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RESPONSÁBILIDADE CIVIL - AVALIANDO

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1a 
 Questão 
Acerto: 1,0 / 1,0 
 
(CESPE - 2012 - MPE-PI - Promotor de Justiça/ADAPTADA) - Assinale a opção correta no 
que diz respeito à responsabilidade civil. 
 
 A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a 
data do arbitramento. 
 
No ordenamento jurídico brasileiro, para que haja responsabilidade civil, é 
preciso que haja conduta ilícita. 
 
De acordo com a teoria perte d¿une chance, o agente que frustrar expectativas 
fluidas e hipotéticas deverá responder por danos emergentes. 
 
A indenização pela publicação não autorizada, com fins econômicos ou 
comerciais, de imagem de pessoa dependerá de prova do prejuízo causado à 
pessoa. 
 
Como os direitos da personalidade são inerentes à pessoa humana, não é 
juridicamente possível a pretensão de dano moral em relação à pessoa jurídica. 
Respondido em 11/10/2020 19:02:21 
 
Explicação: 
No que concerne à fixação do termo inicial da correção monetária, o tema já é sumulado 
pelo Superior Tribunal de Justiça, Súmula de número 362, que prescreve: A correção 
monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do arbitramento. 
(SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, 2012). 
 Portanto, no que respeita à correção monetária, a jurisprudência já é uníssona no sentido 
de que incide somente a partir do arbitramento do dano, posto que somente a partir da 
sentença ou acordão, há a certeza de que o dano efetivamente existiu, bem como há um 
valor certo e exigível a ser adimplido, fazendo jus à vítima da pertinente correção 
monetária, visto que sua aplicação visa garantir o valor real da indenização. 
 
 
2a 
 Questão 
Acerto: 1,0 / 1,0 
 
(III EXAME UNIFICADO/2010- adaptada) - Ricardo, buscando evitar um atropelamento, 
realiza uma manobra e atinge o muro de uma casa, causando um grave prejuízo. Em 
relação à situação acima, é correto afirmar que Ricardo: 
 
 
não responderá pela reparação do dano, pois agiu em estado de necessidade. 
 
praticou um ato ilícito e deverá reparar o dano. 
 
responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em legítima defesa. 
 responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em estado de 
necessidade. 
 
praticou um ato ilícito e não deverá reparar o dano, pois houve um fortuito 
externo. 
Respondido em 11/10/2020 19:05:06 
 
Explicação: 
responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em estado de 
necessidade. 
 
 
3a 
 Questão 
Acerto: 0,0 / 1,0 
 
O Nexo de causalidade é elemento indispensável em qualquer 
espécie de responsabilidade civil. Pode ocorrer 
responsabilidade sem culpa, mas não pode ocorrer 
responsabilidade sem nexo causal. Paralelamente à causa, 
existe o que se denomina doutrinariamente concausa, ou seja, 
outras causas que concorrem juntamente no fato então 
praticado ao resultado. Muitas podem ser as causas que geram 
a responsabilização, uma desta é a concausa que por si só é 
capaz de acarretar o resultado; doutrinariamente é chamada de: 
 
 Causa preexistente. 
 Causa concomitante. 
 Causalidade adequada. 
 Causa superveniente. 
 Causalidade na omissão. 
Respondido em 11/10/2020 19:04:03 
 
Explicação: 
Causa concomitante - é a causa que surge no 
mesmo instante em que o agente realiza a 
conduta. Ex: A efetua disparos de arma de fogo 
contra B, que vem a falecer em razão de um 
súbito colapso cardíaco (cuidado, não se trata 
de doença cardíaca preexistente, mas sim de 
um colapso ocorrido no mesmo instante da 
conduta do agente). 
 
