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SOCIEDADE EDUCACIONAL LEONARDO DA VINCI S/S LTDA CENTRO 
UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI – UNIASSELVI 
 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL 
 
 
ADENILSON GONÇALVES DE OLIVEIRA 
MICHELLE MACHADO RIBAS 
NEUZA FERNANDES DA SILVA 
ROSINALVA TEIXEIRA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS APARECIDA/PAIF NO 
MUNICÍPIO DE PIRAPORA-MG. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pirapora - MG 
Novembro 2019 
 
 
 
 
ADENILSON GONÇALVES DE OLIVEIRA 
MICHELLE MACHADO RIBAS 
NEUZA FERNANDES DA SILVA 
ROSINALVA TEIXEIRA SILVA 
 
 
 
 
 
 
O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS APARECIDA/PAIF NO 
MUNICÍPIO DE PIRAPORA-MG. 
 
 
 
 
Artigo Científico direcionado à conclusão da disciplina Seminário 
Interdisciplinar: Gestão, Dimensões e Aplicabilidade Técnica- Operativa. 
(SES01) Turma: FLX 0700 do curso de graduação em Serviço Social 
Sociedade Educacional Leonardo da Vinci S/S Ltda. Centro Universitário 
Leonardo da Vinci - Uniasselvi 
 
Orientadora: Prof.ª. Ana Claudia Moser 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pirapora - MG 
Novembro 2019 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1. Introdução..............................................................................................................5 - 8 
2. Fundamentação Teórica.......................................................................................8 - 15 
3. Materiais e Métodos..................................................................................................15 
4. Resultados e Discussões....................................................................................15 - 18 
5.Conclusão. .......................................................................................................... 18 - 20 
Referências .................................................................................................................. .20
4 
 
 
TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS APARECIDA/PAIF NO 
MUNICÍPIO DE PIRAPORA-MG. 
 
 
Adenilson Gonçalves de Oliveira1 
Michelle Machado Ribas2 
Neuza Fernandes da Silva3 
Rosinalva Teixeira Silva4 
Tallita Cardoso Bastos Lafeta 5 
RESUMO 
 
A partir da Constituição Federal de 1988, a Assistência Social passa a ter novas concepções e 
se constitui como uma ferramenta de gestão da Política Nacional de Assistência Social, 
inclusa no sistema de Seguridade Social. Porém, foi regulamentada como política social 
pública com a aprovação da Lei Orgânica de Assistência Social em 1993. O presente artigo 
tem como objetivo geral analisar o trabalho do Assistente Social CRAS Aparecida/PAIF no 
município de Pirapora-MG, os desafios por eles enfrentados no cenário contemporâneo e a 
importância da gestão, dimensões e aplicabilidade técnica operativa dos Assistentes Sociais. 
Para atingir os objetivos propostos recorreu-se o seguinte procedimento: O tipo de abordagem 
que se propõe é essencialmente qualitativo descritivo. Como procedimento metodológico, 
utiliza-se a pesquisa bibliográfica. O profissional de Serviço Social depara-se com situações 
diversas no atendimento aos usuários da Política de Assistência Social que procura o CRAS-
Aparecida. O cenário contemporâneo exige do profissional um conhecimento amplo na área 
de atuação frente às múltiplas faces da questão social. 
 
 
1
Curso Técnico em Segurança do Trabalho pelo IFNMG 2018 e Acadêmico em Serviço Social pela Sociedade 
Educacional Leonardo da Vinci S/S Ltda. - Centro Universitário Leonardo da Vinci – Uniasselvi - Ano: 2019 - 
adenilson.olivira@bol.com.br 
 
2Acadêmica em Serviço Social pela Sociedade Educacional Leonardo da Vinci S/S Ltda. - Centro Universitário 
Leonardo da Vinci – Uniasselvi - Ano: 2019 – michasribas@hotmail.com 
 
3Acadêmica em Serviço Social pela Sociedade Educacional Leonardo da Vinci S/S Ltda. - Centro Universitário 
Leonardo da Vinci – Uniasselvi - Ano: 2019 – neusafernandes920@gmail.com 
 
4Acadêmica em Serviço Social pela Sociedade Educacional Leonardo da Vinci S/S Ltda. - Centro Universitário 
Leonardo da Vinci – Uniasselvi - Ano: 2019- nalvateixa@hotmail.com 
 
5 Tutora Externa da Sociedade Educacional Leonardo da Vinci S/S Ltda. - Centro Universitário Leonardo da 
Vinci – Uniasselvi - Ano: 2019 
 
5Acadêmica em Serviço Social pela Sociedade Educacional Leonardo da Vinci S/S Ltda. - Centro Universitário 
Leonardo da Vinci – Uniasselvi - Ano: 2019- nalvateixa@hotmail.com 
 
