Atualização Gramatical - Aula 9

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Aula 9
Novo Acordo Ortográfico
Amélia Lopes Dias de Araújo
Atualização
Gramatical
Meta
Objetivos
Compreender as mudanças efetuadas 
pelo Novo Acordo Ortográ�co da 
Língua Portuguesa.
Ao �nal da aula, o aluno será capaz de:
1. Empregar o hífen de acordo com as 
normas instituídas no Novo Acordo 
Ortográ�co da Língua Portuguesa;
2. Analisar as mudanças efetuadas pelo 
Novo Acordo em relação à ortogra�a, à 
acentuação grá�ca e ao uso do hífen e 
aplicá-las ao contexto atual.
sUMÁRIO
Introdução .............................................................................................................................. 4
9.1 O novo alfabeto ............................................................................................................. 4
9.2 Trema ................................................................................................................................. 5
9.3 Acentuação gráfica .................................................................................................... 6
9.4 Uso de maiúsculas e minúsculas ........................................................................ 9
9.5 Hífen .................................................................................................................................. 12
9.5.1 O hífen em prefixo e pseudoprefixos .............................................................. 12
9.5.2 Glossário: Hífen em locuções ........................................................................... 17
Conclusão ............................................................................................................................... 23
Referências ............................................................................................................................ 24
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Introdução
Fado Tropical
Oh, musa do meu fado
Oh, minha mãe gentil
Te deixo consternado
No primeiro abril
Mas não sê tão ingrata
Não esquece quem te amou
E em tua densa mata
Se perdeu e se encontrou
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal.
[Chico Buarque de Holanda, 1973. http://outraspalavras.arteblog.com.br/168492/
Literatura-e- historia-Fado-tropical-de-Chico-Buarque/]
A música Fado Tropical, de Chico Buarque de Holanda, combina a paisagem brasileira 
com a arte portuguesa do século XVIII e cria imagens que lembram os tradicionais azulejos 
portugueses. Nessa canção, o autor reflete de forma crítica sobre a herança que Portugal nos 
legou. A música ressalta que nossa forma de ver o mundo é moldada pela matriz portuguesa e 
dela não podemos nos esquivar. Em conformidade com essa visão, pode-se dizer que o Novo 
Acordo da Língua Portuguesa tem como objetivo principal o fortalecimento da comunidade 
linguística entre os falantes da Língua Portuguesa.
Nesta nona aula, temos como objetivo geral compreender as regras instituídas pelo 
Decreto 6.583/2008, que trata do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O acordo 
entrou plenamente em vigor a partir 1º de janeiro de 2016. Vamos conhecê-las? A esta altura 
você já está bem familiarizado com as regras do Novo Acordo, mas sempre há detalhes que 
precisamos rever e que nos ajudarão em nosso dia a dia.
9.1 O novo alfabeto
Com a inclusão oficial das letras k, w e y, o alfabeto da língua portuguesa passa 
legalmente a ser formado por vinte e seis letras: A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, 
R, S, T, U, V, W, X, Y, Z.
O Decreto 6.583/2008, na Base I, estipula:
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2º) As letras k, w e y usam-se nos seguintes casos especiais:
a) Em antropónimos/antropônimos originários de outras línguas e derivados: Franklin, 
frankliniano; Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Wagner, wagne riano; Byron, byroniano; 
Taylor, taylorista;
b) Em topónimos/topônimos originários de outras línguas e seus derivados: 
Kwanza, Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano;
c) Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de 
curso internacional: TWA, KLM; K-potássio (de kalium), W-oeste (West); kg- quilograma, km-
quilómetro, kW-kilowatt, ydjarda (yard); Watt.
3º) Em congruência com o número anterior, mantêm-se nos vocábulos derivados 
eruditamente de nomes próprios estrangeiros quaisquer combinações gráficas ou 
sinais diacríticos não peculiares à nossa escrita que figurem nesses nomes: comtista, de 
Comte; garrettiano, de Garrett; jeffersónia/jeffersônia, de Jefferson; mülleriano, de Müller, 
shakespeariano, de Shakespeare.
 
