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Leucemias: Neoplasias no Tecido Hematopoiético

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Leucemias - Oncohematologia
Neoplasias no tecido hematopoiético: Leucemia, linfomas, neoplasia de células plasmáticas (comprometem plasmócitos - oriundo da ativação de um linfócito B), neoplasias mieloproliferativas, neoplasia de células dendríticas e tumor histiocístico.
Leucemias: Neoplasia malignas das células primordiais hematopoéticas, caracterizadas por um descontrole de proliferação celular, que se originam na medula óssea e que manifestam-se no sangue circulante ou em outros órgãos, como gânglios, baço e outros órgãos. Nas leucemias, a metástase é chamada de infiltração.
Leucemias agudas: A leucemia aguda pode ser definida como uma proliferação clonal maligna de células precursoras na medula óssea de etiologia desconhecida, que leva à substituição da hematopoese normal por células imaturas (jovens), com perda da função normal. Quando se percebe acúmulo de blastos no sangue periférico ou na medula óssea. 
Leucemias crônicas: Predominam elementos celulares diferenciados, ou seja, elementos maduros da linhagem celular. Hiperplasia de elementos maduros com desvio de maturação dos leucócitos, podendo estes eventualmente manter algumas de suas funções. Quando há abundância de neutrófilos, monócitos, eosinófilos ou precursores deles, mas com maturação conhecida, relaciona-se a Leucemias crônicas.
Etiologia: 
Geralmente desconhecida;
Hereditariedade pode ser um fator, exemplo: casos de leucemia linfóide aguda em gêmeos univitelinos;
Fatores genéticos;
Alterações cromossômicas (t15, 17-M3, t 9,22-LMC; inv16-M4eos);
· A translocação 9,22 origina um cromossomo anômalo, o filadélfia, que é reconhecido como o mecanismo molecular que desencadeia a Leucemia Mieloide Crônica (LMC).
Radiação ionizante (UV, raio x) e não ionizante;
Exposição ocupacional;
Substâncias químicas, como benzenos e derivados, agentes alquilantes;
Vírus (HTLV-1, Epstein-Barr).
Secundárias a outras doenças: Existe um conjunto de doenças que afeta a medula óssea, e para muitas destas, o final esperado é a evolução para uma leucemia. Problema prévio que leva a Leucemia aguda ou crônica, sendo geralmente aguda, ou seja, mais agressiva. Na Leucemia crônica, o paciente pode passar meses ou até mesmo anos assintomático.
Síndrome mielodisplásica pode levar a fibrose medular, e se não monitorada adequadamente, pode originar uma linhagem maligna, evoluindo para um quadro hematológico mais agressivo,caracterizado por uma leucemia do tipo aguda, podendo ser mieloide ou linfoide. 
Recursos diagnósticos
· Hematológico:
Básicos:
	Hemograma - SP
	Mielograma: estudo morfológico da Medula óssea	
	Biópsia de MO
Técnicas complementares que ajudam a caracterizar o tipo de célula envolvida:
	Citoquímica/imunohistoquímica 	
	Citogenética					
	Biologia molecular 			
· Imagem
· Bioquímicos
Morfologia: avaliações citológicas em esfregaços de sangue periférico e MO.
Citoquímica (não são usuais atualmente): corantes específicos utilizados em MO, ao fazer esfregaço. A partir dos dados de coloração, de modo simplista, era possível se identificar se os blastos eram linfoides ou mieloides. 
· mieloperoxidase (MPO); negro de sudão B; esterases inespecíficas; periodic acis schiff (PAS); ferro medular.
Os mais utilizados atualmente e que garantem maior qualidade e precisão no diagnóstico são:
Imunofenotipagem: identifica antígenos de superfícies, intracitoplasmáticos e nucleares através de anticorpos monoclonais específicos, caracterizando as células leucêmicas quanto à origem e grau de diferenciação, informações que podem ser decisivas para o desfecho favorável da doença.
Citogenético: identificação do cariótipo de células blásticas, permite a classificação da doença de acordo com a OMS, auxilia na terapêutica, etc.
Genética molecular: identifica mutações características dos subtipos de leucemias agudas.
Cura: farmacoterapia alvo - quimioterapia.
Evolução das classificações das leucemias
FAB (1976) - OBSOLETA: citologia e citoquímica. Classificação morfológica de blastos e células maduras e coloração citoquímica. Foi a classificação mundialmente utilizada por 30 anos. Apresentava boa correlação entre os dados laboratoriais e manifestações clínicas dos pacientes, no entanto, havia alguns questionamentos que não poderiam ser respondidos por esses métodos.
· 03 subtipos LLA (L1, L2, L3)
· 08 subtipos LMA (M0 - M7)
· LMC
· LLC
OMS (última atualização em 2016) - RECOMENDADA: citologia, citoquímica, imunofenotipagem, citogenética e genética molecular - obrigatórios, pelos critérios da OMS. Classificação ampla, informações imprescindíveis para diagnóstico e que podem nortear o tratamento. Desvantagem: alto custo. 
As neoplasias hematológicas, segundo os critérios atuais da OMS (2016) são divididas em:
· Neoplasias mieloides: todas possuem em comum a maturação, portanto, independentemente de a maturação apresentar ou não displasia, são caracterizadas como crônicas.
· Neoplasias mieloproliferativas (NMP)
· Mastocitoses
· Neoplasias mieloides/linfoides com eosinofilia associada e alterações genético-moleculares em PDGFRA ou PDGFRB ou PGRF1 ou PCM1-JAK2
· Síndromes mielodisplásicas/neoplasias mieloproliferativas (SMD/NMP)
· Síndromes Mielodisplásicas (SMD)
· Neoplasias mieloides com predisposição germ line
· Leucemias agudas: todas com perda de capacidade maturativa do clone neoplásico (bloqueio maturativo). Ou seja, só ocorre maturação até o estágio de blasto.
· Mielóides.
· De linhagem ambígua ou de fenótipo misto, onde também estão inseridas as de células indiferenciadas. Evolução prognóstica, em geral, desfavorável.
· Leucemias/linfomas linfoblásticos B e leucemias/linfomas linfoblásticos T.
· Neoplasias linfoproliferativas crônicas (há maturação linfoide): 
· Neoplasias linfoides de células B maduras
· Neoplasias linfoides de células T ou NK maduras
As leucemias apresentam quadros clínicos variáveis:
Assintomático ou sintomático
Sinais:
· Palidez
· Febre
· Petéquias, equimoses, gengivorragia, menorragia
· Infecção em boca, língua, orofaringe, pele, trato respiratório, região perianal
· Linfadenopatia, hipertrofia gengival, esplenomegalia,infiltrações de pele, entre outros.
Sintomas:
· Adinamia
· Anorexia
· Dispneia
· Mal-estar, indisposição
· Artralgia
· Confusão mental, alteração de comportamento, cefaleia, náusea, vômito, turvação visual, rigidez de nuca, entre outros sintomas.

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