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Unidade 01 – Informá1ca Básica Nesta unidade, aprenderemos sobre os fundamentos da computação, mostrando sua história bem como as definições para o processamento de dados dentro de um microcomputador alem de seus principais disposi:vos de interação com o usuário. 1. História da Computação A Computação, tal qual conhecemos hoje, surgiu da necessidade de u:lização de disposi:vos e ferramentas de suporte à realização de tarefas humanas, visando sua automa:zação e tratamento eficiente. Os esforços voltados ao desenvolvimento desse :po de ferramental nos levam aos disposi:vos de computação mecânicos, como o ábaco, uma espécie de calculadora que foi provavelmente aperfeiçoada pelos chineses. A Informá1ca, isto é, o tratamento da informação de modo automá:co, u:liza-se dos computadores para a geração e comunicação de informações, apresentando elementos comuns à área da Ciência da Computação. Outras áreas de conhecimento têm grande influência na Informá:ca: a Ciência da Informação (armazenamento e veiculação da informação), a Teoria dos Sistemas (integração de elementos para a realização de obje:vos) e a Ciberné1ca (mecanismos de automação). A u:lização dos computadores eletrônicos remonta à década de 1940, quando os computadores começaram a ser u:lizados em ambientes cienTficos e militares. Neste período, surgiu o termo Processamento de Dados para designar a realização de tarefas de manipulação de dados e geração de informação apoiados em sistemas computacionais. Nesta época, os computadores eram muito diferentes dos que u:lizamos atualmente, pois :nham poder de processamento muito menor que os atuais, eram muito maiores, chegando a ocupar grandes salas, e extremamente caros, tendo seu uso restrito a poucos grupos de pessoas. Com o avança da tecnologia, redução de custos e tamanho ocorridos nas décadas seguintes, o uso dos computadores se espalhou para outras áreas da sociedade, dando apóio a diversos usuários, com diversas necessidades (década de 80). Nesse período, generalizou-se o termo Informá:ca para designar o tratamento automá:co da informação. A Informá:ca envolve a coleta, tratamento e disseminação de dados que, após o processamento, dão origem à informação. Enquanto os dados são os elementos conhecidos de um dado problema, a informação é o conhecimento gerado a par:r da análise e tratamento de dados. 1.1. Classificação dos Computadores Passaremos, agora, à classificação dos computadores. Diferentes classificações podem ser geradas de acordo com as caracterís:cas consideradas: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins - IFTO Campus: Colinas do Tocantins Professor: Luís Alberto Libânio Lima Programa: Novos Caminhos Curso: Montador e Reparador de Computadores 1 Computadores x Modo de Operação. Esta classificação divide os computadores em duas classes, os analógicos e os digitais. Computadores analógicos são aqueles que operam sobre elementos representados por meio de analogias [sicas, de comportamento conTnuo, como pressão, peso, etc. Os computadores digitais representam as informações a par:r de dados discretos, ou seja, não conTnuos, e baseiam-se na realização de operações aritmé:cas e lógicas. Como paralelo, considere um relógio analógico, onde o tempo marcado muda “con:nuamente” e u:liza um disposi:vo mecânico, e um relógio digital, onde o tempo muda “não con:nuamente” e a informação é gerada por uma operação aritmé:ca. “O computador analógico mede. O computador digital conta” (Velloso, 2003). CienJficos x Comerciais. Esta classificação considera diferentes domínios de aplicação. Dis:nguimos o domínio cienTfico, onde em geral se exige o suporte a um grande volume de operações aritmé:cas e à representação de números com grande faixa e/ou precisão, e o domínio comercial, onde a maior exigência é o suporte ao tratamento de um grande volume de entrada e saída de dados. Devido ao elevado poder de armazenamento e processamento dos computadores atuais, muitos computadores podem ser empregados tanto em aplicações cienTficas como comerciais. Computadores x Tecnologia de Construção. Nesta classificação consideramos a evolução histórica da tecnologia empregada para a construção dos computadores. Na 1ª Geração, encontramos máquinas construídas a par:r de válvulas (disposi:vos que conduzem corrente em um sen:do apenas) e onde as operações internas ao processador duravam milissegundos. Na 2ª Geração, encontramos os computadores