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SOCIEDADE EDUCACIONAL LEONARDO DA VINCI S/S LTDA CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI – UNIASSELVI CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL ADENILSON GONÇALVES DE OLIVEIRA MICHELLE MACHADO RIBAS NEUZA FERNANDES DA SILVA ROSINALVA TEIXEIRA SILVA O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS APARECIDA/PAIF NO MUNICÍPIO DE PIRAPORA-MG. Pirapora - MG Novembro 2019 ADENILSON GONÇALVES DE OLIVEIRA MICHELLE MACHADO RIBAS NEUZA FERNANDES DA SILVA ROSINALVA TEIXEIRA SILVA O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS APARECIDA/PAIF NO MUNICÍPIO DE PIRAPORA-MG. Artigo Científico direcionado à conclusão da disciplina Seminário Interdisciplinar: Gestão, Dimensões e Aplicabilidade Técnica- Operativa. (SES01) Turma: FLX 0700 do curso de graduação em Serviço Social Sociedade Educacional Leonardo da Vinci S/S Ltda. Centro Universitário Leonardo da Vinci - Uniasselvi Orientadora: Prof.ª. Ana Claudia Moser Pirapora - MG Novembro 2019 SUMÁRIO 1. Introdução..............................................................................................................5 - 8 2. Fundamentação Teórica.......................................................................................8 - 15 3. Materiais e Métodos..................................................................................................15 4. Resultados e Discussões....................................................................................15 - 18 5.Conclusão. .......................................................................................................... 18 - 20 Referências .................................................................................................................. .20 4 TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS APARECIDA/PAIF NO MUNICÍPIO DE PIRAPORA-MG. Adenilson Gonçalves de Oliveira1 Michelle Machado Ribas2 Neuza Fernandes da Silva3 Rosinalva Teixeira Silva4 Tallita Cardoso Bastos Lafeta 5 RESUMO A partir da Constituição Federal de 1988, a Assistência Social passa a ter novas concepções e se constitui como uma ferramenta de gestão da Política Nacional de Assistência Social, inclusa no sistema de Seguridade Social. Porém, foi regulamentada como política social pública com a aprovação da Lei Orgânica de Assistência Social em 1993. O presente artigo tem como objetivo geral analisar o trabalho do Assistente Social CRAS Aparecida/PAIF no município de Pirapora-MG, os desafios por eles enfrentados no cenário contemporâneo e a importância da gestão, dimensões e aplicabilidade técnica operativa dos Assistentes Sociais. Para atingir os objetivos propostos recorreu-se o seguinte procedimento: O tipo de abordagem que se propõe é essencialmente qualitativo descritivo. Como procedimento metodológico, utiliza-se a pesquisa bibliográfica. O profissional de Serviço Social depara-se com situações diversas no atendimento aos usuários da Política de Assistência Social que procura o CRAS- Aparecida. O cenário contemporâneo exige do profissional um conhecimento amplo na área de atuação frente às múltiplas faces da questão social. 1 Curso Técnico em Segurança do Trabalho pelo IFNMG 2018 e Acadêmico em Serviço Social pela Sociedade Educacional Leonardo da Vinci S/S Ltda. - Centro Universitário Leonardo da Vinci – Uniasselvi - Ano: 2019 - adenilson.olivira@bol.com.br 2Acadêmica em Serviço Social pela Sociedade Educacional Leonardo da Vinci S/S Ltda. - Centro Universitário Leonardo da Vinci – Uniasselvi - Ano: 2019 – michasribas@hotmail.com 3Acadêmica em Serviço Social pela Sociedade Educacional Leonardo da Vinci S/S Ltda. - Centro Universitário Leonardo da Vinci – Uniasselvi - Ano: 2019 – neusafernandes920@gmail.com 4Acadêmica em Serviço Social pela Sociedade Educacional Leonardo da Vinci S/S Ltda. - Centro Universitário Leonardo da Vinci – Uniasselvi - Ano: 2019- nalvateixa@hotmail.com 5 Tutora Externa da Sociedade Educacional Leonardo da Vinci S/S Ltda. - Centro Universitário Leonardo da Vinci – Uniasselvi - Ano: 2019 5Acadêmica em Serviço Social pela Sociedade Educacional Leonardo da Vinci S/S Ltda. - Centro Universitário Leonardo da Vinci – Uniasselvi - Ano: 2019- nalvateixa@hotmail.com 5 Tutora Externa da Sociedade Educacional Leonardo da Vinci S/S Ltda. - Centro Universitário Leonardo da Vinci – Uniasselvi - Ano: 2019 mailto:adenilson.olivira@bol.com.br mailto:michasribas@hotmail.com mailto:neusafernandes920@gmail.com mailto:nalvateixa@hotmail.com mailto:nalvateixa@hotmail.com 5 Palavras-Chave: Trabalho Profissional. CRAS, Aplicabilidade Técnico Operativa do Serviço Social. 