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1 ANTIBIOGRAMA − O antibiograma também é chamado de Teste de Sensibilidade aos Antimicrobianos − Conceito: teste para verificar o comportamento dos microorganismos (sensibilidade ou resistência) “in vitro”, frente a diversos antimicrobianos, para a escolha do fármaco ideal − Objetivo: verificar a sensibilidade de determinado microorganismo frente a diferentes fármacos, mediante comparação de um padrão estabelecido − Esses métodos iniciam quando o paciente tem suspeita de uma doença e, a partir disso, se coletam amostras clínicas, como tecidos, swab de mucosas, sangue, etc. Depois se faz o isolamento e a cultura da amostra, para verificar qual bactéria está presente e quais os antibióticos eficientes contra ela. − Com o isolamento, pode-se fazer identificação microbiológica, imunológica e molecular da bactéria MEIOS DE CULTURA − As amostras são tratadas e colocadas em meios de cultura para fazer o cultivo que podem ser sólidos ou caldos − Assim, conhecer as características do meio é importante para realizar os testes de sensibilidade − No meio líquido, quando o líquido esta turvo, significa que houve crescimento de bactérias. QUANDO REALIZAR O TSA? − Quando houver um microorganismo isolado e identificado como causador de uma infecção − Quando o microorganismo causador da infecção apresenta, estatisticamente, algum padrão de resistência ou tendência a resistência à antimicrobianos. o Ex: Staphylococcus aureus, Pseudomonas sp − Quando necessita-se definir uma terapêutica para um patógeno − Quando se quer avaliar a resistência de um patógeno frente a um antimicrobiano − Não é necessário fazer quando o microorganismo não apresenta variação na sua sensibilidade aos antimicrobianos o Ex: Neisseria meningitidis, Streptococcus pyogenes QUAL A APLICABILIDADE DOS RESULTADOS OBTIDOS NO TSA? − Nortear a escolha do agente antimicrobiano mais adequado − Predizer a chance de sucesso de um esquema terapêutico QUAL A IMPORTÂNCIA DO TSA? − O TSA avalia o padrão de resposta da bactéria diante de concentrações pré-estabelecidas de antimicrobianos − Analisa a interação entre bactéria e o fármaco, sem considerar aspectos clínicos − Não é indicada para bactérias em seu sítio anatômico usual − Resultados sem acurácia podem impactar na terapia e evolução do paciente − O órgão que normatiza os testes a serem usados no TSA é a Rede Brasileira de Monitoramento da Resistencia Microbiana (ANVISA) e o CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute) o A padronização é bem rígida e o controle de qualidade dos laboratórios precisa se atentar a vários itens, como os meios, ph, temperatura, tempo de incubação, discos de antimicrobiano, validade, certificação o Cepas ATCC é um órgão controle que tem todas as cepas de bactérias para controle. Assim, ao pesquisar bactéria X, existe uma mesma bactéria X padrão que é resistente ao antimicrobiano Y. assim, eu consigo ter uma “bactéria controle” 2 MÉTODOS E TÉCNICAS DE REALIZAÇÃO DO TSA AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DIFUSÃO EM ÁGAR (Técnica de Kirby Bauer, 1966) − Fundamento: os antimicrobianos impregnados nos discos se difundem no ágar e formam um halo de inibição ao redor das bactérias semeadas na placa e que sejam sensíveis ao antimicrobiano usado. As bactérias resistentes crescem próximo ao disco, não ocorrendo a formação do halo − Interpretação A inibição é medida conforme o tamanho do diâmetro do halo o S = Sensível o I = Intermediário o R = Resistente − OBS: Na avaliação qualitativa, observa-se se há ou não resistência − OBS: Cada disco tem uma concentração X de antimicrobiano. Ex: 10molar − OBS: Primeiro o MO cresce em meio caldo e depois se semeia ela na placa de maneira homogenia. Depois coloca os discos na placa e observa-se o crescimento − OBS: Pode-se usar vários discos de antimicrobianos diferentes em uma mesma placa − Além disso, a quantidade de bactérias a ser colocada na placa de ágar deve ser conhecida, para se ter melhor controle. o Exemplo: 