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Unidade II GESTÃO DE MARKETING Profa. Dra. Solimar Garcia Estratégias de marketing Em sua totalidade, o marketing pode ser usado como subsídio para a tomada de decisão de forma mais precisa, isso porque está sempre elaborando planos e ações de forma estratégica, ou seja, nada pode ser aleatório, tudo o que se faz deve ser cautelosamente calculado, uma vez que estamos sempre envolvendo pessoas, sentimentos, objetivos e, em alguns casos, investimentos financeiros. Orientações das empresas As cinco orientações concorrentes com base nas quais as organizações conduzem suas atividades de marketing são: Orientação de produto: empresas que adotam essa filosofia investem seus recursos para desenvolver e aprimorar seus produtos para alcançar um nível de qualidade superior. Orientação de produção: vender para a grande massa de uma forma mais padronizada e conquistar clientes por meio do preço. Orientação de vendas: o objetivo é vender aquilo que se produz e não produzir aquilo que se vende, ou seja, aquilo que o mercado quer. As empresas envidam seus esforços para criar estratégias de vendas mais agressivas para aumentar o volume de vendas do produto sem se preocupar muito com o que os clientes esperam. Persuasão e convencimento. Orientações das empresas Orientação de marketing: surgiu em meados da década de 1950, período em que as empresas mudaram sua filosofia visando a encontrar produtos para seus clientes, e não mais clientes para seus produtos, ou seja, perceberam que, ao conhecê-los, a probabilidade de satisfazê-los era muito maior e, assim, o número de clientes e o volume de compras aumentavam. Orientação de marketing holístico: pode ser visto como o desenvolvimento, o projeto e a implementação de programas, processos e atividades de marketing com o reconhecimento da amplitude e das interdependências de seus efeitos. O marketing holístico reconhece a importância do consumidor, dos funcionários, dos concorrentes, da sociedade e trabalha de uma forma mais abrangente e reconhece a complexidade das atividades de marketing. Marketing integrado O marketing integrado visa à elaboração de programas que integrem todas as atividades da empresa para criar, comunicar e entregar valores para os clientes. As atividades de marketing podem assumir várias formas. Uma maneira de defini-las é por meio do mix de marketing ou composto de marketing, que poderá apresentar variáveis que influenciem diretamente o negócio da empresa e que em certos momentos devem ser estudadas separadamente, mas na grande maioria das vezes, de maneira integrada. Essas variáveis são: produto, preço, praça e promoção. Marketing integrado Exemplo de Marketing Integrado: 4 Ps: Produto; Preço; Praça; Promoção. Marketing interno O marketing interno almeja garantir que todos os envolvidos na organização adotem os princípios do marketing apropriado. Tem como tarefa contratar, treinar e criar estímulos para que os colaboradores se motivem a se capacitar para poder atender melhor os clientes. Esse conceito acredita que o marketing para colaboradores tem a mesma ou maior importância do que o marketing externo (direcionado aos clientes). Marketing socialmente responsável Sabemos que as causas e os efeitos de marketing vão muito além da empresa e dos clientes. Por essa razão, o marketing socialmente responsável surge para levantar preocupações com a sociedade e com o meio ambiente; não cria ações que focam apenas o hoje, atua em ações que podem surtir efeito a longo prazo. A partir desse conceito, as empresas começaram a avaliar questões, como: a utilização correta e sustentável de insumos, o papel que o marketing desempenha e poderia desempenhar em termos de bem-estar social, e o cuidado com o humano, isso porque é preciso ver o cliente como um ser humano, não apenas como um comprador. Marketing socialmente responsável Exemplos de empresas: Natura. Petrobras. Avaliação da concorrência Qualquer plano de desenvolvimento de uma empresa deve considerar a concorrência, isso porque esta última representa qualquer oferta rival, substituta, real ou potencial, e isso afeta o público-alvo de uma instituição. Quem são os concorrentes? Os concorrentes diretos satisfazem as