5 Tutora Externa da Sociedade Educacional Leonardo da Vinci S/S Ltda. - Centro Universitário Leonardo da 
Vinci – Uniasselvi - Ano: 2019 
 
mailto:adenilson.olivira@bol.com.br
mailto:michasribas@hotmail.com
mailto:neusafernandes920@gmail.com
mailto:nalvateixa@hotmail.com
mailto:nalvateixa@hotmail.com
5 
 
 
Palavras-Chave: Trabalho Profissional. CRAS, Aplicabilidade Técnico Operativa do Serviço 
Social. 
1. INTRODUÇÃO 
 
Nesta pesquisa, busca-se o embasamento teórico para o desenvolvimento do tema. 
Para tanto, faz-se uso dos conceitos e ideias dos principais autores da área social e de áreas 
afins, com o objetivo de indicar o caminho para realizar. 
O presente trabalho teve por finalidade discutir o trabalho do Assistente Social no 
CRAS Aparecida/PAIF no município de Pirapora-MG. No decorrer dos anos percebe-se uma 
ampliação do trabalho dos assistentes sociais em diversos segmentos e espaços sócio 
ocupacionais, principalmente no âmbito da Política de Assistência Social devido à 
implantação do Sistema Único de Assistência Social. 
Um desses espaços sócio ocupacionais em que os assistentes sociais estão inseridos e 
que faz parte da Política de Assistência Social é o CRAS. O Serviço Social no CRAS tem 
como finalidade acompanhar as famílias referenciadas a ele. Dentre as várias equipes que 
atuam no CRAS, pretende se destacar aqui a presença dos assistentes sociais, que é 
fundamental e sua intervenção profissional é de grande valor para a instituição, mas, 
sobretudo para a vida dos cidadãos que utilizam os serviços do CRAS, porque por meio do 
seu exercício profissional, esses profissionais buscam a garantia dos direitos dos usuários. 
O Centro de Referência de Assistência Social é uma unidade pública estatal 
descentralizada da Política Nacional de Assistência Social criados no ano de 2004 com o 
objetivo de prevenir a ocorrência de situações de fragilidades e riscos sociais nos territórios de 
sua abrangência, por meio do desenvolvimento de potencialidades, do fortalecimento dos 
vínculos familiares e comunitários, e por meio da ampliação do acesso aos direitos de 
cidadania (ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CRAS, 2009). 
Dentre muitos serviços ofertados para a população pelo CRAS, destaca-se o PAIF 
(serviço de proteção integral à família). Através do PAIF, são desenvolvidos projetos que 
proporcionam aos usuários atendidos a participação, não obrigatória, em oficinas 
socioeducativas e trabalhos em grupos. O principal serviço de proteção social básica, ao qual 
todos os outros serviços articular-se, pois confere a primazia da ação do poder público na 
garantia do direito à convivência familiar e assegura a matricialidade sócio familiar no 
atendimento socioassistencial, um dos eixos estruturantes do SUAS. A Proteção Social Básica 
6 
 
 
passa a ser responsabilidade dos municípios por meio dos Centros de Referência de 
Assistência Social/CRAS que inovam com o aspecto preventivo. 
 Na impossibilidade de abordar sobre todos os serviços previstos na proteção social 
básica, limitamos nossas considerações ao serviço do PAIF, pois existem inúmeras pessoas 
que procuram o CRAS que é considerado principal porta de entrada para os serviços, 
programas e benefícios da assistência social. Geralmente estão vivenciando situações de 
vulnerabilidade social pela fragilização de vínculos familiares e sociais, a maioria destes 
usuários não possuem acesso as políticas públicas. 
O CRAS Aparecida está localizado na rua: Maranhão, 230, bairro: Nossa 
Senhora. Aparecida no município de Pirapora- MG. Oferta serviços de proteção social básica 
tais como: programas, projetos e benefícios eventuais previstos na Tipificação Nacional de 
Serviços Socioassistenciais (Resolução 109/2009). A equipe técnica composta por um 
coordenador, assistente social, psicóloga, pedagoga e auxiliares administrativos. Este 
equipamento público governamental subordinado politicamente à SEFAM (secretaria 
municipal da família e políticas sociais), por meio da prefeitura municipal de Pirapora/MG. 
 Em 2004 é aprovado o Sistema Único de Assistência Social, que começou a ser 
implantado em 2005, que regula a organização e implementação da PNAS em todo o território 
nacional, operacionaliza a Proteção Social Básica e Especial por meio dos serviços 
socioassistenciais, cujos serviços, programas, projetos e benefícios têm como centralidade a 
família. 
 O SUAS organiza as ações da assistência social em dois tipos de proteção social. A 
primeira é a Proteção Social Básica desenvolvida nos Centro de Referência de Assistência 
Social - CRAS, destinada à prevenção de riscos sociais e pessoais, por meio da oferta de 
programas, projetos, serviços e benefícios a indivíduos e famílias em situação de 
vulnerabilidade social. 
A segunda é a Proteção Social Especial desenvolvida no CREAS, aliada à primeira é 
destinada a famílias e indivíduos que já se encontram em situação de risco e que tiveram seus 
direitos violados por ocorrência de abandono, maus-tratos, abuso sexual, usam de drogas, 
entre outros aspectos, entretanto neste processo onde as famílias já tiveram seus direitos 
violados são encaminhados aos demais órgãos responsáveis. 
 O estudo demonstra o quanto é importante a sociedade e em especial a acadêmica 
discutir, pesquisar, refletir, analisar o tema, para orientar as famílias a procurarem estes 
equipamentos com o objetivo de inclusão neste serviço de proteção social básica para prevenir 
7 
 
