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Sistema sensorial
A maioria dos peixes possui órgãos sensoriais bem desenvolvidos, como olhos com capacidade de visão de cores tão incríveis como o olho humano. Além de olhos, o sentido químico também é apurado e os peixes usam quimioceptores para sentir cheiro e gosto no ambiente. A audição esta presente em grande parte dos animais, porém, o meio aquático interfere grandemente na capacidade auditiva destes animais. Muitos peixes podem gerar sons e comunicar-se através de emissão e recepção sonora. Alem desses, os peixes são capazes de perceber correntes e vibrações no campo ao redor de seus corpos através do sistema de linha lateral. Alguns peixes podem também perceber eletricidade e outros conseguem até emitir campos elétricos fortes o suficiente para atordoar sua presas! Vamos dar uma olhada nos órgãos sensoriais desses animais:
· Olfato - São formadas por células localizadas nas narinas e associadas à percepção de cheiros das substâncias dissolvidas na água. O sentido do olfato dos peixes é geralmente muito aguçado. O tubarão, por exemplo, pode "farejar" sangue fresco a dezenas de metros de distância.
· Quimiorrecepção: o olfato é mais sensível. A narina externa é composta por dois orifícios, um poro, uma roseta, as lamelas e o epitélio, onde estão as células quimiorreceptoras. São capazes de identificar uma gota de sangue em 25 bilhões de gotas de água. Sim, impressionante, e equivalente a uma gota de sangue em uma piscina olímpica. Os tubarões do gênero Sphyrna, os martelos, possuem o maior epitélio, com o maior número de células e superfície ampliada, devido ao prolongamento na região da cabeça. Isso os permite ter narinas amplas afastadas uma da outra, uma vez que a largura da cabeça aumenta o espectro de recepção olfatória destes indivíduos. A água entra pelas fendas nasais e passa pelo epitélio olfatório, saindo pelas fendas posteriores. Neste caminho, a leitura olfatória de tudo que está no seu campo de alcance é feita por detecção química. Há também a presença de alguns botões gustatórios, distribuídos pela língua, além das criptas sensoriais. Mesmo assim, a língua não é responsável por movimentar o alimento na boca, já que não é móvel. Isso faz com que os animais regurgitem aquilo que não lhes serve como alimento.
Os peixes têm fossas nasais - dois pequenos orifícios no focinho que se comunicam por meio de dois canais estreitos. As fossas nasais, cujas paredes possuem células sensitivas conectadas às fibras do nervo olfativo, são muito desenvolvidas nos peixes, o que faz com que eles sintam os odores com intensidade. Só que, talvez em função de nosso olfato “grosseiro”, costumamos desprezar esse sentido nos peixes. Com isso, cometemos várias falhas enquanto pescamos. 
Todo mundo já ouviu falar nos super sentidos dos tubarões, e quem os chamou de super, não os chamou assim, por nada. Antigamente, a idéia era a de que os tubarões eram grandes narizes que nadavam. A idéia veio de testes: quando os pesquisadores tamparam as aberturas nasais de tubarões de cativeiro, e perceberam que os animais tiveram dificuldades em localizar presas, o que parecia mostrar que os outros sentidos do tubarão não eram tão aguçados quanto o olfato. Porém, pesquisas posteriores provaram que o tubarão nunca foi o animal de um sentido aguçado, mas, sim, de um grande conjunto que, sem um elemento, não funciona com eficácia.
O nariz do tubarão é, sem dúvidas, um dos fatores mais sensacionais de suas características. Enquanto o animal nada, a água flui nas duas narinas frontais, e entra pela passagem nasal, atravessando uma dobra coberta de células sensoriais, que podem detectar os menores traços de sangue na água. Um Grande Tubarão Branco consegue detectar uma minúscula gota de sangue em uma piscina olímpica. A maioria dos tubarões consegue sentir sangue e odores diferentes há quilômetros de distância.
