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PROPRIEDADE INTELECTUAL, DIREITO E ÉTICA - NOÇÕES DE DIREITO PENAL - GTI Aula 3

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PROPRIEDADE INTELECTUAL, DIREITO E ÉTICA
	
		Lupa
	 
	Calc.
	
	
	 
	 
	 
	 
	CCT0752_A3_201808367391_V3
	
	
	
	
		Aluno: WARLEN ALVES BARBOSA
	Matr.: 201808367391
	Disc.: PROP. INT. DIR. ÉTIC 
	2020.3 EAD (G) / EX
		Prezado (a) Aluno(a),
Você fará agora seu TESTE DE CONHECIMENTO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não valerá ponto para sua avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha.
Após responde cada questão, você terá acesso ao gabarito comentado e/ou à explicação da mesma. Aproveite para se familiarizar com este modelo de questões que será usado na sua AV e AVS.
	
	 
		
	
		1.
		Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel, é a definição legal do crime de:
	
	
	
	crime contra inviolabilidade de segredo
	
	
	furto
	
	
	apropriação indébita
	
	
	roubo
	
	
	extorsão
	
Explicação:
A questão nos remete aos chamados crime contra o patrimônio ¿ os dois de mais referências são o furto e o roubo ¿ para uma melhor resposta vamos no socorrer de duas definições contidas na legislação penal - Roubo
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
uma diferença esta na questão da não ocorrência de grave ameaça ou violência ¿ assim a resposta correta é: furto.
	
	
	
	 
		
	
		2.
		Tício, em sérias dificuldades financeiras, invade a casa de Mércia, subtraindo vários de seus bens. Mércia, ao chegar em casa, percebe o ocorrido e vai a uma delegacia para comunicar o fato a autoridade policial. A partir das informações acima, analise as seguintes afirmativas: I) Tício cometeu um crime de roubo II) o delegado registrou o ocorrido como crime de roubo III) Tício cometeu um crime de furto Com relação as afirmativas acima, assinale a opção correta:
	
	
	
	as opções I e II estão corretas
	
	
	a opção III é falsa
	
	
	a opção III está correta
	
	
	a opção I está correta
	
	
	a opção II está correta
	
	
	
	 
		
	
		3.
		(FGV/VI Exame Unificado OAB/2012 - adaptada) - Ana Maria, aluna de uma Universidade Federal, afirma que José, professor concursado da instituição, trai a esposa todo dia com uma gerente bancária.
A respeito do fato acima, é correto afirmar que Ana Maria praticou o crime de:
	
	
	
	difamação, pois atribuiu a José fato desabonador que não constitui crime, não sendo cabível, na hipótese, a oposição de exceção da verdade.
	
	
	calúnia, pois atribuiu a José o crime de adultério, sendo cabível, entretanto, a oposição de exceção da verdade com o fim de demonstrar a veracidade da afirmação.
	
	
	difamação, pois atribuiu a José fato desabonador que não constitui crime, sendo cabível, entretanto, a oposição de exceção da verdade com o fim de demonstrar a veracidade da afirmação, uma vez que José é funcionário público.
	
	
	difamação, pois atribuiu a José o crime de adultério, não sendo cabível, na hipótese, a oposição de exceção da verdade.
	
	
	calúnia, pois atribuiu a José o crime de adultério, não sendo cabível, na hipótese, a oposição de exceção da verdade.
	