 
situações de riscos sociais, por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições de 
fortalecimento e vínculos familiares. Ou seja, atua de forma preventiva, protetiva e proativa, 
sempre reconhecendo ás necessidades humanas de forma integral, para além das situações 
emergenciais, centradas nas situações de riscos apresentadas pelos usuários da política de 
assistência social. Bem como conhecer o trabalho profissional do assistente social que atuam 
nestes equipamentos. 
Partindo, então, deste contexto e da sentida necessidade pessoal em aprofundar 
conhecimentos sobre a temática, este trabalho, pretende apresentar alguns conceitos do 
CRAS, para em seguida procurar responder alguns questionamentos: A dificuldade de gestão 
das informações das famílias e indivíduos atendidos no PAIF, compreender qual o papel que o 
assistente social poderá desempenhar junto ao CRAS, seja na gestão do equipamento público 
e ou em outras funções, as dimensões de atuação do Assistente Social, a utilização dos 
instrumentais técnicos operativos do serviço sociais e refletir sobre a falta de conhecimento 
daspolíticas sociais do município, a falta de repasse financeiro dos governos federais, 
estaduais ou municipais suficiente para a execução dos serviços, programas, projetos e 
benefícios eventuais. 
O problema de pesquisa é sobre o desafio dos profissionais do CRAS para terem 
acesso às famílias que precisam do apoio assistencial. Diante o exposto permite formular a 
hipótese geral de que, embora o país conte hoje com um marco legal avançado na área da 
assistência social, e apesar dos avanços registrados nos últimos anos, há ainda um 
significativo caminho a percorrer para a efetiva concretização das normas do SUAS em 
diversos municípios. O enfrentamento desses desafios será especialmente complexo no 
contexto da crise econômica e política que o país atravessa. Contudo, dado que toda crise tem 
sempre uma dimensão de oportunidade, este pode ser o momento adequado para uma 
avaliação mais profunda da situação das políticas socioassistenciais nos pequenos e médios 
municípios, e das estratégias que devem ser priorizadas para que essas políticas possam de 
fato contribuir para a redução das desigualdades no Brasil. 
O estudo buscou se como objetivo geral analisar o trabalho do Assistente Social CRAS 
Aparecida/PAIF no município de Pirapora-MG, os desafios por eles enfrentados no cenário 
contemporâneo e a importância da gestão, dimensões e aplicabilidade técnica operativa dos 
Assistentes Sociais. Para atingir os objetivos propostos recorreu-se o seguinte procedimento: 
O tipo de abordagem que se propõe é essencialmente qualitativo descritivo. Como 
procedimento metodológico, utiliza-se a pesquisa bibliográfica. Através de pesquisas a partir 
8 
 
 
de revisão literária, por exemplo: Livros, Artigos Científicos já publicados. A ênfase será 
dada a partir dos estudos dos autores: SOUZA (2008), IAMAMOTO (2009), MAGALHÃES 
(2003), NETTO (1999), MARTINELLE (2011) e outros que tratam do tema. A 
fundamentação teórica consiste em realizar uma revisão dos trabalhos já existentes sobre o 
tema abordado, identificando o grau de importância do assunto em questão. 
A pesquisa será direcionada a três assistentes sociais em atividade no CRAS 
Aparecida no município de Pirapora MG. Buscar-se-ão respostas para como os profissionais 
estão atuando no CRAS Aparecidade como está sua atuação profissional do ponto de vista 
teórico metodológica, ético político e técnico operativo. 
Para isso, pretende se realizar entrevistas dialogadas, não estruturadas com perguntas 
abertas diretamente aos Assistentes Sociais do CRAS- Aparecida no município de Pirapora-
MG. Portanto, espera-se que os resultados deste trabalho possam trazer contribuições 
relevantes para a categoria profissional do serviço social. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
O Serviço Social surgiu a partir de 1930, quando se iniciou o processo de 
industrialização e urbanização no Brasil. Na época a profissão estava relacionada à articulação 
dos poderes dominantes como: burguesia industrial, oligarquias cafeeiras, igreja católica e 
Estado Varguista. O objetivo era controlar as insatisfações populares dos trabalhadores e frear 
qualquer possibilidade de reivindicação. 
 
O Serviço Social no Brasil remonta aos primeiros anos da década de 30, 
como fruto da iniciativa particular de vários setores da burguesia, fortemente 
respaldados pela Igreja Católica e tendo como referencial o serviço social 
europeu. Evidentemente não pode ser entendido como uma simples 
transposição de modelos ou mera importação de ideias, pois suas origens 
estão profundamente relacionadas com o complexo do quadro histórico 
conjuntural que caracterizava o país naquele momento (MARTINELLE, 
2011, p.122). 
 