 
4a 
 Questão 
Acerto: 1,0 / 1,0 
 
A responsabilidade civil se manifesta por alguns requisitos para 
sua configuração, sendo indispensável a sua comprovação por 
parte de quem busca uma reparação na esfera judicial. O dano, 
embora não seja fundamental no ato ilícito, figura como um dos 
requisitos indispensáveis para configuração da 
responsabilidade civil. Os danos em espécie podem ser 
divididos em dos grupos: dano típico e dano atípico. Dentre as 
afirmativas abaixo, assinale aquela que se configura como dano 
atípico: 
 
 Dano a Honra Objetiva. 
 Dano emergente. 
 Dano material ou patrimonial. 
 Dano pela perda de uma chance. 
 Dano a Honra Subjetiva. 
Respondido em 11/10/2020 19:05:12 
 
Explicação: 
O dano típico, que está expressamente positivado em institutos 
normativos. E o dano atípico, como consequência das demais fontes 
do Direito. Especialmente a doutrina e a jurisprudência. Danos 
atípicos: Dano pela perda de uma chance - A doutrina francesa que, 
costumeiramente vem sendo aplicada em nossos Tribunais (teoria da 
perda de uma chance), se dá nos casos em que o ato ilícito praticado 
pelo agente retira do lesado a real possibilidade do mesmo de obter 
uma situação futura melhor, isto é, uma possibilidade, uma chance de 
obter alguma vantagem ou ainda a chance de evitar algum prejuízo. 
A teoria da perda de uma chance é uma construção doutrinária aceita 
no ordenamento jurídico brasileiro como uma quarta categoria de 
dano, dentro do tema responsabilidade civil, ao lado dos danos 
materiais, morais e estéticos. Embora bastante utilizada na prática 
forense, porque se trata de um dano de difícil verificação. O dano que 
se origina a partir de uma oportunidade perdida está lidando com uma 
probabilidade, uma situação que possivelmente aconteceria caso a 
conduta do agente violador não existisse. Por isso, aproxima-se dos 
danos eventuais que não são passíveis de indenização. 
Apesar disso, a teoria da perda de uma chance possibilita a reparação 
de danos nos casos em que há nitidamente a inibição, por culpa de 
outrem, de um fato esperado pela vítima, impedindo-a também de 
aferir um benefício consequente daquela ação (ou evitar uma 
desvantagem). Deste modo, a vítima garante a obtenção da reparação 
por parte do causador do dano, haja vista uma expectativa ter sido 
frustrada por ele. 
 
 
5a 
 Questão 
Acerto: 1,0 / 1,0 
 
O que diz respeito à Culpa Contratual e a Culpa Extracontratual: 
 
 
a culpa será sempre subjetiva, quer a relação seja contratual, que seja 
extracontratual; 
 
na extracontratual a culpa é presumida, enquanto que na culpa contratual deve 
ela ser demonstrada; 
 
a culpa deve ser provada tanto nas relações contratuais como extracontratuais; 
 
todas as alternativas estão corretas; 
 na contratual a culpa é presumida, enquanto que na culpa extracontratual deve 
ela ser demonstrada; 
Respondido em 11/10/2020 19:07:10 
 
Explicação: Diferença entre culpa contratual e extracontratual 
 
 
6a 
 Questão 
Acerto: 1,0 / 1,0 
 
Quanto à responsabilidade dos Pais pelos filhos, é possível afirmar que: 
 
 
a responsabilidade é objetiva, portanto persiste ainda que não haja culpa do filho 
pelo prejuízo; 
 
todas as alternativas estão incorretas. 
 
a responsabilidade dos Pais cessa se houver Emancipação; 
 
a responsabilidade dos Pais cessa com a Emancipação, apenas se for voluntaria, 
permanecendo das demais modalidades; 
 a responsabilidade dos Pais continua ainda que o filho seja emancipado; 
Respondido em 11/10/2020 19:10:11 
 
Explicação: Fixar hipótese de responsabilidade dos pais 
 
 
7a 
 Questão 
Acerto: 1,0 / 1,0 
 
Doença ou lesão preexistente é a patologia que o consumidor que deseja contratar 
um plano de saúde tem conhecimento de ser portador ou sofredor à época de 
ingresso no plano. A terminologia: doença preexistente não é um conceito médico 
mas apenas um conceito que visa atender à necessidade dos planos de saúde no 
tocante à atualização do cálculo atuarial. Desta forma indaga-se, caso o associado 
não tenha declarado sua doença, nem o plano realizado exames prévios, se o 
atendimento for negado com esta base oque você orientaria ao seu cliente? 
 
 
Nada deve ser feito, pois o cliente é que agiu com dolo ao não declarar a sua 
doença, sendo este dolo excludente da culpabilidade do plano de saúde 
 
deve ser intentada apenas uma obrigação de fazer do plano de saude e não 
mais, pois não é caso de responsabilidadecivil, pois não há dano com o simples 
não atendimento. 
 
