Prévia do material em texto
A formação do embrião e suas partes envolve a morfogênese, um processo de modelagem da forma controlado por comportamentos celulares fundamentais que resultam em crescimento diferencial > mutações genéticas, exposição aos teratógenos ou combinação de ambos processos > perturbação desse crescimento diferencial > dismorfogênese > formação de defeitos estruturais congênitos. Os defeitos estruturais congênitos consistem em malformações – que envolvem perturbação do desenvolvimento dos eventos diretamente envolvidos na formação de uma estrutura particular – e deformações – que envolvem perturbação indireta de uma estrutura em desenvolvimento devido a forças mecânicas. A malformação pode envolver um único órgão ou uma única parte do corpo, vários órgãos ou várias partes do corpo. Neste último caso, se uma única causa estiver envolvida, a condição constituirá uma síndrome. Disco embrionário trilaminar plano > morfogênese > embrião tridimensional com um plano corporal na forma de tubo-dentro-de-tubo > primórdios dos rudimentos que irão formar todos os órgãos e sistemas do adulto • A morfogênese resulta do crescimento diferencial < conduzido por um pequeno número de comportamentos celulares fundamentais, como mudanças na forma, tamanho, posição, número e adesividade da célula • Por exemplo, se houver insuficiência de fluido amniótico (ou seja, oligodrâmnio), poderá ocorrer deformação dos pés como resultado da pressão mecânica, levando ao pé torto ○ As deformações consistem em defeitos morfológicos secundários que são impostos sobre um órgão ou parte do corpo devido a forças mecânicas, ou seja, as deformações afetam o desenvolvimento de um órgão ou parte do corpo indiretamente • Outras síndromes podem resultar da exposição teratogênica > síndrome alcoólica fetal (transtorno do espectro alcoólico fetal) > microcefalia (cabeça pequena), fissuras palpebrais curtas (aberturas oculares), dobras epicânticas (dobra da pálpebra superior), ponte nasal baixa com nariz curto, face média plana, anomalias menores no ouvido externo e anomalias na mandíbula, incluindo lábio superior fino com filtro indistinto e micrognatia (mandíbula pequena) ○ Síndromes decorrentes de dismorfogênese > síndrome de Down (trissomia do 21) e síndrome da deleção 22q11.2 – duas síndromes que resultam de anormalidades cromossômicas • Princípios da Morfogênese Vias de sinalização Embriões humanos são padronizados progressivamente durante a embriogênese, em grande parte graças às interações célula-célula > forma de comunicação intercelular que é mediada pela secreção de moléculas de sinalização solúveis que se difundem no espaço extracelular para alcançar as células adjacentes. Uma célula indutora secreta uma pequena molécula sinalizadora, ou fator de crescimento > difunde-se através da matriz extracelular > célula induzida > liga-se a um receptor na superfície da célula. Muitas vezes, a transcrição alterada leva à secreção de novos fatores de crescimento, que modificam o destino de outras células ou fornecem uma resposta de controle negativo à secreção de fatores de crescimento vindos da célula indutora • A ligação ativa (fosforilação de proteínas intracelulares) > cascata de sinalização intracelular (uma série de proteínas de transdução de sinais) > movimento de fatores de transcrição para dentro do núcleo > ligam-se nas regiões específicas do DNA e alteram a transcrição > diferenciação celular > tipo celular específico. As cascatas de sinais que as células recebem durante o desenvolvimento determinam seu destino < genes reguladores que agem precocemente iniciam o desenvolvimento de grupos de células por meio da indução da expressão de outros genes mais tardios da cascata > expressão de outros genes > até que sejam ativados os genes que codificam as características estruturais e funcionais das células e dos tecidos específicos do embrião. Um número relativamente pequeno de vias de sinalização atua nessas cascatas. Sinalização Wnt Via de polaridade celular planar○ Na ausência de Wnts, a β-catenina citoplasmática (componente do complexo de adesão catenina/caderina) interage com um complexo de proteínas, como