1. INTRODUÇÃO Nesta pesquisa, busca-se o embasamento teórico para o desenvolvimento do tema. Para tanto, faz-se uso dos conceitos e ideias dos principais autores da área social e de áreas afins, com o objetivo de indicar o caminho para realizar. O presente trabalho teve por finalidade discutir o trabalho do Assistente Social no CRAS Aparecida/PAIF no município de Pirapora-MG. No decorrer dos anos percebe-se uma ampliação do trabalho dos assistentes sociais em diversos segmentos e espaços sócio ocupacionais, principalmente no âmbito da Política de Assistência Social devido à implantação do Sistema Único de Assistência Social. Um desses espaços sócio ocupacionais em que os assistentes sociais estão inseridos e que faz parte da Política de Assistência Social é o CRAS. O Serviço Social no CRAS tem como finalidade acompanhar as famílias referenciadas a ele. Dentre as várias equipes que atuam no CRAS, pretende se destacar aqui a presença dos assistentes sociais, que é fundamental e sua intervenção profissional é de grande valor para a instituição, mas, sobretudo para a vida dos cidadãos que utilizam os serviços do CRAS, porque por meio do seu exercício profissional, esses profissionais buscam a garantia dos direitos dos usuários. O Centro de Referência de Assistência Social é uma unidade pública estatal descentralizada da Política Nacional de Assistência Social criados no ano de 2004 com o objetivo de prevenir a ocorrência de situações de fragilidades e riscos sociais nos territórios de sua abrangência, por meio do desenvolvimento de potencialidades, do fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, e por meio da ampliação do acesso aos direitos de cidadania (ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CRAS, 2009). Dentre muitos serviços ofertados para a população pelo CRAS, destaca-se o PAIF (serviço de proteção integral à família). Através do PAIF, são desenvolvidos projetos que proporcionam aos usuários atendidos a participação, não obrigatória, em oficinas socioeducativas e trabalhos em grupos. O principal serviço de proteção social básica, ao qual todos os outros serviços articular-se, pois confere a primazia da ação do poder público na garantia do direito à convivência familiar e assegura a matricialidade sócio familiar no atendimento socioassistencial, um dos eixos estruturantes do SUAS. A Proteção Social Básica 6 passa a ser responsabilidade dos municípios por meio dos Centros de Referência de Assistência Social/CRAS que inovam com o aspecto preventivo. Na impossibilidade de abordar sobre todos os serviços previstos na proteção social básica, limitamos nossas considerações ao serviço do PAIF, pois existem inúmeras pessoas que procuram o CRAS que é considerado principal porta de entrada para os serviços, programas e benefícios da assistência social. Geralmente estão vivenciando situações de vulnerabilidade social pela fragilização de vínculos familiares e sociais, a maioria destes usuários não possuem acesso as políticas públicas. O CRAS Aparecida está localizado na rua: Maranhão, 230, bairro: Nossa Senhora. Aparecida no município de Pirapora- MG. Oferta serviços de proteção social básica tais como: programas, projetos e benefícios eventuais previstos na Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (Resolução 109/2009). A equipe técnica composta por um coordenador, assistente social, psicóloga, pedagoga e auxiliares administrativos. Este equipamento público governamental subordinado politicamente à SEFAM (secretaria municipal da família e políticas sociais), por meio da prefeitura municipal de Pirapora/MG. Em 2004 é aprovado o Sistema Único de Assistência Social, que começou a ser implantado em 2005, que regula a organização e implementação da PNAS em todo o território nacional, operacionaliza a Proteção Social Básica e Especial por meio dos serviços socioassistenciais, cujos serviços, programas, projetos e benefícios têm como centralidade a família. O SUAS organiza as ações da assistência social em dois tipos de proteção social. A primeira é a Proteção Social Básica desenvolvida nos Centro de Referência de Assistência Social - CRAS, destinada à prevenção de riscos sociais e pessoais, por meio da oferta de programas, projetos, serviços e benefícios a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social. A segunda é a Proteção Social Especial desenvolvida no CREAS, aliada à primeira é destinada a famílias e indivíduos que já se encontram em situação de risco e que tiveram seus direitos violados por ocorrência de abandono, maus-tratos, abuso sexual, usam de drogas, entre outros aspectos, entretanto neste processo onde as famílias já tiveram seus direitos violados são encaminhados aos demais órgãos responsáveis. O estudo demonstra o quanto é importante a sociedade e em especial a acadêmica discutir, pesquisar, refletir, analisar o tema, para orientar as famílias a procurarem estes equipamentos com o objetivo de inclusão neste serviço de proteção social básica para prevenir 7 situações de riscos sociais, por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições de fortalecimento e vínculos familiares. Ou seja, atua de forma preventiva, protetiva