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Toxina Botulínica (técnica de aplicação, glabela, região periorbitária, fronte, rugas nasais, sobrancelhas etc) - Estética Facial

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14 
toxina botulinica 
UTILIZADA PARA PREVENIR OU AMENIZAR RUGAS E LINHAS DE EXPRESSÃO
 
 
 Para se alcançarem os melhores resultados, 
a boa técnica de aplicação exige: 
• conhecer a anatomia e a fisiologia muscular, 
para assim definir os pontos exatos de injeção. 
• respeitar os cuidados inerentes a qualquer 
procedimento cirúrgico. 
• treinar e dominar a técnica de injeção. 
• manusear corretamente o produto. 
• evitar altas diluições que aumentem o 
desconforto e diminuam a precisão do 
procedimento, além de torná-lo menos 
elegante. 
• mante o paciente em posição confortável. 
• fazer a correta seleção dos pacientes (é 
fundamental conhecer o seu perfil emocional, 
psíquico e avaliar suas expectativas). Se 
possível, não realizar o procedimento em 
pacientes que não estejam sob seu seguimento 
ou logo na primeira consulta. 
• avaliar uso de medicamentos. 
• documentar sempre fotograficamente. As fotos 
pré-tratamento e pós-tratamento possibilitam 
acompanhamento do resultado, planejamento 
de aplicações futuras e também esclarecer 
dúvidas levantadas pelo paciente quanto aos 
resultados alcançados. 
• instruir o paciente a não manipular as áreas 
tratadas por período de 2h. 
• orientar o paciente a também realizar por 2h a 
movimentação muscular das áreas tratadas (há 
evidências laboratoriais de que a absorção da 
toxina possa ser aumentada com a contração 
muscular). 
• evitar hipercorreções – é preferível realizar 
tratamento complementar se e quando 
necessário, entre 15 a 20 dias. 
Atualmente, há consenso de que a injeção da 
toxina botulínica é o melhor recurso para o 
tratamento das rugas do terço superior da face. 
Glabela, região lateral dos olhos e fronte são as 
indicações clássicas. 
O planejamento do tratamento deve levar em 
consideração a avalição anatômica própria de cada 
paciente. 
 
 
Para a completa melhora das linhas glabelares, 
tratamos os músculos corrugadores e depressores 
dos supercílios (responsáveis pelas linhas verticais) 
e também o prócero (responsável pelas linhas 
horizontais). 
Podem ser utilizados 5 a 7 pontos de aplicação. 
Para o músculo prócero, utiliza-se um ponto 
situado na intersecção de 2 linhas, que vão do canto 
interno dos olhos até o rebordo ósseo periorbitário 
na projeção perpendicular do canto interno do olho 
contralateral, com 3 a 6 U Botox® (ou 9 a 18 U 
Dysport®) por ponto. Para os músculos corrugador 
e orbicular ocular medial, usam-se 2 pontos de cada 
lado; o primeiro fica próximo à extremidade medial 
das sobrancelhas, tomando como reparo o rebordo 
ósseo orbitário em uma linha que sobe a partir do 
canto interno dos olhos, e o segundo fica 1 cm 
acima e lateralmente a este (mais pontos podem ser 
aplicados quando se nota um corrugador muito 
extenso); são usadas 3 a 5 U Botox® (ou 9 a 15 U 
Dysport® por ponto. 
 Quando se deseja um leve arqueamento 
das sobrancelhas (principalmente 
mulheres com sobrancelhas 
horizontalizadas), pode ser feita aplicação 
em outro ponto situado na linha 
mediopupilar, 1 a 1,5 cm acima do rebordo 
ósseo orbitário, com 3 a 5 U Botox® (ou 9 
a 15 U Dysport® de cada lado. O músculo 
frontal, por sua ação oponente, pode 
possibilitar tal elevação. 
 
15 –
 
 
 
 
 Também conhecida como pés de galinhas. 
O músculo tratado é o orbicular ocular lateral, 
sempre em arco, a 1 cm do rebordo ósseo orbitário 
e acima do arco zigomático, com 2 ou 3 pontos de 
aplicação a 9 a 15 U Botox® (ou 18 a 45 U 
Dysport®) no total para cada lado. As injeções 
podem ser intramusculares ou intradérmicas 
(preferivelmente por diminuírem o risco de 
sangramento e a formação de equimoses). 
Em pacientes nos quais estas linhas são 
muito extensas por apresentarem espaço trago-
cantal muito longo (músculo orbicular dos olhos 
em faixa mais larga), podemos realizar um segundo 
arco de aplicação, afastando mais 1 cm, com até 2 
pontos nas bissetrizes dos ângulos formados pelos 
pontos anteriores (2 U Botox® ou 6 U Dysport® 
por ponto). 
 