a axina - regula o desenvolvimento do eixo embrionário -, a APC e o Gsk3 > proteólise da β-catenina > impede a sinalização de Wnt ▪ Na presença de Wnts ligado ao complexo frizzled/Lrp5/6, um sinal é transduzido para o dishevelled (Dsh) e a axina que evita a degradação da β-catenina. β-catenina acumula no citoplasma > difunde-se para o núcleo > atua como co-ativador transcricional > liga-se ao correpressor transcricional Tcf/Lef > deixa de suprimir a expressão de genes responsivos ao Wnt > nova transcrição > sinalização Wnt ▪ Além de se ligar aos receptores frizzled, o Wnt pode se ligar a proteínas solúveis extracelulares chamadas sFrps (proteínas secretadas similares ao frizzled) > não podem mais se ligar aos receptores frizzled > inibidores de ocorrência natural para a sinalização Wnt ▪ As proteínas Dick-kopfs são outras proteínas extracelulares que antagonizam a sinalização Wnt (especificamente na via Wnt canônica) > ligam-se ao Lrp5/6 e não ao Wnt ▪ Cerberus é outro inibidor de Wnt que atua extracelularmente ligando-se ao Wnt > inibe a sinalização Wnt > bloqueia a sinalização do nodal e do Bmp ▪ Defeitos na sinalização Wnt que resultam em doenças humanas incluem cânceres (APC, β-catenina, AXINA1, -2), osteoartrite dos quadris (FRIZZLEDB1), retinopatia (FRIZZLED4), tetra-amelia autossômica recessiva (ausência de todos os quatro membros; WNT3), doenças ósseas e oculares (LRP5) e anomalias geniturinárias (WNT4) ▪ Via Wnt canônica > requer o correceptor Lrp5/6 ○ Via de sinalização de cálcio○ Secretados pelas células para o meio extracelular > ligam-se aos receptores de Wnt (Frizzleds; receptores de sete passagens transmembranares) sobre as superfícies de outras células > cascata de sinalização intracelular > vias de sinalização • Mamíferos > 19 Wnts e 10 receptores Wnts dos vertebrados são ortólogos do wingless de Drosophila, um gene de polaridade de segmentos. Sinalização Hedgehog Shh > traduzido > proteína precursora de 45-kDa > clivagem em um domínio N-terminal de 20-kDa e um domínio catalítico C-terminal de 25-kDa > domínios se formam > colesterol se liga ao domínio 20-kDa (processo importante para a subsequente secreção e atividade sinalizadora da proteína Shh) > secreção no espaço extracelular > domínio 20-kDa se liga a um receptor transmembranar denominado patched • Na presença de proteína Shh > smoothened não inibido > transportado para um cílio primário > se projeta na superfície celular > acumula-se na membrana celular > cascata de sinalização intracelular > ativação transcricional dos genes-alvo ○ Na ausência da proteína Shh, o patched interage com outra proteína sinalizadora transmembranar, a Smoothened, que inibe a sinalização smoothened, reprimindo a expressão dos genes-alvo do smoothened • Três genes hedgehog ortólogos de Drosophila são expressos em mamíferos: sonic hedgehog, indian hedgehog e desert hedgehog. Apenas a sinalização sonic hedgehog (Shh) é abordada > papel no desenvolvimento de diversos sistemas diferentes no embrião do vertebrado. Stella Fernandes - MEDUFMS/Turma LIII Morfogênese Página 1 de Gastrulação e organogênese Defeitos na sinalização Wnt que resultam em doenças humanas incluem cânceres (APC, β-catenina, AXINA1, -2), osteoartrite dos quadris (FRIZZLEDB1), retinopatia (FRIZZLED4), tetra-amelia autossômica recessiva (ausência de todos os quatro membros; WNT3), doenças ósseas e oculares (LRP5) e anomalias geniturinárias (WNT4) Via de sinalização de cálcio○ Mamíferos > 19 Wnts e 10 receptores • Sinalização tgf-β Chordin, noggin, follistatin, lefty e cerberus• Bmp no meio extracelular > liga-se a um receptor Bmp transmembranar (Bmpr) (composto por heterodímeros e homodímeros de receptores TGF-β - tipo I e tipoII) > fosforilação de Smads (família com nove proteínas) > núcleo celular > atuam como coativadores e correpressores transcricionais • A superfamília do Tgf-β é uma família grande de proteínas, que sinalizam através de receptores com o domínio citoplasmático de cinase serina/treonina. Muitos membros desta família desempenham papéis importantes no desenvolvimento dos vertebrados, como as proteínas morfogenéticas óssea (Bmps), a ativina, o Vg1 e o