A política de assistência social tem como objetivo a proteção social dos sujeitos, é de 
responsabilidade do Estado, de caráter não contributivo e universal, destinada a quem dela 
necessitar. Diante disso o serviço social vem conquistando avanços importantes no Brasil, 
superando a forma assistencialista em que era atribuída na vida das pessoas. Foi através da 
Constituição Federal de 1988 que houve o ingresso da assistência social como direito do 
9 
 
 
cidadão. Houve no Brasil uma grande mobilização democrática onde eram exigidas novas 
praticas na área social, a partir de movimentos sociais teve início uma intensa discussão para a 
formulação de uma política pública de Assistência Social, constitucionalmente assegurada. 
 
Nesse sentido a Seguridade Social implica que todo cidadão tenha acesso a 
um conjunto de certezas e seguranças que venham cobrir, diminuir ou 
precaver os riscos e as vulnerabilidades sociais. A partir dessa nova 
concepção foi instituído o reconhecimento do direito universal, independente 
se o cidadão contribuísse com o sistema previdenciário ou não. (YASBECK, 
1997, p.13) 
 
A política de assistência social teve sua legislação complementar aprovada em 1993através da Lei nº 8.742, que ficou conhecida como Lei Orgânica da Assistência Social 
(LOAS). Mas só após as deliberações da IV Conferência Nacional de Assistência Social, 
realizada em Brasília em 2003, o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) aprovou, 
em setembro de 2004, após amplo debate coletivo, o redesenho da (PNAS) Política Nacional 
de Assistência Social, a ser operacionalizada por meio do (SUAS) Sistema Único de 
Assistência Social. 
É nessa, perspectiva de evolução da política de assistência, que surge o Sistema Único 
de Assistência Social – SUAS. Segundo o MDS (2010, p. 42), SUAS “é um sistema público 
não contributivo, descentralizado e participativo, que tem por função a gestão do conteúdo 
específico da assistência social no campo da proteção social brasileira”. Esse sistema vai 
apontar para uma ruptura com o assistencialismo, benemerência, ações fragmentadas e 
interesses eleitoreiros características de anos anteriores. 
É importante frisar que esse diálogo fundamenta-se na concepção de que o processo de 
implementação do SUAS, deve, segundo Paiva (2006, p.11), “referenciar-se no tempo 
presente e no contexto sociopolítico atual, sem perder de vista a processualidade histórica 
estrutural das políticas sociais em geral”. 
Segundo a PNAS (2004), a proteção social deve garantir as seguintes seguranças: de 
sobrevivência (de rendimento e de autonomia); de acolhida e de convívio ou vivência 
familiar. Já a NOB/SUAS (2012), reafirma essas garantias contidas na proteção social da 
assistência social: a segurança da acolhida; a segurança social de renda; a segurança do 
convívio ou convivência familiar, comunitária e social; a segurança de desenvolvimento da 
autonomia individual, familiar e social, segurança de sobrevivência a riscos circunstanciais. A 
indicação do SUAS é de que as ações sócio-assistenciais de proteção social básica seja 
desenvolvida, prioritariamente, pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). 
10 
 
 
O serviço de proteção social básica tem um caráter preventivo e visa proporcionar a 
inclusão social, o fortalecimento dos vínculos - familiares e comunitários - e do acesso aos 
serviços públicos. Tem por objetivo “prevenir situações de risco por meio do 
desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e 
comunitários” (PNAS/2004), e a ampliação do acesso aos direitos. É destinada a população 
que vive em situação de vulnerabilidade social, decorrentes da: pobreza, privação (ausência 
de renda, precária ou nulo acesso aos serviços públicos), fragilização dos vínculos afetivos – 
relacionais e de pertencimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por 
deficiência, entre outras). 
O Serviço Social tem na prática profissional a busca pela efetivação dos direitos 
sociais dos cidadãos e atua nas sequelas deixadas pelo modo de produção capitalista. Tem na 
questão social a base da fundação como especialização do trabalho (IAMAMOTO, 2009, 
p.27). 
Questão social apreendida como um conjunto das expressões das 
desigualdades da sociedade capitalista madura, que tem uma raiz comum: a 
produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais 
amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos mantém-se, 
monopolizada por uma parte da sociedade. (IAMAMOTTO, 2009 p.27). 
 