e proativa, sempre reconhecendo ás necessidades humanas de forma integral, para além das situações emergenciais, centradas nas situações de riscos apresentadas pelos usuários da política de assistência social. Bem como conhecer o trabalho profissional do assistente social que atuam nestes equipamentos. Partindo, então, deste contexto e da sentida necessidade pessoal em aprofundar conhecimentos sobre a temática, este trabalho, pretende apresentar alguns conceitos do CRAS, para em seguida procurar responder alguns questionamentos: A dificuldade de gestão das informações das famílias e indivíduos atendidos no PAIF, compreender qual o papel que o assistente social poderá desempenhar junto ao CRAS, seja na gestão do equipamento público e ou em outras funções, as dimensões de atuação do Assistente Social, a utilização dos instrumentais técnicos operativos do serviço sociais e refletir sobre a falta de conhecimento daspolíticas sociais do município, a falta de repasse financeiro dos governos federais, estaduais ou municipais suficiente para a execução dos serviços, programas, projetos e benefícios eventuais. O problema de pesquisa é sobre o desafio dos profissionais do CRAS para terem acesso às famílias que precisam do apoio assistencial. Diante o exposto permite formular a hipótese geral de que, embora o país conte hoje com um marco legal avançado na área da assistência social, e apesar dos avanços registrados nos últimos anos, há ainda um significativo caminho a percorrer para a efetiva concretização das normas do SUAS em diversos municípios. O enfrentamento desses desafios será especialmente complexo no contexto da crise econômica e política que o país atravessa. Contudo, dado que toda crise tem sempre uma dimensão de oportunidade, este pode ser o momento adequado para uma avaliação mais profunda da situação das políticas socioassistenciais nos pequenos e médios municípios, e das estratégias que devem ser priorizadas para que essas políticas possam de fato contribuir para a redução das desigualdades no Brasil. O estudo buscou se como objetivo geral analisar o trabalho do Assistente Social CRAS Aparecida/PAIF no município de Pirapora-MG, os desafios por eles enfrentados no cenário contemporâneo e a importância da gestão, dimensões e aplicabilidade técnica operativa dos Assistentes Sociais. Para atingir os objetivos propostos recorreu-se o seguinte procedimento: O tipo de abordagem que se propõe é essencialmente qualitativo descritivo. Como procedimento metodológico, utiliza-se a pesquisa bibliográfica. Através de pesquisas a partir 8 de revisão literária, por exemplo: Livros, Artigos Científicos já publicados. A ênfase será dada a partir dos estudos dos autores: SOUZA (2008), IAMAMOTO (2009), MAGALHÃES (2003), NETTO (1999), MARTINELLE (2011) e outros que tratam do tema. A fundamentação teórica consiste em realizar uma revisão dos trabalhos já existentes sobre o tema abordado, identificando o grau de importância do assunto em questão. A pesquisa será direcionada a três assistentes sociais em atividade no CRAS Aparecida no município de Pirapora MG. Buscar-se-ão respostas para como os profissionais estão atuando no CRAS Aparecidade como está sua atuação profissional do ponto de vista teórico metodológica, ético político e técnico operativo. Para isso, pretende se realizar entrevistas dialogadas, não estruturadas com perguntas abertas diretamente aos Assistentes Sociais do CRAS- Aparecida no município de Pirapora- MG. Portanto, espera-se que os resultados deste trabalho possam trazer contribuições relevantes para a categoria profissional do serviço social. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O Serviço Social surgiu a partir de 1930, quando se iniciou o processo de industrialização e urbanização no Brasil. Na época a profissão estava relacionada à articulação dos poderes dominantes como: burguesia industrial, oligarquias cafeeiras, igreja católica e Estado Varguista. O objetivo era controlar as insatisfações populares dos trabalhadores e frear qualquer possibilidade de reivindicação. O Serviço Social no Brasil remonta aos primeiros anos da década de 30, como fruto da iniciativa particular de vários setores da burguesia, fortemente respaldados pela Igreja Católica e tendo como referencial o serviço social europeu. Evidentemente não pode ser entendido como uma simples transposição de modelos ou mera importação de ideias, pois suas origens estão profundamente relacionadas com o complexo do quadro histórico conjuntural que caracterizava o país naquele momento (MARTINELLE, 2011, p.122). A política de assistência social tem como objetivo a proteção social dos sujeitos, é de responsabilidade do Estado, de caráter não contributivo e universal, destinada a quem dela necessitar. Diante disso o serviço social vem conquistando avanços importantes no Brasil, superando a forma assistencialista em que era atribuída na vida