 
 
 Trata-se o músculo frontal, que é o único 
elevador da região do terço superior da face. Por 
esse motivo, na opinião dos autores, é um dos 
maiores desafios e merece muita atenção, exigindo 
cautela para que não haja resultados que levem a 
um aspecto "congelado': de face inexpressiva, com 
perda da naturalidade, ou ainda ptose das 
sobrancelhas. 
O número de pontos deve seguir a 
distribuição das rugas, podendo estar distribuídos 
desde entre uma única linha até 3. 
Muitas vezes, bastam 4 pontos 
equidistantes e em linha reta, a meia distância entre 
a orla do couro cabeludo e as sobrancelhas, não 
ultrapassando a linha mediopupilar ou em forma de 
V, em direção ao couro cabeludo, com 3 a 4 pontos 
de cada lado, sendo o primeiro 1 cm acima das 
sobrancelhas.Não é recomendável tratar as regiões 
laterais e mediofrontal e as injeções podem ser 
intradérmicas. Devem-se utilizar doses menores (2 
a 4 U Botox® ou 6 a 12 U Dysport® por ponto). 
 
 
16 –
 
 
 
 
 
 Além do ponto descrito anteriormente para 
arqueamento das sobrancelhas, é possível obter 
elevação da porção caudal das mesmas com 
aplicação em um ponto na região superior e lateral 
do músculo orbicular ocular (linha perpendicular 
do canto externo do olho, logo acima do rebordo 
ósseo orbitário com 2 U Botox® ou 6 U Dysport® 
por ponto). 
 
 
 Estas linhas distribuídas em V no dorso 
nasal são provocadas pela contração do músculo 
nasal (parte transversa); podem ser tratadas pela 
aplicação 2 a 3 U Botox® ou 6 a 9 U Dysport® por 
ponto em injeção bastante superficial, na porção 
lateral no terço superior do dorso nasal (assim 
evitando afetar a porção alar do músculo elevador 
do lábio superior). 
 
 
 Há casos em que a musculatura depressora 
do nariz pode contribuir na queda da ponta nasal. 
Para obter uma discreta elevação, podemos injetar 
o músculo depressor do septo nasal em um único 
ponto (2 a 3 U Botox® ou 6 a 9 U Dysport®). Além 
disso, é possível notar diminuição do espaço entre 
a columela e o vermelhão do lábio. 
 
 
A toxina botulínica não é um preenchedor e 
os sulcos nasolabiais não podem ser elevados por 
ela. É possível atuar na elevação ativa dos sulcos 
quando ela ocorre pela contração dos músculos 
nasal, elevador do lábio superior e porção alar do 
elevador do lábio. Podem ser utilizados 1 a 2 pontos 
de aplicação (1 a 2 U Botox® ou 3 a 6 U Dysport® 
por ponto) bastante superficiais na porção lateral no 
terço médio do dorso do nariz e aproximadamente 
0,5 cm lateralmente. De qualquer maneira, é 
necessário ter consciência de que o melhor 
tratamento para esta queixa é a técnica de 
preenchimento. 
 
17 –
 
 
 A queixa mais comum não é apenas com 
relação à exposição dos dentes ao sorrir, mas 
também das gengivas. Podemos injetar a toxina 
botulínica em um ponto situado aproximadamente 
0,5 cm lateralmente a asa do nariz, trabalhando 
assim o músculo elevador do lábio superior e 
levantador da asa do nariz. Essa aplicação produz 
um alongamento da porção labial superior e que 
cobre parte da exposição gengival. Cuidado deve 
ser tomado para não atingir o músculo orbicular da 
boca e assim não prejudicar a mastigação e ingesta 
líquida (1 a 3 UBotox® ou 3 a 9 U Dysport® por 
ponto). 
 