A indicação do SUAS é de que as ações sócio-assistenciais de proteção social básica 
seja desenvolvida, prioritariamente, pelos Centros de Referência de Assistência Social 
(CRAS). O CRAS é um equipamento público estatal de base territorial que estrutura a 
Atenção Básica, tem como objetivo contribuir para a prevenção e o enfrentamento de 
situações de vulnerabilidade social; a inclusão de grupos e/ou indivíduos em situação de risco 
social nas políticas públicas, no mundo do trabalho e na vida comunitária e societária, tem 
como função prioritária proteger as famílias, seus membros e indivíduos, cujos direitos 
fundamentais já se encontrem violados, mas que mantém os vínculos ou laços de 
pertencimentos familiar. Para atender a estes propósitos, o CRAS, segundo a PNAS, deve 
programar ações intersetoriais para promoção da proteção social destas famílias em situação 
de vulnerabilidade social. O CRAS deve estar localizado em territórios cujos índices de 
vulnerabilidade social são expressivos, sempre na perspectiva territorializada e com foco na 
matricialidade sociofamiliar, configura-se como referência de proteção básica, que significa 
desenvolvimento de ações de prevenção de risco social e manutenção dos vínculos familiares 
e comunitários. 
11 
 
 
Neste momento apresentaremos a pesquisa realizada sobre o cotidiano do trabalho do 
profissional assistente social com famílias no CRAS Aparecida do município de Pirapora MG. 
O exercício profissional do assistente social tem em sua base três dimensões que orientam o 
trabalho profissional: teórico-metodológica, ético-política e técnico operativa. Essas 
dimensões colocam a possibilidade de entender o significado social da ação profissional – 
formativa, interventiva e investigativa (SANTOS, FILHO, BACKX, 2012). 
Nesse sentindo, o assistente social deve buscar conhecer a totalidade da realidade 
social para intervir. O profissional do serviço social com uma boa formação encontra-se 
capacitado do ponto de vista teórico metodológico, ético político e técnico operativo para 
atuação profissional. 
Para melhor elucidar destacamos os meios de trabalho do Assistente Social: 
1. Princípios Fundamentais 
 Núcleo ético-político (Código de ética Profissional, 1993). 
I-Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela 
inerentes - autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais; 
II. Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo; 
III. Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda 
sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras; 
IV. Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação 
política e da riqueza socialmente produzida; 
V. Posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade 
de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua 
gestão democrática; 
VI. Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito 
à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das 
diferenças; 
12 
 
 
VII. Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais 
democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o constante 
aprimoramento intelectual; 
VIII. Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma 
nova ordem societária, sem dominação, exploração de classe, etnia e gênero; 
IX. Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem 
dos princípios deste Código e com a luta geral dos/as trabalhadores/as; 
X. Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o 
aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional; 
XI. Exercício do Serviço Social sem ser discriminado/a, nem discriminar, por questões 
de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, 
identidade de gênero, idade e condição física. 
2. PRINCIPIOS OPERACIONAIS 
2.1 Núcleo teórico- metodológicos 
Bases teóricas: 
• Fundamentos teórico- metodológicos da vida social conhecer o ser social. 
• Fundamentos da formação sócio histórica da sociedade brasileira-produção e reprodução da 
questão social. 
• Fundamentos trabalho profissional-meios de trabalho. 
• Bases metodológicas: 
• Análise de conjuntura 
• Análise institucional 
• Gestão social, planejamento, monitoramento e avaliação 
• Pesquisa 
• Gestãodos serviços sociais 
 
2.2 Núcleo técnico operativos 
 
13 
 
 
• Estratégias de intervenção, instrumentos e técnicas 
• Estratégias de Intervenção: 
• Assessoria e consultoria 
• Gestão de serviços sociais e recursos sociais (organização do seu trabalho) 
• Mediação entre usuário e instituições 
• Participação em conselhos, equipes multidisciplinares. 
 
 Instrumentos: 
• Encaminhamentos 
• Plantão 
• Triagens 
• Relatórios 
• Estudos sociais, pareceres e laudos 
• Abordagens individuais e grupais 
• Visitas domiciliares e hospitalares 
• Visitas a entidades ou otros equipamentos da comunidade 
• Reuniões 
• Oficinas 
• Palestras e seminários 
• Pesquisas 
• Planos, programas e projetos 
Técnicas 
• Saber ouvir e falar 
• Grupais: trabalhar com grupo, dinâmicas, condução, entrevista coletiva 
• Individuais: entrevistas individual 
• Saber negociar e mediatizar 
 Para a utilização de qualquer tipo de instrumentais o profissional tem como base os 
fundamentos teórico-metodológicos, ético-político e técnico-operativos próprios do Serviço 
Social, devem sempre posicionar a favor da equidade e da justiça social, na perspectiva da 
14 
 