9.2 Trema
O trema, sinal de diérese, é inteiramente suprimido em palavras portuguesas ou 
aportuguesadas. Dessa forma, as palavras formadas por qü e gü em que o u é pronunciado 
de forma átona, como em freqüência e lingüiça, passam a ser escritas frequência e linguiça 
respectivamente. Como Portugal já havia retirado o sinal, a mudança afeta apenas a ortografia 
no Brasil.
O Novo Acordo trouxe profundas alterações nas regras de acentuação gráfica? 
Não. Foram poucas as mudanças. Vamos conhecê-las nos tópicos a seguir.
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OBSERVAÇÃO
9.3 Acentuação gráfica
As regras de acentuação gráfica do português foram estabelecidas por uma comissão 
de gramáticos e membros da Academia Brasileira de Letras em 1943. O novo acordo inseriu 
poucas mudanças de acentuação, as quais são listadas abaixo.
Modificação 1: o acento gráfico nos ditongos abertos tônicos “ói” e “éi” nas palavras 
paroxítonas desaparece. Nos vocábulos oxítonos, ele se mantém, como em herói, céu, dói, 
por exemplo.
• Ideia, assembleia, boleia
• jiboia
• heroico
• apoio (verbo apoiar)
 
Por que heroico é acentuado e herói não?
As regras de acentuação seguem um critério de inversão. Como acentuamos as 
oxítonas terminadas em A, E, O, EM, ENS, inversamente não acentuamos as paroxítonas 
terminadas com essas letras. O Novo Acordo, com a supressão do acento em ditongos 
abertos tônicos, buscou adequar essas palavras à regra geral de acentuação. Assim, 
heroico é uma paroxítona terminada com a letra O, portanto não é acentuada como 
todas as outras paroxítonas que terminam com essa letra. Herói, por sua vez, segue 
acentuada por ser uma oxítona terminada em ditongo aberto.
 
Modificação 2: o hiato “oo(s)” das palavras paroxítonas deixa de receber acento 
circunflexo.
• abençoo
• enjoo
• voo
• povoo
• perdoo
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OBSERVAÇÃO
Modificação 3: o hiato “eem” dos verbos crer, dar, ler, ver (e seus derivados) deixa de 
receber acento circunflexo.
• creem
• deem
• descreem
• leem
• preveem
• releem
• veem
 
Os acentos nas formas “têm”, “vêm” e derivados não sofrem alteração: eles têm, 
eles vêm, eles retêm. Essas palavras recebem o acento para indicar a terceira pessoa 
do plural. Observe:
Ele tem – Eles têm
Ele retém – Eles retêm
Na publicidade a seguir, observe um erro comum, que é retirar-se o acento do verbo 
ter. Em “bons momentos não tem hora, mas tem o café”, o sujeito do verbo ter é “bons 
momentos”. Assim, essa palavra deve ser acentuada para marcar o plural. A frase correta é: 
“Bons momentos não têm hora, mas tem o café!”
Bons momentos não tem hora, mas tem o 
Correio Braziliense 01/10/2014
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 Modificação 4: os hiatos tônicos formados por “i” e “u” deixam de receber acento 
após ditongo decrescente quando paroxítonas.
• feiura
• baiuca
• Bocaiuva
• Gaiuta
Quando oxítonas, a regra continua a mesma: Piauí, teiú, teiús, tuiuiú, tuiuiús.
Modificação 5: Os verbos arguir e redarguir perdem o acento gráfico na vogal 
tônica u (em formas rizotônicas):
• Eu arguo
• Tu arguis
• Ele argui
• Nós arguimos
• Vós arguis
• Eles arguem
Modificação 6: Os verbos aguar, apaniguar, apaziguar, apropinquar, averiguar, 
desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir e afins podem serconjugados de duas formas: sem 
acento agudo (têm as formas rizotônicas com o u do radical tônico) e com acento agudo (têm 
as formas rizotônicas com a ou i do radical):
• averiguo, averiguam
• averíguo, averíguam
• enxaguo, enxáguo
• enxaguam, enxagúam
• delinquo, delínquo
• delinquem, delínquem
 