das pessoas. Foi através da Constituição Federal de 1988 que houve o ingresso da assistência social como direito do 9 cidadão. Houve no Brasil uma grande mobilização democrática onde eram exigidas novas praticas na área social, a partir de movimentos sociais teve início uma intensa discussão para a formulação de uma política pública de Assistência Social, constitucionalmente assegurada. Nesse sentido a Seguridade Social implica que todo cidadão tenha acesso a um conjunto de certezas e seguranças que venham cobrir, diminuir ou precaver os riscos e as vulnerabilidades sociais. A partir dessa nova concepção foi instituído o reconhecimento do direito universal, independente se o cidadão contribuísse com o sistema previdenciário ou não. (YASBECK, 1997, p.13) A política de assistência social teve sua legislação complementar aprovada em 1993através da Lei nº 8.742, que ficou conhecida como Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Mas só após as deliberações da IV Conferência Nacional de Assistência Social, realizada em Brasília em 2003, o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) aprovou, em setembro de 2004, após amplo debate coletivo, o redesenho da (PNAS) Política Nacional de Assistência Social, a ser operacionalizada por meio do (SUAS) Sistema Único de Assistência Social. É nessa, perspectiva de evolução da política de assistência, que surge o Sistema Único de Assistência Social – SUAS. Segundo o MDS (2010, p. 42), SUAS “é um sistema público não contributivo, descentralizado e participativo, que tem por função a gestão do conteúdo específico da assistência social no campo da proteção social brasileira”. Esse sistema vai apontar para uma ruptura com o assistencialismo, benemerência, ações fragmentadas e interesses eleitoreiros características de anos anteriores. É importante frisar que esse diálogo fundamenta-se na concepção de que o processo de implementação do SUAS, deve, segundo Paiva (2006, p.11), “referenciar-se no tempo presente e no contexto sociopolítico atual, sem perder de vista a processualidade histórica estrutural das políticas sociais em geral”. Segundo a PNAS (2004), a proteção social deve garantir as seguintes seguranças: de sobrevivência (de rendimento e de autonomia); de acolhida e de convívio ou vivência familiar. Já a NOB/SUAS (2012), reafirma essas garantias contidas na proteção social da assistência social: a segurança da acolhida; a segurança social de renda; a segurança do convívio ou convivência familiar, comunitária e social; a segurança de desenvolvimento da autonomia individual, familiar e social, segurança de sobrevivência a riscos circunstanciais. A indicação do SUAS é de que as ações sócio-assistenciais de proteção social básica seja desenvolvida, prioritariamente, pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). 10 O serviço de proteção social básica tem um caráter preventivo e visa proporcionar a inclusão social, o fortalecimento dos vínculos - familiares e comunitários - e do acesso aos serviços públicos. Tem por objetivo “prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários” (PNAS/2004), e a ampliação do acesso aos direitos. É destinada a população que vive em situação de vulnerabilidade social, decorrentes da: pobreza, privação (ausência de renda, precária ou nulo acesso aos serviços públicos), fragilização dos vínculos afetivos – relacionais e de pertencimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiência, entre outras). O Serviço Social tem na prática profissional a busca pela efetivação dos direitos sociais dos cidadãos e atua nas sequelas deixadas pelo modo de produção capitalista. Tem na questão social a base da fundação como especialização do trabalho (IAMAMOTO, 2009, p.27). Questão social apreendida como um conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que tem uma raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos mantém-se, monopolizada por uma parte da sociedade. (IAMAMOTTO, 2009 p.27). A indicação do SUAS é de que as ações sócio-assistenciais de proteção social básica seja desenvolvida, prioritariamente, pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). O CRAS é um equipamento público estatal de base territorial que estrutura a Atenção Básica, tem como objetivo contribuir para a prevenção e o enfrentamento de situações de vulnerabilidade social; a inclusão de grupos e/ou indivíduos em situação de risco social nas políticas públicas, no mundo do trabalho e na vida comunitária e societária, tem como função prioritária proteger as famílias, seus membros e indivíduos, cujos direitos fundamentais já se encontrem violados, mas que mantém os vínculos ou laços de pertencimentos familiar. Para atender a estes propósitos, o CRAS, segundo a PNAS, deve programar ações intersetoriais para promoção da proteção social destas famílias em situação de vulnerabilidade social. O CRAS deve estar localizado em territórios cujos índices de vulnerabilidade social são expressivos, sempre na perspectiva territorializada e com foco na matricialidade sociofamiliar, configura-se como referência de proteção básica, que significa desenvolvimento de ações de prevenção de risco social e manutenção dos vínculos familiares e comunitários. 