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Silvia Elizabeth Rouvier Burian Giestas – mat. 201703310021 – 2020.2 – Prática l
 (CONTESTAÇÃO RESPOSTA DO RÉU) 
AO JUÍZO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPINAS/ SP
Processo n°: 1234
Juliana Flores, brasileira, solteira, empresária, portadora do RG n° XXXXXXXX, inscrita sob o CPF n° XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada na Rua Tulipa n°333, bairro XXX XXX, Campinas/ SP, CEP: XX.XXX-XXX.
Vem respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado em procuração (em anexo), com endereço na Rua XXX XXX, n. XX, bairro XXXX, cidade XXX, UF XX, CEP: XX.XXX-XXX, endereço eletrônico, onde deverá ser notificado de todos os atos provenientes do feito, propor a esse juízo, nos autos de ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO promovido por SUZANA MARQUES, já qualificada, vem apresentar contestação, expondo e requerendo: 
- DAS PRELIMINARES
. DA COISA JULGADA
Compulsando-se os autos, percebe-se que esta é a segunda ação que a autora maneja contra a ré, com o mesmo objeto, caracterizando-se assim a coisa julgada material, em razão da 1ª ação já ter transitado em julgado nesta seara, esta ação deve ser extinta sem resolução de mérito, na forma do art. 337, Vll do código civil c/c 485, V do código de processo civil.
. DA DECADÊNCIA
Mister salientar que o direito da autora foi alcançado pela decadência na forma do art. 178, l do código civil, pois já se passaram mais de 4 anos para anulação do negócio jurídico realizado, devendo a data inicial ser a que cessa a doação, ou seja, abril de 2012, tendo a autora ajuizado a referida ação em 20 de janeiro de 2017.
. DA ILEGITIMIDADE PASSIVA
Ainda em sede de preliminares, necessário se faz ressaltar a carência da presente ação, uma vez que os titulares do direito envolvidos no litígio são a autora e o orfanato Semente do Amanhã, o qual o único beneficiado com a referida doação. Sendo assim, deve a autora ser intimada a se manifestar na forma do art. 338 do código de processo civil, não o fazendo querer a ré o acolhimento da preliminar, com a extinção do processo sem julgamento de mérito na forma do art. 337 Xl c/c 485, Vl do CPC.
- DOS FATOS 
 parte autora doou, no dia 18/03/2012, um bem imóvel situado na Rua Melão n° 121, Rio Preto/ SP, no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), ao orfanato Semente do Amanhã, onde a parte ré exercia a função de diretora.
A parte autora, que desempenhava o cargo de gerente de recursos humanos na empresa XYZ Ltda., a qual a parte ré era a sócia- majoritária e presidente, alega que tal doação só ocorreu por receio de perda do emprego, demandando a anulação do negócio jurídico em questão.
- DO MÉRITO
Conforme a narrativa da autora é verdade que a mesma doou para o mencionado orfanato o imóvel objeto da presente ação, mas não por coação e sim por livre vontade da autora, uma vez que a parte autora pertencia a mesma religião da ré. Tais afirmativas podem ser corroboradas com oitivas dos funcionários que trabalhavam para o orfanato. É fato também que a autora pediu demissão um mês após a doação em razão de ter encontrado um trabalho com salário maior.
Se faz ressaltar que em nenhum momento houve coação para que fosse realizada a doação, dentro da forma do art.153 do CC.
- DOS PEDIDOS
Em razão do exposto requer o que se segue:
1- Seja acolhida a preliminar de coisa julgada extinguindo-se o processo sem resolução do mérito.
2- Seja pronunciada a decadência do direito da autora extinguindo-se o processo com resolução de mérito
3- Seja acolhida a preliminar da ilegitimidade passiva intimando-se o autor para que se manifeste sob perna de extinção do processo.
4- Ultrapassada as preliminares que sejam julgados improcedentes todos os pedidos
5- Seja a autora condenada nos ônus de sucumbência 
- DAS PROVAS 
Protesta pela produção de todas as provas em direito admitidas em especial a prova documental, testemunhal, e depoimento de pessoa autora.
Nestes termos, pede-se deferimento,
 Cidade, XX de XXXXXX de XXXX
ADVOGADO
 OAB/UF

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