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Apostila de Contabilidade Gerencial 1 (2)

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UNICARIOCA – CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA
 CONBTABILIDADE GERENCIAL – 1ª. PARTE
 PROFESSOR: LUIZ ALVES
 1º. SEMESTRE DE 2020
CONTABILIDADE DE CUSTOS
Conceito:
Conjunto de registros especiais utilizados para identificar, mensurar e informar os custos dos produtos / serviços. 
Segundo George Leone – “ramo da função financeira que acumula, organiza, analisa e interpreta os custos dos produtos, dos estoques, dos serviços, dos componentes de organização, dos planos operacionais e das atividades de distribuição, para determinar o lucro, para controlar as operações e para auxiliar o administrador no processo de tomada de decisões e de planejamento”.
A contabilidade de custos planeja, classifica, aloca, acumula, organiza, registra, analisa, interpreta e relata os custos dos produtos fabricados e vendidos. Uma organização necessita ter uma contabilidade de custos bem estruturada para acompanhar e atingir seus objetivos em um mercado dinâmico e globalizado.
Objetivo do Estudo de Custos
O objetivo primordial da contabilidade de custos é a apuração dos custos dos produtos produzidos e ou vendidos. Um eficiente sistema de custos possibilita à empresa:
· Ter dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão;
· Acompanhar os gastos efetivamente ocorridos e compará-los com os valores anteriormente definidos;
· Estabelecer preços de vendas compatíveis com o mercado em que atua;
· Conhecer a lucratividade de cada produto;
· Decidir sobre corte de produtos: opção de compraa ou de fabricação;
· Reduzir custos;
· Determinar o Ponto de Equilíbrio e
· Avaliar o desempenho. 
 Finalidade:
De acordo com a definição, podemos citar:
- Avaliação dos estoques
- Apuração dos resultados
- Controle das atividades produtivas
- Tomada de decisão
Informações:
As principais informações são:
- Determinação dos custos de qualquer natureza
- Determinação dos gastos nas diversas áreas
- Controle de operações
Levantamento de custos, desperdícios, danificações, tempos ociosos, Orçamentos etc.
Terminologia - Não existe uma padronização legal ou concordância entre os diversos autores, porém os termos mais empregados são:
Gastos 
Termo abrangente e definido como “sacrifícios com que arca a entidade, visando a obtenção de bens ou serviços, mediante a entrega ou promessa de entrega de parte de seu ativo, sendo esses ativos representados normalmente em dinheiro”. O gasto pode ser um investimento, custo ou despesas.
Investimento 
São “gastos ativados (classificados no ativo) em função da utilidade futura de bens ou serviços obtidos”.
Assim, qualquer gasto realizado cujo bem é ativado (classificado no ativo) será investimento.
Exemplos: Móveis e utensílios, Veículos, Imóveis. Mercadorias e etc............
Custos
São “gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços”. Os custos são gastos ligados a produção.
Exemplos: 
Salários do pessoal da produção; 
Matéria prima utilizada na produção; 
Manutenção das máquinas de produção;
Depreciação dos equipamentos da produção; 
Aluguel da fábrica e outros relacionados com a produção.
Despesas 
São “gastos consumidos, direta e indiretamente, no esforço de obtenção de receitas”.
Um dos maiores problemas das estudantes, em geral, é a distinção entre custo e despesa. Do ponto de vista didático, todos os gastos realizados na fabricação do produto, isto é, dentro da fabrica, são custos. O resto é despesa.
Assim, os gastos com pessoal da administração, gastos relativos à venda, depreciação de bens da área comercial ou administrativa são despesas. Os gastos com mão de obra da fábrica, depreciação de equipamentos da fábrica, manutenção da fábrica, seguros da fábrica e outros, são custos.
Elementos Formadores dos Custos:
 São três os elementos formadores dos custos:
· Material Direto – MD ou Matéria Prima – MP
· Mão de Obra Direta – MOD
· Gastos Gerais de Fabricação – GGF´S ou custos indiretos.
Custos Diretos:
São os que podem ser diretamente (sem rateio) apropriados aos produtos, bastando existir uma medida de consumo ( quilos, horas de mão de obra ou de máquinas, e etc...). De maneira geral, associam-se a produtos e variam proporcionalmente à quantidade produzida.
Material Direto
São aqueles materiais empregados diretamente na produção (essenciais).
Exemplos: Borracha na produção de pneus; Madeira para produção de móveis; Celulose para fabricação de papel e outros.
· Características – Utilização direta do material no produto produzido e mensuração objetiva do material utilizado no produto.
· Integra o custo do material direto os seguintes elementos: Preço de aquisição, Impostos não recuperáveis, Frete e Seguro sobre compras, Descontos incondicionais.
· Não integra o custo do material direto : Impostos Recuperáveis, Gastos com o departamento de compras e descontos financeiros.
Mão de Obra Direta
Representa o trabalho aplicado diretamente sobre os produtos e gastos derivados da relação empregatícia.
