em nosso território o voto secreto e feminino e ainda a criação da Justiça do Trabalho e das Leis Trabalhistas – jornada de 8 horas diárias, repouso semanal, férias remuneradas (13º salário só mais tarde, com João Goulart). Aspecto importante deste período é que no ano de 1937, na vivência do período de guerra, Getúlio Vargas suspendeu as eleições e se autodeclarou presidente do Brasil por mais um período. E foi ele também o responsável por arquitetar o golpe de estado que estabeleceu a Constituição de 1937 que passaremos a explanar agora. 1.4. Constituição de 1937 Após três anos como Presidentes do Brasil e na iminência do encerramento do seu mandato (em um período em que a reeleição não era possível) Getúlio Vargas articula uma nova constituição, sob a justificativa de que o Brasil corria o risco de ser tomado pelos comunistas responsáveis por arquitetar o Plano Cohen. Vargas passou a exercer uma postura Ditatorial no comando do país, em um período denominado de Estado Novo. A constituição de 1937 recebe o apelido de Polaca, por ter sido inspirada na constituição do regime semifacista polonês em vigor na época. No que concerne especificamente ao texto constitucional, este se caracteriza por ser uma carta imposta à população. A norma foi posta em vigor sem que se constituísse uma assembleia que deliberasse sobre o seu texto. Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro Vargas ainda aboliu os partidos políticos e deixou de promover um plebiscito que escolheria um novo presidente, mantendo-se a frente do país. 1.5. Constituição de 1946 Com o final da Segunda GuerraMundial, e a queda dos regimes totalitaristas, o governo Vargas perdeu forças, sendo que, após sua queda fez-se necessária uma nova ordem democrática que proporcionasse a redemocratização do país. Partindo desta necessidade e após a eleição de um novo Congresso Nacional uma nova Assembleia Constituinte fora elaborada e no ano de 1946 foi promulgada a quinta Constituição Federal Brasileira. Suas principais características eram: República Federativa; Estado laico; A liberdade de pensamentos, sem censura, a não ser em espetáculos e diversões públicas; A inviolabilidade do sigilo da correspondência; A liberdade de consciência, de crença e de exercício de cultos religiosos; A inviolabilidade da casa como asilo do indivíduo; A prisão só em flagrante delito ou por ordem escrita de autoridade competente e a garantia ampla de defesa do acusado; Extinção da pena de morte; Três Poderes – Executivo Legislativo e Judiciário. 1.6. Constituição de 1967 A próxima constituição elaborada já ocorre em pleno exercício da Ditadura Civil-Militar em nosso país. Os primeiros movimentos para sua implementação vieram na forma de emendas. Pois justamente, por meio de uma emenda constitucional, o Governo Brasileiro determinou que o país deveria combater quaisquer grupos ou atos de apoio aos países do Eixo Comunista. Devido a esta intenção, os militares passaram a ganhar espaço e ocupar cargos de chefia. Este conjunto de fatores implicaram na emenda constitucional do ano de 1961, que paulatinamente foram alterando a Constituição de 1946 através de atos institucionais advindos da gestão Militar que tomava conta do país. Os atos se desenvolveram da seguinte forma: 1) Ato Institucional nº1: Congresso Nacional foi convocado para eleger um novo presidente. Na ocasião foi eleito o general Humberto Castelo Branco. Esse Ato Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro Institucional concedia amplos poderes ao Executivo para decretar Estado de Sítio e suspender os direitos políticos dos cidadãos por até dez anos. 2) Ato Institucional nº 2: A atuação dos militares levou a reações populares, principalmente por meio do voto popular. Nas eleições para governador, realizadas em 1965, os candidatos governistas foram derrotados em 11 estados. O governo reagiu determinando que a eleição presidencial passasse a ser indireta. Também foram extintos os partidos políticos. Neste contexto, foi determinada a criação de dois partidos, a Arena (Aliança Renovadora Nacional), com apoio do governo, e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), que fazia a oposição. 3) Ato Institucional nº 3: determinou que as eleições para governador fossem indiretas. 