construídos a par:r de circuitos eletrônicos com transistores (subs:tuto menor e mais confiável às válvulas) e onde as operações internas ao processador duravam microssegundos. Inicia-se uma sensível diminuição do tamanho dos equipamentos. Na 3ª Geração, os computadores passaram a ser construídos a par:r de circuitos integrados, onde um grande número de elementos é combinado em uma placa de poucos cenTmetros ou milímetros – chip. Integração de elementos em pequena (SSI – menos de 10 elementos) ou média (MSI – 10 a 100 elementos) escala. As operações internas passaram a ser medidas em nanossegundos. Na 4ª Geração, encontramos a tecnologia de firmware (armazenamento de programas em chips) e os elementos são combinados em chips em grande escala (LSI – 100 a 5.000 elementos), muito grande escala (VLSI – 5.000 a 50.000 elementos), super-grande escala (SLSI – 50.000 a 100.000 elementos) ou ultra-grande escala (ULSI – mais de 100.000). Operações internas medidas em picossegundos. 1.2. Sistema Computacional Um sistema computacional é o resultado da integração de solware e hardware. O solware é cons:tuído por conjuntos de programas que instruem logicamente o hardware a realizar operações, de forma a atender às necessidades de seus usuários. O hardware é o conjunto de disposi:vos [sicos que cons:tuem o computador, incluindo o processador, disposi:vos de entrada e saída e qualquer placa, fio ou componente do equipamento. O conjunto integrado de solware/hardware realiza três funções essenciais: leitura de dados, processamento de operações aritmé:cas e lógicas, e escrita/gravação dos resultados do processamento. O dicionário Michaelis traz uma boa definição de solware: “Qualquer programa ou grupo de programas que instrui o hardware sobre a maneira como ele deve executar uma tarefa, inclusive sistemas operacionais, processadores de texto e programas de aplicação." O Sistema Operacional (SO) faz parte do que chamamos de SoMware Básico. O SO controla operações do computador e seus periféricos, alocando e o:mizando recursos da máquina, como uso da memória e compar:lhamento do processador. O SO realiza tarefas comuns e 2 oferece facilidades a uma grande gama de aplicações computacionais: o SoMware Aplica1vo. Entre outros exemplos de Solware Básico, citamos os macroprocessadores, compiladores, gerenciadores de bancos de dados, depuradores, etc.. O Solware Básico cria uma interface entre o hardware e o Solware Aplica:vo, que se beneficia das facilidades oferecidas pelo primeiro. Exemplos de Solware Aplica:vo incluem processadores de texto, planilhas eletrônicas, tocadores MP3, etc.. Novamente u:lizando o Michaelis, encontramos uma definição de hardware: "Conjunto de unidades [sicas, componentes, circuitos integrados, discos e mecanismos que compõem um computador ou seus periféricos." Podemos visualizar o hardware como composto de três elementos básicos: a Unidade Central de Processamento (também conhecida como UCP ou CPU – Central Processing Unit), a Memória Principal e os Disposi1vos de Entrada e Saída (E/S). A Unidade Central de Processamento coordena o funcionamento do computador, indicando qual instrução deve ser executada a cada momento (Seção de Controle) e enviando sinais que controlam qual operação deve ser executada sobre os dados, e como a execução deve proceder por meio da Seção Aritmé:ca e Lógica (que realmente faz o processamento). A Unidade Central de Processamento recebe instruções e dados da Memória Principal, realiza o processamento,e devolve os resultados à Memória Principal. A Memória Principal armazena tanto instruções de programa quanto dados necessários à execução. Dados a serem processados são enviados da Memória Principal à Unidade Central de Processamento. Informações (resultado do processamento de informações) são enviadas da Unidade Central de Processamento à Memória Principal. Os Disposi:vos de Entrada e Saída, como mouse (entrada), monitores (saída), discos rígidos (entrada e saída), fazem a interface entre o computador e o mundo externo, trazendo dados à Memória Principal e levando informações ao mundo externo. 