11 Neste momento apresentaremos a pesquisa realizada sobre o cotidiano do trabalho do profissional assistente social com famílias no CRAS Aparecida do município de Pirapora MG. O exercício profissional do assistente social tem em sua base três dimensões que orientam o trabalho profissional: teórico-metodológica, ético-política e técnico operativa. Essas dimensões colocam a possibilidade de entender o significado social da ação profissional – formativa, interventiva e investigativa (SANTOS, FILHO, BACKX, 2012). Nesse sentindo, o assistente social deve buscar conhecer a totalidade da realidade social para intervir. O profissional do serviço social com uma boa formação encontra-se capacitado do ponto de vista teórico metodológico, ético político e técnico operativo para atuação profissional. Para melhor elucidar destacamos os meios de trabalho do Assistente Social: 1. Princípios Fundamentais Núcleo ético-político (Código de ética Profissional, 1993). I-Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes - autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais; II. Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo; III. Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras; IV. Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza socialmente produzida; V. Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática; VI. Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças; 12 VII. Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o constante aprimoramento intelectual; VIII. Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação, exploração de classe, etnia e gênero; IX. Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos/as trabalhadores/as; X. Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional; XI. Exercício do Serviço Social sem ser discriminado/a, nem discriminar, por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, idade e condição física. 2. PRINCIPIOS OPERACIONAIS 2.1 Núcleo teórico- metodológicos Bases teóricas: • Fundamentos teórico- metodológicos da vida social conhecer o ser social. • Fundamentos da formação sócio histórica da sociedade brasileira-produção e reprodução da questão social. • Fundamentos trabalho profissional-meios de trabalho. • Bases metodológicas: • Análise de conjuntura • Análise institucional • Gestão social, planejamento, monitoramento e avaliação • Pesquisa • Gestãodos serviços sociais 2.2 Núcleo técnico operativos 13 • Estratégias de intervenção, instrumentos e técnicas • Estratégias de Intervenção: • Assessoria e consultoria • Gestão de serviços sociais e recursos sociais (organização do seu trabalho) • Mediação entre usuário e instituições • Participação em conselhos, equipes multidisciplinares. Instrumentos: • Encaminhamentos • Plantão • Triagens • Relatórios • Estudos sociais, pareceres e laudos • Abordagens individuais e grupais • Visitas domiciliares e hospitalares • Visitas a entidades ou otros equipamentos da comunidade • Reuniões • Oficinas • Palestras e seminários • Pesquisas • Planos, programas e projetos Técnicas • Saber ouvir e falar • Grupais: trabalhar com grupo, dinâmicas, condução, entrevista coletiva • Individuais: entrevistas individual • Saber negociar e mediatizar Para a utilização de qualquer tipo de instrumentais o profissional tem como base os fundamentos teórico-metodológicos, ético-político e técnico-operativos próprios do Serviço Social, devem sempre posicionar a favor da equidade e da justiça social, na perspectiva da 14 universalização do acesso a bens e a serviços relativos ás políticas públicas e programas sociais; a ampliação e a consolidação da cidadania são explicitamente postas como garantia dos direitos civis, políticos e sociais das classes trabalhadoras. Os instrumentos do assistente social não se reduzem a um conjunto de técnicas, vão além do tecnicismo. Nesse arcabouço de técnicas, que sem dúvida são essenciais, está o conhecimento da realidade fundamentada na concepção teórica como um instrumento de trabalho. Segundo Netto (1987) o dia a dia do profissional refere-se ao lugar onde a reprodução social acontece por meio de reprodução dos indivíduos, e por isto e um espaço ineliminável e insuprimível. É no cotidiano que o assistente social exerce sua instrumentalidade com capacidade, qualidade para objetivar suas finalidades. (GUERRA, 2000, p.1). Sousa (2008) menciona que na medida em que o assistente social atua diretamente no cotidiano dos menos favorecidos, ele produz um conhecimento sobre a realidade o seu instrumento de trabalho que permite ter a real dimensão de intervenção profissional. Entendemos6 que no CRAS o