4) Ato Institucional nº 4: o general Costa e Silva foi eleito presidente e a Constituição de 1946 foi revogada, sendo convocada uma comissão para elaborar um novo texto constitucional e outorgá-lo. 5) Ato Institucional n°5: o presidente adquiria poderes como cassar os mandatos legislativos, executivos, federais, estaduais e municipais; suspender os direitos políticos dos cidadãos; demitir, remover, aposentar funcionários civis e militares; legislar por decreto e baixar outros atos institucionais complementares. No que diz respeito aos direitos do cidadão comum, o AI-5 feria as garantias civis mais elementares. O governo retirou o direito a habeas corpus (liberdade provisória enquanto responde ao processo) aos acusados de crimes contra a segurança nacional; os acusados passaram a ser julgados por tribunais militares sem direito a recorrer. Após o Ato Institucional nº 4, o Brasil ficou sem Constituição, sendo que o AI- 5 serviu para estabelecer aspectos gerais que passaram a viger como se fossem a Constituição do país. Este ato ou como ficou conhecida a Constituição de 1967 confirmou os feitos e decisões do governo militar; restringiu os direitos trabalhistas; ampliou a Justiça Militar; e abriu espaço para a decretação posterior de leis de censura e banimento. 1.7. A Constituição de 1988 Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro De forma diversa da atuação de outros regimes militares sul americanos, no Brasil, buscou-se dar um aspecto de “governo representativo” ao regime, como forma de garantir certa estabilidade, entretanto, mesmo com essa tentativa de dar ares de representatividade ao regime e mascarar seu caráter autoritário, o governo militar sempre sofreu com a falta de legitimidade. Assim, a volta das eleições diretas sempre foi um assunto nas rodas sociais e, em períodos nos quais a oposição ao regime militar tentava se levantar com mais força, medidas mais autoritárias eram adotadas, tal como o AI-5 de 1968 que fechou o Congresso Nacional por praticamente um ano, deslocando as funções do legislativo para o executivo. Em razão dos diferentes empréstimos conseguidos pelo Estado brasileiro com o FMI (Fundo Monetário Internacional) os humores sociais em algumas camadas brasileiros eram bons, pois usufruiam de um bem-estar econômico, existindo assim zonas de alienação frente aos crimes da Ditadura. Entretanto, a insatisfação com o regime passou após o AI-5 a ser notada entre os civis e mesmo dentro das forças armadas, pois não havia um consenso acerca do futuro do regime militar, as tentativas de diminuir as ações repressoras e restabelecer a democracia sempre estiveram presentes. Com isso, em 1974 inicia-se o governo do presidente Ernesto Geisel que, num cenário de degradação da economia brasileira, começa a tomar ações que marcam o que muitos consideram o início da redemocratização brasileira, que possui como um dos principais marcos, a extinção do AI-5. Uma vez iniciado, na metade da década de 1970, o processo de redemocratização foi tomando forma, partidos políticos e entidades da sociedade civil iam ganhando espaço nas discussões, durante todo esse período sempre foi crescente o número de adeptos da ideia de que o regime militar não era um modelo de governo adequado às necessidades da sociedade brasileira à época. No ano de 1982, já no pluripartidarismo (voltou a vigorar em 1979), surge outro marco no processo de redemocratização, a convocação de eleições diretas para os governos estaduais, nas quais o PMDB (antigo MDB) obteve considerável sucesso, elegendo 09 governadores e diversos parlamentares para o Congresso Nacional. Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro Neste período se iniciava o movimento "Diretas Já", um movimento político de cunho popular que teve como objetivo a retomada das eleições diretas ao cargo de presidente da República no Brasil. Tal movimento contou com a participação de partidos políticos, representantes da sociedade civil, artistas e intelectuais. Mesmo sendo marcado por significativo apelo popular, o processo de eleições diretas só ocorreu em 1989. Após as eleições gerais para governadores e deputados, intensificaram-se as manifestações de diretas para Presidente, com isso e na perspectiva de eleições diretas, o deputado mato-grossense Dante de Oliveira apresentou em 1983 uma emenda constitucional. A proposta previa, ainda, o fim do Colégio Eleitoral. Se fosse aprovada, o voto direto ocorreria nas eleições de 1985. Ressalte-se que este período de elevação da insatisfação popular é acompanhado por uma crise econômica profunda, o número de