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Avaliação de Pesquisa 01: O CDC e Sua Aplicação Nos Negócios Imobiliários 1) Qual a importância do CDC para a sociedade brasileira? Resposta: O Código de Defesa do Consumidor tem por objetivo primordial proteger e defender o consumidor que em regra é a parte hipossuficiente nas relações de consumo. Por hipossuficiente nesse sentido compreende-se que o consumidor é a parte mais fragilizada. 2) Quais os principais direitos criados pelo CDC? Resposta: 1. Proteção da vida e da saúde 2. Educação para o consumo 3. Liberdade de escolha de produtos e serviços 4. Informação 5. Proteção contra publicidade enganosa e abusiva 6. Proteção contratual 7. Indenização 8. Acesso à Justiça 9. Facilitação da defesa dos seus direitos 10. Qualidade dos serviços públicos 3) O que é autonomia privada e qual sua importância na sociedade? Resposta: O princípio da autonomia privada é um princípio jurídico que garante às partes o poder de manifestar a própria vontade, estabelecendo o conteúdo e a disciplina das relações jurídicas de que participam. O CDC e Sua Aplicação Nos Negócios Imobiliários Aluno (a): Willians Andrey de Aguiar Pereira Data: 16/09/2020 Avaliação de Pesquisa 01 NOTA: INSTRUÇÕES: Esta Avaliação de pesquisa contém 14 questões, totalizando 10 (dez) pontos. Você deve preencher dos dados no Cabeçalho para sua identificação o Nome / Data de entrega Utilize o espaço abaixo destinado para realizar a atividade. Ao terminar grave o arquivo com o nome Avaliação de Pesquisa 01 (nome do aluno). Envie o arquivo pelo sistema. Avaliação de Pesquisa 01: O CDC e Sua Aplicação Nos Negócios Imobiliários 4) Quantos são e onde estão localizados os conceitos de consumidor previstos na Lei 8.078/90? Resposta: São direitos básicos do consumidor previstos no artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor (CDC , Lei 8.078 /90): - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados; - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. Nos termos do artigo 7º, os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e equidade. Avaliação de Pesquisa 01: O CDC e Sua Aplicação Nos Negócios Imobiliários 5) Qual a importância do princípio da transparência e quais as consequências de sua violação por parte do fornecedor? Resposta: Pelo princípio da transparência, positivado em nosso ordenamento jurídico no art. 6°, III, da Lei 8078/90, assegura-se ao consumidor a plena ciência da exata extensão das obrigações assumidas perante o fornecedor. Assim, deve o fornecedor transmitir efetivamente ao consumidor todas as informações indispensáveis à decisão de consumir ou não o produto ou serviço, de maneira clara, correta e precisa. Dispondo à respeito do princípio da transparência nas relações de consumo, Jorge Alberto Quadros de Carvalho Silva assevera: “O princípio da transparência, essencialmente democrático que é, ao reconhecer que, em uma sociedade, o poder não é só exercido no plano da política, mas também da economia, surge no Código de Defesa do Consumidor, com o fim de regulamentar o poder econômico, exigindo-lhe visibilidade, ao atuar na esfera jurídica do consumidor. No CDC, ele fundamenta o direito à informação, encontra-se presente nos arts. 4º, caput, 6°,III, 8°, caput, 31,37, § 3°, 46 e 54, §§ 3° e 4°, e implica assegurar ao consumidor a plena ciência da exata extensão das obrigações assumidas perante o fornecedor.” Ainda sobre a mesma matéria, elucida Fábio Ulhoa Coelho: “De acordo com o princípio da transparência, não basta ao empresário abster-se de falsear a verdade, deve ele transmitir ao consumidor em potencial todas as informações indispensáveis à decisão de consumir ou não o fornecimento.” Caso o fornecedor não cumpra o que esta previsto no artigo 46 do Código de Defesa do Consumidor, pode acarretar na nulidade do contrato, pela falha no dever de informação, ou na falta de transparência do fornecer, assim o contrato firmado perderá perder a sua validade no mundo jurídico, após analisado pelo Juizado Especial Cível e tendo declarada a inexistência do vinculo contratual. 