· Olhos - Permitem formar imagens nítidas a curta distância. A distâncias maiores, percebem apenas objetos em movimento na superfície da água. Alguns peixes têm percepção das cores e outros não. Os tubarões e as raias (também conhecidas como arraias), por exemplo, não distinguem cores. Os olhos são geralmente grandes e não possuem pálpebras nem glândulas lacrimais.
· Fotorrecepção: tubarões possuem uma melhor capacidade de enxergar na escuridão, devido à presença maciça de bastonetes e a menor quantidade de cones, ambos estruturas visuais. Os bastonetes, responsáveis pela percepção de tons de claro e escuro, estão localizados atrás da retina, e possuem uma placa refletora que tem uma capacidade reflexiva de luz muito maior do que a nossa. Essas placas são compostas por células citoplasmáticas negras, que impedem que a luz bata e reflita mais de uma vez. De um modo geral, os olhos são opostos, conferindo-os um campo visual de 360º. As espécies da ordem Carcharhiniformes, como os Galeocerdo cuvier, os tigres, possuem uma membrana nictitante, que cobre os olhos de baixo para cima. Tubarões bentônicos normalmente possuem pálpebras móveis de acordo com a luminosidade e a profundidade. Os tubarões brancos, Carcharodon carcharias, não possuem membranas oculares, mas viram os olhos para trás no momento da predação, a fim de protegê-los das unhas dos mamíferos marinhos, suas presas favoritas. Além da visão, há o órgão pineal ou epifiseal, estrutura de retina com bastonetes, localizada no topo do cérebro, e responsável pela recepção de luz. É o que chamamos de fototaxia, a percepção das variações do dia e da noite, importante para a localização do norte magnético da Terra, principalmente para os Carcharhinus longimanus, os tubarões galha branca oceânicos, durante a navegação. O C. longimanus é a única espécie de tubarão, até o que se sabe, que capta moléculas de odor no ar, ou seja, fora d’água, para identificar locais de alimento. Com as suas longas nadadeiras peitorais de pontas brancas, “ele é o invisível que não é invisível”, pois camufla-se no azul oceânico com perfeição.
· Quanto à visão, é um ponto variante de cada espécie. Alguns tubarões menos ativos, que costumam ficar perto da superfície, não possuem visão muito apurada, diferente dos que ficam no fundo do mar, que contam com grandes olhos, que permitem enxergar na escuridão. Mas, não vão achando que são predadores cegos, já que a maioria dos tubarões possui um campo de visão bastante amplo (os olhos são posicionados nas laterais da cabeça, e não um do ladinho do outro, como os nossos). O caso clássico é o do tubarão-martelo, que tem os olhos saltados para fora da cabeça.
· Visão – Os olhos são grandes, laterais e sem pálpebras, provavelmente apenas capazes de focar com precisão objetos próximos, mas que percebem facilmente movimentos distantes, incluindo acima da superfície da água. A retina contém cones e bastonetes, o que permite visão a cores na maioria dos casos, mas também existem peixes monocromatas, dependendo principalmente do ambiente que habitam. Ao longo da evolução, os teleósteos desenvolveram variados sistemas visuais, alguns deles com presença de cones e bastonetes, e a percepção de cores permitiu expansão de nichos e exploração do meio aquático. Os ciclídeos, por exemplo, habitam originalmente águas claras e têm a visão como uma das principais modalidades sensoriais. Neste sentido, a acuidade visual confere vantagens para a detecção de todos os aspectos do ambiente visual, incluindo presas, predadores ou coespecíficos.
· Linha lateral - É formada por uma fileira de poros situada de cada lado do corpo, com ramificações na cabeça. Os poros comunicam-se com um canal localizado sob as escamas, no qual existem células sensoriais. Por meio das células sensoriais, o peixe percebe as diferenças de pressão da água, que aumenta gradativamente com a profundidade. Percebe também correntes e vibrações na água, detectando a presença de uma presa, de um predador ou os movimentos de outros peixes que estão nadando ao seu lado, o que é muito importante para as viagens em cardumes. Percebe, ainda, a direção dos movimentos da água, o que facilita sua locomoçãona escuridão ou em águas turvas
· O sétimo sentido do tubarão é a linha lateral. Trata-se de um conjunto de tubos embaixo da pele do peixe. A água flui para dentro dessas cavidades, através de poros nas escamas. Por dentro dos tubos, há uma série de fios que se conectam com células sensoriais. Ou seja, o tubarão consegue sentir na própria pele, e literalmente, o movimento de qualquer presa.