1.3. Processamento de Dados O Processamento de Dados auxilia seus usuários via a automação de tarefas, liberando-os de tarefas repe::vas e permi:ndo que eles se concentrem na tomada de decisões estratégicas. O computador executa as operações de forma rápida e o:mizada, instruídos por um programa. Um programa é um conjunto de comandos ou instruções que definem as operações que o computador deve executar. Ao longo do tempo, o cenário do processamento de dados mudou dras:camente, guiado por constantes evoluções tecnológicas: ▪ Processamento Descentralizado: cenário onde os vários computadores de uma organização operam com pouca cooperação entre si, com controle local sobre recursos e operando sobre dados man:dos localmente. ▪ Processamento Centralizado: cenário em que vários computadores periféricos alimentam um computador central, responsável por controlar recursos e processamento. Tendência à criação de gargalos no computador central. ▪ Processamento Distribuído: cenário onde cada computador tem métodos para a coleta, acesso e consistência de dados e informações locais. Há meios de comunicação que interligam e integram os núcleos de processamento. ▪ Grande Distribuição de Processamento: cenário das grandes redes corpora:vas, criadas a par:r de redes locais e com alto grau de comunicação entre si. - 3 2. Disposi1vos de Entrada e Saída Sabemos que dois dos principais elementos de um microcomputador são seu processador e suas memórias internas, itens discu:dos na seção anterior. Contudo, esses elementos seriam inúteis sem a existência de meios de comunicar dados ao computador e recuperar os resultados do processamento realizado. Esta função de interface entre o computador e o mundo externo é realizada pelos disposi:vos de entrada e saída, E/S (ou, do inglês, I/O – Input/Output). Os disposi:vos de E/S conectam-se ao resto do sistema via os slots e barramentos da placa- mãe. A placa-mãe é a principal placa de circuito impresso de um computador, sendo o local onde residem o processador, os slots onde módulos de memória são inseridos e outros chips. Ela contém também os barramentos e os slots onde as controladoras dos disposi:vos de E/S são conectados. Cada disposi:vo de E/S é composto de duas partes: a controladora e o disposi:vo propriamente dito. A controladora gerencia o funcionamento do disposi:vo, controlando sua operação, e provê acesso ao barramento para permi:r sua comunicação com outros elementos do hardware. A controladora tanto pode ser embu:da na placa-mãe, como é o caso comum dos teclados e mouses, como pode conectar-se ao sistema via um slot de expansão, o que geralmente acontece com as placas aceleradoras de vídeo. O disposi:vo de E/S e sua controladora (por exemplo, um monitor e sua placa aceleradora de vídeo) são interligados via conectores encontrados no gabinete do computador, normalmente em sua parte traseira. De acordo com (Tanenbaum, 2001), para prover a interface entre um disposi:vo e os programas que o u:lizam, os seguintes passos são realizados por sua controladora: 1. Solicitações de programa são recebidas pela controladora. 2. A controlada coordena o funcionamento do disposi:vo. 3. O disposi:vo envia os resultados da operação de E/S à controladora. 4. Controladora envia resultados da operação à memória. Algumas controladoras lêem ou escrevem dados da/na memória sem auxílio do processador por meio de um mecanismo conhecido como Acesso Direto à Memória (Direct Memory Access – DMA). 2.1. Exemplos de Disposi1vos de Entrada e Saída Nesta subseção, apresentamos alguns exemplos de disposi:vos de entrada e saída. 2.1.1.Terminais São disposi:vos usados para fornecer dados a um computador ou sistema computacional e exibir seus dados. Posto de outra forma, os terminais restringem-se a fornecer dados a um computador central, onde o processamento é realizado, e a exibir os resultados desse processamento a seus usuários. Para tanto, os terminais são compostos de dois elementos: teclado e monitor. No âmbito dos computadores de grande porte, o teclado e o monitor podem se apresentar como um único disposi:vo, conectado ao computador central por meio de uma linha telefônica. No âmbito dos computadores pessoais, o teclado e o monitor são disposi:vos independentes, mas usam tecnologia equivalente para conexão ao computador 4 central. 2.1.2.Teclados Disposi:vo de entrada u:lizado para fornecer texto e comandos a um computador. A tecnologia empregada para a detecção do pressionamento de teclas pode variar de métodos mecânicos a eletrônicos. Independente do método, o pressionar de uma tecla faz com que o sinal específico àquela tecla (um código numérico) seja enviado ao controlador do teclado para sua iden:ficação. Em computadores pessoais, a tecla pressionada é iden:ficada consultando-se o código armazenado em um registrador da controladora de teclado. Combinações de teclas, como CTRL+S, por exemplo, são processadas via solware. 