desempregados era crescente e começaram a ocorrer algumas manifestações que foram crescendo e culminaram em ações violentas, inclusive saques ao comércio, na cidade de São Paulo. Nesse contexto a oposição, percebe a necessidade de se apropriar dessa força que surge nas ruas, como meio para levar o Brasil de volta a democracia. Aqui merece destacar a divisão que existia nas forças de oposição, a oposição institucional (PMDB, especialmente) e a oposiçãode esquerda que englobava os movimentos sociais e o Partido dos Trabalhadores. Dessa forma, os últimos meses do ano de 1983 e o ano de 1984 testemunharam um crescimento acelerado do tamanho das manifestações nas ruas, por todo o Brasil. Como principal diferença das passeatas iniciais, agora as movimentações tinham uma liderança clara principalmente do PT. Foi então que se deu o desfecho do movimento “Diretas Já”, com a votação da emenda constitucional “Dante de Oliveira” que traria de volta a eleição direta para presidente da república. Apesar do amplo apoio popular sob capitania dos movimentos sociais e do Partido dos Trabalhadores, a oposição institucional mostrou força e conseguiu manobrar para que a EC não fosse aprovada. Portando, com o regime militar em seus últimos suspiros, o PMDB tendo a maioria no Colégio Eleitoral e a EC “Dante de Oliveira” não conseguindo votos suficientes para aprovação, estava selado o cenário político institucional que Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro acarretou na eleição do pmdbista Tancredo Neves para presidente, via colégio eleitoral, derrotando Paulo Maluf (PDS) por ampla margem de votos (480 votos contra 180). Em 1985, já num cenário de governo civil de José Sarney, devido ao falecimento de Tancredo, as atenções se voltaram de forma mais centrada para a necessidade de uma nova Constituição, o que se deu através da convocação de uma Assembleia Constituinte, com a eleição dos constituintes de forma direta nas eleições de 1986. Das eleições de 1986 sairiam os constituintes responsáveis pela elaboração da nova Constituição Brasileira. Participaram desse pleito 30 partidos, dos quais 12 elegeram representantes para a Assembleia Nacional Constituinte, tendo o PMDB a maior bancada. As eleições de 1986 ocorreram no auge da euforia com o aparente sucesso do Plano Cruzado, gerando pouco debate em relação à Constituição. Destacam-se as seguintes características de nossa vigente Carta Magna: o Brasil começou a ser denominado de República Federativa do Brasil. A existência de uma reforma eleitoral que inclui o direito ao voto para os analfabetos e brasileiros entre 16 e 17 anos. Por fim, temos que ressaltar que após 5 anos da promulgação da Constituição Federal de 1988, o povo brasileiro foi convocado às ruas para que através de um plebiscito escolhesse se preferiria à volta da Monarquia ou que se mantivesse a República. Com isso em 1993 restou determinado que o país continuasse sendo uma República. Podemos extrair que o Brasil alterou suas constituições conforme foram alterados seus regimes. Vivenciamos um período de democracia e nossa sétima Constituição é fundamental à proteção de Direitos Fundamentais. 1.8 Codificação, Decodificação e Redecodificação do Direito Civil Brasileiro Conforme estudado na unidade anterior, assim como o Direito Constitucional o Direito Civil no Brasil foi objeto de constante mudanças. Com o objetivo de relembrar tal evolução, passemos à revisar o explanado na unidade anterior. Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro Vivenciamos inicialmente um período de Codificação de um processo de organização sistemática de diversas normas que se relacionam com o determinado ramo jurídico que esta sendo estruturado. Em nosso país a codificação tem seu destaque no ano de 1916, quando da elaboração de nosso primeiro código, a codificação do direito advindo de diversas fontes retratou todo o processo cultural e histórico do momento em que vivenciávamos, ocorre que, com o passar dos anos, normas que estavam impostas nesta legislação destoavam da nova realidade do país. O divórcio não regulamentado passou a ser uma prática comum, o poder familiar não poderia mais ser exercido de forma absoluta e arbitrária. Por conta de tais aspectos passa a existir no país um fenômeno denominado de decodificação que consiste em uma separação do direito civil em diversas leis esparsas fora de um único código, mas que permitiam através de seus microssistemas a resolução eficaz de problemas sociais. Por fim, temos que dispersar o direito civil em legislações atualizadas para com os anseios e objetivos sociais ocasiona ainda focos de insegurança jurídica. Esta insegurança reside no fato de que um sistema poderá começar a prever uma ordem que autoriza e outra que proíbe o mesmo ato o que deverá ser evitado e por esta razão voltamos à codificação através da edição do Código Civil de 2002. 