· linha lateral do tubarão. A linha lateral é basicamente um conjunto de tubos abaixo da pele do tubarão. Os dois tubos principais correm pelas laterais do corpo, da cabeça até a cauda. A água flui para dentro desses tubos principais através de poros na superfície da pele. A parte de dentro dos tubos principais são alinhados com projeções semelhantes a fios de cabelo, que são conectados a células sensoriais. Quando algo se aproxima do tubarão, a água que corre pela linha lateral move-se para frente e para trás. Isso estimula as células sensoriais, alertando o tubarão para presas potenciais ou predadores que estejam na área.
· Isolados, nenhum dos órgãos sensoriais do tubarão seria adequado para a caça. Mas a combinação de todos esses sentidos fazem do tubarão um predador incomparável. O sucesso dos tubarões deve-se, em grande parte, a esses avanços fisiológicos: eles são feitos para encontrar comida. Eles também são muito bons em pegar comida, como veremos na próxima seção. 
· Sistema de linha lateral – localizada longitudinalmente ao longo do flanco do animal, é composta por uma fileira de pequenos poros, em comunicação com um canal abaixo das escamas, onde se encontram mecanorreceptores. As células ciliadas envoltas por uma cúpula gelatinosa, denominadas neuromasto, ficam na superfície do corpo e respondem a vibrações na água. Quando a água se desloca, os cílios das células movimentam e a célula despolariza, enviando potenciais de ação ao SNC do animal. A percepção do meio é fundamental como estratégia de defesa destes animais.
· Mecanorrecepção: a linha lateral é responsável pela detecção de presas e funciona como um sonar, assimilando correntes marinhas e direcionando a orientação e navegação. Os poros ao longo das porções laterais do corpo, permitem que a água entre nos neuromastos, células ciliadas, e banhe as cavidades gelatinosas que vibram e emitem sensações para o sistema nervoso. É preciso lembrar que há alguns estímulos que são percebidos erroneamente, de maneira irregular, como os produzidos pelo homem, criatura “desconhecida” para os tubarões no ambiente marinho. O ouvido possui três canais circulares e uma estrutura repleta de células ciliadas, receptoras para o ouvido interno. O componente básico do seu sistema sensorial é uma cúpula gelatinosa que os permite detectar sons irregulares e pulsos sonoros de baixa frequência, entre 10 e 800 Hertz. Para efeitos comparativos, nós, humanos, somos capazes de detectar frequências de 25 a 16 mil Hertz. Como nos oceanos o som é direcional, a audição depende de variáveis como a temperatura, a salinidade e a pressão, pois na água o som gera muito mais ondas específicas. Tubarões não produzem sons, mas são capazes de percebê-los devido ao ouvido interno e à linha lateral, e assim esses sons são interpretados pelo sistema nervoso. A massa octonal, presente dentro do sáculo, na cavidade auditória, é composta por pequenas massas cartilaginosas, e confere o equilíbrio e a orientação. Diferentemente dos peixes ósseos, tubarões, os “peixes cartilaginosos”, não possuem otólitos, um pequeno osso presente no ouvido interno dos seus “parentes”.
Além destes sentidos apurados os tubarões possuem outros sentidos que são muito interessantes! Eles são capazes de sentir campos elétricos dos seres vivos através de uma estrutura sensorial que fica na pele da região de sua cabeça. Os tubarões também conseguem sentir a variação de pressão na água ao seu redor através de uma estrutura chamada linha lateral! Se alguém se movimentar perto dele ele é capaz de notar através da vibração da água.