· Características – Trabalho humano na produção aplicada diretamente sobre os produtos e gastos derivados da relação empregatícia.
· Tecnicamente existe uma diferença entre o custo da mão de obra e salários. O salário é definido considerando 44 horas semanais. Já o custo da mão de obra é o tempo empregado efetivamente gasto do operador, por exemplo, com a máquina. 
Em empresas com uma organização definida, surge a figura do apontador que faz esta medição de tempo. O apontador não considera como custo o tempo ocioso do trabalhador. Exemplos: telefonemas, saídas temporárias do serviço por qualquer motivo, etc...
Pela definição de mão de obra, integra o seu custo os gastos derivados da relação empregatícia como: INSS, FGTS, Férias, 13 salário, Aviso Prévio, Auxilio doença e outros.
Custos Indiretos 
São formados por elementos que não se identificam com nenhum produto em particular, isto é, estes custos não podem ser apropriados diretamente aos produtos, por isso necessitam de algum critério de rateio para serem incorporados aos produtos. 
· Características – Não são passíveis de mensuração objetiva. São adotados critérios de rateio para apropriação destes custos ao produto. 
· Composição - Material indireto, salário dos supervisores, aluguel, iluminação, depreciação e etc...
Material Indireto 
Empregado nas atividades auxiliares da produção cujo custo não possa ser apropriado objetivamente a um determinado produto. Exemplos: Material de limpeza da fabrica, Material utilizado pela manutenção dos equipamentos fabris, Combustível , Lubrificantes e outros.....
Importante notar que se dentro de uma fábrica são produzidos três produtos diferentes, os materiais acima serão rateados entre os três produtos. Caso a empresa esteja organizada de tal forma que possa determinar, por exemplo, com exatidão a quantidade de combustível utilizada na fabricação de cada um dos três produtos, este custo será considerado direto
Mão de Obra Indireta
Trabalho realizado no setor de fabricação, não pertinente especificamente a nenhum produto. Exemplos: Trabalho do almoxarife, Trabalho do vigia da fábrica, Trabalho do faxineiro e outros.....
Outros Gastos Indiretos
Dizem respeito à existência do setor produtivo. Exemplos: Consumos de Água, Energia, Telefone. Aluguel, Impostos Prediais, Seguros e outros.....
O Esquema abaixo permite uma melhor visualização dos elementos formadores do custo:
· Material direto
CUSTO > Mão de obra direta
· Custos indiretos === > Material Indireto
 > Mão de Obra indireta
 > Outros gastos indiretos
Classificação dos Custos:
1) Quanto a Formação:
a) Custos Históricos – É o custo apurado em um período considerado.
b) Custos Variáveis – É aquele cujo valor total aumenta ou diminui na mesma proporção do aumento ou diminuição da produção. O valor do custo variável mantém uma relação direta com a produção.
Características: 
· O custo variável aumentaou diminui em proporção direta ao volume de produção;
· O custo por unidade produzida é constante independente da quantidade produzida.
c) Custos Fixos – São aqueles que não se alteram com a variação da quantidade produzida. São os mesmos, independente do volume de produção.
Exemplos: Aluguel da fabrica, seguros da fabrica, imposto predial atribuído à área de produção e etc.
Então, para a produção de 1 (uma unidade), o custo fixo, por exemplo, é $ 60, assim como é para 2, 3, 4......
Características: 
· O valor do custo total fixo é constante, independente do volume de produção;
· O custo por unidade produzida diminui a medida que a produção aumenta.
Existe uma relação inversa entre o custo unitário fixo e a produção. 
Se produzirmos uma unidade, o custo unitário fixo é de $ 60. Se produzirmos duas unidades, , o custo unitário fixo é $ 60/2 = $ 30. Para a produção de 3 unidades, $ 60/3 = $ 20.
Atenção: NB – O Custo Total pode ser definido como a soma do custo fixo com o custo variável, ou seja: CT = CF + CV.
Custo Fixo Unitário (CFU) = Custo Fixo / Quantidade Produzida
Custo Variável Unitário (CVU) = Custo Variável / Quantidade Produzida.
Custo Médio = (CF + CV) / Q
2) Quanto a Alocação:
Custos Diretos – São aqueles aplicados diretamente ao produto:
· Matéria Prima (MP) – Pode ser apropriada diretamente a cada produto fabricado (passível de mensuração específica por produto);
· Mão de Obra Direta (MOD) – Trabalho utilizado diretamente na produção;
· Material de Embalagem (ME) – Objetivando acondicionar o produto;
De um modo geral: Custo Direto = MP + MOD + ME
Custos Indiretos – São aqueles que não podem ser apropriados diretamente ao produto: 
· Depreciação
· Salário dos Supervisores
· Salário do Gerente de Produção
· Aluguel
· Limpeza e outros
De um modo geral: CI = MI + MOI + GGF, onde:
CI = Custo Indireto
MI = Material Indireto
MOI = Mão de Obra Indireta
GGF = Gastos Gerais de Fabricação
 Obs: Se a empresa produz apenas 1 (um) produto, todos os custos são diretos.
3) Quanto ao Produto:
a) Custo Primário: É definido como: 
 CP = MP + MOD, onde
 CP = Custo Primário
 MP = Matéria Prima
 MOD = Mão de Obra Direta.
 
