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TRATADOS INTERNACIONAIS E CONVENÇÕES PARA EVITAR A BITRIBUTAÇÃO INTERNACIONAL
Acadêmicos de Direito: Cleydiane Pereira Andrade dos Santos,
Eduardo Coimbra
Sirlane Prucoli Pedrosa
 Faculdade Doctum Carangola 
Curso de direito
Turma: 9º Período	
Área de Concentração: Direito Tributário. 
Orientador: Drº. Felipe Tannus Cheim. 	 	 Data de entrega: 11/04/2019
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RESUMO
Diante do tema proposto, por meio de tratados internacionais os Estados participantes podem delimitar suas respectivas competências tributárias, estabelecendo os limites dentro dos quais podem aplicar o seu ordenamento jurídico interno para evitar o fenômeno da bitributação. A interdependência econômica existente entre os países e a grande quantidade de investimentos estrangeiros em todo o mundo, torna necessária a adoção de medidas políticas internacionais eficientes em matéria tributária, as quais objetivam o fim dos problemas relacionados à bitributação, bem como a atração de mais investimentos estrangeiros. Além disso, os tratados internacionais são para evitar a bitributação que está vinculada a alguns objetivos, que seriam: proteção ao contribuinte contra a bitributação internacional; prevenção contra o desestímulo aos investimentos em razão da grande carga tributária; proteção do contribuinte contra qualquer tipo de discriminação; estreitamento das relações e maior cooperação entre os países em matéria tributária. Os tratados ou convenções internacionais para evitar bitributação são de extrema importância para a vida dos contribuintes, pois não somente evitam a dupla imposição, mas também facilitam suas atividades internacionais estimulando a competitividade.
PALAVRAS-CHAVE: Tratados Internacionais, Convenções, Bitributação Internacional, 
1 INTRODUÇÃO
	
Atualmente com a globalização, os tratados internacionais representam a principal medida bilateral capaz de atenuar ou evitar a bitributação internacional, que constitui verdadeiro óbice ao desenvolvimento das relações econômicas internacionais, visto que desencoraja as empresas a diversificarem seus investimentos e inibe atração de investimentos 
estrangeiros. Como um país moderno e competitivo, espera-se que o Brasil seja mais dinâmico e preparado para o comércio internacional, mas ao contrário suas autoridades agem timidamente e criam entraves burocráticos e fiscais inimagináveis, limitando a atuação das empresas brasileiras e suas atividades globais.
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 BITRIBUTAÇÃO
Ocorre quando entes tributantes diferentes exigem do mesmo sujeito passivo tributos decorrentes do mesmo fato gerador. Conforme ensina a professora Regina Helena Costa: 
"A bitributação significa a possibilidade de um mesmo fato jurídico ser tributado por mais de uma pessoa. Diante de nosso sistema tributário, tal prática é vedada, pois cada situação fática somente pode ser tributada por uma única pessoa política, aquela apontada constitucionalmente, pois, como visto, a competência tributária é exclusiva ou privativa. Inviável, portanto, que haja mais de uma pessoa política autorizada a exigir tributo sobre o mesmo fato jurídico.”
2.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS TRATADOS INTERNACIONAIS PARA EVITAR A BITRIBUTAÇÃO
Os Estados Soberanos celebram tratados internacionais objetivando maior integração nas relações comerciais e econômicas, e consequentemente maior desenvolvimento.
Apesar disso, os tratados internacionais que visam evitar a bitributação datam de algumas décadas atrás, sendo, portanto, um movimento relativamente recente.
Cumpre ressaltar que existem indícios de que o primeiro acordo que, efetivamente, visava evitar a bitributação foi celebrado em 1869 entre a Prússia e a Saxônia e estava relacionado aos impostos diretos desses países. 
O surgimento do referido modelo de convenção para evitar a bitributação tem sua origem nos estudos realizados pelo Comitê Fiscal da antiga Organização Européia de Cooperação Econômica (OECE), o qual estava encarregado de criar um projeto visando eliminar a dupla tributação internacional sobre a renda e o patrimônio.
Na maioria dos tratados para evitar a bitributação celebrada pelo Brasil, o referido § 2º do artigo 3° encontra-se na versão desatualizada, tendo em vista o período em que tais acordos foram celebrados.
Outro fator importante, e que está presente em vários acordos para evitar a bitributação é o protocolo anexo, que tem por função esclarecer e dirimir quaisquer dúvidas decorrentes da interpretação das disposições do tratado, tendo em vista que esses tratados obedecem a uma única convenção modelo (OCDE), e é celebrado por dois Estados com ordenamentos jurídicos distintos, o que torna propensa a aparição de dúvidas na interpretação.
3 O PROCEDIMENTO DE CELEBRAÇÃO DOS TRATADOS NO BRASIL
De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, a celebração de acordos internacionais é de competência privativa do Presidente da República, conforme determina o seu artigo 84, inciso VIII.
Assim como acontece com os demais tratados ratificados pelo Brasil, a celebração dos tratados internacionais contra a bitributação deve obedecer a um trâmite especial, visto que a legislação brasileira prevê um procedimento de celebração a ser seguido e, além disso, atribui competências e restrições aos agentes do poder público.
	
4 CONCLUSÃO
Ante o exposto a dupla ou múltipla tributação internacional se manifesta como empecilho ao desenvolvimento econômico e sociocultural das nações, prejudicando o intercâmbio de tecnologias, pessoas, bens, capitais e serviços, promovendo, por outro lado, a prática de condutas de elisão e sonegação fiscal internacional.
Diante desta realidade, o sistema jurídico brasileiro precisa dotar a eficácia ponderada dos tratados e convenções internacionais firmados com o objetivo de evitar a bitributação internacional, sem comprometer a fiscalização dos órgãos competentes.
REFERÊNCIAS
BAGGIO, Gabriel. Bitributação. Disponível em< https://luizgabrielbaggio.jusbrasil.com.br/artigos/149297469/bitributacao> , acesso em 07 de abril de 2019.
MOREIRA JÚNIOR, Gilberto de Castro. Bitributação Internacional e Elementos de Conexão. São Paulo: Aduaneiras, 2003. 
TORRES. Heleno Taveira. Convenções para evitar a dupla tributação após a vigência da convenção de Viena. Disponível em <https://www.conjur.com.br/2015-set-16/consultor-tributario-interpretacao-convencoes-evitar-dupla-tributacao>, acesso em 08 de abril de 2019.
XAVIER, Alberto. Direito tributário internacional do Brasil. Rio de Janeiro: Forense, 2004.