Serviço Social é parte integrante da equipe básica, e se instalou na perspectiva de um trabalho interdisciplinar, em busca do protagonismo e do empoderamento da população atendida, com a perspectiva do trabalho com as famílias, atividades relacionadas ao PAIF-Serviço de Atendimento Integral a Família. O trabalho com as famílias, referenciadas no território de abrangência do CRAS, privilegia a dimensão socioeducativa da política de Assistência Social na efetivação dos direitos relativos às seguranças sociais afiançadas. Assim, as ações profissionais relacionadas aos serviços prestados no CRAS devem provocar impactos na dimensão da subjetividade política dos usuários, tendo como diretriz central a construção do protagonismo e da autonomia na garantia dos direitos com superação das condições de vulnerabilidade social e potencialidades de riscos (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL, 2006, p. 13). 6SANTOS, Luciana de Cassia Barbosa dos - Universidade Federal do Paraná – Setor Litoral Curso de Serviço Social- O TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL COM FAMÍLIAS NO CENTRO DE REFERENCIA DA ASSISTENCIA SOCIAL – CRAS NILSON NEVES EM PARANAGUÁ-PR - MATINHOS/PR 2014 – Acesso em 25/10/2019 – Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/36385/Luciana%20de%20Cassia%20B.%20dos%20Santos.p df?sequence=1&isAllowed=y https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/36385/Luciana%20de%20Cassia%20B.%20dos%20Santos.pdf?sequence=1&isAllowed=y https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/36385/Luciana%20de%20Cassia%20B.%20dos%20Santos.pdf?sequence=1&isAllowed=y 15 No Sistema Único de Assistência Social, os serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social são reorganizados por níveis de proteção, que são: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial. Todos os serviços, programas, projetos e benefícios têm como foco prioritário a atenção às famílias, seus membros e indivíduos e o território como base de organização, que passam a ser definidos pelas funções que desempenham, pelo número de pessoas que deles necessitam e pela sua complexidade. Pressupõe, ainda, gestão compartilhada, co-financiamento da política pelas três esferas de governo e definição clara das competências técnico-políticas da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com a participação e mobilização da sociedade civil, e estes, têm o papel efetivo na sua implantação e implementação. 3. MATERIAIS E MÉTODOS Este trabalho caracteriza-se em uma pesquisa de campo. Para isso, pretende se realizar entrevistas dialogadas, não estruturadas com perguntas abertas diretamente aos Assistentes Sociais do CRAS- Aparecida no município de Pirapora-MG. Onde serão analisadas as considerações sobre atuação profissional, os desafios enfrentados por eles no cotidiano. Como se aplica os instrumentais técnicos operativos. Esta escolha ocorreu visto que foram os métodos que melhor atenderam os objetivos da pesquisa e que permitiram conhecer a problemática. A pesquisa terá seu embasamento teórico na base livros, reunindo um conjunto de opiniões de diversos autores conhecedores do assunto. Serão realizadas pesquisas bibliográficas utilizando sites da internet, entrevistas dialogadas que abordem o assunto e apresentem argumentos e materiais como artigos. Os instrumentos utilizados para a realização do trabalho serão os formulários preenchidos, uma prancheta, Papel A4, canetas, blocos de anotações. A coleta de dados e informações foi entre os meses de agosto/2019 e outubro/2019. Para a realização da coleta de dados todos os participantes foram individualmente informados sobre os objetivos da pesquisa. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO O presente trabalho nos proporcionou conhecer o serviço de proteção e atendimento integral a famílias- PAIF, que integra o nível de proteção social básica do SUAS, que tem por objetivo: “prevenir situações de risco social, por meio de potencialidades e aquisições e do 16 fortalecimento de vínculos familiares e comunitários”. Ou seja, atua de forma preventiva, protetiva e proativa, reconhecendo a importância de responder ás necessidades humanas de forma integral, para além da atenção a situações emergenciais, centradas exclusivamente nas situações de risco social. O Assistente Social realiza em conjunto com a equipe multidisciplinar o trabalho social com famílias no âmbito do PAIF. Um conjunto de ações e procedimentos realizados com o objetivo de contribuir para a convivência, reconhecimento de direitos e possibilidades de intervenção na vida social de uma família. Este trabalho estimula as potencialidades das famílias e da comunidade, promove espaços coletivos de escuta e troca de vivências. O PAIF constitui-se em um importante serviço para a política de assistência social, pois contribui para a redução da ocorrência de situações de vulnerabilidade social no