O que é rizotônico?
Formas rizotônicas são aquelas em 
que o acento tônico do verbo cai no 
radical (raiz), por exemplo: amo / 
canto / parta/ arguo.
OBSERVAÇÃO
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Modificação 7: Não se coloca mais acento diferencial nas palavras homógrafas (mesma 
escrita) heterofônicas (mesmo som). No entanto, o Acordo prevê dois acentos diferenciais 
obrigatórios (pôde e pôr) e dois facultativos (fôrma e dêmos).
• para
• polo
• pera
• coa
9.4 Uso de maiúsculas e minúsculas
O novo acordo ortográfico estabeleceu, na base XIX, o uso de maiúsculas e minúsculas. 
Dispôs também que entidades científicas ou normalizadoras podem observar regras próprias, 
provindas de códigos ou normalizações específicas (as terminologias antropológica, 
geológica, bibliológica, botânica, zoológica etc.). Confira alguns exemplos de emprego das 
maiúsculas e minúsculas a seguir.
Maiúscula
a) nomes próprios de qualquer espécie:
• Diamantina, João de Oliveira, Partido do Movimento Democrático Brasileiro, Câmara 
Municipal, Universidade Federal de Santa Catarina;
b) pronomes de tratamento, exceto o pronome você:
• Excelentíssimo Senhor Presidente, Vossa Excelência, Magnífico Reitor, Senhor Chefe;
c) nomes dos pontos cardeais ou equivalentes, quando empregados absolutamente:
• Nordeste (por nordeste do Brasil), Ocidente (por ocidente europeu);
d) nomes científicos dos seres vivos:
• Homo sapiens, Trypanosoma cruzi, Drosophila melanogaster;
e) nomes de datas, festas, épocas, eventos e fatos históricos:
• Reforma Luterana, Descobrimento do Brasil, Sete de Setembro, Queda do Muro de 
Berlim, Natal;
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f) nomes de publicações seriadas:
• Revista de Comunicação, Jornal do Comércio, Folha de São Paulo, Gazeta Mercantil;
g) nomes de órgãos públicos, instituições militares, políticas e profissionais, unidades 
administrativas, comissões oficiais, coligações, empresas privadas e seus departamentos:
• Tribunal Superior Eleitoral, Presidência do TRE, Secretaria de Documentação, Diretório 
Municipal do PRRV;
h) simplificações de nomes de entidades consagradas pelo uso:
• Tribunal (Tribunal Regional Eleitoral), Regional (Tribunal Regional Eleitoral), Congresso 
(Congresso Nacional), Senado (Senado Federal);
i) nomes designativos de cargos antepostos à autoria de atos oficiais e pospostos à 
assinatura deles:
• o Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, o Presidente do Supremo Tribunal Federal;
j) elementos dos compostos hifenizados:
• Decreto-Lei, Grã-Bretanha, Pós-Graduação;
k) nomes pelos quais as leis se tornam conhecidas:
• Código Civil, Código Eleitoral, Lei Áurea;
l) palavras empregadas em sentido especial:
• a Casa para votar, a Constituição de 1988, esta Corte, o Plenário.
m) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais ou nacionalmente reguladas 
com maiúsculas, iniciais ou mediais ou finais ou o todo em maiúsculas:
• FAO, NATO, ONU, H2O, Sr. V. Exa.
 
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Minúscula
a) nomes de meses:
• janeiro, setembro, dezembro;
b) nomes de substantivos comuns:
• internet, caderno, vento;
c) nomes de órgãos públicos e entidades associativas empregados genericamente:
• zona eleitoral, cartório eleitoral, partido, coligação;
d) nomes de gêneros e espécies de recursos, ações, documentos não especificados:
• os recursos eleitorais, o agravo de instrumento;
e) nomes não integrados aos substantivos indicativos de acidentes geográficos:
• rio Amazonas, oceano Atlântico, baía de Guanabara, serra da Mantiqueira;
f) artigos definidos e indefinidos, pronomes relativos, preposições, conjunções e 
advérbios e suas locuções, bem como combinações e contrações prepositivas:
• Ministério do Trabalho, Imposto sobre Serviços;
g) nomes próprios empregados no plural (sentido genérico):
• tribunais regionais, tribunais superiores, estados da Federação.
h) Nomes de livros e obras literárias (após o primeiro elemento, que é com maiúscula, 
os demais vocábulos podem ser escritos com minúscula, salvo nos nomes próprios nele 
contidos):
Menino de engenho; Manual de direito administrativo.
 