necessidades dos clientes de maneira similar. Os concorrentes indiretos podem parecer diferentes no modo de agir, mas satisfazem necessidades semelhantes. Concorrentes de produtos substitutos. Avaliação da concorrência – análise da indústria Há cinco forças competitivas que determinam a atratividade intrínseca: a) Ameaças de novos entrantes. b) Ameaça de produtos substitutos. c) Intensidade de disputa entre os concorrentes. d) O poder de barganha dos fornecedores. e) O poder de barganha dos compradores. (PORTER, 2005, p. 39) Avaliação da concorrência – análise da indústria Segundo Kotler (2006), setor é um grupo de empresas que oferecem um produto ou uma categoria de produtos que são substitutos próximos uns dos outros. São classificados de acordo com a quantidade de fornecedores e os níveis de diferenciação do produto. a) Monopólio puro – uma única empresa oferece um determinado produto em uma região, e esse produto pode atuar sob regulamentação ou não. Caso seja regulamentado normalmente, os preços de seus produtos são obrigados a ser mais baixos visando a atender ao interesse público. Mas se não houver regulamentação, a empresa poderá cobrar altos preços e investir menos em propaganda e publicidade, uma vez que os clientes não têm outra opção. Avaliação da concorrência – análise da indústria b) Oligopólio – uma pequena quantidade de empresas fabrica produtos que podem ser altamente diferenciados ou padronizados. O oligopólio puro é composto por empresas que produzem a mesma commodity (petróleo, aço). Essas empresas não conseguem cobrar mais do que os preços vigentes e, havendo similaridade no preço e na oferta, a única forma de criar uma vantagem competitiva é baixando os custos. Já o oligopólio diferenciado é composto por algumas empresas que fabricam produtos parcialmente diferenciados, como a indústria de carros, por exemplo, assim, cada concorrente deve buscar a liderança por meio de atributos para atrair clientes. Avaliação da concorrência – análise da indústria c) Concorrência monopolista – os concorrentes direcionam-se a segmentos do mercado em que podem atender a clientes de forma superior para cobrar preços Premium. Nesse caso, um número maior de empresas pode diferenciar seus produtos para alcançar a liderança. d) Concorrência pura – não é uma base para diferenciação e os preços dos concorrentes são cobrados os mesmos. Nesse caso, a empresa oferece o mesmo produto ou serviço, e a diferenciação se dá no conceito criado pelo produto, que pode ser apresentado a seu cliente de forma a persuadi-lo na decisão de compra. Monitorar o cliente Em geral, a empresa deve monitorar três variáveis ao avaliar cada um de seus clientes: a) A participação de mercado – a fatia do mercado-alvo que o concorrente detém. b) Share-of-mind – o percentual de clientes que mencionam o nome do concorrente ao serem perguntados sobre a lembrança de uma marca de um determinado produto. c) Participação de preferência (Share-of-heart) – o percentual de clientes que mencionam o nome do concorrente quando são questionados sobre a marca preferida de um determinado produto. Interatividade As empresas que têm a preocupação de satisfazer o cliente em primeiro lugar e, por isso, os tornam fiéis e sempre voltam para comprar novamente têm uma orientação voltada para: a) Produção. b) Marketing. c) Produto. d) Vendas. e) Preços. Resposta As empresas que têm a preocupação de satisfazer o cliente em primeiro lugar e, por isso, os tornam fiéis e sempre voltampara comprar novamente têm uma orientação voltada para: a) Produção. b) Marketing. c) Produto. d) Vendas. e) Preços. Plano de marketing Para empresas que pretendem ser competitivas no mercado e progredir em seus negócios, é essencial traçar boas estratégias e prever suas consequências. Para isso, é preciso estabelecer planejamentos detalhados. Plano de marketing é o documento que assume o planejamento de marketing, o qual é um processo de intenso raciocínio e coordenação de pessoas, recursos financeiros e materiais cujo foco central é a verdadeira satisfação do consumidor. Plano de marketing O planejamento precisa ser feito de forma sistemática. Deve-se levar em consideração o conceito de marketing integrado, uma vez que o profissional