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Introdução á Historia V

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Introdução á Historia V
41. Os maiores problemas para os novos historiadores são certamente aqueles das fontes e dos métodos. Já foi sugerido que, quando os historiadores começaram a fazer novos tipos de perguntas sobre o passado, para escolher novos objetos de pesquisa, tiveram de buscar novos tipos de fontes, para suplementar os documentos oficiais.
 
A situação referida no texto e os conhecimentos sobre a produção do conhecimento histórico permitem afirmar que, dentre os novos tipos de fontes buscadas pelos historiadores como recurso a ser adicionado aos documentos oficiais, para o estudo de uma determinada sociedade, se destacam
I. as técnicas da oralidade, a partir dos depoimentos, dos relatos e da literatura de cordel.
II. os registros em cartórios das profecias dos astrólogos e dos ciganos do Antigo Oriente Médio.
III. as imagens iconográficas que contêm registros de momentos da vida familiar e comunitária.
IV. os estudos voltados para a identificação da latitude e da longitude da área pesquisada para determinar os aspectos culturais relativos à religiosidade e à organização política.
V. os hábitos alimentares adotados, conforme as condições sociais e financeiras, pelas comunidades em estudo.
 
A alternativa que indica todas as afirmativas verdadeiras é a
( ) I e II
( ) II e IV
( ) I, III e IV
( ) I, III e V
( ) III, IV e V
42. Leia o texto a seguir.
Contra a tal história historicizante, Febvre e Bloch opunham uma assim chamada história nova, uma história problematizadora do social, preocupada com as massas anônimas, seus modos de viver, sentir e pensar. Uma história de estruturas em movimento, com grande ênfase no estudo das condições de vida material, embora sem qualquer reconhecimento da determinância do econômico na totalidade social.
Conforme a noção expressa no texto, assinale a alternativa correta.
( ) A chamada “história nova” preconiza os fatos políticos como centrais na construção do conhecimento histórico.
( ) Na concepção de história tratada nesse texto, evidencia-se a perspectiva econômica como determinante para entendimento do funcionamento dos grupos sociais.
( ) Interpretando o texto, pode-se inferir que se trata de uma história preocupada com a apologia de governantes e seus feitos singulares.
( ) Refere-se à passagem do estudo dos grandes acontecimentos, àqueles da vida privada e das relações humanas.
43. “Pessoalmente, tão longe quanto me lembro, ela [a História] sempre me divertiu muito. Como todos os historiadores, eu penso. De outro modo, por que razões teriam eles escolhido esse ofício? Aos olhos de qualquer um que não seja completamente tolo, todas as ciências são interessantes. Mas cada sábio encontra apenas uma ciência cuja prática o divirta. Descobrí-la, para dedicar-se a ela, é o que se chama propriamente vocação.”
O texto acima, escrito por Marc Bloch, um dos mais importantes historiadores do século XX, refere-se:
( ) À história mais crítica e analítica que centrou a narrativa nas ações exemplares e recriou a vida dos grandes personagens.
( ) Ao ofício do historiador, cuja prática é a de produzir obras que, pelo seu conteúdo satírico, atinjam o grande público.
( ) À história como ciência que substituiu as fontes escritas pela sensibilidade e inventividade dos historiadores.
( ) À singularidade do ofício daqueles que têm a vida vinculada à análise de papéis, livros e arquivos.
( ) Ao estatuto que diferencia a História das demais ciências e que dotou o historiador de métodos científicos precisos para revelar a verdade.
44. Segundo o historiador francês Michel de Certeau,
Não existem considerações, por mais gerais que sejam, nem leituras, por mais longe que as estendamos, capazes de apagar a particularidade do lugar de onde eu falo e do domínio por onde conduzo uma investigação. Toda pesquisa historiográfica é articulada a partir de um lugar de produção socioeconômico, político e cultural. É por acaso que se passa da “história social” à “história econômica” durante o período situado entre as duas guerras mundiais, por volta da crise econômica de 1929, ou que no momento atual a história cultural prevalece, quando se impõe, por todas as partes, com o lazer e os mass media, a importância social, econômica e política da “cultura”?
 