2. Conceito de Direito A palavra Direito possui diversos significados sendo que nem todos estes são vinculados à teoria jurídica propriamente dita. Desta feita, com o intuito de proporcionar a você estudante o conhecimento amplo do conceito de direito, explanaremos neste tópico o conceito nominal e real do Direito. Do mais ainda neste tópicos examinaremos as características dos ordenamentos jurídicos que permitem a construção e manutenção do direito como o conhecemos e vivenciamos em nosso cotidiano. 2.1. Definição Nominal de Direito O Dicionário Online de Português, conceitua o Direito como sendo “um substantivo masculino, reunião de regras e das leis que mantêm ou regulam a vida em sociedade; (Jurídico) Ciência que estuda essas normas, leis e regras, em seu Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro aspecto geral ou particular; Aquilo que é garantido ao indivíduo por razão da lei ou dos hábitos sociais. Permissão legal; Prerrogativa legal para impor ou para obedecer uma medida a alguém; Que expressa justiça. Que respeita as leis, as normas e os bons costumes; Que demonstra lealdade, honestidade e sinceridade; Que não tem erros nem falhas; Oposto ao lado esquerdo...” (DICIO, 2019). Diante dos significados apresentados pela definição nominal de Direito, podemos perceber que o direito estabelece diretrizes de comportamento que deverão ser seguidas por pessoas e ainda que é a qualidade de algo que está certo ou ainda uma simples forma de indicação de espaço. 2.2. Definição Real de Direito Em que pese todos os significados possíveis advindo do conceito nominal de direito, temos que o sentido real deste é o que trata, de modo geral, do Direito como uma ordem. É desta noção que disseminamos à ideia de que o direito é um conjunto de regras que serve a organização das relações sociais, normas que estabelecem como as pessoas devem se comportar. O direito impõe deveres que se descumpridos implicam na aplicação de penas, de sanções às pessoas. É o direito real, aquele que é jurídico e que cumpre à nós juristas estudar, e que molda as condutas sociais em conformidade com os objetivos da sociedade. É através deste que conseguiremos definir o que é certo e errado, proibido e permitido e o que deverá ou não ser punido. Ressalta-se que o direito não pode ser visto como ordem, em que pese cumprir a este impor deveres para a sociedade, o conjunto de normas, em realidade, estabelece uma grande moldura em torno da sociedade e pune aqueles que se comportarem fora de seus contornos. Ou seja, o direito não é ordem, é diretriz; é responsável por estabelecer o que deve ser e não o que é. Nosso estudo tem por base o direito em seu aspecto real, em sua postura de determinar juridicamente o lícito e o ilícito. 2.3. Características do Ordenamento Jurídico Conforme leciona Antônio Gasperin, o autor, Norberto Bobbio, em ampliação ao estudo do positivismo jurídico, proposto por Kelsen, leciona que: norma jurídica é aquela cuja execução é garantida Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro por uma sanção externa e institucionalizada. Esse conceito leva necessariamente à concepção do direito como ordenamento, pois ao definir o direitoatravés da noção de sanção organizada e institucionalizada, pressupõe um complexo orgânico de normas – e não apenas um elemento individual da norma (GASPERIN, 2005). Ocorre que em uma sociedade o Direito preceitua normas que possuem e que não possuem sanções e que precisam ser organizadas através de um sistema que escalone as regras e possibilite uma resposta satisfatória aos problemas sociais através de critérios seguros. É neste contexto que surge a teoria do ordenamento jurídico de Norberto Bobbio. Lembrem-se que o conceito de Ordenamento Jurídico é: conjunto das normas de uma determinada ordem jurídico, o qual passamos a caracterizar. 