responsável pelo plano de marketing deve controlar um número grande de informações. Há três níveis fundamentais de planejamento: Planejamento estratégico – plano estratégico (cinco anos ou mais). Planejamento tático – plano de marketing (um ano). Planejamento operacional – plano promocional (menos de um ano). Planejamento estratégico O planejamento estratégico consiste em definições que interferem na empresa como um todo. As escolhas dos objetivos maiores, as estratégias que devem ser adotadas e a seleção de fontes de recursos. Podemos dizer que o planejamento estratégico abrange questões globais, amplas, genéricas e de longo prazo. É importante ressaltar que a primeira etapa de um planejamento estratégico é a definição da missão, visão e valores da uma empresa, pois esses elementos serão norteadores de qualquer análise ou tomada de decisão. Planejamento tático O planejamento tático envolve uma unidade da empresa, que pode ser um departamento ou uma unidade de negócio. O planejador se preocupa em interpretar o planejamento estratégico para criar um plano mais próximo da realidade dos departamentos; assim, temos o plano de marketing, o plano de recursos humanos, os planos financeiros, entre outros. Características específicas do planejamento tático: é subordinado ao planejamento estratégico; costuma se concentrar nos médios prazos; sua elaboração, em geral, é de responsabilidade dos gerentes. Planejamento operacional O planejamento operacional é criado a partir do plano tático, materializa-se em planos operacionais sob a forma de procedimentos, orçamentos, programas e regulamentos. Ele dita a rotina para assegurar que todas as pessoas executem as tarefas e as operações determinadas pela empresa. Características específicas do planejamento operacional: é subordinado ao planejamento tático; almeja o curto prazo; costuma ser elaborado pelos responsáveis pela coordenação e execução das ações, que podem ser gerentes de vendas ou de promoções. Elaboração do plano de marketing Segundo Ambrósio (1999), no Brasil e em outros países, os planos de marketing variam muito na metodologia e no conteúdo. Devido a grande preocupação com a melhor administração do tempo e otimização dos recursos, as tendências indicam a utilização de um plano de marketing mais curto e objetivo, porém não existe um modelo único e ideal, o que cada empresa deve fazer é observar os vários modelos ideais e adaptar isso à sua realidade. Resumo executivo e sumário a) O resumo executivo não pode ser confundido com um resumo de livro, trabalhos, entre outros. Ele deve conter as principais recomendações e metas a serem alcançadas e deve demonstrar ao gestor de forma breve o direcionamento geral do plano. O sumário, por sua vez, deve seguir a lógica do resumo e transmitir o restante do plano com seus fundamentos e detalhes operacionais. Resumo executivo e sumário Para iniciar o documento, a empresa vai relatar o seu tipo de atuação no mercado e apresentar o seu produto ou serviço. É bom incluir uma análise de mercado, enfatizando as lacunas que poderiam se transformar em uma oportunidade para a empresa. Essa análise deve ser associada aos objetivos estratégicos. Para finalizar, a empresa deve incluir seus principais pontos fortes e suas novas ações para obter progresso. Análise da situação b) Aqui é apresentado o diagnóstico da empresa, demonstrando indicadores do macroambiente e do microambiente para dar embasamento às estratégias contidas no plano. Demonstra, por exemplo, antecedentes de vendas, lucros, concorrentes, velocidade de crescimento do mercado, entre outros. Análise da situação Nesse item serão incluídos: Resumo do mercado (mercado-alvo, demografia do mercado, fatores geográficos, fatores demográficos, fatores comportamentais, necessidades do mercado, tendências do mercado e crescimento de mercado). Análise SWOT (principais forças e fraquezas, descrever oportunidades e ameaças). Concorrência (análise dos principais concorrentes). Produtos. Fatores-chave para o sucesso. Informações de um plano de marketing c) Estratégia de marketing: nessa seção é apresentado de forma detalhada e clara o conjunto de estratégias que deverão ser aplicadas e, para isso, descrevem-se a missão e os objetivos de