Sobre o conteúdo do texto, assinale a alternativa correta.
( ) Michel de Certeau apresenta uma concepção positivista da história, pois, para ele, o historiador deve se apropriar de metodologia científica para desenvolver investigações socioeconômicas, políticas e culturais.
( ) O historiador propõe o afastamento de uma concepção puramente econômica do discurso histórico, ao mesmo tempo que vislumbra uma aproximação do campo constituído pelos estudos culturais.
( ) Para Certeau, é em função do lugar da produção que se instauram as indagações aos documentos; a prática histórica é totalmente relativa à estrutura da sociedade.
( ) Pelo texto, pode-se inferir que, para atingir a verdade histórica com elevado grau de precisão, o historiador deve conseguir exercer ao máximo a neutralidade.
( ) Por seu conteúdo, o texto pode ser incluído na escola historicista, que considera a prática historiográfica em uma perspectiva científica, parcialmente desvinculada do presente.
45. Sobre as diversas concepções de história, considere as afirmativas a seguir.
I. A história, como forma de explicação, nasce unida à sociologia. Em seu início, o campo sociológico abrange embrionariamente todas as áreas que posteriormente iriam se formar como autônomas.
II. Durante o período da desestruturação do Império Romano, com a difusão da religião judaico-cristã naquele Império, a história do mundo foi unificada em torno do que se passava no Oriente.
III. No século XVIII, com a desestruturação final do sistema feudal e o avanço da ordem burguesa, surge o iluminismo, corrente filosófica que procura mostrar a história como o desenvolvimento linear e progressivo da razão humana.
IV. Para Marx e Engels, a história é um processo dinâmico, em que cada realidade social traz dentro de si o princípio de sua própria contradição, o que gera a transformação constante na história.
 
Estão corretas apenas as afirmativas:
( ) I e II.
( ) I e IV.
( ) III e IV.
( ) I, II e III.
( ) II, III e IV.
46. “1492, 1792, 1822, 1922.
Datas. Mas o que são datas?
Datas são as pontas de icebergs.
Mas de onde vêm a força e a resistência dessas combinações de algarismos? 1492, 1792, 1822, 1922... Vêm daquelas massas ocultas de que as datas são índices. Vêm da relação inextricável entre o acontecimento, que elas fixam com a simplicidade aritmética, e a polifonia do tempo social, do tempo cultural, do tempo corporal, que pulsa sob a linha de superfície dos eventos.”
 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar:
( ) Alfredo Bosi, ao mesmo tempo em que reconhece a importância simbólica das datas, aponta para a impossibilidade de a cronologia dar conta da história.
( ) O sentido da história no Ocidente dispensa a visão cronológica do tempo linear, bem como descarta a importância simbólica das datas.
( ) Para Alfredo Bosi, o tempo histórico é portador de unicidade e, por isso, pode ser entendido através da simplicidade aritmética.
( ) Para Alfredo Bosi, a história ignora a existência de diferentes tipos de tempo, posto que tais concepções se unem no que ele designa de “pontas de icebergs”.
( ) A concepção de história que privilegia os fatos e a cronologia do tempo linear tem sido privilegiada pela história cultural e pela história das mentalidades.
47. [...] É possível que logo depois de um evento que tenha abalado, destruído em parte ou renovado a estrutura de uma sociedade, comece um novo período. Só perceberemos isto mais tarde, quando uma sociedade nova realmente houver arrancado de si mesma novos recursos e se tiver proposto novos objetivos. Os historiadores não podem levar a sério essas linhas de separação, e imaginar que elas tenham sido observadas pelos que viviam durante os anos que elas atravessam, como o personagemde uma comédia que grita: ―Hoje começa a Guerra dos Cem Anos! 
A crítica aos historiadores, apresentada no fragmento, está centrada na (o)
( ) desvalorização do encadeamento dos processos históricos.
( ) privilégio dos acontecimentos militares nas explicações históricas.
( ) indissociação entre a história vivida e a história escrita.
( ) consideração sobre os grandes eventos da História.
( ) compreensão do tempo presente como histórico.
48. Desde o advento da Ciência, no século XVII, que rejeitamos a mitologia como um produto das mentes supersticiosas e primitivas. Contudo, só agora conseguimos ter uma perspectiva mais profunda e completa da natureza e do papel do mito na história do Homem. [...] Os mitos despertam no Homem pensamentos que lhe são desconhecidos.
 
