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Desenvolvimento embrionário e malformações congênitas

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A formação do embrião e suas partes envolve a morfogênese, um processo de 
modelagem da forma controlado por comportamentos celulares fundamentais 
que resultam em crescimento diferencial > mutações genéticas, exposição aos 
teratógenos ou combinação de ambos processos > perturbação desse 
crescimento diferencial > dismorfogênese > formação de defeitos estruturais 
congênitos. 
Os defeitos estruturais congênitos consistem em malformações – que 
envolvem perturbação do desenvolvimento dos eventos diretamente 
envolvidos na formação de uma estrutura particular – e deformações – que 
envolvem perturbação indireta de uma estrutura em desenvolvimento devido a 
forças mecânicas. 
A malformação pode envolver um único órgão ou uma única parte do corpo, 
vários órgãos ou várias partes do corpo. Neste último caso, se uma única causa 
estiver envolvida, a condição constituirá uma síndrome. 
Disco embrionário trilaminar plano > morfogênese > embrião 
tridimensional com um plano corporal na forma de tubo-dentro-de-tubo > 
primórdios dos rudimentos que irão formar todos os órgãos e sistemas do 
adulto
•
A morfogênese resulta do crescimento diferencial < conduzido por um 
pequeno número de comportamentos celulares fundamentais, como 
mudanças na forma, tamanho, posição, número e adesividade da célula
•
Por exemplo, se houver insuficiência de fluido amniótico (ou seja, 
oligodrâmnio), poderá ocorrer deformação dos pés como resultado da 
pressão mecânica, levando ao pé torto
○
As deformações consistem em defeitos morfológicos secundários que são 
impostos sobre um órgão ou parte do corpo devido a forças mecânicas, ou 
seja, as deformações afetam o desenvolvimento de um órgão ou parte do 
corpo indiretamente
•
Outras síndromes podem resultar da exposição teratogênica > 
síndrome alcoólica fetal (transtorno do espectro alcoólico fetal) > 
microcefalia (cabeça pequena), fissuras palpebrais curtas (aberturas 
oculares), dobras epicânticas (dobra da pálpebra superior), ponte nasal 
baixa com nariz curto, face média plana, anomalias menores no ouvido 
externo e anomalias na mandíbula, incluindo lábio superior fino com 
filtro indistinto e micrognatia (mandíbula pequena)
○
Síndromes decorrentes de dismorfogênese > síndrome de Down (trissomia 
do 21) e síndrome da deleção 22q11.2 – duas síndromes que resultam de 
anormalidades cromossômicas
•
Princípios da Morfogênese
Vias de sinalização
Embriões humanos são padronizados progressivamente durante a embriogênese, em grande parte 
graças às interações célula-célula > forma de comunicação intercelular que é mediada pela secreção 
de moléculas de sinalização solúveis que se difundem no espaço extracelular para alcançar as
células adjacentes. 
Uma célula indutora secreta uma pequena molécula sinalizadora, ou fator de crescimento > 
difunde-se através da matriz extracelular > célula induzida > liga-se a um receptor na superfície
da célula. 
Muitas vezes, a transcrição alterada leva à secreção de novos fatores de crescimento, que 
modificam o destino de outras células ou fornecem uma resposta de controle negativo à secreção 
de fatores de crescimento vindos da célula indutora
•
A ligação ativa (fosforilação de proteínas intracelulares) > cascata de sinalização intracelular (uma 
série de proteínas de transdução de sinais) > movimento de fatores de transcrição para dentro do 
núcleo > ligam-se nas regiões específicas do DNA e alteram a transcrição > diferenciação celular > tipo 
celular específico. 
As cascatas de sinais que as células recebem durante o desenvolvimento determinam seu destino 
< genes reguladores que agem precocemente iniciam o desenvolvimento de grupos de células por 
meio da indução da expressão de outros genes mais tardios da cascata > expressão de outros genes > 
até que sejam ativados os genes que codificam as características estruturais e funcionais das células 
e dos tecidos específicos do embrião.