marketing e financeiros do plano, demonstram-se os grupos e as necessidades que o produto irá satisfazer e o seu posicionamento competitivo. Tudo isso, claro, embasado em informações de outros departamentos da empresa. Estratégia de marketing Missão. Objetivos de marketing. Objetivos financeiros. Posicionamento. Estratégias. Mix de marketing (preço, distribuição, propaganda e promoção, atendimento ao cliente). Pesquisa de marketing. Informações de um plano de marketing d) Projeções financeiras: incluem as previsões de vendas, de custos e também uma análise do ponto de equilíbrio, que mostra a quantidade de produtos que precisam ser vendidos e o determinado preço para se alcançar o equilíbrio financeiro. Informações de um plano de marketing e) Controles: deve ser a última seção do plano e inclui a descrição dos controles para seu acompanhamento. Aqui é demonstrado como serão monitoradas e avaliadas todas as ações dos planos, para que seja possível realizar ajustes que se fizerem necessários. Pode-se monitorar: a receita mensal e anual; as despesas mensais e anuais; a satisfação do cliente; o desenvolvimento de novos produtos. Interatividade O planejamento deve ser feito em três níveis para contemplar os planejamentos de longo prazo, por áreas e o planejamento do dia a dia da empresa. Podemos dizer que os planejamentos dessas três esferas são: a) Tático, operacional e dia a dia. b) Estratégica, estratégia e longo prazo. c) Operacional, longo prazo e médio prazo. d) Estratégico, tático e operacional. e) Controles e operacionais de longo prazo. Resposta O planejamento deve ser feito em três níveis para contemplar os planejamentos de longo prazo, por áreas e o planejamento do dia a dia da empresa. Podemos dizer que os planejamentos dessas três esferas são: a) Tático, operacional e dia a dia. b) Estratégica, estratégia e longo prazo. c) Operacional, longo prazo e médio prazo. d) Estratégico, tático e operacional. e) Controles e operacionais de longo prazo. Diferenças do marketing aplicado a setores distintos Para que possamos aplicar o marketing adequadamente aos nossos negócios, é preciso conhecer as peculiaridades dos setores, pois apesar de haver muita semelhança nas estratégias de marketing para setores distintos, também existem algumas adaptações que devem ser feitas para atender as necessidades específicas. O marketing aplicado à indústria, por exemplo, terá que levar em consideração os sistemas de sua oferta, pois ela se baseia em um bem produzido, ou seja, que passa por transformações de materiais até se tornar um produto final. O comércio, por sua vez, recebe o produto pronto, mas tem a importante função de revendê-lo. Marketing aplicado à indústria O universo do marketing industrial abrange toda cadeia de produção visando a transformá-la em uma cadeia de valor que seja percebida por clientes, colaboradores, fornecedores, distribuidores, revendedores e acionistas. Conforme Kotler (1993), o marketing industrial no business-to-business é muito mais de responsabilidade da administração da empresa como um todo. Não se deve focar apenas o produto, isso porque ele contempla áreas como produção, finanças, logística, recursos humanos, o próprio marketing, entre outros. As indústrias, normalmente, não têm um departamento de marketing formal, elas focam suas atividades para o produto e não para o cliente, e assim desperdiçam muitos recursos por vender o que produze, e não produzir o que o cliente espera. Marketing aplicado à indústria Indústrias orientadas pelo marketing mantêm seu foco central no cliente, por isso, segmentam os mercados, investigam suas necessidades e tendências para orientar suas ações de forma precisa, visando a melhorar seu desempenho e aumentar as vendas no final do processo. Conforme Siqueira (1992), o mercado industrial é considerado um mercado de bens e serviços fabricados ou comercializados por empresas agrícolas, comerciais, industriais e organizações institucionais que os utilizam na produção, na venda ou no aluguel. Os clientes e os usuários industriais são empresas fabricantes, comerciais e agrícolas, ou instituições que compram produtos e serviços para fabricar outros produtos, oferecer outros tipos de serviços ou mesmo para utilizá-los