território de abrangência do CRAS, para a prevenção da ocorrência de riscos sociais, seu agravamento ou reincidência e aumento de acessos a serviços socioassistenciais e setoriais. Conforme a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (Reimpressão 2014), o trabalho social essencial ao serviço são: Acolhida, estudo social; visita domiciliar; orientação e encaminhamentos; grupos de famílias; acompanhamento familiar; atividades comunitárias; campanhas socioeducativas; informação, comunicação e defesa de direitos; promoção ao acesso à documentação pessoal; mobilização e fortalecimento de redes sociais de apoio; desenvolvimento do convívio familiare comunitário; mobilização para a cidadania; conhecimento do território; cadastramento socioeconômico; elaboração de relatórios e/ou prontuários; notificação da ocorrência de situações de vulnerabilidade e risco social; busca ativa. Os usuários do serviço são as famílias cujos membros se encontram em situação de vulnerabilidade social por questões diversas como as de gênero, etnia, deficiência, idade, entre outras. São priorizadas no PAIF as famílias inseridas no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal, aquelas beneficiárias do Programa Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), territorialmente referenciadas ao CRAS. (ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CENTRO DE REFERENCIA- 2009, REIMPRESSO EM 2012.) Assim a realização deste trabalho propiciou conhecer de forma um pouco mais aprofundada a definição de estratégias e o uso dos instrumentais técnicos operativos para organizar seu trabalho com muita criatividade e autonomia. Os resultados de uma investigação dessa natureza são de extrema importância para toda a sociedade, acadêmicos, e para as famílias territorialmente referenciadas ao CRAS, Famílias que se encontram em 17 situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, que muitas vezes não possui acesso aos serviços públicos, dada a fragilização de vínculos de pertencimento e sociabilidade ou situação de vulnerabilidade e risco social. Os desafios para o assistente social são muitos. Estes resultados contribuem também para uma análise crítica da realidade, bem como desenvolver estratégias para o enfrentamento das desigualdades sociais. Os assistentes sociais que tem como princípio fundamental o código de ética profissional, o reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a elas inerentes- autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais. É nesse sentindo que a ação e intervenção profissional dos Assistentes Sociais das respostas as demandas apresentadas pelas famílias vulneráveis. Com relação ao trabalho desenvolvido pelos assistentes sociais no CRAS-Aparecida, observa-se que o profissional precisa ser competente, comprometido, livre de qualquer preconceito para que possa viabilizar uma abordagem com as famílias de maneira que seja sempre estabelecida buscando criar vínculos afetivos sociais para que os atendidos se sintam bem e a vontade para participar daquele núcleo como parte pertencente a tal. No dia-a-dia o assistente social faz o uso dos instrumentais técnicos operativos para desenvolverem seu trabalho, por outro lado encontra diversos obstáculos para conduzir seu exercício profissional, apesar de buscar atender as demandas de seus usuários, que cada vez mais tem se diversificado e aumentado, existem fatores que dificultam essa realização, principalmente as relações de poder, clientelismo, falta de condições dignas de trabalho, escassez de recursos financeiros, materiais e humanos, falta estruturas adequadas, além de possuir uma relativa autonomia na tomada de decisões, dificuldade de gestão das informações das famílias e indivíduos atendidos no PAIF. Compreensão do papel dos Assistentes sociais desempenhado nos CRAS seja na gestão do equipamento público e ou em outras funções. Analisando reflexões com relação ao trabalho desenvolvido pelos assistentes sociais do CRAS Aparecida, constatou-se que o profissional atua frente à ação preventiva, protetiva e proativa, por essa razão que se afirmar que a proteção social básica possui uma dimensão inovadora diante das demandas comum a este equipamento público, de sorte que acontece proporcionando a articulação entre as dimensões do Serviço Social (teórico-metodológica, ético- política e técnico-operativa) para então intervir frente às demandas apresentadas, assim como é perceptível a busca pela materialização dos serviços, sendo este fator um grande desafio diante de um Estado neoliberal que oferta políticas públicas fragilizadas. 