Atenção: Alguns autores consideram o material de embalagem como custo primário. Nesse caso, o custo primário seria igual ao custo direto. Portanto, sempre que for necessário embalagem para acondicionamento do produto, o custo relacionado com a embalagem deverá ser considerado como Custo Primário. 
b) Custo de Transformação: É definido como:
 CT = MOD + CI (GGF´s)
 CT = Custo de Transformação
 MOD = Mão de Obra Direta
 CI = Custos Indiretos (Gastos Gerais de Fabricação)
c) Custo de Produção: É definido como:
 CP = MD + CT ou ainda CP = MD + MOD + CI, onde:
 CP = Custo de Produção;
 MD = Material Direto; 
 CT = Custo de Transformação
 MOD = Mão de Obra Direta
 C = Custos Indiretos (GGF´s)
Despesas
Em relação às despesas – Também podem ser classificadas em fixas e variáveis. Assim, o salário do vendedor, por exemplo, é fixo e a comissão é variável.
As principais despesas são as administrativas, comerciais, financeiras e tributárias.
Reflexão:
São dadas as seguintes informações relativas a uma empresa, que fabrica um único produto - em Unidades Monetárias ($):
Compra de matéria prima 10.000,00
Matéria Prima utilizada na produção 6.000,00
Salários e encargos – MOD 15.000,00
Salários e encargos – Administração 5.000,00
Manutenção dos Equipamentos da produção 2.000,00
Depreciação da produção 3.000,00 
Depreciação da administração 3.000,00
Seguros da área industrial 1.000,00
Seguros da área administrativa 2.000,00
Energia elétrica utilizada na produção 3.000,00
Propaganda e Publicidade 1.000,00
Comissão de vendedores 							 1.200,00
Limpeza da fábrica 2.000,00
Aluguel da fabrica 5.000,00
Aluguel da área administrativa 4.000,00
Vendas do período em R$ 60.000,00 
Produção do período 500 unidades
Quantidade vendida 300 unidades
Pede-se:
a) Os custos e as despesas totais do período;
b) O custo por unidade produzida;
c) Os custos fixos e variáveis
d) O resultado industrial (Receita - Custo) (*)
e) O resultado do exercício (Lucro líquido) (*)
f) O estoque final de mercadorias (*)
Custos Indiretos - Critérios de Rateio
Critério de rateio é o artifício usado pela contabilidade para distribuir os custos, não identificáveis, aos diversos produtos. Imaginemos uma fábrica que produz dois produtos diferentes. Os custos diretos são facilmente identificáveis já que estão ligados diretamente aos produtos. Já os custos indiretos (ex.: um supervisor que trabalha com os dois produtos ao mesmo tempo ou o salário do vigia da fábrica), não podemos alocá-los diretamente. Por isso utilizamos o rateio e determinamos um critério de distribuição de custos. O grande problema é que não existe uma regra que determine o critério a ser utilizado. Por exemplo: 
O custo de depreciação das máquinas pode ser distribuído baseado no número de unidades produzidas, ou nos custos das máquinas ou horas de uso das máquinas. Dependendo do critério utilizado, podemos encontrar grandes diferenças de custos. O rateio é calculado utilizando-se regra de três simples.
Reflexão:
Uma indústria produz dois produtos A e B: O custo direto de A = $ 10.000,00 e o de B= $ 6.000. O Total de dos custos indiretos é de $ 5.000,00. Vamos supor ainda os seguintes dados:
	Produto
	Horas Máquina
	Horas MOD
	A
	200
	1.000
	B
	600
	 200
	Total
	800
	1.200
Calcular:
1. O custo dos produtos A e B utilizando as horas máquinas como critério de rateio e
1. O custo dos produtos A e B utilizando as horas de mão de obra direta como critério de rateio. 
	