Um número relativamente pequeno de vias de sinalização atua nessas cascatas.
Sinalização Wnt
Via de polaridade celular planar○
Na ausência de Wnts, a β-catenina citoplasmática (componente do complexo de adesão 
catenina/caderina) interage com um complexo de proteínas, como a axina - regula o 
desenvolvimento do eixo embrionário -, a APC e o Gsk3 > proteólise da β-catenina > 
impede a sinalização de Wnt
▪
Na presença de Wnts ligado ao complexo frizzled/Lrp5/6, um sinal é transduzido para o 
dishevelled (Dsh) e a axina que evita a degradação da β-catenina. β-catenina acumula no 
citoplasma > difunde-se para o núcleo > atua como co-ativador transcricional > liga-se ao 
correpressor transcricional Tcf/Lef > deixa de suprimir a expressão de genes 
responsivos ao Wnt > nova transcrição > sinalização Wnt
▪
Além de se ligar aos receptores frizzled, o Wnt pode se ligar a proteínas solúveis 
extracelulares chamadas sFrps (proteínas secretadas similares ao frizzled) > não podem 
mais se ligar aos receptores frizzled > inibidores de ocorrência natural para a 
sinalização Wnt
▪
As proteínas Dick-kopfs são outras proteínas extracelulares que antagonizam a 
sinalização Wnt (especificamente na via Wnt canônica) > ligam-se ao Lrp5/6 e não ao 
Wnt
▪
Cerberus é outro inibidor de Wnt que atua extracelularmente ligando-se ao Wnt > inibe 
a sinalização Wnt > bloqueia a sinalização do nodal e do Bmp 
▪
Defeitos na sinalização Wnt que resultam em doenças humanas incluem cânceres (APC, 
β-catenina, AXINA1, -2), osteoartrite dos quadris (FRIZZLEDB1), retinopatia 
(FRIZZLED4), tetra-amelia autossômica recessiva (ausência de todos os quatro 
membros; WNT3), doenças ósseas e oculares (LRP5) e anomalias geniturinárias (WNT4)
▪
Via Wnt canônica > requer o correceptor Lrp5/6 ○
Via de sinalização de cálcio○
Secretados pelas células para o meio extracelular > ligam-se aos receptores de Wnt (Frizzleds; 
receptores de sete passagens transmembranares) sobre as superfícies de outras células > cascata 
de sinalização intracelular > vias de sinalização
•
Mamíferos > 19 Wnts e 10 receptores 
Wnts dos vertebrados são ortólogos do wingless de Drosophila, um gene de polaridade de segmentos. 
Sinalização Hedgehog
Shh > traduzido > proteína precursora de 45-kDa > clivagem em um 
domínio N-terminal de 20-kDa e um domínio catalítico C-terminal de 
25-kDa > domínios se formam > colesterol se liga ao domínio 20-kDa 
(processo importante para a subsequente secreção e atividade sinalizadora 
da proteína Shh) > secreção no espaço extracelular > domínio 20-kDa se 
liga a um receptor transmembranar denominado patched
•
Na presença de proteína Shh > smoothened não inibido > transportado 
para um cílio primário > se projeta na superfície celular > acumula-se 
na membrana celular > cascata de sinalização intracelular > ativação 
transcricional dos genes-alvo
○
Na ausência da proteína Shh, o patched interage com outra proteína 
sinalizadora transmembranar, a Smoothened, que inibe a sinalização 
smoothened, reprimindo a expressão dos genes-alvo do smoothened
•
Três genes hedgehog ortólogos de Drosophila são expressos em mamíferos: 
sonic hedgehog, indian hedgehog e desert hedgehog. Apenas a sinalização sonic 
hedgehog (Shh) é abordada > papel no desenvolvimento de diversos sistemas 
diferentes no embrião do vertebrado.