Nada deve ser feito, pois o associado deve ou declarar a doença pré-existente e 
pagar o valor correspondente fixado pelo plano de saúde, ou aguardar o período 
de carência, como ele não realizou nehuma das duas ações, não possui direito a 
ser juridicamente reivindicado. 
 Deve ser intentada uma ação juducial, pois devido a negligência do plano de 
saúde ele não pode alegar esta excludente, doença pré-existente, para o não 
atendimento, e deve o plano de saúde prestar o serviço para o qual foi 
contratado, devendo inclusive indenizar eventuais prejuízos. 
 
o plano de saúde não pode ser juridicamente obrigado a realizar o atendimento, 
mas pode haver um eventual dano e o respectivo dever de indenizar, desta 
forma a orientação deveria ser apenas uma eventual ação de indenização 
Respondido em 11/10/2020 19:14:02 
 
Explicação: 
A orientação deve ser no sentido de que o plano de saúde não pode negar o antendimento 
pois, ele foi negligente ao não realizar os exames que são suas responsabilidades. Desta 
forma deve ser judiciamente compelido a realizar a ação de atendimento, bem como 
indenização por eventuais danos sofridos pelo cliente. 
 
 
8a 
 Questão 
Acerto: 1,0 / 1,0 
 
Com base na lei 12.965, DE 23 DE ABRIL DE 2014, que estabelece princípios, garantias, 
direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil, a disciplina do uso da internet no 
Brasil tem os seguintes princípios, exceto: 
 
 
Proteção da privacidade 
 
Garantia da liberdade de expressão 
 
Preservação e garantia da neutralidade de rede; 
 Limitação e regulação dos modelos de negócios promovidos na internet 
 
Proteção dos dados pessoais, na forma da lei 
Respondido em 11/10/2020 19:30:55 
 
Explicação: 
de acordo com a o dispositivo legal a únca alternativa errada é a assinalada: Limitação e 
regulação dos modelos de negócios promovidos na internet 
Art. 3o A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes 
princípios: 
I - garantia da liberdade de expressão, comunicação e 
manifestação de pensamento, nos termos da Constituição Federal;
II - proteção da privacidade; 
III - proteção dos dados pessoais, na forma da lei; 
IV - preservação e garantia da neutralidade de rede; 
V - preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da 
rede, por meio de medidas técnicas compatíveis com os padrões 
internacionais e pelo estímulo ao uso de boas práticas; 
VI - responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, 
nos termos da lei; 
VII - preservação da natureza participativa da rede; 
VIII - liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet, 
desde que não conflitem com os demais princípios estabelecidos 
nesta Lei. 
Parágrafo único. Os princípios expressos nesta Lei não excluem 
outros previstos no ordenamento jurídico pátrio relacionados à 
matéria ou nos tratados internacionais em que a República 
Federativa do Brasil seja parte. 
 
 
9a 
 Questão 
Acerto: 1,0 / 1,0 
 
(VUNESP/2017/TJ/SP/adaptada) - Após ter os documentos pessoais furtados, Arlindo é 
surpreendido com a inclusão de seus dados pessoais em órgão de proteção ao crédito, 
em razão do inadimplemento de contrato bancário de financiamento de automóvel 
celebrado por terceiro em seu nome. Ostentando prévia e legítima negativação anterior 
à acima referida, Arlindo propõe ação contra a instituição financeira com a qual foi 
celebrado o contrato de financiamento de automóvel. Pleiteia a declaração de 
inexistência de relação jurídica e o recebimento de indenização por danos morais. A 
petição inicial é instruída com documento comprobatório da inclusão feita a 
requerimento do réu. Em contestação, o banco alega que tomou todas as providências 
que estavam ao seu alcance no momento da contratação e que não pode ser 
responsabilizado por fraude praticada por terceiro. Por sua vez, Arlindo informa que não 
tem provas a produzir, além dos documentos que já apresentou. De acordo com a 
orientação sumulada do Superior Tribunal de Justiça, assinale a alternativa correta. 
 