	 A
	 B
	Custos Diretos
	10.000 
	6.000 
	Custos Indiretos - p/ critério horas maquinas
	1.250 
	3.750 
	 Custo Total
	11.250 
	9.750 
	
	
	
	
	 A
	 B
	Custos Diretos
	10.000 
	6.000 
	Custos Indiretos - p/ critério MOD aplicada
	4.167 
	833 
	 Custo Total
	14.167 
	6.833 
	
	
	
	
	
	
	H.M = 5000/800 = 6,25 (*)
	
	
	(*) valor equivalente a cada hora máquina
	
	
	
	
	
	MOD = 5.000/1.200 = 4,1667 (**)
	
	
	(**) valor equivalente a cada hora de Mod aplicada
	 
	
	
	
	
Reflexão
São dadas as seguintes informações de custos em Unidades Monetárias ($):
Matéria Prima utilizada na produção (*) 
 Produto Alfa 2.500,00
 Produto Beta 3.500,00
Salários e encargos – MODAplicados em Alfa 8.000,00
 Aplicados em Beta 7.000,00
Manutenção dos Equipamentos da produção 6.000,00
Depreciação da produção 6.000,00 
Seguros da área industrial 4.000,00
Energia elétrica da produção – parte fixa 3.000,00
Limpeza da fábrica 1.500,00
Aluguel da fabrica 5.500,00
Receita de Vendas dos produtos Alfa e Beta $ 60.000,00 
Produção do período 
 Produto Alfa 300 unidades
 Produto Beta 200 unidades 
Quantidade vendida 
 Produto Alfa 150 unidades
 Produto Beta 150 unidades 
(*) A matéria prima utilizada é a mesma nos dois produtos.
Pede-se: Distribuir os custos indiretos, em função do melhor critério de rateio que você identificar. Apurar o custo de produção de cada produto pelos sistemas já analisados.
Critérios adotados: 
1. Matéria prima utilizada; b) Mão de obra aplicada e c) Utilização da mesma máquina: Alfa = 65%; d) 50% para cada um e e) relação com o volume de produção. 
Departamentalização
A departamentalização consiste em dividir a empresa em partes chamadas departamentos, normalmente representados em um organograma. 
Segundo o professor Eliseu Martins “O departamento é a unidade mínima administrativa constituída, na maioria dos casos, por homens e máquinas desenvolvendo atividades homogêneas”
 