Stella Fernandes - MEDUFMS/Turma LIII Morfogênese 
 Página 1 de Gastrulação e organogênese 
Defeitos na sinalização Wnt que resultam em doenças humanas incluem cânceres (APC, 
β-catenina, AXINA1, -2), osteoartrite dos quadris (FRIZZLEDB1), retinopatia 
(FRIZZLED4), tetra-amelia autossômica recessiva (ausência de todos os quatro 
membros; WNT3), doenças ósseas e oculares (LRP5) e anomalias geniturinárias (WNT4)
Via de sinalização de cálcio○
Mamíferos > 19 Wnts e 10 receptores •
Sinalização tgf-β
Chordin, noggin, follistatin, lefty e cerberus•
Bmp no meio extracelular > liga-se a um receptor Bmp transmembranar (Bmpr) (composto por 
heterodímeros e homodímeros de receptores TGF-β - tipo I e tipoII) > fosforilação de Smads 
(família com nove proteínas) > núcleo celular > atuam como coativadores e correpressores 
transcricionais 
•
A superfamília do Tgf-β é uma família grande de proteínas, que sinalizam através de receptores com 
o domínio citoplasmático de cinase serina/treonina. Muitos membros desta família desempenham 
papéis importantes no desenvolvimento dos vertebrados, como as proteínas morfogenéticas óssea 
(Bmps), a ativina, o Vg1 e o nodal. Além disso, diversos inibidores da sinalização por Bmp são 
expressos no desenvolvimento inicial e estão envolvidos em eventos importantes, como a indução 
neural e o estabelecimento da assimetria direita/esquerda.
Defeitos na sinalização TGF-β que resultam em distúrbios em humanos incluem câncer e hipertensão 
pulmonar (BMPR2) e uma vasta gama de distúrbios vasculares e esqueléticos (NOGUINA, TGF-β1, 
RECEPTORES TGF-β e uma proteína de ligação a TGF-β denominada ENDOGLINA).
Sinalização por Tirosina Cinase
Steel (fator de célula-tronco) sinaliza por meio do receptor c-kit com tirosina cinase e funciona 
na migração dos pré-melanócitos
•
O Erk fosforilado é translocado para o núcleo para fosforilar e ativar fatores de 
transcrição > sobrevivência, crescimento e diferenciação da célula
▪
A sinalização Fgf induz a expressão de sprouty > inibidor intracelular da sinalização 
Fgf > circuito de autocontrole para limitar a quantidade da sinalização Fgf
▪
A presença do proteoglicano sulfato de heparina é necessária para a apresentação do ligante 
ao receptor e sua subsequente ligação
○
Defeitos na sinalização Fgf resultam em distúrbios em humanos que afetam 
particularmente o sistema esquelético e envolve mutações no FGFR1-3 > síndrome de 
Pfeiffer (mutação no FGFR1 ou no FGFR2; resulta em craniossinostose com defeitos nos 
membros), síndrome de Apert (mutação no FGFR2; resulta em craniossinostose e fusão 
grave dos dedos – sindactilia), síndrome de Crouzon (mutação no FFR2; resulta em 
craniossinostose sem defeitos nos membros), displasia tanatofórica (mutação no FGFR3; 
resulta em displasia esquelética grave e geralmente é letal ao nascimento) e acondroplasia
(mutação no FGFR3; resulta em nanismo)
○
Receptores Fgf (Fgfrs - numerados de 1 a 4) > ligam-se aos ligantes Fgf > Fgfrs 1-3 sofrem splicing 
alternativos > duas isoformas > seis Fgfrs + Fgfrs4 > heterodimerização ou homodimerização do 
receptor + ativação de uma pequena GTPase Ras > cascata de fosforilação (cascata Erk/Mapk) 
•
Ligação do ligante ao receptor > cascata de sinalização dentro da célula contendo o 
receptor Eph > sinalização na célula contendo efrina ativada pelo Eph
□
Sinalização ocorre apenas entre células imediatamente adjacentes e de forma 
bidirecional 
▪
Ligantes de efrina > permanecem ligados na superfície da célula que os produz > efrinas do 