 
universalização do acesso a bens e a serviços relativos ás políticas públicas e programas 
sociais; a ampliação e a consolidação da cidadania são explicitamente postas como garantia 
dos direitos civis, políticos e sociais das classes trabalhadoras. 
Os instrumentos do assistente social não se reduzem a um conjunto de técnicas, vão 
além do tecnicismo. Nesse arcabouço de técnicas, que sem dúvida são essenciais, está o 
conhecimento da realidade fundamentada na concepção teórica como um instrumento de 
trabalho. 
Segundo Netto (1987) o dia a dia do profissional refere-se ao lugar onde a 
reprodução social acontece por meio de reprodução dos indivíduos, e por isto e um espaço 
ineliminável e insuprimível. É no cotidiano que o assistente social exerce sua 
instrumentalidade com capacidade, qualidade para objetivar suas finalidades. (GUERRA, 
2000, p.1). 
Sousa (2008) menciona que na medida em que o assistente social atua diretamente no 
cotidiano dos menos favorecidos, ele produz um conhecimento sobre a realidade o seu 
instrumento de trabalho que permite ter a real dimensão de intervenção profissional. 
Entendemos6 que no CRAS o Serviço Social é parte integrante da equipe básica, e se instalou 
na perspectiva de um trabalho interdisciplinar, em busca do protagonismo e do 
empoderamento da população atendida, com a perspectiva do trabalho com as famílias, 
atividades relacionadas ao PAIF-Serviço de Atendimento Integral a Família. 
 
O trabalho com as famílias, referenciadas no território de abrangência do 
CRAS, privilegia a dimensão socioeducativa da política de Assistência 
Social na efetivação dos direitos relativos às seguranças sociais afiançadas. 
Assim, as ações profissionais relacionadas aos serviços prestados no CRAS 
devem provocar impactos na dimensão da subjetividade política dos 
usuários, tendo como diretriz central a construção do protagonismo e da 
autonomia na garantia dos direitos com superação das condições de 
vulnerabilidade social e potencialidades de riscos (MINISTÉRIO DO 
DESENVOLVIMENTO SOCIAL, 2006, p. 13). 
 
 
6SANTOS, Luciana de Cassia Barbosa dos - Universidade Federal do Paraná – Setor Litoral Curso de Serviço 
Social- O TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL COM FAMÍLIAS NO CENTRO DE REFERENCIA DA 
ASSISTENCIA SOCIAL – CRAS NILSON NEVES EM PARANAGUÁ-PR - MATINHOS/PR 2014 – Acesso 
em 25/10/2019 – Disponível em: 
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/36385/Luciana%20de%20Cassia%20B.%20dos%20Santos.p
df?sequence=1&isAllowed=y 
 
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/36385/Luciana%20de%20Cassia%20B.%20dos%20Santos.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/36385/Luciana%20de%20Cassia%20B.%20dos%20Santos.pdf?sequence=1&isAllowed=y
15 
 
 
No Sistema Único de Assistência Social, os serviços, programas, projetos e benefícios 
da assistência social são reorganizados por níveis de proteção, que são: Proteção Social 
Básica e Proteção Social Especial. Todos os serviços, programas, projetos e benefícios têm 
como foco prioritário a atenção às famílias, seus membros e indivíduos e o território como 
base de organização, que passam a ser definidos pelas funções que desempenham, pelo 
número de pessoas que deles necessitam e pela sua complexidade. Pressupõe, ainda, gestão 
compartilhada, co-financiamento da política pelas três esferas de governo e definição clara 
das competências técnico-políticas da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com a 
participação e mobilização da sociedade civil, e estes, têm o papel efetivo na sua implantação 
e implementação. 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Este trabalho caracteriza-se em uma pesquisa de campo. Para isso, pretende se realizar 
entrevistas dialogadas, não estruturadas com perguntas abertas diretamente aos Assistentes 
Sociais do CRAS- Aparecida no município de Pirapora-MG. Onde serão analisadas as 
considerações sobre atuação profissional, os desafios enfrentados por eles no cotidiano. Como 
se aplica os instrumentais técnicos operativos. Esta escolha ocorreu visto que foram os 
métodos que melhor atenderam os objetivos da pesquisa e que permitiram conhecer a 
problemática. 
A pesquisa terá seu embasamento teórico na base livros, reunindo um conjunto de 
opiniões de diversos autores conhecedores do assunto. Serão realizadas pesquisas 
bibliográficas utilizando sites da internet, entrevistas dialogadas que abordem o assunto e 
apresentem argumentos e materiais como artigos. Os instrumentos utilizados para a realização 
do trabalho serão os formulários preenchidos, uma prancheta, Papel A4, canetas, blocos de 
anotações. A coleta de dados e informações foi entre os meses de agosto/2019 e 
outubro/2019. Para a realização da coleta de dados todos os participantes foram 
individualmente informados sobre os objetivos da pesquisa. 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
O presente trabalho nos proporcionou conhecer o serviço de proteção e atendimento 
integral a famílias- PAIF, que integra o nível de proteção social básica do SUAS, que tem por 
objetivo: “prevenir situações de risco social, por meio de potencialidades e aquisições e do 
16 
 