2.1.3.Monitores de Vídeo Disposi:vos de saída u:lizados para exibir resultados textuais ou gráficos. Podem ser monocromá:cos ou coloridos, embora monitores monocromá:cos sejam cada vez mais raros. Duas grandes tecnologias de monitores de vídeo são comuns atualmente: os monitores CRT (Cathode Ray Tube) e os monitores LCD (Liquid Crystal Display). Os monitores CRT são baseados em tubos de projeção e produzem suas imagens bombardeando con:nuamente suas telas com canhões eletromagné:cos. Devido a sua tecnologia, são maiores, mais pesados e consomem mais energia que os monitores de LCD. Os monitores de LCD são formados por uma camada de cristal líquido envolto em duas finas camadas de proteção, que es:mulam o cristal para a formação de suas imagens. Correspondem aos monitores slim. Independente da tecnologia empregada, a qualidade da imagem produzida por um monitor de vídeo depende tanto do número de pontos como da quan:dade de cores u:lizadas. Quanto mais pontos são empregados, mais definidas serão as imagens produzidas. Imagine a tela como sendo um mosaico: quanto menores forem os pedaços u:lizados em sua composição, mais detalhes podem ser reproduzidos pela imagem. No computador, esses pedaços correspondem aos pontos, sendo definidos pelo cruzamento de linhas e colunas da imagem. Quando dizemos que um computador u:liza uma resolução de tela 800 x 600, queremos dizer que suas imagens são compostas pelos pontos formados pela interseção de 800 colunas por 600 linhas. Cada um desses pontos é normalmente chamado de pixel. A resolução de tela depende tanto da capacidade de exibição do monitor como da placa de vídeo empregada. Abaixo, mostramos os modos de exibição mais comuns associados à resolução e número de cores: • CGA: até 4 cores, baixa resolução (≈600 × 200). • EGA: até 16 cores, resolução média (≈ 650 × 300). • VGA: mais de 16 cores, alta resolução (≈ 700 × 400). • SVGA: mais de 256 cores, alTssima resolução (≈ 2000×1800). 2.1.4.Mouses Disposi:vos de entrada u:lizados para mapear a tela: apontar, selecionar e clicar sobre pontos específicos. O ponto da tela mapeado a cada momento é iden:ficado normalmente pelo que chamamos de apontador do mouse. O apontador do mouse desloca-se de acordo com os movimentos que o usuário realiza com o mouse. Ações de mouse são determinadas via uma combinação entre movimentação e uso de botões. O númerode botões varia entre os modelos, sendo comuns os mouses com 3 botões. Quanto à tecnologia de construção, dis:nguimos: os mouses mecânicos, que são aqueles onde os movimentos são iden:ficados pela rolagem de uma esfera localizada na base do mouse sobre dois eixos perpendiculares; os ó1cos, que rastreiam o movimento u:lizando um feixe de laser projetado contra a base de 5 apoio do mouse; e os ó1cos-mecânicos, que u:lizam uma combinação entre processos mecânicos e ó:cos. Normalmente os mouses ó:cos permitem uma precisão de movimento muito maior e evitam o costumeiro acúmulo de poeira e conseqüente perda de sensibilidade dos mouses mecânicos. Existem mouses ó:cos com ou sem fios e variadas quan:dades de botões. Outros disposi:vos apontadores alterna:vos ao mouse (não detalhados em nossa discussão) são os trackballs e os touchpads. 2.1.5.Impressoras Disposi:vos de saída que u:lizam o papel como mídia predominante. Úteis à geração de relatórios, impressão de gráficos e trabalhos em geral. Diversas tecnologias podem ser empregadas, variando das impressoras matriciais e de agulhas (mais an:gas) às impressoras jato de :nta ou laser (mais modernas). Dependendo da tecnologia, podem ser coloridas ou monocromá:cas. A velocidade de uma impressora é medida em pontos, linhas ou caracteres por segundo, a depender da tecnologia de impressão u:lizada. O método de impressão das impressoras jato de :nta baseia-se na aspersão de :nta sobre pontos específicos da mídia empregada (papel, transparências, etc.). Já as impressoras a laser, u:lizam um processo termo- químico à impressão. 2.1.6.Leitora Ó1ca e Leitora de Caracteres Magné1cos Leitoras Ó:cas são disposi:vos de entrada que comparam as formas dos caracteres do documento sendo lido com formas predeterminadas em sua memória para iden:ficar o conteúdo do documento. Já as Leitoras de Caracteres Magné:cos empregam um mecanismo similar, mas u:lizam documentos impressos u:lizando :nta magne:zável. Neste úl:mo caso, os caracteres são imantados na entrada, lidos e posteriormente desimantados. Normalmente estas leitoras são empregadas em locais como bancos e lotéricas. 