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OBSERVAÇÃO 
O uso de maiúscula e minúscula é opcional em relação aos nomes de ciências 
e disciplinas: Filosofia/filosofia, Direito/direito, História do Brasil/história do Brasil. 
Contudo, ao se optar por uma das formas, procure padronizá-la em todo o texto.
9.5 Hífen
O Novo Acordo estabeleceu algumas alterações em relação ao emprego do hífen na 
formação de vocábulos compostos. Vejamos a seguir quais foram essas modificações.
9.5.1 O hífen em prefixo e pseudoprefixos
Regra geral: Não se usa hífen diante de prefixos, tais como: auto-, ante-, anti-, arqui-, 
circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, neo-, proto-, pseudo-, sobre-, sub-, 
super-, supra-, ultra-, etc.). Também não se usa o hífen com elementos não autônomos ou 
falsos prefixos, de origem grega e latina: (aero-, agro-, arqui-, bi-, bio-, cardio-, eletro-, geo-, 
hidro-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, pan-, penta-, pluri-, retro-, tele-, tetra-, tri-, etc.).
Vejamos a seguir os detalhes em relação à regra geral.
I – Não se usa o hífen:
a) Quando o prefixo termina com vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo 
elemento:
• aeroespacial
• anteontem
• autoestrada
• coautor
• coedição
• extraescolar
• infraestrutura
• plurianual
• semiaberto
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b) Quando o prefixo termina com vogal e o segundo elemento começa por consoante 
diferente de r ou s:
• anteprojeto
• autopeça
• autoproteção
• coprodução
• geopolítica
c) Quando o prefixo termina com vogal e o segundo elemento começa com r ou s 
(duplicam-se as letras):
• antirrábico
• antirreligioso
• antissocial
• biorritmo
• contrarregra
• contrassenso
d) Quando o prefixo termina com consoante e o segundo elemento começa com vogal:
• hiperacidez
• interescolar
• interestudantil
• subaproveitar
• superamigo
e) Em palavras que perderam a noção de composição:
• girassol
• madressilva
• mandachuva
• paraquedas
• pontapé
• microcomputador
• pseudoprofessor
• semicírculo
• supracitado
• ultramoderno
• infrassom
• microssistema
• multissecular
• neorrealismo
• semirreta
• ultrarresistente
• superaquecimento
• supereconômico
• superexigente
• superinteressante
• superotimismo
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f) Em expressões com valor de substantivo e em locuções:
• deus nos acuda
• salve-se quem puder
• um faz de contas
• à toa
g) nas palavras não e quase com função de prefixo:
• não agressão
• não fumante
• não violência
II – Usa-se o hífen:
a) Com prefixo e pseudoprefixos, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h:
• anti-higiênico
• macro-história
• mini-hotel
• proto-história
b) Com prefixo terminado com vogal, se o segundo elemento começar pela mesma 
vogal:
• anti-imperialista
• anti-idade
• auto-observação
• contra-almirante
• dia a dia
• arco e flecha
• calcanhar de aquiles
• quase delito
• quase domicílio
• sobre-humano
• super-homem
• ultra-humano
• micro-ondas
• multi-irrigação
• semi-internato
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c) Com prefixo terminado com consoante, se o segundo elemento começar pela 
mesma consoante:
• hiper-requintado
• inter-racial
• sub-bibliotecário
d) Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, sota, soto, vice, vizo:
• além-mar
• aquém-mar
• ex-aluno
• pós-graduação
• pré-história• pró-europeu
e) Com os sufixos de origem tupi-guarani açu, guaçu e mirim:
• amoré-guaçu,
• anajá- mirim,
• capim-açu.
f) Para ligar duas ou mais palavras que se combinam:
• ponte Rio-Niterói
• eixo Rio-São Paulo.
g) Quando o primeiro elemento termina com b e o segundo começa com r:
• ab-rupto
• ad-renal
• ob-rogar
• sob-roda
• sub-reitor
 
• super-racista
• super-romântico
• inter-regional
• recém- casado
• sem-terra
• sota-vento
• soto-almirante
• vice-rei
• vizo-rei
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h) Nos compostos em que há o apóstrofo:
• cobra-d'água
• mestre-d'arma
• mãe-d'água
• olho-d'água
i) Nos nomes próprios que entram na formação de palavras:
• erva-de-santa-maria
• água-de-colônia
• João-de-barro
j) Nos compostos sem elemento de ligação, quando o primeiro elemento é a palavra 
“mal” e o segundo elemento começa por vogal, h ou l:
• mal-afortunado
• mal-entendido
• mal-estar
• mal-humorado
k) Nos nomes geográficos compostos pelas formas grã e grão, por forma verbal ou 
naqueles ligados por artigo:
• Grã-Bretanha
• Grão-Pará
• Abre-Campo
l) Nos compostos de espécies botânicas, zoológicas e áreas afins:
• abóbora-menina
• couve-flor
• formiga-branca
• coco-da-baía
 