2.3.1. Unidade do Ordenamento De pronto a característica mais importante ao ordenamento jurídico é sua unidade, esta advém do fato de que, em que pese, existirem diversas fontes que compõe o Ordenamento e ainda um incontável número de normas não poderá existir incoerência no ordenamento, pois a manutenção da unidade, pois esta possibilita a organização de todo o direito. 2.3.2. Construção escalonada do ordenamento Para explicar a Construção escalonada do ordenamento voltemos aos ensinamentos do Professor Gasperin: Bobbio aceita a teoria da construção escalonada do ordenamento proposta por Kelsen, a qual pressupõe que as normas de um ordenamento não estão todas em um mesmo plano. Há, portanto, normas superiores e normas inferiores, sendo que as inferiores dependem das superiores. Subindo-se das normas inferiores à superiores, chega-se a uma norma suprema, que não depende de nenhuma outra norma superior, e sobre a qual repousa a unidade do ordenamento (GASPERIN, 2005). Observem que esta norma suprema que possibilita o fechamento lógico do sistema é a norma fundamental, ou como conceituado por Kelsen a Norma Hipotética Fundamental. Atenção! Sem uma norma fundamental, todas as demais normas seriam amontoadas e não existiria um ordenamento. Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro 2.3.3. A Coerência do Ordenamento Jurídico Como apontamos anteriormente a problemática da coerência tem sua origem na existência de diversidade das normas que compõem o sistema jurídico que são emanadas de diversas fontes e que apresentam oposições entre si. É neste aspecto que podemos observar à existência de divergência entre Kelsen e Bobbio, pois para Kelsen um confronto entre normas poderia existir e se manter no sistema algo que para Bobbio é impossível, pois para este autor o ordenamento deve ser uma totalidade completamente ordenada. 2.4. Antinomias “Antinomia é a existência de normas incompatíveis entre si dentro de um sistema jurídico” (GASPERIN, 2005). Ao definir-se normas incompatíveis como aquelas que não podem ser ambas verdadeiras, Bobbio, em sua obra Ordenamento Jurídico, reduziu as hipóteses de incoerência entre as normas as seguintes situações: A. Há contrariedade em uma norma que ordena e outra que proíbe fazer algo. B. Entre uma norma que ordena e outra que permite fazer algo. C. E, por fim, em uma norma que proíbe e outra que permite fazer algo. Do mais ressalte-se que é essencial à ocorrência de antinominas que as duas normas que apresentam contrariedade sejam do mesmo ordenamento e ainda que estejam no mesmo de validade: temporal, espacial, pessoal e material. Atenção! A antinomia é classificada como: jurídica, nas situações em que duas normas são incompatíveis, esta antinomia é conhecida como própria; existindo ainda antinomias impróprias as que observem as situações, explicadas da seguinte forma, por Antônio Gasperin (2005): ● Antinomia de princípio – refere-se ao fato dos ordenamento jurídicos serem normalmente inspirados em valores contrapostos, como, por exemplo, liberdade e segurança; ● Antinomia de avaliação – ocorre quando um delito menor é punido com uma pena mais grave que um delito maior. ● Antinomias teleológicas – têm lugar quando existe uma oposição entre a norma que prescreve o meio para alcançar o fim e a que Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro prescreve o fim, de modo que se aplicou a primeira não chegou ao fim estabelecido na segunda. 2.4.1. Critérios para solução de Antinomias Ao tentar solucionar as antinomias, pode-se deparar com duas situações diferentes: a possibilidade de resolvê-las através de critérios próprios e ainda a impossibilidade de solução pela não aplicação de tais critérios. A autora Silvia Varella, leciona que: “às antinomias da primeira situação Bobbio chamará de antinomias aparentes (ou solúveis) e às da segunda situação de antinomias reais (ou insolúveis)” (Varella, 2012). Continuando a autora descreve que as regras fundamentais para a solução das antinomias aparentes (solúveis) são três: ● critério cronológico – é aquele no qual, entre duas normas incompatíveis, prevalece a norma posterior (lex posterior derogat priori). ● critério hierárquico – é aquele pelo qual, entre duas normas incompatíveis, prevalece a hierarquicamente superior (lex superior derogat inferiori). ● critério da especialidade - é aquele pelo qual, entre duas normas incompatíveis, uma geral e outra especial (ou excepcional), prevalece a segunda (lex specialis derogat generali) (Varella, 2012). Agora, em se tratando de antinomias que não podem ser resolvidas por estes critérios caberá ao o juiz ou intérprete tem três possibilidades: 1) elimina uma das normas (interpretação ab-rogante), 2) elimina as duas (dupla ab-rogação) ou 3) conserva as duas (interpretação corretiva). Você quer ver? Ordenamento Jurídico. Para que o tema fique mais claro e prazeroso indicamos a vídeo aula presente no vídeo: O ORDENAMENTO JURÍDICO – Introdução ao Estudo do Direito – Mascaro. Canal GEN Atlas. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=GgRX5W64EZw>. https://www.youtube.com/channel/UCucbLdf3RPhhgEh60Ot8cmg https://www.youtube.com/channel/UCucbLdf3RPhhgEh60Ot8cmg https://www.youtube.com/watch?v=GgRX5W64EZw https://www.youtube.com/watch?v=GgRX5W64EZw https://www.youtube.com/watch?v=GgRX5W64EZw Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro 3. Direito e Moral Sabendo que o Direito é o conjunto de normas jurídicas que tem como objetivo regulamentar a sociedade, é nosso dever neste tópico compreender a relação existente entre Direito e Moral. Vamos iniciar observando o conceito de moral. Com origem na palavra latina moralis, a Moral consiste em um conjunto de práticas, de comportamentos padronizados, comuns a um determinado povo ou setor de uma sociedade em uma determinada época. Atualmente nós utilizamos da moral para orientação de comportamento dos indivíduos em sociedade. Ou seja, usamos da moral para estabelecer padrões do que é aprovado ou rejeitado pela sociedade. Perceba que assim, com o Direito à Moral, visa-se estabelecer padrões de comportamento, dando sentido às ações das pessoas para que a convivência humana seja pacífica. As ações humanas em sociedade então podem ser praticadas e avaliadas sob dois olhares, o da moral e o do direito. Percebam, existem regras que cumprimos de forma obrigatória, pois são impostas, e caso não sejam cumpridas existirá uma punição. Estas regras são as jurídicas, como por exemplo, o não pagamento de uma dívida na data de seu vencimento enseja juros e multa. E existem regras de ordem moral que tem como objetiva o equilíbrio das relações entre os indivíduos que convivam na sociedade, que estabeleçam regras de comportamento, como por exemplo, a não utilização de bermuda para ir ao fórum. Assemelha-se a moral e o direito pelo fato de que ambos são utilizados para estabelecer padrões de comportamento à sociedade. 3.1. A Diferenciação da Moral e do Direito A diferença observada entre a Moral e o Direito reside na imperatividade,ou seja, no fato do Direito ser coercitivo. O Direito possui uma força, um poder que a moral não tem, podendo impor sanções, punições àqueles que não o respeitarem. Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro Você sabia? Ética e Moral não são a mesma coisa. Em que pese, em nosso cotidiano ser muito comum as pessoas usarem ética e moral como se estas tivessem o mesmo conceito em realidade à ética consiste em um modo de se comportar, ela é em síntese, o desenvolvimento individual da moral. É à prática dos padrões de comportamento determinados como bons ou ruins pela sociedade. 4. Fontes do Direito As normas jurídicas não são as únicas do direito, ou seja, não é somente nas leis e nas constituições que o Direito nasce. Precisamos compreender de início que o Direito nasce não só no Poder Legislativo do Estado, este também surge de fatores éticos, sociais, históricos e políticos. Com isso podemos concluir que, fontes do direito, são todos os modos de manifestações formais (Poder do Estado) ou reais (Convivência Social) capazes de criar padrões de comportamento que a sociedade adote em seu cotidiano como uma regra de comportamento. Não se esqueça, o direito deve acompanhar o desenvolvimento das sociedades e é através de suas fontes que tal tarefa é concretizada. O direito formal tende a ser atrasado, pois este somente é criado após uma mudança social, logo são as fontes, principalmente as reais, que permitem que o direito não deixe de ser capaz de regulamentar a sociedade. 4.1. As classificações das fontes do Direito Sendo as fontes necessárias à atualização do direito e a manutenção de seu poder de regulamentar a sociedade, vamos agora aprender quais são estas fontes. Para que o estudo seja eficaz as fontes do Direito serão expostas através de sua classificação que as distingue entre fontes reais ou formais. 