 
Os pedidos devem ser julgados procedentes, pois, embora a instituição financeira 
responda subjetivamente, foi comprovada sua culpa pela ineficiência na 
verificação da documentação apresentada por terceiro, estando demonstrada a 
inexistência de relação jurídica entre as partes; a simples inscrição indevida do 
nome do consumidor em órgão de proteção ao crédito é suficiente para a 
caracterização do dano moral, reconhecido na jurisprudência como in re ipsa. 
 O pedido declaratório deve ser acolhido, pois a instituição financeira responde 
objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes 
praticadas por terceiros, estando demonstrada a inexistência de relação jurídica 
entre as partes; o pedido de indenização por danos morais deve ser julgado 
improcedente em razão da prévia existência de legítima inscrição do nome de 
Arlindo em órgão de proteção ao crédito. 
 
O pedido de indenização deve ser julgado procedente em parte, pois o banco 
agiu no exercício regular de direito, o que exclui a ilicitude de sua conduta, 
cabendo a Arlindo se voltar contra o terceiro que utilizou seus dados para 
celebrar o contrato; o pedido declaratório deve ser julgado procedente 
parcialmente, considerando que Arlindo não deu causa ao fato. 
 
Os pedidos devem ser julgados procedentes, pois a instituição financeira 
responde objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a 
fraudes praticadas por terceiros, estando demonstrada a inexistência de relação 
jurídica entre as partes; a simples inscrição indevida do nome do consumidor em 
órgão de proteção ao crédito é suficiente para a caracterização do dano moral, 
reconhecido na jurisprudência como in re ipsa. 
 
O pedido de indenização deve ser julgado improcedente, pois o banco agiu no 
exercício regular de direito, o que exclui a ilicitude de sua conduta, cabendo a 
Arlindo se voltar contra o terceiro que utilizou seus dados para celebrar o 
contrato; o pedido declaratório deve ser julgado procedente, considerando que 
Arlindo não deu causa ao fato. 
Respondido em 11/10/2020 19:33:32 
 
Explicação: 
Os bancos foram inseridos no círculo da responsabilidade objetiva e diversas razões 
conspiram para aceitabilidade do entendimento. Primeiro, o disposto no art. 14 da Lei n. 
8078/90 (CDC) que dispensa a prova da culpa para proteger o consumidor vítima das 
operações bancárias e, depois, pela própria gestão administrativa das agências, pois 
mirando atender bem para conquistar ou manter a clientela, finaliza providências planejadas 
com esse desiderato sem executá-las com o cuidado exigido para a segurança dos 
envolvidos, direta ou indiretamente. A abertura de conta-corrente com documentos falsos é 
um exemplo didático do que se escreve aqui e, embora os estelionatários tenham atingido 
uma performance quase perfeita na apresentação dos documentos exigidos, a conta é 
aberta com entrega de diversos talonários para aquele que, sem provisão de fundos, sai do 
banco inundando o comércio de cheques frios emitidos em nome de um terceiro inocente (o 
titular dos documentos utilizados). Com a devolução das cártulas sem a compensação, duas 
vertentes nocivas acontecem. 
 É importante observar a Súmula 297 do aludido Superior Tribunal de Justiça, do seguinte 
teor: ¿O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras¿. Idêntica 
posição assumiu o Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADIn 2.591, realizado aos 4 
de maio de 2006, proclamando que as instituições financeiras se submetem às regras 
do Código de Defesa do Consumidor (Gonçalves, 2011). 
 
 
10a 
 Questão 
Acerto: 1,0 / 1,0 
 
As agências reguladoras foram criadas para fiscalizar a prestação de serviços públicos 
praticados pela iniciativa privada. Desta forma elas criam parâmetros para a 
prestaçãodos serviços de telecomunicações. Diante disso indaga-se são funções das 
agências reguladorasque visam impedir ou minimizar danos aos consumidores e s 
consequentes ações de responsabilidade civil, EXCETO: 
 
 
Defesa de direitos do consumidor 
 
Elaboração de normas disciplinadoras para o setor regulado e a fiscalização 
dessas normas 
 
Incentivo à concorrência, minimizando os efeitos dos monopólios naturais e 
desenvolvendo mecanismos de suporte à concorrência 
 
 Gestão de contratos de concessão de serviços públicos delegados 
 
 definição do valor do dano depois de que ele é verificado 
Respondido em 11/10/2020 19:33:39 
 
Explicação: 
O equívoco da questão está no falto da Agência Reguladora não se responsável pela 
verificação e quantificação do dano, esta função é do judiciário

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