em seu próprio negócio. Marketing aplicado à indústria O impacto potencial que pequenas alterações no bem provocam no consumidor ou cliente (entrega, qualidade, preço etc.). Os produtos e os intermediários são compreendidos como elementos e seu conteúdo tecnológico e, ao contrário dos bens de consumo, básico. Por causa de sua complexidade em termos de engenharia e por ser avaliada com base em resultados tangíveis, mensuráveis e ligados ao desempenho e à eficiência, a comunicação deve ser efetiva e direta. Deve ocorrer normalmente na venda pessoal. As vendas são diretas na maioria dos casos e há, ainda, empresas que produzem a partir de encomendas. Composto mercadológico do marketing industrial Segundo Moreira (1999), o composto mercadológico do marketing industrial é composto por: o bem em si, serviços ao cliente, venda pessoal, negociação (preço e demais variáveis), poder político, proteção e propaganda institucional. A forma como a propaganda é utilizada em geral no marketing de consumo não se justifica no marketing industrial, aqui é preciso se atentar à divulgação institucional da empresa, ou seja, é necessário cuidar da criação e preservação da sua boa imagem e divulgá-la para atrair a confiança dos consumidores. A influência política é muito significativa no marketing industrial. As ações nesse sentido devem ser encaminhadas com base no código de conduta da empresa. Há ocasiões em que certas pressões se encaixam perfeitamente, porque funcionam como a reação a outras ações dos concorrentes. Composto mercadológico do marketing industrial Em determinado aspecto, a própria reserva de mercado é um artifício consequente de tratamentos políticos dados a questões de tecnologia e sua apropriação. As ferramentas de marketing deverão ser adaptadas para atender às companhias industriais, considerando suas especificidades, como o entendimento do produto industrial e todo seu processo produtivo, a distribuição, a comunicação e a precificação. Marketing aplicado ao comércio O marketing aplicado ao comércio propõe um estudo de aplicação das ferramentas tradicionais de marketing ao setor responsável pela comercialização de produtos, o que requer um cuidadoso entendimento da organização dos processos do varejo. Isso abrange a administração correta de compras, precificação do produto para o consumidor final, promoção, recursos humanos, armazenamento, distribuição e logística (transporte). O sistema de varejo tem como protagonista o processo de distribuição, pois é ele que permite a chegada imediata do produto até as mãos do consumidor; os agentes desse processo são os fabricantes, os distribuidores e os consumidores. Marketing aplicado ao comércio O varejo e seu poderio junto ao consumidor final tem ganhado muita força e há casos em que o varejo tem mais força do que a indústria. O varejo é especializado na compreensão do comportamento do consumidor, tendências do mercado, captação de informações junto ao cliente, prestação de serviço de pronta entrega, orientação de compra, garantia, entre outros. Marketing aplicado ao comércio O varejista assume o papel de vendedor e o de comprador, porque é o intermediário responsável pela distribuição do produto; dessa forma, ele presta serviço para o consumidor final e também para o produtor. As ferramentas de marketing devem atuar para contribuir para o crescimento do negócio. As estratégias de marketing apoiam o varejo no entendimento das variáveis controláveis, como produto, preço, distribuição e comunicação, e também apoiam as variáveis incontroláveis que fazem parte do ambiente de marketing. Marketing aplicado ao comércio Para Sandhusen (2000, p. 365): “Tendo em mãos os dados demográficos, como idade, renda e localização geográfica de grupos; os varejistas moldam as ofertas, os preços e a localização da loja para atrair grupos”. O marketing de varejo compreende um composto de variáveis, que iniciam na escolha da localização do negócio até o programa de relacionamento com o cliente, passando pela complexidade de um mercado em constante efervescência. As estratégias de gerenciamento das variáveis controláveis da empresa, conhecidas pelo marketing como 4Ps, são um conjunto complexo de serviços de venda prestado ao