 
 Alinhas verticais da porção supralabial são 
evidentes sinais do envelhecimento e nem sempre 
passíveis de correção satisfatória pelas técnicas de 
preenchimento (mesmo quando associadas aos 
tratamentos por peelings químicos ou lasers). 
Devemos trabalhar com doses baixas e os 
pontos costumam ser dispostos ao lado do arco de 
cupido, próximo à junção do vermelhão do lábio e 
da pele. 
Na porção superior, 1 a 2 pontos (0,5 a 2 U 
Botox® ou 1,5 a 6 U Dysport® por ponto) e doses 
ainda menores no lábio inferior (0,5 a 1 U Botox® 
ou 1,5 a 3 U Dysport® por ponto). Ocorre 
relaxamento muscular com menor contração e 
pregueamentoda pele. 
 
 
 A correção da depressão das comissuras 
labiais (linhas de marionete). O músculo 
responsável pela "queda'' do ângulo da boca, que 
confere aspecto reconhecido como de tristeza e 
depressão, é o depressor do ângulo da boca, sendo 
facilmente palpável quando se solicita ao paciente 
realizar essa contração. Pode também haver 
participação de fibras do platisma nessa 
movimentação. 
É necessário aplicar uma injeção em cada 
lado, que segue uma trajetória de projeção da linha 
do sulco nasolabial, estendendo-se até perto da 
linha do arco da mandíbula, localizada 
aproximadamente 1 cm acima e ligeiramente 
lateralizada (2 a 4 U Botox® ou 6 a 12 U Dysport® 
por ponto). Respeite sempre a distância da região 
do canto da boca para não atingir o músculo 
orbicular da boca ou o músculo depressor do lábio 
inferior. 
 
 
 É tratado o platisma, que é um músculo 
grande com origem na fáscia superficial da porção 
superior do tórax, clavícula e acrômio. Está 
inserido nos músculos depressores do ângulo da 
boca, porção lateral do músculo orbicular da boca 
e risório. Colabora na retração e depressão do 
ângulo da boca e, se contraído, forma linhas 
horizontais e feixes platismais verticais. A 
aplicação deve sempre ser feita com o músculo 
contraído (injeção precisa), com doses pequenas 
por ponto (3 U Botox® ou 9 U Dysport®), em 3 a 
4 pontos e mais superficialmente. A dose total não 
deve ultrapassar as 40 U Botox® ou 120 U 
Dysport®. É prudente evitar as regiões laterais para 
não atingir o músculo esternocleidomastóideo. 
 
 
 Conforme já exposto, admite-se como 
bastante seguro o emprego da toxina botulínica. No 
entanto, é necessário ressaltar que há situações que 
podem apresentar contraindicação, como: 
• pacientes com expectativas irreais 
• doenças psiquiátricas 
• instabilidade psíquica (medo de toxicidade ao 
perceber o efeito da toxina). 
• infecção no local da aplicação 
• profissão – indivíduos que dependem da 
expressão facial (usar doses menores) 
• gravidez e lactação 
• doenças neuromusculares como miastenia 
gravis, paralisia de Bell 
• hipersensibilitada a componentes da 
formulação (a própria toxina, albumina ou 
solução salina) 
 
18 –
• imunossupressão 
• tratamento concomitante com: antibióticos 
aminoglicosídios, polimixas, tetraciclinas, 
lincomicina, penicilamina, ciclosporina, 
antagonistas do canal do cálcio, quinina. 
• distúrbios da coagulação e tratamento com 
anticoagulantes 
• envelhecimento acentuado com flacidez 
excessiva 
 
 
O uso cosmiátrico da toxina botulínica é feito 
há 2 décadas, sem ocorrência de complicações 
graves devido às doses e volumes mínimos 
empregados. Qualquer efeito indesejável é 
reversível; o principal é a blefaroptose, cada vez 
mais rara. Os riscos têm sido reduzidos pelo melhor 
conhecimento anatômico dos músculos tratados e 
da técnica de aplicação. 
Gerais: 
• dor, eventualmente podendo ser aliviada com 
anestesia tópica, gelo ou estímulos vibratório 
ou tátil na área contígua à aplicação 
• equimose, tratada imediatamente com gelo e 
compressão 
• cefaleia, dados da Food and Drug 
Administration (1989-2003) relatam incidência 
de 5%. Por outro lado, tem sido indicada para 
tratamento da enxaqueca e cefaleia tensional 
• infecção no ponto de aplicação

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