1 a 2 x 108 bactérias = 0,5 McFarland. Tem tabelas e técnicas para fazer essa contagem − Depois de se atingir o número de bactérias ideal para o teste, se semeia a amostra na placa que vai receber os discos − A escala de McFarland ajuda a quantificar o número correto de bacterias a serem semeadas na placa. o É dado em UFC (Unidades Formadoras de Colônia) /ml − Exemplo: − No exemplo ao lado, na porção superior foi feito a semeadura de 0,5 McFarland de bactérias, ou seja, a quantidade correta. Com isso, se pode perceber que houve formação de halos ao redor dos discos. O diâmetro deles será comparado com um valor tabelado, indicando sensibilidade ou resistência. − Na porção inferior, foi semeado 1,0 McFarland, que é a quantidade inapropriada de bactérias. Assim, o diâmetro dos halos foi diferente, se comparado com a porção superior. Um teste feito assim será inconclusivo, podendo prejudicar a determinação de uma terapêutica adequada para o paciente. − OBS: tempo de incubação mínimo da placa + discos: mínimo de 18 horas e máximo de 48 horas DISCOS − O agente antimicrobiano está nos discos em concentração padronizada. E essa concentração se correlaciona com a concentração do fármaco na corrente sanguínea de um paciente − A conservação dos discos deve ser feita em geladeira ou freezer − O ideal é usá-los quando estão em temperatura ambiente − Observar cuidadosamente o prazo de validade − Uma vez colocados na placa, não se deve retirar os discos, pois a infusão da droga inicia-se imediatamente 3 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA (DETERMINA A CONCENTRAÇÃO INIBITÓRIA MÍNIMA – CIM) DILUIÇÃO EM CALDO – MEIO LÍQUIDO − A avaliação quantitativa é dada em concentração inibitória mínima – CIM − Assim, consegue-se identificar qual a concentração mínima do fármaco que consegue inibir o crescimento bacteriano o Existem diferentes maneiras de realizar, como diluição em caldo, em ágar, entre outros. − Na imagem a seguir, se tem tubos de ensaio com concentrações crescentes do antibiótico o Assim, se tem uma diluição seriada, aumentando a concentração em cada tubo o Isso ajuda a mostrar a concentração do fármaco ao qual a bactéria é sensível o As cores amarelas apresentam a turbidez, ou seja, o crescimento bacteriano o Quanto mais turvo, maior o crescimento o Assim, a concentração inibitória mínima está no tubo 7, pois é quando os tubos ficaram brancos, indicando ausência de turbidez e, consequentemente, ausência de crescimento bacteriano − Essa técnica de diluição em tubo é uma técnica manual, para laboratórios que não tem tanta tecnologia − De vantagem, é um método quantitativo e preciso − A desvantagem é um método mais trabalhoso, tem que pipetar, diluir, etc, vários procedimentos para cada antibiótico, assim é importante ter atenção às técnicas, para não haver erros DILUIÇÃO EM PLACA – MEIO LÍQUIDO − Em cada poço se tem uma concentração x de antimicrobiano. Assim, faz a pipetagem da amostra em cada poço e avalia o crescimento bacteriano junto aos antimicrobianos. 4 DILUIÇÃO EM ÁGAR – MEIO SÓLIDO − Em cada poço de ágar na placa tem um tipo de bactéria − Nos tubos tem a suspensão bacteriana de vários pacientes com várias bactérias − Assim se semeia cada isolado em um poço, identificando-os − Depois coloca uma tampa em cima da placa que tem pequenos pinos, os quais vão encontrar em contato com a solução bacteriana − Depois se retira a placa de pinos e coloca em várias outras placas (amarela) com diferentes concentrações de antimicrobiano. Depois se analisa o resultado − Vantagens: o Utilizado em estudos epidemiológicos o Fácil execução o Permite testar várias amostras ao mesmo tempo o Promove resultados quantitativos o Relativamente de baixo custo, comparado a outros o As placas podem ser estocadas − Desvantagens: o Muito trabalhoso,tanto na preparação das placas quanto do inóculo, especialmente quando vários antimicrobianos devem ser testados o As placas de ágar não podem ser armazenadas por muito tempo
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