consumidor. Interatividade A principal característica do marketing industrial está no público-alvo atendido pelas empresas. Enquanto a maioria das empresas tem como cliente os consumidores finais, o mercado consumidor, as indústrias têm como cliente: a) O terceiro setor. b) Os clientes comerciais. c) Outras empresas, o mercado organizacional. d) As pessoas físicas. e) As organizações não governamentais. Resposta A principal característica do marketing industrial está no público-alvo atendido pelas empresas. Enquanto a maioria das empresas tem como cliente os consumidores finais, o mercado consumidor, as indústrias têm como cliente: a) O terceiro setor. b) Os clientes comerciais. c) Outras empresas, o mercado organizacional. d) As pessoas físicas. e) As organizações não governamentais. Marketing aplicado ao terceiro setor Antes de entendermos a aplicação de marketing para o terceiro setor, entendamos como são chamados os setores dentro de uma sociedade: o primeiro setor é o Estado, responsável pela proteção das fronteiras e pelo bem-estar social da nação; o segundo setor é o mercado, nele estão inseridas as organizações econômicas de diferentes segmentos que buscam no lucro sua sobrevivência; o terceiro setor é a sociedade civil e as instituições nela inseridas. Marketing aplicado ao terceiro setor Refletindo sobre essa citação, podemos concluir que o terceiro setor se organizou com membros da sociedade a fim de criar soluções de baixo custo para suprir necessidades sociais, como: saúde, meio ambiente, educação, combate à pobreza, à miséria etc. É importante ressaltar que o terceiro setor age em união com os outros dois setores para viabilizar e desenvolver projetos sociais, utilizando conhecimentos, autonomia, espaços e, muitas vezes, o apoio financeiro para assegurar o bom desempenho de suas atividades. Por essa razão é que o terceiro setor conquistou o papel de intermediário, e não só denuncia os problemas sociais, mas atua fortemente na resolução,utilizando o que há de melhor entre os dois primeiros setores. Marketing aplicado ao terceiro setor O terceiro setor é formado por associações, organizações internacionais e comunitárias, universidades, hospitais, movimentos sociais, fundações, institutos e ONGs, entre outros. Antes de prosseguirmos no terceiro setor, vamos entender a origem e o que faz uma ONG: Entende-se genericamente como ONG qualquer entidade comunitária que não tem nenhum vínculo com o governo, seja municipal, estadual ou federal. O termo ONG foi usado pela primeira vez em 1950 pela ONU – Organização das Nações Unidas – para definir toda organização da sociedade civil que não estivesse vinculada a um governo. Marketing aplicado ao terceiro setor Entidade é uma organização com existência jurídica, em outras palavras é uma pessoa jurídica. Tudo que não tem interesse comercial direto (ganhar dinheiro) pode ser entendido como uma OG ou ONG. As Organizações Governamentais são aquelas empresas custeadas diretamente pelo governo para atendimentos dos membros da comunidade. Um centro de saúde, um centro esportivo, um estádio de futebol, uma escola, um museu, uma biblioteca etc. As Organizações Não Governamentais são parecidas com as Organizações Governamentais, não têm fins lucrativos e atendem aos membros da comunidade. Exemplos: igrejas, clubes esportivos, sociedade amigos de bairros, associações de vizinhos, condomínios. Marketing aplicado ao terceiro setor O terceiro setor é formado por grupos que não têm fins lucrativos e que se organizam com a intenção de suprir lacunas sociais. Os motivos pelos quais os membros do terceiro setor se aventuram nessa atividade são diversos, mas há em comum o desejo imenso em ajudar o próximo e promover o desenvolvimento social. Nesse sentido, essas pessoas buscam esforços para que esse setor evolua gradativamente e, apesar de praticar a solidariedade, a caridade e a filantropia, fazem questão de se afastar do assistencialismo, uma prática que faz que o beneficiário se torne dependente, o que é o oposto dos seus objetivos, o desenvolvimento social. Nos últimos tempos, o terceiro setor teve um crescimento tão grande que chamou a atenção do mundo corporativo e da sociedade, que passou a exigir que as empresas incorporassem