4.1.1. Fontes reais Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro As fontes reais ou materiais devem ser buscadas em meios de origem do direito que nascem através de fatores éticos, sociológicos, históricos e políticos, ou seja, que produzam o direito extraindo este da sociedade. Compreenda que não é apenas o Poder do Estado que cria o Direito, mas à associação de pessoas também produz normas. Desta forma, um contrato é uma fonte do direito, o regulamento de uma escola, ou de uma academia. E são estas formas de regularização da vida em sociedade o que se classifica como fonte real do Direito. 4.1.2. Fontes formais Formais são as fontes que que se referem a uma norma jurídica que existe e que demonstra como os juristas a aplicam no cotidiano Jurídico. Esta modalidade de origem do direito pode ou não ser vinculada ao Estado As fontes estatais (com origem no Estado) não são propriamente produtoras de direto. Em realidade, estas são o Direito próprio como a lei. As fontes materiais são por onde o direito positivo se expressa (normas com legítima força, vigência e eficácia), por meio do qual, as regras sociais são impostas às pessoas. Essas fontes são: a) Legislação: resultado do procedimento de constituição do ordenamento Jurídico praticado por vários órgãos estatais. Tais órgãos formulam e promovem as legislações que criam. A legislação comporta diversos atos de criação de normas previstos na Constituição Federal Brasileira. Neste sentido temos o Artigo 59 da Constituição Federal, o qual a leitura é indicada, que elenca como instrumentos normativos do país: a lei constitucional, lei complementar, lei ordinária, lei delegada, medidas provisórias, decreto Legislativo e resoluções do Senado. Atenção! Não se desespere caso não reconheça essas formas de legislar, de produzir, o direito. Este é o momento se compreende que existem essas formas e que elas são fontes formais que nascem se atos do Estado. O conceito, características e funções destas serão lecionados num próximo momento a você. Não se esqueça o conhecimento é um processo de construção e está é sua base que deve ser sólida para sustentar tudo que está por vir. Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro Os instrumentos apontados consistem ainda de fontes primárias, formais e estatais, isso porque possuem força de lei maior do que as legislações secundárias que são subordinadas às primárias, pois sem estas não teriam eficácia. São normas secundárias: os decretos regulamentares, as instruções ministeriais, circulares, portarias. b) Produção Jurisprudencial: assim como as normas (primárias ou secundárias) são fruto da atividade do Estado (atividade legislativa) a produção Jurisprudencial também o é, sendo que o que diferencia estas é que a produção jurisprudencial é o resultado da atuação do Poder Judiciário. As decisões proferidas pelo Judiciário formam em conjunto a denominada jurisprudência. Destaca-se nessa produção do Poder Judiciário a Súmula Vinculante. Você sabia? Súmulas Vinculantes consistem em um posicionamento adotado pelo Supremo Tribunal Federal após reiteradas decisões sobre a mesma matéria que tem como objetivo proporcionar maior estabilidade à jurisprudência e facilitar o trabalho do advogado e dos tribunais, simplificando o julgamento das questões mais frequentes, sendo que esta modalidade de Súmula, Vinculante, tem força de lei. Em relação às fontes formais não Estatais, estão são responsáveis por gerar o Direito e não são produzidas pelo Estado. Nesta modalidade de fonte temos, os costumes e a doutrina. c) Costumes: estes constituem a mais antiga forma de produção do Direito, o costume é o resultado de práticas sociais que se desenvolvem tão constantemente que passam a ser compreendidas como se leis fossem. O autor Alípio Silveira ao tratar do tema ressalta o fato de que o costume jurídico é formado por dois elementos necessários: o uso e a convicção jurídica, que integram o processo total da formação do direito consuetudinário (SILVEIRA, p. 262). Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro d) Doutrina: A fonte não estatal denominada de doutrina, consiste em realidade, em toda a produção científica realizada por atividades de pesquisa, opiniões fundamentadas, conteúdo ensinado por professores, pareceres técnicos. As fontes do Direito, então, são todos os meios responsáveis pelo nascimento do Direito e que proporcionam a este evoluir acompanhando a sociedade. Síntese Agora você tem a noção da importância de observarmos a evolução das práticas de construção do ordenamento jurídico, tendo podido, por exemplo, observar como os processos de transição social e política influenciaram na constituição das normas fundamentais da sociedade brasileira. Nesta unidade você teve a oportunidade de: 1. A compreensão da evolução do direito no decurso da existência do Brasil. 