• Traga-Mouro
• Trás-os-Montes
• além-Brasil
• aquém-Atlântico
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m) Nos adjetivos gentílicos derivados de nomes geográficos:
• belo-horizontino
• sete-lagoano
• juiz-forano
• mato-grossense
Quer ter certeza se uma palavra tem hífen ou não? A Academia Brasileira de 
Letras (ABL) disponibilizou um aplicativo gratuito de consulta ao Volp para celulares 
e tabletes.
Para dispositivos Apple, acesse a APP Store.
Para sistemas Android acesse Google Play.
No site da ABL, há ainda uma seção intitulada “ABL responde”. As questões 
sobre o vocabulário e sobre sintaxe são encaminhadas à comissão que analisa o 
assunto e depois envia a resposta por e-mail.
9.5.2 Glossário: Hífen em locuções
O Novo Acordo alterou as regras que envolvem a formação de palavras com 
prefixos, mas manteve aquelas em que duas palavras formam uma locução ou uma palavra 
composta. Palavras compostas são aquelas que apresentam unidade lexical, com entrada 
própria no dicionário (verbete). Seus elementos constitutivos formam uma unidade de 
sentido diferente de cada um de seus elementos separadamente. Assim, a palavra couve 
designa uma verdura; flor, uma planta ornamental. Se juntarmos as duas (couve + flor), 
teremos uma terceira palavra composta, com sentido próprio e diferente das outras duas: 
couve-flor. O mesmo ocorre com palavras como secretária-eletrônica, bolsa-família, vale-
transporte, licença-paternidade, cachorro-quente, etc.
SAIBA MAIS
https://itunes.apple.com/br/app/volp-vocabulario-ortografico/id904007692?mt=8
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http://www.academia.org.br/nossa-lingua/abl-responde
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Hífen com o adjetivo geral
Você já teve dúvida ao escrever a palavra diretor-geral? Ela é com hífen ou 
sem?
Havia até bem pouco tempo divergência quanto ao emprego do hífen em 
palavras compostas com o adjetivo geral. Atualmente, o emprego é aceito como 
correto, inclusive com o aval de Evanildo Bechara. O Dicionário Houaiss também 
registra com hífen palavras com esse adjetivo. Assim, usa-se hífen quando o 
adjetivo "geral" entra na formação de uma palavra composta que designa cargo, 
função, lugar de trabalho ou órgão correspondente. Confira:
Diretoria-geral
Secretário-geral
Secretaria-geral
Procurador-geral
Procuradoria-geral
Confira no link o artigo de Evanildo Bechara sobre o tema.
Vejamos a seguir uma relação de palavras compostas que mais causam dúvidas em 
relação ao uso do hífen:
 
