Peça A1

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Estudos Interdisciplinares de Direito do Estado
Professor: Eládio Santamaria Gomez
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRATICA TRABALHISTA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: Diego Amorim da Silva
Matricula: 16104561
Turno: Manhã
Diego Amorim da Silva
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estágio da Prática Jurídica I Processual Trabalhista e Previdenciário
 
 
 
 
 
 
 
                                                                        Estruturação de peça trabalhista e 
 fundamentos apresentados 
 na ferramenta processual   
                                                                      Curso de Direito
                                                                        Universidade: Augusto Motta          
 Professor: Eládio Santamaria Gomez
 
 
 
 
Rio de Janeiro – RJ
 2020
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 2ª VARA DO RIO DE JANEIRO
CARLOS SILVA, brasileiro, CTPS 020 s/010, com Registro Geral RG nº 061 e CPF n° 171, CTPS:1245 S/145 RJ 0013, domiciliado na Rua das Rosas, 150, Vila Valqueire - RJ, CEP:010101-000, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência através de seu advogado apresentar a presente
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
I- DOS FATOS
Com fulcro no Art. 840 do Decreto-Lei 5452/1943 – Consolidação das Leis do Trabalho, em face da pessoa jurídica de direito privado: Central de Vídeos, com inscrição no CNPJ nº______, situada ______, pelos motivos de fato e de direito expostos a seguir:
O reclamante foi admitido em pela Reclamada para exercer a função de empacotador na empresa Central de Vídeos, conforme registro em sua Carteira Profissional, onde sua tarefa consistia em empacotar congelados de legumes numa máquina adquirida para tal fim, recebendo por último o salário de R$ 1.250,00 por mês.
Em janeiro de 2018 o reclamante sofreu violento acidente do trabalho na referida máquina, quando sua mão ficou presa no interior do equipamento, ficando afastado pelo INSS e recebendo auxílio-doença acidentário, por dois meses.
Laudo dos peritos do INSS, anexo, constatou a perda de 20% da capacidade laborativa do reclamante, sendo readaptado a outra função. Em junho de 2018 pediu demissão.
No acidente, sofreu amputação traumática de um dedo da mão esquerda e se submeteu a tratamento médico e psicológico, gastando com os profissionais R$ 5.000,00 entre honorários profissionais e medicamentos, comprovados através dos recibos anexos.
A Comissão Interna de Prevenção de acidentes da empresa, convocada quando da ocorrência do acidente, verificou que a máquina havia sido alterada pela empresa, que retirou um dos componentes de segurança para que ela trabalhasse com maior rapidez e, assim, aumentasse a produtividade, conforme comprovado em documento anexo. O documento constata a responsabilidade da empresa do acidente ocorrido.
O reclamante costumava fazer digitação de trabalhos de digitação, ganhando em média R$500,00 por mês, mas no período em que esteve afastado pelo INSS, ficou impossibilitado física e psicologicamente de realizar a atividade, que voltou a realizar, tão logo retornou ao emprego.
II- DO DIREITO
DANO MATERIAL(EMERGENTE)- como constatado o reclamante teve vários prejuízos não só corporais mais também financeiros, como gastou com despesas médicas e hospitalares para sua recuperação (R$5.000,00), requer a reparação do dano material sofrido, pois comprovada a imprudência (culpa) da empresa na alteração do maquinário.
DANO MATERIAL (LUCROS CESSANTES)- como o reclamante realizava trabalhos de digitação, totalizando R$500,00 reais por mês e ficou impossibilitado de realizar a digitação no dois meses do afastamento por acidente de trabalho, requer a indenização material, pois utilizava o dinheiro para complementação da sua renda familiar.
“Art. 223-F. A reparação por danos extrapatrimoniais pode ser pedida cumulativamente com a indenização por danos materiais decorrentes do mesmo ato lesivo.
(...)
§ 2º A composição das perdas e danos, assim compreendidos os lucros cessantes e os danos emergentes, não interfere na avaliação dos danos extrapatrimoniais.”
DANO MORAL - resta comprovado, por documentação da CIPA que a empresa teve culpa, pois retirou o componente de segurança da máquina, para aumentar a produtividade, um dos fatores para ocasionar a amputação de membro do trabalhador; Art. 5º,X, da Constituição Federal
“são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;”
e da Súmula 37 STJ:
 “São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato”.
DANO ESTÉTICO- pois seu membro não mais poderá voltar para o local. Uma alteração corporal morfológica externada, causando desagrado ao ofendido, como também para quem a observa, gerando sofrimento psíquico para o reclamante.
Súmula n. 387:
“É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral.”
PENSÃO VITALÍCIA- O mesmo faz jus, a pensão vitalícia no importe de 20%, em razão da perda de 20% de sua capacidade laborativa, de acordo com laudo pericial do INSS. Art. 950 do Código Civil:
“ Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.”
DANO EXTRAPATRIMONIAL
“Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou jurídica, as quais são as titulares exclusivas do direito à reparação.”
III- DOS PEDIDOS
	Que seja reparado o dano material (emergente), que o reclamante teve de arcar devido as despesas médicas com o acidente, no valor de R$ 5.000,00, conforme recibos, que comprovadamente ocorreu por alteração na máquina.
	Que seja reparado o dano material (lucros cessantes) devido ao tempo m que o reclamante não pode exercer a sua função secundária, pois comprovada a imprudência (culpa) da empresa na alteração do maquinário o Reclamante deixou de ganhar  R$ 500,00 mensais, como digitador de trabalhos acadêmicos.
	Que seja reparado o dano moral pelo sofrimento injusto a que foi submetido o trabalhador, pois comprovada a imprudência (culpa) da empresa na alteração do maquinário.
	Que seja reparado o dano estético gerado no trabalhador (amputação de um dedo), pois comprovada a imprudência (culpa) da empresa na alteração do maquinário.
	O reclamante requer pensão vitalícia de 20% do salário do trabalhador por conta da redução de sua capacidade laborativa.
	O pagamento de honorários advocatícios de 20% do valor da condenação.
IV- DAS PROVAS
  
Requer a produção de todos o meios e provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do NCPC, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu.
  
V- DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 75.0000,00.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, Data.
Advogado
OAB ___
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