2. A identificação dos movimentos históricos que levaram ao surgimento do direito brasileiro. 3. Capacitar o alunado a comunicar-se verbalmente e por escrito, bem como interpretar textos, atos e documentos jurídicos, que lidem com o tema exposto na unidade. 4. Identificar as diferentes dimensões do estudo das ciências normativas e as respectivas correlações dogmáticas na construção do pensamento jurídico. 5. Compreender o que são fontes do Direito e qual a importância destas. Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro Bibliografia ANDRADE, P. de e BONAVIDES, P. (1991). História Constitucional do Brasil. São Paulo, Paz e Terra. BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de direito constitucional. 18. ed. São Paulo: Saraiva, 1997. CAMPANHOLE, H. L. Constituições do Brasil. São Paulo, Atlas, 1999. COELHO, Fábio Ulhoa. Direito e poder. São Paulo: Saraiva, 1992.COMPARATO, Fábio Konder; SALOMÃO Filho, Calixto. O poder de controle na sociedade anônima. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005. DICIO. Conceito de Direito. Dicionário Online de Português. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/direito/>. Acesso em: 21 out. 2019. DINIZ, Maria Helena. Fontes do direito. Enciclopédia jurídica da PUC-SP. Celso Fernandes Campilongo, Alvaro de Azevedo Gonzaga e André Luiz Freire (coords.). Tomo: Teoria Geral e Filosofia do Direito. Celso Fernandes Campilongo, Alvaro de Azevedo Gonzaga, André Luiz Freire (coord. de tomo). 1. ed. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2017. Disponível em: <https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/157/edicao-1/fontes-do-direito>. Acesso em: 21 out. 2019. FERRAZ JUNIOR, Tércio Sampaio. Direito, retórica e comunicação. São Paulo: Saraiva, 1973. __________________. Teoria da norma jurídica. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense, 1986. GASPERIN, Antonio. Síntese comentada à teoria do ordenamento jurídico de Norberto Bobbio. Jus Brasil. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/6953/sintese-comentada-a-teoria-do-ordenamento- juridico-de-norberto-bobbio>. Acesso em: 21 out. 2019. LIMA LOPES, J. R. (2002). O Direito na História – Lições Introdutórias. São Paulo, Max Limonad. MARTINS, Ives Gandra da Silva; BASTOS, Celso Ribeiro. Comentários à Constituição do Brasil. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2000. Volume 8. https://www.dicio.com.br/direito/ https://www.dicio.com.br/direito/ https://www.dicio.com.br/direito/ https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/157/edicao-1/fontes-do-direito https://jus.com.br/artigos/6953/sintese-comentada-a-teoria-do-ordenamento-juridico-de-norberto-bobbio https://jus.com.br/artigos/6953/sintese-comentada-a-teoria-do-ordenamento-juridico-de-norberto-bobbio Fundamentos sociais e históricos do Direito - Unidade n° 2 - História do Direito Brasileiro PACHECO, C. (1958). Tratado das Constituições brasileiras. Rio de Janeiro, Freitas Bastos. REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. São Paulo: Saraiva, 1986. SILVEIRA, Alípio. A analogia, os costumes e os princípios gerais de direito na integração das lacunas da lei. RF, 58. TEPEDINO, Gustavo. O Código Civil, os chamados microssistemas e Constituição: premissas para uma reforma legislativa. Disponível em: <http://www.tepedino.adv.br/wp/wp-content/uploads/2012/09/biblioteca10.pdf>. 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Acesso em: 21 out. 2019. http://www.tepedino.adv.br/wp/wp-content/uploads/2012/09/biblioteca10.pdf https://jus.com.br/artigos/22752/as-antinomias-aparentes-no-direito https://jus.com.br/revista/edicoes/2012 https://jus.com.br/revista/edicoes/2012/10/6 https://jus.com.br/revista/edicoes/2012/10/6 https://jus.com.br/revista/edicoes/2012/10 https://jus.com.br/revista/edicoes/2012 https://jus.com.br/artigos/22752 https://www.sindfazenda.org.br/2018/04/16/radio-senado-estreia-serie-de-reportagens-sobre-as-constituicoes-brasileiras/ https://www.sindfazenda.org.br/2018/04/16/radio-senado-estreia-serie-de-reportagens-sobre-as-constituicoes-brasileiras/
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