Centro de Custos
Centro de custos é a unidade mínima de acumulação de custos, ou seja, no centro de custos são acumulados custos para posterior alocação aos produtos. Um centro de custos pode coincidir com um ou mais departamentos, ou ainda pode existir mais de um centro de custos em um departamento. 
Obs: Para efeito didático vamos assumir que um centro de custos coincide com um departamento.
Objetivo da Departamentalização
O objetivo, para efeito de contabilidade de custos, é diminuir a arbitrariedade dos critérios de rateio, já que os custos, primeiro, passam pelos departamentos e depois são atribuídos aos produtos. Com isso teremos uma melhor alocação e controle de custos.
Tipos de Departamentalização
Existem dois grandes grupos na departamentalização:
A) Departamentos Produtivos:
São aqueles que trabalham diretamente com o produto. Podemos exemplificar da seguinte forma:
· Usinagem
· Acabamento
· Pintura
· Refinaria
· E outros........ 
B) Departamentos de Serviços:
São aqueles que não atuam diretamente no produto. Geralmente os produtos não passam por eles, basicamente sua função é prestar serviços aos departamentos de produção. Então, estes, esses departamentos, repassam seus custos aos departamentos produtivos e depois os custos destes departamentos são apropriados aos produtos.
 
Podemos exemplificar da seguinte forma:
· Manutenção
· Limpeza
· Controle de Qualidade
· E Outros......
	