Audição
O ouvido possui três canais semicirculares dispostos perpendicularmente uns aos outros, funcionando como um órgão de equilíbrio, portanto, tal como em todos os vertebrados superiores. Este órgão permite a audição apurada, até porque o som se propaga bastante bem dentro de água. Muitos peixes comunicam entre si produzindo sons, seja estridulando ossos ou através de contrações musculares envolvendo a bexiga natatória
 A audição desses animais também é muito desenvolvida, e pesquisas já mostraram que eles podem ouvir sons quase impossíveis para a capacidade humana de ouvir. Os tubarões conseguem rastrear sons que a quilômetros deles, principalmente os de presas feridas.
Audição – O ouvido possui três canais semicirculares dispostos perpendicularmente uns aos outros, funcionando como um órgão de equilíbrio, portanto, tal como em todos os vertebrados superiores. Este órgão permite a audição apurada, até porque o som se propaga bastante bem dentro de água. Muitos peixes comunicam entre si produzindo sons, seja estridulando ossos ou através de contrações musculares envolvendo a bexiga natatória.
A audição dos tubarões é outro sentido bastante apurado! Ele consegur ouvir sons extremamente baixos, que estão abaixo da capacidade humana. Ele é capaz de ouvir ouvir sons quase imperceptíveis, rastreando sons a quilômetros de distância, especialmente sons da aflição de presas feridas.
Olfato e Paladar – O estímulo químico é um dos mais antigos entre os animais. Os peixes são capazes de detectar sinais químicos com razoável destreza, e esses sinais fazem parte de seus comportamentos alimentares, sexuais, locomotores, defensivos, etc. Muitos animais podem produzir compostos sinalizadores específicos chamados feromônios, que fazem parte de uma estratégica comunicação química. Uma diversidade de feromônios é usado para sinalizar as mais diversas situações, como para marcar os limites de um território, a situação reprodutiva ou avisar sobre alguma ameaça. Para que o outro indivíduo detecte o sinal, ele deve ter quimiorreceptores. Há dois receptores envolvidos na percepção química: os receptores do paladar e do olfato, sendo o paladar mais limitado. Nos vertebrados, o sentido do paladar localiza-se na boca e os receptores estão organizados em papilas gustativas. O sentido do olfato é percebido nas narinas, localizadas na parte dorsal do focinho, que contem uma cavidade coberta de células sensíveis a moléculas dissolvidas na água. Os peixes utilizam o olfato para detectar alimento, parceiros, predadores, territórios, ameaças, entre outros. As células sensoriais possuem uma terminação cheia de longos cílios (célula bipolar) e ficam imersas no muco secretado no epitélio nasal.
Paladar
O paladar do peixe é um sentido nulo, uma vez que não tem papilas gustativas, pode-se dizer que sente o “paladar” pelo cheiro. Ao manipular uma isca, o pescador deve evitar transmitir qualquer odor forte, como repelente, tempero, gasolina. Apesar de que – e aqui lembro o saudoso pescador Ari Teixeira Barbosa o qual, certa vez no Paraopeba, iscou o minhocuçu com a mão impregnada da gasolina do motor. Ao ser interpelado por mim, retrucou: “deixa de sê besta, surubim nunca bebeu gasolina, por isso ele não sabe o gosto!” E pegava peixes de várias espécies e tamanhos.
Ampola de lorenzini
O tubarão tem, sob a pele da cabeça, pequenas células receptoras que detectam traços de eletricidade, os ampulários de Lorenzini. Não há total conhecimento sobre como essas células funcionam, mas, sabemos que são pequenos tubos preenchidos com uma espécie de gosma. Os ampulários, ainda que misteriosos, parecem permitir que os tubarões sintam a presença de campos elétricos gerados por organismos vivos. O alcance desse sentido elétrico não aparenta ser tão eficaz quanto os outros, mas, garante que o tubarão saiba, com toda certeza, que há movimento vivo por perto.