Explicação:
A calúnia é tipificada no artigo 138 do Código Penal Brasileiro, a difamação é tratada no artigo 139 e a injúria é tratada no artigo 140,  são considerados crimes contra a honra da pessoa, mas são tratados como crimes diferentes.
Calúnia é o que ocorre quando alguém atribui de forma mentirosa um crime ou ato criminoso à outra pessoa. A calúnia parte da mentira sobre o ato de alguém. Não existe calúnia sem mentira sobre este ato. Dizer que alguém cometeu um crime sem que este alguém tenha, de fato, feito isso é um crime de calúnia. A calúnia só ocorre quando a pessoa explicitamente falou sobre o falso crime. É calúnia dizer que alguém matou outra pessoa sem tê-lo feito. Chamar alguém de assassino, no entanto, é um injúria.
A injúria é uma ofensa direta à dignidade de alguém, especialmente a subjetiva, não importando a veracidade da ofensa. 
A injúria é popularmente conhecida como o ¿xingamento¿ popular, que não é afetado se a ofensa é verdadeira ou falsa. Ela, portanto, ofende a pessoa, fazendo-a sentir-se abalada em relação a si mesma. Mesmo que o xingamento não afete a visão da sociedade sobre a pessoa, ela afeta a visão do xingado sobre sua própria personalidade.
A difamação é uma ofensa à reputação da pessoa, atingindo exclusivamente a honra objetiva do indivíduo.  A difamação pode ser entendida como o outro lado da injúria. Enquanto a injúria afeta o que a pessoa pensa sobre ela mesma, a difamação tem o objetivo e o resultado de afetar o que a sociedade pensa daquela pessoa.
Ela não atinge a autoestima do ofendido, mas perpetua-se com uma informação falsa sobre ela e afeta a forma como as outras pessoas convivem com o ofendido. Difere, também, da calúnia, no sentido em que não envolve a imputação de um crime ao ofendido.
	
	
	
	 
		
	
		4.
		O tema dolo e culpa estão ligados pela voluntariedade do crime. No crime doloso existe a comunhão entre a conduta praticada, vontade e resultado. O crime culposo ocorre quando o agente deu causa por imprudência, negligência ou imperícia. Quando o agente deu causa ao resulta porque praticou uma conduta, ou seja, por exemplo, indivíduo que não sabe conduzir direito um automóvel e atropela alguém, para o qual não tinha a técnica ou discernimento necessário para praticar a conduta. Esta conduta ilícita culposa é descrita como:
	
	
	
	Crime Doloso por imprudência.
	
	
	Crime Culposo por negligência.
	
	
	Crime Culposo por imperícia.
	
	
	Crime Culposo por imprudência.
	
	
	Crime Doloso por imperícia.
	
Explicação:
O Crime Doloso ocorre quando alguém tem a vontade de cometer o crime, ou seja, age de forma livre e consciente. Já no crime Culposo, o agente não tem a intenção de cometer o crime, ou seja, deixa de observar o dever de cuidado por imprudência, negligência ou imperícia. Imperícia decorre de erro no exercício da arte, profissão ou ofício, ou seja, age sem aptidão e a pratica necessária para realização de determinada atividade ou ação. Assim, a resposta correta é: Crime Culposo por imperícia.
	
	
	
	 
		
	
		5.
		O artigo 100 do Código Penal trata sobre a possibilidade do ofendido ingressar com uma Ação Penal Privada. Esta ação é promovida:
	
	
	
	Mediante ação penal pública do ofendido
	
	
	Mediante denúncia do ofendido
	
	
	Mediante ação penal pública
	
	
	Mediante queixa do Ministério Público
	
	
	Mediante queixa do ofendido
	
Explicação:
A pergunta nos remete aos tipos de ação penal dependo da situação do ofendido ¿ A questão trata sobre a Ação Penal privada que ocorre quando o interesse privado suplanta o interesse público ¿ No caso de ações penal pública o interesse público suplanta o interesse privado, via intervenção do Ministério Público; - já a ação penal privada é de iniciativa do ofendido ou quem o represente; - Assim, a resposta correta é: Mediante queixa do ofendido.
	