Reflexão:
A Indústria de móveis Universal Ltda., transita com sua produção de móveis por dois departamentos produtivos: O departamento de Corte e o de Montagem. O departamento de Controle de Qualidade, um típico departamento de serviços, trabalhou durante 1.500 horas, num determinado mês. Nesse mês, o departamento de Corte, utilizou 600 horas do departamento de Controle de Qualidade, enquanto o departamento de Montagem consumiu as demais horas. Considerando que o departamento de Controle de Qualidade, incorreu nesse mês, nos custos listados abaixo, apure o valor a ser incorporado aos dois departamentos produtivos:
· Gastos com pessoal no mês - $ 12.000,00;
· Valor do aluguel atribuído ao departamento - $ 1.000,00
· Gasto de energia elétrica no mês - $ 800,00
· Gasto com limpeza atribuída ao departamento - $ 500,00
· Gasto com comunicação em geral atribuída ao departamento - $ 200,00
· Depreciação dos equipamentos e instalações do departamento - $ 500
Custo Baseado em Atividades – (ABC – Activity Based Costing)
Direciona os custos indiretos aos produtos por atividades (não por departamento ou centro de custos). Para cada atividade teremos um direcionador de custo, diminuindo as distorções causadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos do custeio ´por absorção.
Esse sistema, em regra, não é aceito pela legislação pois considera as despesas para avaliação de estoques. Seu maior benefício é para fins gerenciais. Mas nada impede que se utilize o rateio dos custos indiretos pelo sistema ABC, usando-se o custeio por absorção. 
Em linhas gerais, podemos resumir o ABC da seguinte forma:
1) Identificação das atividades relevantes:
*Um conjunto de tarefas é uma atividade. Assim, em cada departamento são identificadas atividades relevantes realizadas;
2) Atribuição de Custos às Atividades;
*Cada atividade deve ser custeada com todos os gastos necessários para desempenhá-la. Inclui, por exemplo, salários, aluguéis, viagens e etc...
 3) Identificar e Selecionar os Direcionadores de Custo:
Na opinião do Prof. Eliseu Martins, Direcionador é p fator que determinar a ocorrência de uma atividade. Como atividades exigem recursos para serem realizadas, deduz-se que o direcionador é a verdadeira causa dos custos. Portanto o direcionador de custos deve refletir a causa básica da atividade e, consequentemente, da existência de seus custos: 
Reflexão:
Uma determinada empresa produz dois produtos (A e B). Num determinado mês essa empresa produziu 11.000 unidades de produtos, assim divididos: A = 4.000 unidades e B = 7.000 unidades. O Departamento de Supervisão de Processos é um centro de custo auxiliar de produção. Ou seja, trabalha para toda fabrica e, consequentemente, seus custos ao considerados indiretos. 
Custos atribuídos ao Departamento de Supervisão de Processos:
Salários. - $ 1.500
Suprimentos. -$ 100
Telefone - $ 200
Água e energia elétrica - $ 100
Manutenção de instalações - $ 500
Viagens e estadias - $ 600
Total dos custos indiretos $ 3.000 
Numa sistemática simples de rateio, poderíamos sugerir a adoção a metodologia da quantidade produzida. Então teríamos:
$ 3.000 / 11.000 unidades = $ 0,2727 por unidade produzida.
Atribuindo o custo indireto unitário apurado a cada produto, teríamos:
Produto A = $ 1.090,90
Produto B = $ 1.909,10
Agora, aplicando-se a metodologia do custeio por atividades, foram identificados as atividades do departamento em questão e seus respectivos custos, a saber:
Atividades do Departamento:
Controle de produção - CP - $ 800
Melhoria de processos - MP - $ 500
Projeto de logística - PJ - $ 1.000
Controle de estoques - CE - $ 700
Total dos custos indiretos $ 3.000
Direcionadores de Custos:
Controle de produção - Horas dos Supervisores 
Melhoria de processos - Horas dos Gerentes e Supervisores
Projeto de logística - Horas dos Gerentes e Supervisores
Controle de estoques - Horas dos Supervisores e Colaboradores Operacionais.
Para o mês,foram apuradas as seguintes quantidades de direcionadores para cada produto:
Direcionadores de Atividades. Quantidade de Direcionadores de Custo Por Produto.
 A. B Total 
CP – Horas Supervisores. 500 300 800
MP- Horas Gerentes e Supervisores 600 200 800
PJ - Horas Gerentes e Supervisores 400 600 1.000
CE - Horas Supervisores e Colaboradores 150 100 250
Sequência para cálculo e apropriação de custos com base na metodologia ABC.
· obtenção do custo de cada direcionador (custo da atividade pelo total de direcionadores);
· apuração do custo da atividade atribuído ao produto (custo unitário vezes a quantidade de direcionadores do produto) e
· apuração do custo da atividade para cada unidade de produção (custo da atividade atribuído ao produto dividido pela quantidade produzida).
Direcionadores de Atividades. Quantidade de Direcionadores de Custo Por Produto.
 A. B Total 
CP – Horas Supervisores. 500 300 800
MP- Horas Gerentes e Supervisores 375 125 500
PJ - Horas Gerentes e Supervisores 400 600 1.000
CE - Horas Supervisores e Colaboradores 420 280 700
 Total dos Custos Indiretos 1.695 1.305 3.000
 Quantidade produzida no mês 4.000 7.000
 Custo unitário 0,42 0,19
Comparação entre as duas sistemáticas: 
	