tipo A1 + GPI e efrinas do tipo B cruzam a membrana celular
○
Um distúrbio humano que resulta de defeitos na sinalização com EFRINA é a síndrome da 
displasia craniofrontonasal > mutação no EPH-RIN-B1 > afeta o desenvolvimento dos ossos 
do crânio e da face, além de hérnia umbilical; anomalias geniturinárias, anomalias na pele, 
unhas e cabelo e atraso no desenvolvimento
○
As efrinas são uma família de proteínas que se ligam aos chamados receptores Eph > tanto as 
efrinas quanto os receptores Eph são classificados em subgrupos A e B > efrinas A1 a A5, B1 a B3 
e Ephs A1 a A8 e B1 a B6
•
Diversas famílias de fatores de crescimento se ligam a receptores que têm um domínio tirosina 
cinase citoplasmático > fatores de crescimento fibroblásticos (Fgfs), o fator de crescimento 
epidérmico (Egf), os fatores de crescimento do tipo insulina (Igfs), os fatores de crescimento 
derivados de plaquetas (Pdgfs), o fator de crescimento de hepatócito/fator de dispersão (Hgf/Sf), o 
fator de crescimento vascular endotelial (Vegf), a neuregulina e as efrinas.
Na presença de proteína Shh > smoothened não inibido > transportado 
para um cílio primário > se projeta na superfície celular > acumula-se 
na membrana celular > cascata de sinalização intracelular > ativação 
transcricional dos genes-alvo
○
Em mamíferos a sinalização smoothened envolve três proteínas 
(proteínas Gli) > ativadores ou repressores transcricionais > determina 
o destino da célula
○
smoothened, reprimindo a expressão dos genes-alvo do smoothened
Defeitos na sinalização SONIC em humanos resultam em diversos distúrbios, 
incluindo câncer (PATCHED); defeitos na linha média, incluindo 
holoprosencefalia (SHH; GLI2, –3 e PATCHED); polidactilia (dedos duplicados; 
SHH; GLI2, –3 e PATCHED); defeitos craniofaciais e fístula traqueoesofágica 
(GLI3) e disgenesia gonadal (DESERT HEDGEHOG).
Sinalização Notch 
Seu domínio extracelular pode ser clivado por proteases (como a protease 
kuzbanian) > difusão para as células adjacentes
•
Três glicosiltransferases com nomes extravagantes regulam a sinalização 
notch: lunatic fringe, manic fringe e radical fringe
•
Ligação dos ligantes jagged/serrate ou delta aos receptores Notch > 
sinalização notch > proteólise > domínio intracelular do notch sofre 
clivagem > migra para o núcleo > interação com proteínas Hes ou 
aparentadas ao Hes (Hesr) > regula a expressão dos repressores 
transcricionais básicos hélice-volta-hélice (bHLH)
•
As células que passam pela sinalização notch reprimem a expressão dos 
genes de diferenciação neuronal (genes bHLH) e, consequentemente, 
diferenciam-se como células do tipo não neuronais
○
A seleção e diferenciação de neurônios e células gliais de suporte, a partir de 
grupos de células precursoras, envolve o processo de inibição lateral 
mediada pela sinalização notch 
•
Como na sinalização com efrina, a sinalização Notch só pode ocorrer entre 
células que estão muito perto umas das outras. As proteínas Notch (numeradas 
de 1 a 4 em mamíferos) são formadas por receptores transmembranares que 
contêm um domínio extracelular com repetições do tipo Egf para ligação do 
ligante e um domínio intracelular rico em repetições de Ankirina para 
sinalização intracelular. 
Um distúrbio humano que resulta de defeitos na sinalização NOTCH é a 
síndrome de Alagille (também chamada displasia arterio-hepática) > mutação 
dos genes JAGGED1 ou NOTCH2 > afeta o sistema esquelético, cardiovascular e 
gastrointestinal
Outro distúrbio esquelético humano associado a defeito na sinalização NOTCH é 
a disostose espondilocostal. 