		6.
		Nos crimes contra a Propriedade Intelectual, a ação penal que é imputada pelo ofendido para reparação de dano ou prejuízo é a ação penal privada; esta ação penal é formalizada mediante:
	
	
	
	ação do cônjuge
	
	
	pública incondicionada
	
	
	denúncia
	
	
	queixa
	
	
	dos herdeiros
	
Explicação:
A pergunta nos remeta a que tipo de ação se aplica nos crimes contra a Propriedade Intelectual ¿ é importante lembrar que se opor a estes crimes é faculdade do autor ou de quem o represente ¿ fica afirmado na pergunta que a ação penal é privada, com a solicitação de resposta de como esta pode se manifestar; na ação penal pública o interesse público se suplanta ao interesse privado mediante uma denúncia; já nas ações de cunho privado, quando o interesse privado suplanta o interesse público, esta manifestação se apresenta mediante queixa ¿ assim, a resposta correta é: queixa.
	
		7.(CESPE/OAB/2008  - adaptada) - Acerca dos crimes contra a honra, assinale a opção correta.
	
	
	
	O agente que preconceituosamente se refere a alguém como velho surdo, ciente da idade e deficiência da pessoa, comete uma das modalidades do crime de racismo.
	
	
	O agente que imputa a alguém a conduta de mulherengo, no intuito de ofender sua reputação, comete o crime de injúria e difamação.
	
	
	O agente que designa alguém como ladrão, no intuito de ofender sua dignidade, comete o crime de difamação.
	
	
	O agente que atribui a alguém a autoria de um estupro, ciente da falsidade da imputação, comete o crime de calúnia.
	
	
	O agente que imputa a alguém a conduta de mulherengo, no intuito de ofender sua reputação, comete o crime de injúria.
	
Explicação:
Conforme trata o Art. 138 do Código Penal, caluniar é imputar a alguém, um fato concreto, definido como crime, onde o agente tem a consciência da falsidade desta imputação.
Segundo esta definição, o crime de calúnia exige três condições: a imputação de fato determinado, sendo este qualificado como crime, onde há a falsidade da imputação.
Assim, deve a imputação se consubstanciar em fato determinado, ou seja, deve haver a descrição de um acontecimento concreto, onde o mesmo deve ser especificado, não bastando a afirmação genérica. Então, se apenas for atribuída uma má qualidade à vítima, como por exemplo, chamar o sujeito de ladrão, sem a ele atribuir um fato, configura-se o crime de injúria, não o de calúnia, já que não houve um fato determinado.
Do mesmo modo, deve o fato imputado à vítima ser definido como crime, isto é, deve o fato descrito encontrar correspondência no Código Penal. Não há necessidade de o agente indicar qual o crime descrito, mas apenas de narrar um fato que configure o crime, com todas as circunstâncias da infração. Se por exemplo, um indivíduo diz que um outro é anotador do jogo do bicho, não se trata de calúnia, pois o fato imputado não é crime, mas sim contravenção. Tratando-se portanto de difamação.
Ensina, o Professor Luiz Régis Prado, ( in Curso de Direito Penal Brasileiro, Parte Especial, 2002), a respeito da calúnia, verbis:
"A conduta típica consiste em imputar (atribuir) a alguém falsamente a prática de fato definido como crime. (...) Frise-se, ainda, que o fato imputado deve ser determinado. Tal não implica a necessidade de descrição pormenorizada, isto é, não é preciso que o agente narre em detalhes, sem omitir suas mais específicas circunstâncias. Basta que na imputação se individualize o delito que se atribui, mesmo que o relato não seja minuncioso. Os fatos genericamente enunciados, porém, não configuram calúnia, mas injúria".
	
		8.
		Tício furta um rádio da residência de Caio, inexistindo qualquer tipo de violência. Perseguido pela polícia, Tício dispara tiros para o alto e foge. Na hipótese ocorreu:
	
	
	
	 crime de roubo.
	
	
	crime de furto.
	
	
	crime de futro qualificado.
	
	
	 crime de roubo impróprio.
	
	
	 crime de roubo qualificado.
	
Explicação:
 O agente que emprega violência contra pessoa ou grave ameaça não como meio de subtração, mas após esta, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para outrem, comete o crime de roubo impróprio (art. 157, §1º, do Código Penal)

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