o exercício da responsabilidade social. Marketing aplicado ao terceiro setor Além de contar com o apoio constante do mundo corporativo, o terceiro setor se viu na obrigação de incorporar ferramentas desse mundo para seguir evoluindo e, dessa forma, percebeu que poderia aplicar algumas estratégias de marketing. Para a aplicação do marketing, primeiramente é preciso haver o entendimento corporativo, cada grupo precisa estabelecer sua missão, sua visão e seus valores. Como exemplo de missão, visão e valores de uma organização sem fins lucrativos, citamos a Abrinq: “Abrinq, instituição sem fins lucrativos, foi criada em 1990 – ano da promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente – com o objetivo de mobilizar a sociedade para questões relacionadas aos direitos da infância e da adolescência.” Seu trabalho é pautado pela Convenção Internacional dos Direitos da Criança (ONU, 1989), pela Constituição Federal Brasileira (1988) e pelo ECA (1990). Marketing aplicado ao terceiro setor Missão: Promover a defesa dos direitos e o exercício da cidadania de crianças e adolescentes. Visão: Uma sociedade justa e responsável pela proteção e pelo pleno desenvolvimento de suas crianças e seus adolescentes. Marketing. Valores: Ética, transparência, solidariedade, diversidade, autonomia e independência (FUNDAÇÃO ABRINQ, s. d.). O segundo passo é o reconhecimento detalhado de seu cliente e de qual é a sua necessidade para descobrir como a entidade em questão irá supri-la, pois, assim, é possível estabelecer metas e objetivos. Mas quem é o cliente do terceiro setor? Segundo Drucker (2001) existem duas categorias, os clientes primários e secundários. Os primeiros são os indivíduos ou grupo de indivíduos que recebem as soluções oferecidas e que de certa forma transformam sua vida; os secundários são os doadores, voluntários, parceiros, funcionários que precisam sentir-se satisfeitos pelo trabalho realizado. Dessa forma, o produto e/ou serviço prestado por essas entidades precisam buscar a satisfação tanto daqueles que recebem a ajuda como daqueles que colaboram para que o trabalho seja viabilizado. E também é preciso realizar análises de mercado considerando os ambientes de marketing, a concorrência e administrar as suas variáveis. Nesse sentido, é preciso respeitar as peculiaridades desse setor. Vejamos o composto de marketing na citação a seguir: Produto – um produto de uma ONG fica mais parecido com um produto de serviço, pois normalmente não é palpável. Marketing aplicado ao terceiro setor Marketing aplicado ao terceiro setor Preço – a definição de preço de um produto de ONG é diferente, pois a entidade não visa ao lucro e, assim, não pode criar um diferencial de preço por preço percebido, e sim levantar custos diretos e indiretos para cada produto (normalmente chamados de projetos) e vendê-los ao mercado. Praça – a região de abrangência de cada projeto ou produto da ONG deve ser pensada a exemplo do marketing de serviço, pela capacidade de atender. Isso significa que não é possível pensar em uma região de abrangência nacional se não há recursos financeiros ou mão de obra suficiente para atender a todas as regiões. Promoção – este item aplicado no terceiro setor segue as mesmas regras de todos os outros setores, ou seja, o impacto que essa promoção irá causar e da capacidade de atender a demanda gerada, ou seja, não adianta fazer uma campanha para o uso de produtos ecológicos se não há distribuidores desse produto em uma determinada região (MARTINHO, 2011, p. 52). Como podemos observar, aplicar as ferramentas de marketing para o terceiro setor e entender a sua essência, definir o seu negócio e atuar com seriedade para que os objetivos sejam alcançados. Marketing aplicado a pequenas e médias empresas Muitas pequenas e médias empresas encaram o marketing como um mito e, por isso, acreditam que, por causa de seu porte, não há como aplicá-lo, pois ainda pensam que o marketing é um gasto e não um investimento. Outras instituições até acreditam na força do marketing, mas ou o encaram como um gasto impossível para sua renda ou o utilizam de forma equivocada, resumindo-o em distribuição de folhetos e propagandas, quando, na verdade, o marketing é muito mais que isso. Ele