Mutações na sinalização NOTCH estão associadas ao desenvolvimento de 
câncer > mutação do NOTCH1 é a causa de mais de 50% dos casos de leucemia 
linfoblástica aguda de células T.
Sinalização por integrina
Os espaços entre as camadas de tecido e entre as células das camadas de tecido 
são cheios de uma rica matriz extracelular > composta por diversas proteínas. 
 Página 2 de Gastrulação e organogênese 
linfoblástica aguda de células T.
Sinalização por integrina
Adesão intercelular > junções comunicantes, junções oclusivas e moléculas 
de adesão celular dependentes (caderinas) e independentes de cálcio 
(pertencentes ao grupo CAMs)
•
As integrinas formam heterodímeros das subunidades 
transmembranares alfa e beta, ligadas não covalentemente > quinze 
subunidades alfa e oito subunidades beta > dois heterodímeros > 
domínio de ligação para ligantes contidos nas moléculas da membrana 
basal (laminina e fibronectina) > sequência RGD > sinalização é 
transduzida aos microfilamentos citoplasmáticos via proteínas ligantes 
(alfa-actinina, vinculina e talina) > rearranjos do citoesqueleto > 
mudança na forma, tamanho e mobilidade da célula 
○
As células também se aderem a matriz > integrinas > fornecem uma ligação 
entre a matriz extracelular e a rede de citoesqueleto da célula 
•
Os espaços entre as camadas de tecido e entre as células das camadas de tecido 
são cheios de uma rica matriz extracelular > composta por diversas proteínas. 
Os epitélios são revestidos por membrana basal, formada principalmente por 
colágenos (especialmente o tipo IV), laminina e fibronectina.Vários grandes 
complexos de proteoglicanos são mais amplamente distribuídos dentro e entre 
os espaços teciduais > sindecan, perlecan, heparan sulfato e sulfato de 
condroitina.
Defeitos na sinalização por integrina resultam em distúrbios humanos que 
afetam a pele e tecidos conjuntivos > epidermólise bolhosa (pele bolhosa) com 
atresia pilórica (INTEGRINAβ4) e cânceres de intestino, mama e órgãos 
reprodutivos femininos.
Sinalização do ácido retinoico 
Um segundo grupo de receptores, os receptores X retinoides 
(RXRs), é menos compreendido. Tanto os RARs quanto os RXRs 
existem em três isoformas: as isoformas alfa, beta e gama
▪
Meio extracelular > membrana celular > ligação a proteínas de ligação 
citoplasmática (proteínas celulares ligantes de retinol - CRBps) > retinol 
desidrogenase > retinal > retinaldeído desidrogenase > ácido retinoico 
(forma ativa) > liga-se a outras proteínas de ligação no citoplasma 
(CRABPs) > núcleo > liga-se aos receptores de ácido retinoico (RARs) -
semelhantes aos hormônios esteroides e tireoides > fatores de 
transcrição dependentes de ligantes > liga-se ao elemento de resposta do 
ácido retinoico (RARE) dentro de promotores de genes > regula a 
expressão dos genes-alvo
○
Derivado da vitamina A (retinol)•
O ácido retinoico é um regulador poderoso do início do desenvolvimento e 
acredita-se que atue para determinar o destino celular de maneira dependente 
da sua concentração (MORFÓGENO). Como ele difunde através do meio 
extracelular, com sua concentração diminuindo conforme aumenta a distância 
do tecido de sua síntese, o gradiente de concentração pode se formar através de 
um rudimento inicial de órgão, como o broto dos membros superiores e 
inferiores > informação posicional para as células > diferentes destinos celulares 
em variadas áreas do rudimento de um órgão
A sinalização por ácido retinoico pode ser perturbada em humanos por agentes 
ambientais e farmacológicos. Accutane® e etretinato (Tegison®), drogas 
ingeridas oralmente para o tratamento de acne grave, causam tanto anomalias 
craniofaciais quanto de membros superiores e inferiores em bebês caso sejam 
utilizados pelas mães durante a gestação.