 
fortalecimento de vínculos familiares e comunitários”. Ou seja, atua de forma preventiva, 
protetiva e proativa, reconhecendo a importância de responder ás necessidades humanas de 
forma integral, para além da atenção a situações emergenciais, centradas exclusivamente nas 
situações de risco social. 
 O Assistente Social realiza em conjunto com a equipe multidisciplinar o trabalho 
social com famílias no âmbito do PAIF. Um conjunto de ações e procedimentos realizados 
com o objetivo de contribuir para a convivência, reconhecimento de direitos e possibilidades 
de intervenção na vida social de uma família. Este trabalho estimula as potencialidades das 
famílias e da comunidade, promove espaços coletivos de escuta e troca de vivências. O PAIF 
constitui-se em um importante serviço para a política de assistência social, pois contribui para 
a redução da ocorrência de situações de vulnerabilidade social no território de abrangência do 
CRAS, para a prevenção da ocorrência de riscos sociais, seu agravamento ou reincidência e 
aumento de acessos a serviços socioassistenciais e setoriais. 
Conforme a Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (Reimpressão 2014), 
o trabalho social essencial ao serviço são: Acolhida, estudo social; visita domiciliar; 
orientação e encaminhamentos; grupos de famílias; acompanhamento familiar; atividades 
comunitárias; campanhas socioeducativas; informação, comunicação e defesa de direitos; 
promoção ao acesso à documentação pessoal; mobilização e fortalecimento de redes sociais 
de apoio; desenvolvimento do convívio familiare comunitário; mobilização para a cidadania; 
conhecimento do território; cadastramento socioeconômico; elaboração de relatórios e/ou 
prontuários; notificação da ocorrência de situações de vulnerabilidade e risco social; busca 
ativa. 
Os usuários do serviço são as famílias cujos membros se encontram em situação de 
vulnerabilidade social por questões diversas como as de gênero, etnia, deficiência, idade, 
entre outras. São priorizadas no PAIF as famílias inseridas no Cadastro Único de Programas 
Sociais do Governo Federal, aquelas beneficiárias do Programa Bolsa Família e do Benefício 
de Prestação Continuada (BPC), territorialmente referenciadas ao CRAS. (ORIENTAÇÕES 
TÉCNICAS DO CENTRO DE REFERENCIA- 2009, REIMPRESSO EM 2012.) 
Assim a realização deste trabalho propiciou conhecer de forma um pouco mais 
aprofundada a definição de estratégias e o uso dos instrumentais técnicos operativos para 
organizar seu trabalho com muita criatividade e autonomia. Os resultados de uma 
investigação dessa natureza são de extrema importância para toda a sociedade, acadêmicos, e 
para as famílias territorialmente referenciadas ao CRAS, Famílias que se encontram em 
17 
 
 
situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, que muitas vezes não possui acesso 
aos serviços públicos, dada a fragilização de vínculos de pertencimento e sociabilidade ou 
situação de vulnerabilidade e risco social. Os desafios para o assistente social são muitos. 
Estes resultados contribuem também para uma análise crítica da realidade, bem como 
desenvolver estratégias para o enfrentamento das desigualdades sociais. 
Os assistentes sociais que tem como princípio fundamental o código de ética 
profissional, o reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas 
a elas inerentes- autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais. É nesse 
sentindo que a ação e intervenção profissional dos Assistentes Sociais das respostas as 
demandas apresentadas pelas famílias vulneráveis. 
Com relação ao trabalho desenvolvido pelos assistentes sociais no CRAS-Aparecida, 
observa-se que o profissional precisa ser competente, comprometido, livre de qualquer 
preconceito para que possa viabilizar uma abordagem com as famílias de maneira que seja 
sempre estabelecida buscando criar vínculos afetivos sociais para que os atendidos se sintam 
bem e a vontade para participar daquele núcleo como parte pertencente a tal. 
No dia-a-dia o assistente social faz o uso dos instrumentais técnicos operativos para 
desenvolverem seu trabalho, por outro lado encontra diversos obstáculos para conduzir seu 
exercício profissional, apesar de buscar atender as demandas de seus usuários, que cada vez 
mais tem se diversificado e aumentado, existem fatores que dificultam essa realização, 
principalmente as relações de poder, clientelismo, falta de condições dignas de trabalho, 
escassez de recursos financeiros, materiais e humanos, falta estruturas adequadas, além de 
possuir uma relativa autonomia na tomada de decisões, dificuldade de gestão das informações 
das famílias e indivíduos atendidos no PAIF. Compreensão do papel dos Assistentes sociais 
desempenhado nos CRAS seja na gestão do equipamento público e ou em outras funções. 
Analisando reflexões com relação ao trabalho desenvolvido pelos assistentes sociais 
do CRAS Aparecida, constatou-se que o profissional atua frente à ação preventiva, protetiva e 
proativa, por essa razão que se afirmar que a proteção social básica possui uma dimensão 
inovadora diante das demandas comum a este equipamento público, de sorte que acontece 
proporcionando a articulação entre as dimensões do Serviço Social (teórico-metodológica, 
ético- política e técnico-operativa) para então intervir frente às demandas apresentadas, assim 
como é perceptível a busca pela materialização dos serviços, sendo este fator um grande 
desafio diante de um Estado neoliberal que oferta políticas públicas fragilizadas. 
18 
 
 
Esperamos que os resultados alcançados neste trabalho propicie reflexão e suscitem o 
interesse por novos estudos, visando adquirir novos conhecimentos sobre a política pública de 
assistência social. 
CRAS - Centro de Referência de Assistência Social 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foto 01 – Equipamento Público do CRAS-Aparecida 
Fonte: Centro de Referência de Assistência Social CRAS-, 2019. 
Fonte: Centro de Referência de Assistência Social- CRAS -2019. 
 