nodal. Além disso, diversos inibidores da sinalização por Bmp são expressos no desenvolvimento inicial e estão envolvidos em eventos importantes, como a indução neural e o estabelecimento da assimetria direita/esquerda. Defeitos na sinalização TGF-β que resultam em distúrbios em humanos incluem câncer e hipertensão pulmonar (BMPR2) e uma vasta gama de distúrbios vasculares e esqueléticos (NOGUINA, TGF-β1, RECEPTORES TGF-β e uma proteína de ligação a TGF-β denominada ENDOGLINA). Sinalização por Tirosina Cinase Steel (fator de célula-tronco) sinaliza por meio do receptor c-kit com tirosina cinase e funciona na migração dos pré-melanócitos • O Erk fosforilado é translocado para o núcleo para fosforilar e ativar fatores de transcrição > sobrevivência, crescimento e diferenciação da célula ▪ A sinalização Fgf induz a expressão de sprouty > inibidor intracelular da sinalização Fgf > circuito de autocontrole para limitar a quantidade da sinalização Fgf ▪ A presença do proteoglicano sulfato de heparina é necessária para a apresentação do ligante ao receptor e sua subsequente ligação ○ Defeitos na sinalização Fgf resultam em distúrbios em humanos que afetam particularmente o sistema esquelético e envolve mutações no FGFR1-3 > síndrome de Pfeiffer (mutação no FGFR1 ou no FGFR2; resulta em craniossinostose com defeitos nos membros), síndrome de Apert (mutação no FGFR2; resulta em craniossinostose e fusão grave dos dedos – sindactilia), síndrome de Crouzon (mutação no FFR2; resulta em craniossinostose sem defeitos nos membros), displasia tanatofórica (mutação no FGFR3; resulta em displasia esquelética grave e geralmente é letal ao nascimento) e acondroplasia (mutação no FGFR3; resulta em nanismo) ○ Receptores Fgf (Fgfrs - numerados de 1 a 4) > ligam-se aos ligantes Fgf > Fgfrs 1-3 sofrem splicing alternativos > duas isoformas > seis Fgfrs + Fgfrs4 > heterodimerização ou homodimerização do receptor + ativação de uma pequena GTPase Ras > cascata de fosforilação (cascata Erk/Mapk) • Ligação do ligante ao receptor > cascata de sinalização dentro da célula contendo o receptor Eph > sinalização na célula contendo efrina ativada pelo Eph □ Sinalização ocorre apenas entre células imediatamente adjacentes e de forma bidirecional ▪ Ligantes de efrina > permanecem ligados na superfície da célula que os produz > efrinas do tipo A1 + GPI e efrinas do tipo B cruzam a membrana celular ○ Um distúrbio humano que resulta de defeitos na sinalização com EFRINA é a síndrome da displasia craniofrontonasal > mutação no EPH-RIN-B1 > afeta o desenvolvimento dos ossos do crânio e da face, além de hérnia umbilical; anomalias geniturinárias, anomalias na pele, unhas e cabelo e atraso no desenvolvimento ○ As efrinas são uma família de proteínas que se ligam aos chamados receptores Eph > tanto as efrinas quanto os receptores Eph são classificados em subgrupos A e B > efrinas A1 a A5, B1 a B3 e Ephs A1 a A8 e B1 a B6 • Diversas famílias de fatores de crescimento se ligam a receptores que têm um domínio tirosina cinase citoplasmático > fatores de crescimento fibroblásticos (Fgfs), o fator de crescimento epidérmico (Egf), os fatores de crescimento do tipo insulina (Igfs), os fatores de crescimento derivados de plaquetas (Pdgfs), o fator de crescimento de hepatócito/fator de dispersão (Hgf/Sf), o fator de crescimento vascular endotelial (Vegf), a neuregulina e as efrinas. Na presença de proteína Shh > smoothened não inibido > transportado para um cílio primário > se projeta na superfície celular > acumula-se na membrana celular > cascata de sinalização intracelular > ativação transcricional dos genes-alvo ○ Em mamíferos a sinalização smoothened envolve três proteínas (proteínas Gli) > ativadores ou repressores transcricionais > determina o destino da célula ○ smoothened, reprimindo a expressão dos genes-alvo do smoothened Defeitos na sinalização SONIC em humanos resultam em diversos distúrbios, incluindo câncer (PATCHED); defeitos na linha média, incluindo holoprosencefalia (SHH; GLI2, –3 e PATCHED); polidactilia (dedos duplicados; SHH; GLI2, –3 e PATCHED); defeitos craniofaciais e fístula traqueoesofágica (GLI3) e disgenesia gonadal (DESERT HEDGEHOG). Sinalização Notch Seu domínio extracelular pode ser clivado por proteases (como a protease kuzbanian) > difusão para as células adjacentes • Três glicosiltransferases com nomes extravagantes regulam a sinalização notch: lunatic fringe, manic fringe e radical fringe • Ligação dos ligantes jagged/serrate ou delta aos receptores Notch > sinalização notch > proteólise > domínio intracelular do notch sofre clivagem > migra para o núcleo > interação com proteínas Hes ou aparentadas ao Hes (Hesr) > regula a expressão dos repressores transcricionais básicos hélice-volta-hélice (bHLH) • As células que passam pela sinalização notch reprimem a expressão dos genes de diferenciação neuronal (genes bHLH) e, consequentemente, diferenciam-se como células do tipo não neuronais ○ A seleção e diferenciação de neurônios e células gliais de suporte, a partir de grupos de células precursoras, envolve o processo de inibição lateral mediada pela sinalização notch • Como na sinalização com efrina, a sinalização Notch só pode ocorrer entre células que estão muito perto umas das outras. As proteínas Notch (numeradas de 1 a 4 em mamíferos) são formadas por receptores transmembranares que contêm um domínio extracelular com repetições do tipo Egf para ligação do ligante e um domínio intracelular rico em repetições de Ankirina para sinalização intracelular. Um distúrbio humano que resulta de defeitos na sinalização NOTCH é a síndrome de Alagille (também chamada displasia arterio-hepática) > mutação dos genes JAGGED1 ou NOTCH2 > afeta o sistema esquelético, cardiovascular e gastrointestinal Outro distúrbio esquelético humano associado a defeito na sinalização NOTCH é a disostose espondilocostal. Mutações na sinalização NOTCH estão associadas ao desenvolvimento de câncer > mutação do NOTCH1 é a causa de mais de 50% dos casos de leucemia linfoblástica aguda de células T. Sinalização por integrina Os espaços entre as camadas de tecido e entre as células das camadas de tecido são cheios de uma rica matriz extracelular > composta por diversas proteínas. Página 2 de Gastrulação e organogênese linfoblástica aguda de células T. Sinalização por integrina Adesão intercelular > junções comunicantes, junções oclusivas e moléculas de adesão celular dependentes (caderinas) e independentes de cálcio (pertencentes ao grupo CAMs) • As integrinas formam heterodímeros das subunidades transmembranares alfa e beta, ligadas não covalentemente > quinze subunidades alfa e oito subunidades beta > dois heterodímeros > domínio de ligação para ligantes contidos nas moléculas da membrana basal (laminina e fibronectina) > sequência RGD > sinalização é transduzida aos microfilamentos citoplasmáticos via proteínas ligantes (alfa-actinina, vinculina e talina) > rearranjos do citoesqueleto > mudança na forma, tamanho e mobilidade da célula ○ As células também se aderem a matriz > integrinas > fornecem uma ligação entre a matriz extracelular e a rede de citoesqueleto da célula • Os espaços entre as camadas de tecido e entre as células das camadas de tecido são cheios de uma rica matriz extracelular > composta por diversas proteínas. Os epitélios são revestidos por membrana basal, formada principalmente por colágenos (especialmente o tipo IV), laminina e fibronectina.Vários grandes complexos de proteoglicanos são mais amplamente distribuídos dentro e entre os espaços teciduais > sindecan, perlecan, heparan sulfato e sulfato de condroitina. Defeitos na sinalização por integrina resultam em distúrbios humanos que afetam a pele e tecidos conjuntivos > epidermólise bolhosa (pele bolhosa) com atresia pilórica (INTEGRINAβ4) e cânceres de intestino, mama e órgãos reprodutivos femininos. Sinalização do ácido retinoico Um segundo grupo de receptores, os receptores X retinoides (RXRs), é menos compreendido. Tanto os RARs quanto os RXRs existem em três isoformas: as isoformas alfa, beta e gama ▪ Meio extracelular > membrana celular > ligação a proteínas de ligação citoplasmática (proteínas celulares ligantes de retinol - CRBps) > retinol desidrogenase > retinal > retinaldeído desidrogenase > ácido retinoico (forma ativa) > liga-se a outras