	Produto A – em $
	Produto B – em $
	Sistema Rateio
	 1.090,90
	 1.909,10
	Por Atividades
	 1.695,00
	 1.305,00
Obs: A sistemática do ABC, não se preocupa em diminuir ou aumentar custos. Seu foco é permitir uma melhor alocação desses custos, apropriando em função da sua efetiva utilização das atividades.
O procedimento é similar para todos os custos indiretos dos demais departamento.
O custeio por atividades, utilizado como instrumento de controle gerencial, apresenta diversas vantagens em comparação com os métodos tradicionais de apropriação de custos.
O sistema ABC identifica os direcionadores de custos, facilitando a análise dos custos desnecessários, além de permitir a apuração dos custos com maior precisão, remetendo a organização a uma revisão de processos estratégicos e decisórios com vistas à melhoria de margens, aumento da rentabilidade e aprimoramento dos processos produtivos. 
Sistemas de Apropriação de Custos
Apropriar custos significa o modo em que os custos serão atribuídos aos produtos. Nosso objetivo é identificar as diferenças entre os dois sistemas abaixo:
· Custeio por absorção;
· Custeio variável ou direto;
Custeio por absorção: 
É um método de custeio em que são apropriados aos produtos fabricados todos os custos incorridos, sejam eles diretos, indiretos, fixos ou variáveis.
O importante nesse método é a separação entre custos e despesas já que as despesas serão todas lançadas ao resultado, enquanto os custos, atribuídos aos produtos. Os custos indiretos são rateados entre os produtos e os custos dos produtos acabados e produtos em elaboração que não tenham sido vendidos estarão ativados.
É o sistema de custo aceito pela Receita Federal e obedece aos princípios da realização da receita, confrontação e competência.
· Principio da realização da receita: Ocorre a realização da receita, quando há transferência do bem ou serviço.
· Principio da confrontação – As despesas devem ser reconhecidas, à medida em que são realizadas as receitas que ajudaram a gerar.
· Principio da competência – As receitas e despesas devem ser reconhecidas quando ocorrer o “fato gerador”.
Custo Integrado à Contabilidade
Em contabilidade de custos, a compra de matéria prima é incorporada ao Estoque de Matéria Prima, por se tratar de um investimento feito pela indústria na industrialização do seu produto. A região física ou a fábrica é considerado é Estoque de Produtos em Elaboração, tendo em vista que aflui para a fabrica, materiais, mão de obra e os demais gastos para a fabricação do produto. Ao final, por exemplo, do mês todos os produtos produzidos efetivamente são alocados n o Estoque de Produto Acabado. Toda essa movimentação entre esses estoques é efetuada através da contabilização desses eventos, que vamos analisar agora:
Custeio Variável Direto
Aloca aos produtos somente os custos variáveis. Os custos fixos são considerados despesas já que incorrerão independente do volume de produção. A Demonstração do Resultado assume a seguinte forma quando da utilização do custeio varável:
Receita de Vendas
(-) Deduções de Vendas
= Vendas Líquidas
(-) Custo dos Produtos Vendidos
= Margem de Contribuição (Lucro Bruto Marginal)
(-) Custos e Despesas Fixas
= Lucro Líquido 
Obs: É o método mais indicado para tomada de decisões (utilizado na contabilidade gerencial).
Este método não é aceito pela Receita Federal, pois não atende aos princípios da realização da receita, confrontação e competência. Isto porque este método admite que os custos fixos sejam deduzidos do resultado mesmo que os produtos não sejam vendidos.
Margem de Contribuição e Ponto de Equilíbrio Contábil:
Uma empresa encontra-se no ponto de equilíbrio contábil quando apresenta um lucro contábil igual à zero (0). Nesse ponto, o total dos custos e despesas se iguala ao total das receitas. 
Como já vimos à demonstração do resultado apresenta a seguinte forma:
 Vendas
 (-) Dedução das vendas
 = Vendas líquidas
 (-) Custos e despesas variáveis
 = Margem de Contribuição
 (-) Custos e despesas fixas
 = Zero (0)
Matematicamente o ponto de equilíbrio pode ser calculado da seguinte forma:
M.C = Rv – (C + D)v
M.C.u = P.Vu – (Cvu + Dvu)
No Ponto de Equilíbrio:
R.T = C.T , onde: C.T = C.F + C.V
Quantidade no Ponto de Equilíbrio= (C.F / M.Cu)
Receita no Ponto de equilíbrio Contábil= (C.F / M.Cu) * P.Vu
Reflexão:
A Cia. Maracanã apresenta os seguintes saldos em seus livros contábeis e registros auxiliares de custo:
Custos e Despesas Fixos durante o ano em:
Depreciação de equipamentos - $ 18.000,00
Mão de obra indireta, adm e comercial - $ 70.000,00
Impostos e Seguros da Fábrica - $ 7.000,00
Despesas com vendas - $ 25.000,00
 $ 120.000,00
Custos e Despesas Variáveis por Unidade:
Material direto - $ 450
Embalagem		 - $ 105
Comissão de vendedores - $ 30
Outros – custos e despesas - $ 15
Preço unitário de venda - $ 1.000 
Pede-se:
1. A quantidade de unidades que devem ser produzidas e vendidas por ano para se atingir o ponto de equilíbrio contábil?
1. O valor da receita no ponto de equilíbrio contábil?
1. A quantidade de unidades que a empresa deve produzir e vender durante o ano, caso queira obter 25% de lucro sobre as receitas totais?
1. O lucro obtido (25%)? 
Margem de Segurança:
A Margem de Segurança informa quão próximo ao ponto de equilíbrio a empresa esta operando, isto é, quanto às vendas podem cair sem que a empresa opere com prejuízo:
A margem de segurança é dada pela fórmula:
M.S= Lucro / Margem de Contribuição
Exemplo:
Vendas1.200 
(-) Custos e Despesas Variáveis (700) 
= Margem de Contribuição 500 
(-) Custos e Despesas Fixas (400) 
= Lucro				 100
Então: 100 / 500 = 20%
A empresa pode perder até 20% de suas vendas (20% de $1.200 = $240) sem que passe a operar no prejuízo.
Ponto de Equilíbrio Econômico:
Uma empresa encontra-se no ponto de equilíbrio econômico quando o lucro contábil representa um valor igual ao que a empresa iria apurar se aplicasse o seu patrimônio líquido no mercado financeiro. É o retorno mínimo desejado pela empresa.
Exemplo:
Uma empresa apresenta, ao final do período um patrimônio líquido de $100.000. O lucro líquido contábil apurado foi de $ 6.000. Assim, se o mercado financeiro oferecesse uma remuneração de 6%, a empresa estaria operando no ponto de equilíbrio econômico, pois 6% x $ 100.000 = $ 6.000 que é o lucro do exercício.
Se a remuneração do mercado fosse 8%, por exemplo, a empresa estaria operando abaixo do ponto de equilíbrio econômico e acima do ponto de equilíbrio contábil. Nesse caso é preferível a empresa aplicar no mercado financeiro a aplicar na produção. 
Ponto de Equilíbrio Financeiro:
Uma empresa esta operando no ponto de equilíbrio financeiro quando apresenta as entradas de numerário, exatamente iguais as saídas. Assim, a variação das contas caixas/bancos em um determinado período é zero. A importância do ponto de equilíbrio financeiro é mais a nível gerencial, ajudando a administração sobre investimentos, planejamento e etc....
Exemplo: 
Suponha uma margem de contribuição no valor de $ 0,80, um volume de custo e despesas fixas num montante de $ 3.000, que incorpore um valor de depreciação de $ 600. Vamos apurar o ponto de equilíbrio financeiro.
Equilíbrio Contábil = $ 3.000 / $ 0,80 = 3.750 unidades
Equilíbrio Financeiro = $ 3.000 - $ 600 / $ 0,80 => $ 2.400 / 0,80 = 3.000 unidades. 
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