A redescoberta do papel do mito no mundo contemporâneo tem possibilitado
( ) uma maior interação entre as religiões ocidentais e as crenças dos povos nativos da América e da África.
( ) uma maior afirmação da ciência como fonte válida de interpretação do real e raiz da inteligibilidade.
( ) a separação entre ciência e metafísica, evidenciando o caráter pueril do conhecimento do senso comum.
( ) a valorização do conhecimento primitivo e lançado um novo olhar sobre os hábitos e tradições dos povos indígenas.
( ) o reconhecimento do saber primitivo como uma forma de compreensão do real tão fundamentada quanto o saber científico.
49. “A descoberta avivou o espírito do passado. D. Paula forcejou por sacudir fora essas memórias importunas; elas, porém, voltavam, ou de manso ou de assalto, como raparigas que eram, cantando, rindo, fazendo o diabo. D. Paula tornou aos seus bailes de outro tempo, às suas eternas valsas que faziam pasmar a toda a gente, às mazurcas, que ela metia à cara da sobrinha como sendo a mais graciosa coisa do mundo, e aos teatros, e às cartas, e vagamente, aos beijos; mas tudo isso – e esta é a situação – tudo isso era como as frias crônicas, esqueleto da história, sem a alma da história.”
 
Em relação à citação acima, assinale a alternativa correta.
( ) A memória de D. Paula era voluntária, pois ela se esforçava para lembrar-se dos bailes, teatros e amores do passado. Essa memória pode ser comparada à história produzida pelos historiadores. Nos dois casos os fatos do passado são resgatados para compor a alma da história.
( ) A alma da história necessita das crônicas – esqueleto da História – mas não pode ser confundida com esta.
( ) A memória de D. Paula era involuntária, chegava sem ser convidada, invadia sua mente e a transportava para os tempos de sua juventude; essa memória pode ser comparada à história, visto que o passado construído pelo historiador chega até ele de forma involuntária, como uma espécie de espírito ou alma dos tempos, e a função do historiador é tão somente acolher os fatos e registrá-los por escrito.
( ) A memória de D. Paula era voluntária, como as crônicas que sustentam o esqueleto da história, sendo, por isso, confundida com a alma da história.
( ) As cartas, os bailes, teatros e até beijos trocados no passado por D. Paula expressam o mais íntimo de sua alma; são fontes que comprovam o quanto foi feliz e amada no passado. Nesse sentido, são evidências que encarnam o espírito da história que ela vivenciou.
50. Leia o texto a seguir.
 
Foi Renan, acho, quem escreveu um dia (cito de memória; portanto receio, inexatamente): “Em todas as coisas humanas, as origens em primeiro lugar são dignas de estudo”. E Saint-Beuve antes dele: “Espio e observo com curiosidade aquilo que começa”. A ideia é bem de sua época. A palavra origens também. Mas a palavra é preocupante, pois equívoca.
Com base no texto, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a escola historiográfica que se posiciona sobre esse tema e a tese correspondente. 
( ) Escola Metódica – compreende a origem como o princípio dos estudos históricos. 
( ) Escola Marxista – considera os estudos culturais como fundamento da crítica.
( ) Escola dos Annales – considera mitologia a busca pelas origens.
( ) Escola Idealista – concebe a história como a realização humana no tempo. 
( ) Escola de Frankfurt – formula a ideia da invenção das tradições históricas. 
Respostas:
41. ( x ) I, III e V
42. ( x ) Refere-se à passagem do estudo dos grandes acontecimentos, àqueles da vida privada e das relações humanas.
43. ( x ) À singularidade do ofício daqueles que têm a vida vinculada à análise de papéis, livros e arquivos.
44. ( x ) Para Certeau, é em função do lugar da produção que se instauram as indagações aos documentos; a prática histórica é totalmente relativa à estrutura da sociedade.
45. ( x ) III e IV.
46. ( x ) Alfredo Bosi, ao mesmo tempo em que reconhece a importância simbólica das datas, aponta para a impossibilidade de a cronologia dar conta da história.
47. ( x ) indissociação entre a história vivida e a história escrita.
48. ( x ) a valorização do conhecimento primitivo e lançado um novo olhar sobre os hábitos e tradições dos povos indígenas.
49. ( x ) A alma da história necessita das crônicas – esqueleto da História – mas não pode ser confundida com esta.
50. ( x ) Escola dos Annales – considera mitologia a busca pelas origens.

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