pode ser aplicado em empresas de qualquer porte, pois o seu principal pré-requisito é o seu real entendimento. Marketing aplicado a pequenas e médias empresas Para saber se uma pequena empresa está no caminho certo, é preciso avaliar se ela conhece seu core business e compreende o cliente como o centro do negócio; deve-se verificar também se essa instituição busca não só satisfazer o consumidor, mas também encantá-lo. Por fim, é necessário constatar se essa empresa não tenta apenas “empurrar” produtos ou serviços aos clientes, se procura conhecer suas preferências e criar soluções que agreguem valor ao seu produto e que este seja percebido pelo cliente. Marketing aplicado a pequenas e médias empresas Primeiro vamos nos ater a entender a missão, a visão e os valores da empresa. Analisar o centro do negócio, seu mercado e responder aos questionamentos: Quem são nossos clientes? Por que eles comprariam nossos produtos? Onde podemos encontrá-los? Eles têm poder aquisitivo e estão dispostos a pagar? Como eles gostariam de realizar o pagamento? Há concorrentes? Quais são? Como atuam? Nós temos um diferencial em comparação aos demais? Como entregaríamos o produto ao cliente? Marketing aplicado a pequenas e médias empresas Como eles ficariam sabendo de sua existência? Ha indícios de aceitação de nossos produtos no mercado? Com relação ao ambiente de marketing, as forças controláveis e incontroláveis dão subsídios para a tomada de decisão? Quais são elas? Essas perguntas parecem ser simples, mas não são. É preciso realizar uma pesquisa criteriosa e uma análise racional dos resultados para respondê-las. Você aprendeu os requisitos mínimos para orientá-lo na busca de competitividade e visão mercadológica mais abrangente. Interatividade A principal característica de um segmento específico da sociedade é ser formado por grupos que não têm fins lucrativos e que se organizam com a intenção de suprir lacunas sociais. Esse setor é? a) Agronegócio b) Comércio. c) Indústria. d) Pessoas físicas. e) Terceiro setor. Resposta A principal característica de um segmento específico da sociedade é ser formado por grupos que não têm fins lucrativos e que se organizam com a intenção de suprir lacunas sociais. Esse setor é? a) Agronegócio b) Comércio. c) Indústria. d) Pessoas físicas. e) Terceiro setor. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Estratégias de marketing Orientações das empresas Orientações das empresas Marketing integrado Marketing integrado Marketing interno Marketing socialmente responsável Marketing socialmente responsável Avaliação da concorrência Avaliação da concorrência – análise da indústria Avaliação da concorrência – análise da indústria Avaliação da concorrência – análise da indústria Avaliação da concorrência – análise da indústria Monitorar o cliente Interatividade Resposta Plano de marketing Plano de marketing Planejamento estratégico Planejamento tático Planejamento operacional Elaboração do plano de marketing Resumo executivo e sumário Resumo executivo e sumário Análise da situação Análise da situação Informações de um plano de marketing Estratégia de marketing Informações de um plano de marketing Informações de um plano de marketing Interatividade Resposta Diferenças do marketing aplicado a setores distintos Marketing aplicado à indústria Marketing aplicado à indústria Marketing aplicado à indústria Composto mercadológico do marketing industrial Composto mercadológico do marketing industrial Marketing aplicado ao comércio Marketing aplicado ao comércio Marketing aplicado ao comércio Marketing aplicado ao comércio Interatividade Resposta Marketing aplicado ao terceiro setor Marketing aplicado ao terceiro setor Marketing aplicado ao terceiro setor Marketing aplicado ao terceiro setor Marketing aplicado ao terceiro setor Marketing aplicado ao terceiro setor Marketing aplicado ao terceiro setor Marketing aplicado ao terceiro setor Marketing aplicado ao terceiro setor Marketing aplicado a pequenas e médias empresas Marketing aplicado a pequenas e médias empresas Marketing aplicado a pequenas e médias empresas Marketing aplicado a pequenas e médias empresas Interatividade Resposta Slide Number 61
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