Patógenos que atravessam a placenta
○ Toxoplasma gondii - um protozoário que pode ser transmitido aos seres 
humanos a partir da caixa de areia dos gatos e do solo
○ Parvovírus - um vírus que causa erupções cutâneas em crianças em 
idade escolar
○ Treponema pallidum - a bactéria que causa a sífilis, que pode resultar 
na morte fetal ou anomalias 
○ Coxsackievirus - uma causa da meningite asséptica
○ O vírus da varicela-zóster (o agente da varicela)
○ Vírus da rubéola (o agente da rubéola ou sarampo alemão)
○ Citomegalovírus - a infecção por este vírus em adultos e em crianças 
pode ser assintomática - infecção mais comum em fetos, no início da 
gravidez pode levar ao aborto, ocorrendo mais tardiamente pode causar 
uma grande variedade de anomalias congênitas > cegueira, microcefalia, 
perda auditiva e retardo mental
○ Vírus herpes simplex (o vírus que causa aftas e verrugas genitais)
• Acrônimo TORCH
Vários vírus e bactérias podem atravessar a placenta e infectar o feto. Como o 
feto não possui um sistema imunológico funcionando e sua proteção se baseia 
exclusivamente em anticorpos maternos, muitas vezes ele é inapto no combate a 
infecções > uma doença que é branda para a mãe pode danificar ou matar o feto. 
HIV
•
○ A diferença na taxa de transmissão de 25% a 40% em grávidas não 
tratadas está relacionada à placenta, se ela apresenta correceptores 
25% a 40% dos bebês são HIV-positivos se suas mães forem HIV-positivas e 
permanecem sem tratamento com terapias anti-HIV
O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o agente da síndrome da 
imunodeficiência adquirida (AIDS) e síndromes relacionadas. Este vírus, por 
vezes, pode atravessar a placenta da mãe infectada para infectar o feto. 
Teratógenos
•
○ Durante as primeiras 8 semanas de desenvolvimento, ocorrem os principais eventos da 
organogênese > período no qual o feto é mais vulnerável aos teratógenos
O primeiro princípio da teratologia é que uma estrutura embrionária é geralmente suscetível 
a teratógenos apenas durante períodos sensíveis críticos específicos, que normalmente 
correspondem a períodos de ativa diferenciação e morfogênese > um agente teratogênico 
potente pode não ter nenhum efeito sobre o desenvolvimento da estrutura de um embrião se 
for administrado antes ou após o período crítico, durante o qual essa estrutura é suscetível à 
sua ação.
• Um segundo princípio da teratologia é que uma estrutura embrionária é suscetível a uma dose 
crítica de teratógeno durante o seu período crítico específico de sensibilidade
• Um terceiro princípio da teratologia é de que a suscetibilidade ao teratógeno depende da 
constituição genética do embrião ou do feto em desenvolvimento. A base molecular para essa 
diferença de sensibilidade poderia, por exemplo, ser uma diferença genética na taxa na qual os 
sistemas de enzimas dos dois embriões detoxificam o teratógeno
• Muitas drogas terapêuticas são conhecidas por serem teratogênicas incluindo retinoicos 
(vitamina A e seus análogos), o anticoagulante varfarina, os anticonvulsivantes ácido 
valproico e fenitoína, e certo número de agentes quimioterápicos utilizados para tratar o 
câncer > a administração de certos anestésicos e outros medicamentos, mesmo no final da 
gravidez ou a termo, devem ser mediados > risco à saúde do feto
•
○ As mulheres grávidas que usam cocaína têm frequência mais elevada de morbidade 
(doença) e mortalidade (morte) fetal do que as mulheres grávidas que não usam > baixo 
peso ao nascimento, e algumas anomalias específicas do desenvolvimento, incluindo 
infarto do córtex cerebral e várias malformações cardiovasculares > além do possível 
nascimento prematuro e vício que os bebês podem ter
○ A cocaína é um potente constritor dos vasos sanguíneos > deslocamento das membranas 
placentárias pelo fechamento parcial do fluxo de sangue para a placenta
○ Cocaína afeta diretamente a contratilidade do miométrio uterino > miométrio 
Algumas drogas “recreativas” também são teratogênicas; elas incluem o tabaco, o álcool e a 
cocaína
Substâncias do ambiente capazes de provocar um defeito de nascimento quando embriões ou fetos 
são expostos em momentos críticos do desenvolvimento a doses (concentrações) suficientemente 
elevadas. 