O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é o objeto de estudo desse 
artigo. Usaremos este como um dos espaços de atuação do Assistente Social. 
O Centro de Referência de Assistência Social é uma unidade pública estatal 
descentralizada da Política Nacional de Assistência Social criados no ano de 2004 com o 
objetivo de prevenir a ocorrência de situações de fragilidades e riscos sociais nos territórios de 
sua abrangência, por meio do desenvolvimento de potencialidades, do fortalecimento dos 
vínculos familiares e comunitários, e por meio da ampliação do acesso aos direitos de 
cidadania (ORIENTAÇÕES TECNICAS DO CRAS, 2009). 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Pode se observar na pesquisa a importância do CRAS- Aparecida e seus profissionais, 
pois, os profissionais têm em sua prática cotidiana o enfrentamento das expressões da questão 
social e isto não é tarefa fácil, visto que eles também estão inseridos neste processo na 
condição de trabalhadores, participantes da classe trabalhadora e como tal afetos as formas de 
exploração e alienação pela classe capitalista em uma luta diária de resistência. Neste sentido, 
 
19 
 
 
que se ressalta a dimensão política da prática profissional, entendidas não como partido 
político, mas sim que a opção política da categoria está ligada a todos os seus procedimentos 
teórico-metodológico, ético-político e técnico-operativo. 
Destaca-se a importância do assistente social dentro do CRAS/PAIF onde esse 
profissional desenvolve um trabalho importante junto às famílias e a comunidade, realizando 
visitas domiciliares, relatórios, pareceres sociais, estudo social e encaminhando social, 
promove a inclusão dos usuários em programas de capacitação e curso profissionalizante, 
busca um maior fortalecimento na rede de atendimento, com a finalidade de garantir um 
atendimento de qualidade aos mesmos. 
O arsenal de instrumentos são meios facilitadores que possibilitam ao assistente social 
refletir sua prática profissional, assim como viabilizar direitos em uma sociedade capitalista 
marcada pela divisão sociotécnica do trabalho. O Código de Ética profissional possibilita uma 
integração entre saber teórico-metodológico e a dinâmica do exercício profissional e os 
instrumentos utilizados. O assistente social é chamado a trabalhar com as necessidades 
advindas da exploração do trabalho, sendo criativo e propositivo e com práticas contrárias aos 
interesses do capital. 
Os profissionais de assistência social recebem inúmeras demandas inerentes a 
realidade de seus usuários em seu espaço de trabalho, essas informações e conhecimentos só é 
possível através dos atendimentos, observações vivenciadas no cotidiano da prática 
profissional. Ressalta-se que os profissionais que atuam na política de assistência social 
necessitam estar capacitado o exercício profissional. A utilização de qualquer tipo de 
instrumentais o assistente social pode ter como base os fundamentos teórico-metodológicos, 
ético-político e técnico-operativos próprios do Serviço Social. Lembrando que os Assistentes 
Sociais devem sempre posicionar a favor da equidade e da justiça social, na perspectiva da 
universalização do acesso a bens e a serviços relativos ás políticas públicas e programas 
sociais; a ampliação e a consolidação da cidadania são explicitamente postas como garantia 
dos direitos civis, políticos e sociais das classes trabalhadoras. 
Na sociedade contemporânea é exigida dos profissionais de serviço social a 
competênciade acompanhar a dinamicidade da realidade em que atua, buscando dar as 
respostas às contradições desta sociedade, sempre desvelando o que está posto no real 
aparente, levando em consideração o processo histórico e contextual, de superação do 
imediatismo. Assim, o atual cenário exige do Assistente Social uma visão crítica desta 
20 
 
 
realidade, buscando apreender os processos de mudanças sociais sempre o objetivo de 
materializar o projeto ético-político. 
O Código de Ética profissional possibilita uma integração entre saber teórico-
metodológico e a dinâmica do exercício profissional e os instrumentos utilizados. O assistente 
social através de seus conhecimentos e habilidades profissional consegue intervir na questão 
social apresentada, desenvolvendo assim seu saber profissional, que é desenvolvido como 
perfil profissional através dos conhecimentos teóricos – práticos. 
Este artigo não pretendeu esgotar este debate, pois se acredita que temos muito para 
debater, articular e construir acerca desta temática. Certamente, esta discussão contribuirá 
para aprofundar as reflexões sobre os desafios que se colocam ao Serviço Social, na 
perspectiva de reafirmação de nossos valores, princípios e projeto ético político profissional. 
 
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