Eletrorrecepção: as Ampolas de Lorenzini são receptores de estímulos elétricos, espalhados em forma de poros ao longo da cabeça dos animais. São grupos subdermais de unidades eletrorreceptivas,na qual cada poro está conectado a um tubo gelatinoso que se liga aos canais sensoriais, enviando estímulos elétricos, vibrações e propagação de ondas ao sistema nervoso. A partir dos estímulos externos, receptores sensoriais fazem a transformação e indução para que haja uma interpretação e, finalmente, uma reação dos animais. Essa sensibilidade detecta os mínimos estímulos elétricos, e confere aos tubarões uma acuidade em diferenciar estímulos específicos, sejam eles de orientação local, navegação, direção ou tipo, como a frequência, o som, o odor, a cor, ou estímulos de campos bioelétricos. As Ampolas de Lorenzini permitem a detecção de presas e são importantes no comportamento social entre indivíduos do mesmo grupo, como espécies que nadam em cardumes. Entretanto, é o último recurso utilizado para guiar os movimentos migratórios.
Os ampulários de Lorenzini conferem ao tubarão o sentido elétrico. Os ampulários consistem em pequenas dobras de células receptoras sensíveis à eletricidade, posicionadas sob a pele da cabeça do tubarão. Estas células são conectadas a poros na superfície da pele através de pequenos tubos preenchidos com uma espécie de geléia. Os cientistas ainda não compreendem tudo sobre esses órgãos ampulários, mas sabem que os sensores permitem que os tubarões sintam a presença dos pequenos campos elétricos gerados por organismos vivos. O alcance do sentido elétrico parece ser bastante limitado (alguns metros à frente do nariz do tubarão), mas isso é o suficiente para caçar peixes e outras presas no oceano.
Eletrocepção – Descargas elétricas fortes servem para propósitos ofensivos e defensivos óbvios. Entre os animais que utilizam esse tipo de mecanismo estão a arraia elétrica (torpedo), o bagre (Malapterurus) e o poraquê sul-africano (Electrophorus). Descargas fracas são utilizadas para obter informações a respeito do meio, particularmente importantes para a distinção entre objetos não condutores ou outros animais (bons condutores). Um peixe tem maior condutividade (teor salino nos fluidos corpóreos) do que a água doce. Descargas pouco intensas podem ser usadas para a navegação em águas turvas, localização de predadores e presas e também para a comunicação entre indivíduos. Muitos peixes que não são elétricos (não geram descarga) conseguem usar seus eletroceptores para localizar presas por meio de potenciais de ação gerados pela atividade muscular normal do animal. As descargas são produzidas por órgãos elétricos, tecido muscular modificado, dispersos pelo corpo do animal. Esses órgãos são formados por células delgadas chamadas eletroplacas ou eletrolâminas, empilhadas em colunas na superfície do corpo do animal. A maioria dos peixes elétricos vive em águas turvas, onde a visibilidade é precária. São peixes noturnos, com olhos pouco desenvolvidos. Então, o sentido elétrico permite a exploração do meio. No entanto, o alcance desse sentido é limitado, geralmente não mais do que alguns metros.
Algo interessante sobre o olfato dos tubarões é que ele é direcional, por exemplo, se uma gota de sangue está no oceano e se localiza à direita do tubarão, a narina direita dele vai sentir o sangue antes, assim ele sabe de onde está vindo o cheiro. Isso funciona mais ou menos como nossa audição, pois somos capazes de dizer de que lado veio um som!
Não é à toa que tubarões, animais com mais de 400 milhões de anos de existência, permaneçam nos oceanos há tanto tempo, com a maioria das modificações ocorridas nas estruturas sensoriais. Também não é à toa que os considero animais de uma sensibilidade absurda e invejável. Além deste aprimoramento na diversidade das cerca de 400 espécies de tubarões identificadas e viventes no mundo até hoje, a sua evolução morfológica beira a perfeição, e também é responsável pelo sucesso do animal que, no senso comum, chamamos de tubarão. Esse aparato todo me faz ter certeza de que toda a vez que caio na água para registrar e mergulhar com algum deles, mesmo que eu não os aviste, eles sabem que estou lá

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