18 Esperamos que os resultados alcançados neste trabalho propicie reflexão e suscitem o interesse por novos estudos, visando adquirir novos conhecimentos sobre a política pública de assistência social. CRAS - Centro de Referência de Assistência Social Foto 01 – Equipamento Público do CRAS-Aparecida Fonte: Centro de Referência de Assistência Social CRAS-, 2019. Fonte: Centro de Referência de Assistência Social- CRAS -2019. O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é o objeto de estudo desse artigo. Usaremos este como um dos espaços de atuação do Assistente Social. O Centro de Referência de Assistência Social é uma unidade pública estatal descentralizada da Política Nacional de Assistência Social criados no ano de 2004 com o objetivo de prevenir a ocorrência de situações de fragilidades e riscos sociais nos territórios de sua abrangência, por meio do desenvolvimento de potencialidades, do fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, e por meio da ampliação do acesso aos direitos de cidadania (ORIENTAÇÕES TECNICAS DO CRAS, 2009). 5. CONCLUSÃO Pode se observar na pesquisa a importância do CRAS- Aparecida e seus profissionais, pois, os profissionais têm em sua prática cotidiana o enfrentamento das expressões da questão social e isto não é tarefa fácil, visto que eles também estão inseridos neste processo na condição de trabalhadores, participantes da classe trabalhadora e como tal afetos as formas de exploração e alienação pela classe capitalista em uma luta diária de resistência. Neste sentido, 19 que se ressalta a dimensão política da prática profissional, entendidas não como partido político, mas sim que a opção política da categoria está ligada a todos os seus procedimentos teórico-metodológico, ético-político e técnico-operativo. Destaca-se a importância do assistente social dentro do CRAS/PAIF onde esse profissional desenvolve um trabalho importante junto às famílias e a comunidade, realizando visitas domiciliares, relatórios, pareceres sociais, estudo social e encaminhando social, promove a inclusão dos usuários em programas de capacitação e curso profissionalizante, busca um maior fortalecimento na rede de atendimento, com a finalidade de garantir um atendimento de qualidade aos mesmos. O arsenal de instrumentos são meios facilitadores que possibilitam ao assistente social refletir sua prática profissional, assim como viabilizar direitos em uma sociedade capitalista marcada pela divisão sociotécnica do trabalho. O Código de Ética profissional possibilita uma integração entre saber teórico-metodológico e a dinâmica do exercício profissional e os instrumentos utilizados. O assistente social é chamado a trabalhar com as necessidades advindas da exploração do trabalho, sendo criativo e propositivo e com práticas contrárias aos interesses do capital. Os profissionais de assistência social recebem inúmeras demandas inerentes a realidade de seus usuários em seu espaço de trabalho, essas informações e conhecimentos só é possível através dos atendimentos, observações vivenciadas no cotidiano da prática profissional. Ressalta-se que os profissionais que atuam na política de assistência social necessitam estar capacitado o exercício profissional. A utilização de qualquer tipo de instrumentais o assistente social pode ter como base os fundamentos teórico-metodológicos, ético-político e técnico-operativos próprios do Serviço Social. Lembrando que os Assistentes Sociais devem sempre posicionar a favor da equidade e da justiça social, na perspectiva da universalização do acesso a bens e a serviços relativos ás políticas públicas e programas sociais; a ampliação e a consolidação da cidadania são explicitamente postas como garantia dos direitos civis, políticos e sociais das classes trabalhadoras. Na sociedade contemporânea é exigida dos profissionais de serviço social a competênciade acompanhar a dinamicidade da realidade em que atua, buscando dar as respostas às contradições desta sociedade, sempre desvelando o que está posto no real aparente, levando em consideração o processo histórico e contextual, de superação do imediatismo. Assim, o atual cenário exige do Assistente Social uma visão crítica desta 20 realidade, buscando apreender os processos de mudanças sociais sempre o objetivo de materializar o projeto ético-político. O Código de Ética profissional possibilita uma integração entre saber teórico- metodológico e a dinâmica do exercício profissional e os instrumentos utilizados. O assistente social através de seus conhecimentos e habilidades profissional consegue intervir na questão social apresentada, desenvolvendo assim seu saber profissional, que é desenvolvido como perfil profissional através dos conhecimentos teóricos – práticos. Este artigo não pretendeu esgotar este debate, pois se acredita que temos muito para debater, articular e construir acerca desta temática. Certamente, esta discussão contribuirá para aprofundar as reflexões sobre os desafios que se colocam ao Serviço Social, na perspectiva de reafirmação de nossos valores, princípios e projeto ético político profissional. REFERÊNCIAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002. BATTINI, Odária. 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