A
advogado-geral
área-fim
área-meio
Assembleia-geral (pl. assembleias-gerais) 
atividade-fim (pl. atividades-fim)
atividade-meio (pl. atividades-meio)
bem-estar
boa-fé
bom senso
B
https://goo.gl/mC7rkU
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Atualização Gramatical19
 carta-contrato
carta-convite
coautor
colarinho-branco
comandante-chefe
comandante-geral
comando-geral
contra-arrazoado
contrarrazões
contrarreforma
contrarréplica
contrassenso
corréu
crédito-prêmio
crime-fim
crime-meio
C
data-base
data-limite
Defensoria Pública-Geral
desrepublicanizar
dessubstanciar
dia a dia
dia-multa (dias-multa, dias-multas)
dois-pontos
D
edifício-sede
e-mail
Estado-membro [do Mercosul] (pl. Estados-membros)
Estado-parte [do Mercosul] (pl. Estados-partes)
ex abrupto
extra-articular
extra-amazônico
extraclasse
extraditar
extraconjugal
extraescolar
extrafiscal
extra-humano
extrarregimental
extrassemântico
E
hora extra
H
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infraconstitucional
infraestrutura
interatuar
intercorrelação
inter-racial 
inter-relação
inter-relatividade
intersindical
intersocial
intrarracial
I
má-fé
mão de obra
matéria-prima
meio-termo
ministro presidente
ministro relator
Mmá-fé
mão de obra
matéria-prima
meio-termo
ministro presidente
ministro relator
não + substantivo/adjetivo - sem hífen:
não conhecimento
não sujeição
não conhecido
N
operário-padrão (pl. operários-padrão)]
on line (ligado, contrário de o	 line, desligado)
online ou on-line (preferível junto – itálico: Língua inglesa)
O
país-membro [do Mercosul] (pl. países-membros)
país-parte [do Mercosul] (pl. países-partes)
peculato-desvio
pena-base
ponto-final
ponto e vírgula
predefinida
preestabelecido
prequestionamento
processo-crime (“processos-crimes”, por padronização)
procurador-geral
Procuradoria-Geral
P
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Atualização Gramatical21
país-membro [do Mercosul] (pl. países-membros)
país-parte [do Mercosul] (pl. países-partes)
peculato-desvio
pena-base
ponto-final
ponto e vírgula
predefinida
preestabelecido
prequestionamento
processo-crime (“processos-crimes”, por padronização)
procurador-geral
Procuradoria-Geral
Queixa-crime (“queixas-crimes”, por padronização)
Q
recandidatura
reeleição
reinquirição
regra matriz-padrão (plural: “regras matrizes-padrão”)
R
salário de benefício
salário de contribuição
salário-educação
salário-família
salário mínimo: (cf. Houaiss: salário abaixo do qual a lei proíbe remunerar um 
trabalhador)
salário-mínimo (cf. Houaiss: trabalhador cuja remuneração é o salário mínimo, 
não o salário mínimo propriamente dito)
secretaria-geral
secretário-geral
seguro-desemprego
seguro-saúde
sem-terra
semiaberto
semiliberdade
socioeconômico
sociocultural
socioeducativo
sócio-gerente
sociopsicologia
subprocurador
subprocuradoria
supracitado
supraestatal
supralegal 
supramencionado
S
tão somente
tão só
teleducação
teleológico
T
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SAIBA MAIS
O site da Academia Brasileira de Letras disponibiliza um sistema de consulta O 
site da Academia Brasileira de Letras disponibiliza um sistema de consulta ao Volp. 
Quando tiver alguma dúvida, acesse o link: Busca no Vocabulário
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ultra-atividade
unidade-padrão (pl. unidades-padrão)
U
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voto condutor
voto-vista (pl. votos-vista)
voto vogal
V
https://goo.gl/bH8UB2
https://goo.gl/Yc69iM
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Conclusão
Vimos neste módulo as modificações introduzidas pelo Novo Acordo Ortográfico da 
Língua Portuguesa. Você perceberá, com o tempo, que as regras de uso do hífen, apesar de 
parecerem complicadas em um primeiro momento, foram simplificadas.
Para encerrarmos nossa jornada de aprendizagem com fecho de ouro, só falta agora 
fazer os exercícios de fixação. Eles estão disponíveis na plataforma. Vamos lá?
aula 9 Novo Acordo Ortográfico
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Referências
ALMEIDA, Napoleão M. Dicionário de questões vernáculas. 4 ed. São Paulo: Ática,1998. 
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa.Rio de Janeiro: Ed. Lucerna, 1999.
BRASIL, Imprensa Nacional. Manual de redação da Presidência da República. 2. ed. 2002.
BRASIL, Academia Brasileira de Letras. Vocabulário ortográfico da Língua Portuguesa.
5. ed. São Paulo: Global. 2009.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de dificuldades da língua portuguesa. Rio de 
Janeiro: Nova Fronteira, 1996.
CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley L. F. Nova gramática do português contemporâneo. Rio de 
Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
FERREIRA, Mauro. Aprender e praticar: Gramática. São Paulo: FTD, 2003.
FIORIN, L.J. & PLATÃO, F. Savioli. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 
1990.
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: FGV: 1986.
MORENO, Cláudio. Guia prático do Português: sintaxe. LPM. 2000.
NEVES, Maria Helena Moura. Gramática de usos do português. São Paulo: Editora UNESP, 
2000.
SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramática: teoria e prática. 18. ed. São Paulo: Atual. 1994.