 Página 3 de Gastrulação e organogênese 
•
○ A diferença na taxa de transmissão de 25% a 40% em grávidas não 
tratadas está relacionada à placenta, se ela apresenta correceptores 
específicos para a família específica do HIV e se expressa o vírus ativo
25% a 40% dos bebês são HIV-positivos se suas mães forem HIV-positivas e 
permanecem sem tratamento com terapias anti-HIV
imunodeficiência adquirida (AIDS) e síndromes relacionadas. Este vírus, por 
vezes, pode atravessar a placenta da mãe infectada para infectar o feto. 
O HIV é normalmente transmitido durante o processo do nascimento ou no leite 
materno durante a amamentação. Lactentes com infecção perinatal pelo HIV 
podem parecer saudáveis ao nascer, mas eles geralmente desenvolvem a AIDS 
aos 3 anos de idade. 
A doença destrói lentamente um componente crucial do sistema imunológico e
• Pneumonia pelo Pneumocystis carinii > tempo de vida em bebês com 
diagnóstico de ADIS é de 1 a 3 meses
deixa o lactente vulnerável a infecções recorrentes > infecção da glândula 
parótida, diarreia, bronquite e infecção do ouvido médio crônica são comuns em 
crianças com AIDS. 
Isso pode ser evitado com assistência pré-natal, testes de HIV antes ou durante 
a gestação e administração de medicamentos antirretrovirais, como a 
zidovudina (ZDV), para mulheres HIV-positivas durante a gravidez e no parto, 
assim como o tratamento pósnatal com os mesmos medicamentos para os bebês 
nascidos de mulheres HIV-positivas.
infarto do córtex cerebral e várias malformações cardiovasculares > além do possível 
nascimento prematuro e vício que os bebêspodem ter
○ A cocaína é um potente constritor dos vasos sanguíneos > deslocamento das membranas 
placentárias pelo fechamento parcial do fluxo de sangue para a placenta
○ Cocaína afeta diretamente a contratilidade do miométrio uterino > miométrio 
hipersensível > parto prematuro
Diabetes e Obesidade materna
• Mulheres com diabetes preexistente são 3 a 4 vezes mais propensas a ter um filho com um 
importante defeito de nascença do que as mulheres não diabéticas > defeitos do tubo neural e 
defeitos cardíacos
• Mulheres com diabetes gestacional geralmente não têm um aumento da frequência de 
crianças com defeitos congênitos. No entanto, se o diabetes em cada grupo for mal 
administrado durante a gravidez, o risco de dar à luz um bebê muito grande (com mais de 4,5 
kg) é aumentado > maior risco para a obesidade e diabetes mais tarde na vida 
• A obesidade materna também é um fator de risco para defeitos congênitos > fetos são 2 a 3,5 
vezes mais propensos a ter defeitos do tubo neural, malformações cardíacas e onfalocele 
Tanto o diabetes quanto a obesidade materna durante a gravidez constituem fatores de risco para 
defeitos congênitos no feto. Assim, a saúde da mãe e o ambiente materno resultante têm impacto 
no desenvolvimento do feto. 
 Página 4 de Gastrulação e organogênese

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