6) Se a lei proíbe que um contrato de locação tenha como uma de suas cláusulas o pagamento de aluguel em moeda estrangeira, como solucionar esse problema mantendo o contrato, já que o locatário precisa de um teto para morar? Resposta: De acordo com o artigo 315 do Código Civil, em vigor desde 2003, as dívidas em dinheiro devem ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal. Adiante, o artigo 318 determina que “são nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na legislação especial” No artigo 2º do Decreto-Lei nº 857/69, que substituiu a legislação anterior a respeito do tema, e na parte final do artigo 6º da Lei 8.880/94, autorizando algumas hipóteses à fixação de dívidas em moeda estrangeira: (IV) empréstimos e quaisquer outras obrigações cujo credor ou devedor seja pessoa residente e domiciliada no exterior, excetuados os contratos de locação de imóveis situados no território nacional. Avaliação de Pesquisa 01: O CDC e Sua Aplicação Nos Negócios Imobiliários Portanto, apesar da nossa atual legislação determinar a nulidade do contrato, a jurisprudência tratou de amenizar tais consequências, com fundamento no princípio da conservação dos negócios jurídicos, positivado pelo art.184 do Código Civil, permitindo que o contrato produza efeitos, a despeito da invalidade da cláusula, mas impedindo o pagamento em moeda estrangeira. Ou seja, determina a conversão do débito fixado em moeda estrangeira para que o pagamento ocorra em reais. 7) A inversão dos ônus da prova é uma regra no sistema protetivo criado pelo CDC? Resposta: A inversão do ônus da prova é uma facilitação dos direitos do consumidor e se justifica como uma norma dentre tantas outras previstas no CDC para garantir o equilíbrio da relação de consumo, em decorrência da reconhecida vulnerabilidade do consumidor. 8) O que pode ocorrer caso o fornecedor não esclareça, de modo completo e adequado,o consumidor com quem contrata, mormente, a partir dos direitos previstos no artigo 6.º do CDC? Resposta: O consumidor precisa estar bem informado, antes de comprar qualquer produto ou contratar qualquer serviço. Para isso, o fornecedor tem a obrigação de esclarecer tudo o que for necessário sobre o produto e o serviço, mesmo que este ainda não tenha sido adquirido pelo consumidor. Esse direito está disciplinado no inciso IV artigo 6º do CDC e embasa a boa-fé e a transparência na relação de consumo. Esse dispositivo prevê que o consumidor tem o direito de exigir que tudo o que for anunciado seja cumprido, caso contrário, é seu direito cancelar o contrato e receber o dinheiro de volta. 9) Qual a amplitude do dever de segurança imposto aos fornecedores de produtos e serviços? Resposta: O dever de informar do fornecedor decorre do artigo 6º, III, da Lei 8.078/90, que determina que é direito básico do consumidor “a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem”. Sendo direito básico do consumidor receber informações sobre os produtos e serviços oferecidos no mercado de consumo, é obvio que é dever do fornecedor oferecê- las. 10) Qual o prazo concedido pelo ordenamento jurídico para que o consumidor que é vítima de acidente de consumo possa ajuizar ação indenizatória? Resposta: O Código de Defesa do Consumidor dispõe em seu artigo 27 que é de cinco anos, contados do conhecimento do dano e da autoria, o prazo prescricional da pretensão do consumidor à reparação de danos decorrentes de fato do produto ou serviço (acidente de consumo). Avaliação de Pesquisa 01: O CDC e Sua Aplicação Nos Negócios Imobiliários 11) Qual o prazo concedido pelo ordenamento jurídico para que o consumidor que é vítima de acidente de consumo possa ajuizar ação indenizatória? Pergunta repetida 12) O fornecedor está obrigado a garantir a qualidade dos produtos que vende. Caso desconheça o problema, ainda sim assume essa obrigação? Resposta: Sim, o fornecedor de produtos e serviços deve ser responsável pelos produtos e serviços que são objetos de sua atividade nas relações de consumo. 13) Cite pelo menos quatro situações em que se manifesta a preocupação do legislador com a proteção do consumidor. Resposta: O art. 20, caput, da Lei 8.884/1994, tipifica como infração contra a ordem econômica a conduta capaz de produzir os efeitos listados em seus quatro incisos , a seguir reproduzidos: “ I- limitar, falsear, ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa; II- dominar mercado relevante de bens ou serviços; III- aumentar arbitrariamente os lucros; IV- exercer de forma abusiva posição dominante .” 14) O consumidor merece realmente ser tão protegido pelo legislador? Explique. Resposta: O legislador saí em defesa do consumidor, considerando que o consumidor é protegido porque é a parte frágil da relação. Há defesa do consumidor porque ele carece da proteção estabelecida pelo Código.
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