proteínas de ligação no citoplasma (CRABPs) > núcleo > liga-se aos receptores de ácido retinoico (RARs) - semelhantes aos hormônios esteroides e tireoides > fatores de transcrição dependentes de ligantes > liga-se ao elemento de resposta do ácido retinoico (RARE) dentro de promotores de genes > regula a expressão dos genes-alvo ○ Derivado da vitamina A (retinol)• O ácido retinoico é um regulador poderoso do início do desenvolvimento e acredita-se que atue para determinar o destino celular de maneira dependente da sua concentração (MORFÓGENO). Como ele difunde através do meio extracelular, com sua concentração diminuindo conforme aumenta a distância do tecido de sua síntese, o gradiente de concentração pode se formar através de um rudimento inicial de órgão, como o broto dos membros superiores e inferiores > informação posicional para as células > diferentes destinos celulares em variadas áreas do rudimento de um órgão A sinalização por ácido retinoico pode ser perturbada em humanos por agentes ambientais e farmacológicos. Accutane® e etretinato (Tegison®), drogas ingeridas oralmente para o tratamento de acne grave, causam tanto anomalias craniofaciais quanto de membros superiores e inferiores em bebês caso sejam utilizados pelas mães durante a gestação. Patógenos que atravessam a placenta ○ Toxoplasma gondii - um protozoário que pode ser transmitido aos seres humanos a partir da caixa de areia dos gatos e do solo ○ Parvovírus - um vírus que causa erupções cutâneas em crianças em idade escolar ○ Treponema pallidum - a bactéria que causa a sífilis, que pode resultar na morte fetal ou anomalias ○ Coxsackievirus - uma causa da meningite asséptica ○ O vírus da varicela-zóster (o agente da varicela) ○ Vírus da rubéola (o agente da rubéola ou sarampo alemão) ○ Citomegalovírus - a infecção por este vírus em adultos e em crianças pode ser assintomática - infecção mais comum em fetos, no início da gravidez pode levar ao aborto, ocorrendo mais tardiamente pode causar uma grande variedade de anomalias congênitas > cegueira, microcefalia, perda auditiva e retardo mental ○ Vírus herpes simplex (o vírus que causa aftas e verrugas genitais) • Acrônimo TORCH Vários vírus e bactérias podem atravessar a placenta e infectar o feto. Como o feto não possui um sistema imunológico funcionando e sua proteção se baseia exclusivamente em anticorpos maternos, muitas vezes ele é inapto no combate a infecções > uma doença que é branda para a mãe pode danificar ou matar o feto. HIV • ○ A diferença na taxa de transmissão de 25% a 40% em grávidas não tratadas está relacionada à placenta, se ela apresenta correceptores 25% a 40% dos bebês são HIV-positivos se suas mães forem HIV-positivas e permanecem sem tratamento com terapias anti-HIV O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o agente da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) e síndromes relacionadas. Este vírus, por vezes, pode atravessar a placenta da mãe infectada para infectar o feto. Teratógenos • ○ Durante as primeiras 8 semanas de desenvolvimento, ocorrem os principais eventos da organogênese > período no qual o feto é mais vulnerável aos teratógenos O primeiro princípio da teratologia é que uma estrutura embrionária é geralmente suscetível a teratógenos apenas durante períodos sensíveis críticos específicos, que normalmente correspondem a períodos de ativa diferenciação e morfogênese > um agente teratogênico potente pode não ter nenhum efeito sobre o desenvolvimento da estrutura de um embrião se for administrado antes ou após o período crítico, durante o qual essa estrutura é suscetível à sua ação. • Um segundo princípio da teratologia é que uma estrutura embrionária é suscetível a uma dose crítica de teratógeno durante o seu período crítico específico de sensibilidade • Um terceiro princípio da teratologia é de que a suscetibilidade ao teratógeno depende da constituição genética do embrião ou do feto em desenvolvimento. A base molecular para essa diferença de sensibilidade poderia, por exemplo, ser uma diferença genética na taxa na qual os sistemas de enzimas dos dois embriões detoxificam o teratógeno • Muitas drogas terapêuticas são conhecidas por serem teratogênicas incluindo retinoicos (vitamina A e seus análogos), o anticoagulante varfarina, os anticonvulsivantes ácido valproico e fenitoína, e certo número de agentes quimioterápicos utilizados para tratar o câncer > a administração de certos anestésicos e outros medicamentos, mesmo no final da gravidez ou a termo, devem ser mediados > risco à saúde do feto • ○ As mulheres grávidas que usam cocaína têm frequência mais elevada de morbidade (doença) e mortalidade (morte) fetal do que as mulheres grávidas que não usam > baixo peso ao nascimento, e algumas anomalias específicas do desenvolvimento, incluindo infarto do córtex cerebral e várias malformações cardiovasculares > além do possível nascimento prematuro e vício que os bebês podem ter ○ A cocaína é um potente constritor dos vasos sanguíneos > deslocamento das membranas placentárias pelo fechamento parcial do fluxo de sangue para a placenta ○ Cocaína afeta diretamente a contratilidade do miométrio uterino > miométrio Algumas drogas “recreativas” também são teratogênicas; elas incluem o tabaco, o álcool e a cocaína Substâncias do ambiente capazes de provocar um defeito de nascimento quando embriões ou fetos são expostos em momentos críticos do desenvolvimento a doses (concentrações) suficientemente elevadas. Página 3 de Gastrulação e organogênese • ○ A diferença na taxa de transmissão de 25% a 40% em grávidas não tratadas está relacionada à placenta, se ela apresenta correceptores específicos para a família específica do HIV e se expressa o vírus ativo 25% a 40% dos bebês são HIV-positivos se suas mães forem HIV-positivas e permanecem sem tratamento com terapias anti-HIV imunodeficiência adquirida (AIDS) e síndromes relacionadas. Este vírus, por vezes, pode atravessar a placenta da mãe infectada para infectar o feto. O HIV é normalmente transmitido durante o processo do nascimento ou no leite materno durante a amamentação. Lactentes com infecção perinatal pelo HIV podem parecer saudáveis ao nascer, mas eles geralmente desenvolvem a AIDS aos 3 anos de idade. A doença destrói lentamente um componente crucial do sistema imunológico e • Pneumonia pelo Pneumocystis carinii > tempo de vida em bebês com diagnóstico de ADIS é de 1 a 3 meses deixa o lactente vulnerável a infecções recorrentes > infecção da glândula parótida, diarreia, bronquite e infecção do ouvido médio crônica são comuns em crianças com AIDS. Isso pode ser evitado com assistência pré-natal, testes de HIV antes ou durante a gestação e administração de medicamentos antirretrovirais, como a zidovudina (ZDV), para mulheres HIV-positivas durante a gravidez e no parto, assim como o tratamento pósnatal com os mesmos medicamentos para os bebês nascidos de mulheres HIV-positivas. infarto do córtex cerebral e várias malformações cardiovasculares > além do possível nascimento prematuro e vício que os bebêspodem ter ○ A cocaína é um potente constritor dos vasos sanguíneos > deslocamento das membranas placentárias pelo fechamento parcial do fluxo de sangue para a placenta ○ Cocaína afeta diretamente a contratilidade do miométrio uterino > miométrio hipersensível > parto prematuro Diabetes e Obesidade materna • Mulheres com diabetes preexistente são 3 a 4 vezes mais propensas a ter um filho com um importante defeito de nascença do que as mulheres não diabéticas > defeitos do tubo neural e defeitos cardíacos • Mulheres com diabetes gestacional geralmente não têm um aumento da frequência de crianças com defeitos congênitos. No entanto, se o diabetes em cada grupo for mal administrado durante a gravidez, o risco de dar à luz um bebê muito grande (com mais de 4,5 kg) é aumentado > maior risco para a obesidade e diabetes mais tarde na vida • A obesidade materna também é um fator de risco para defeitos congênitos > fetos são 2 a 3,5 vezes mais propensos a ter defeitos do tubo neural, malformações cardíacas e onfalocele Tanto o diabetes quanto a obesidade materna durante a gravidez constituem fatores de risco para defeitos congênitos no feto. Assim, a saúde da mãe e o ambiente materno resultante têm impacto no desenvolvimento do feto. Página 4 de Gastrulação e organogênese