2.1.7.Unidades de Fita Magné1ca São disposi:vos de entrada e saída que lêem e gravam fitas magné:cas. As fitas magné:cas são normalmente u:lizadas como memória secundária de baixo custo, empregadas na criação de cópias de segurança (backups) de grandes computadores ou redes de computadores. Visualmente se parecem com fitas cassete, e, como tais, são acessadas em modo seqüencial. A velocidade de operação de uma fita magné:ca varia em termos da velocidade de avanço da fita (polegadas/segundo) e densidade da gravação (bytes/polegada). 2.1.8.Unidades de Disco Magné1co São disposi:vos u:lizados como memória secundária, voltada ao armazenamento permanente de dados. Funcionam tanto para a entrada como para a saída de dados (leitura e gravação, respec:vamente). Comparadas às fitas magné:cas, as unidades de disco magné:co apresentam menor tempo de resposta, pois trabalham com acesso não-seqüencial. Correspondem tanto aos discos rígidos (Hard Disks – HDs) quanto aos flexíveis (floppy disks), pois ambos gravam informações com base em um processo magné:co. Em um disco magné:co, as informações podem ser gravadas e apagadas inúmeras vezes. 6 Enquanto os discos flexíveis encontram-se atualmente pra:camente em desuso (sendo subs:tuídos por pen-drives de maior capacidade e confiabilidade, por exemplo), os discos rígidos apresentam grande capacidade de armazenamento, permi:ndo o armazenamento domés:co de grandes massas de dados e informações, como filmes, fotos, áudio, etc.. Além dos dados do usuário, é em um disco rígido que os programas instalados em um computador são armazenados. Várias unidades de disco rígido podem ser u:lizadas em conjunto em um mesmo computador, aumentando sua capacidade de armazenamento permanente. Externamente, um disco rígido é uma caixa metálica blindada com conectores através dos quais ele liga-se aos slots da placa-mãe e à fonte de energia. Internamente, ele é composto por um conjunto de discos que giram em torno de um mesmo eixo, mo:vo pelo qual também são chamados de winchesters. Em termos de organização lógica, a super[cie de cada disco é dividida em círculos concêntricos, conhecidos como trilhas. Cada trilha divide-se em setores, que são as partes iguais como fa:as de uma pizza. Por fim, um cilindro lógico corresponde ao alinhamento de trilhas de um winchester. Formatação é o nome dado ao processo que cria essa organização lógica e prepara um disco (rígido ou flexível) para o armazenamento de dados. 2.1.9.CD-ROM Em vez do eletromagne:smo, um CD-ROM (Compact-Disk Read-Only Memory) u:liza processo ó:co a laser para gravar e ler informações. Durante o processo de gravação um laser é disparado contra a super[cie do disco, marcando os pontos que representam os bits da informação armazenada. A leitura corresponde a observar se estes pontos refletem ou não o feixe de luz (informação binária: existência ou ausência de luz, 1 ou 0). Tipicamente, um CD- ROM armazena em torno de 700Mb de informação que pode encontrar-se em vários formatos ou mídias: caracteres, sons, imagens, etc.. Por isso, uma unidade de CD é considerada um disposi:vo mul:mídia. O termo CD-ROM é normalmente empregado para discos adquiridos com conteúdo pré-definido e que não pode ser alterado posteriormente pelo usuário. Contudo, existem também CDs que permitem que o usuário realize uma única gravação (CD-R) ou múl:plas gravações (CD-RW). Estes discos funcionam tanto para a leitura como gravação de dados, sendo assim disposi:vos tanto de entrada como de saída. 2.1.10.Outros Disposi1vos de Entrada e Saída Existem muitos outros disposi:vos de entrada e saída além dos citados anteriormente. Como novos disposi:vos normalmente surgem a cada ano, a lista de disposi:vos de E/S é bastante dinâmica. A seguir, apresentamos uma lista não exaus:va de outros disposi:vos: leitora de código de barras, trackball, scanner, impressora mul:funcional, tela sensível ao toque, joys:ck, plo�er, modem, sinte:zador de voz. Referências ● (Gandon, 1999) Gandon, F. (1999). Types of computer (notas de aula). Documento disponível em h�p://www-sop.inria.fr/acacia/personnel/Fabien.Gandon/ lecture/ 7 uk1999/computers_types/ (úl:mo acesso: 26.09.2007). ● (Stallings, 2002) Stallings, W. (2002). Arquitetura e Organização de Computadores. Pren:ce Hall, 5a edi:on. ● (Tanenbaum, 2001) Tanenbaum, A. S. (2001). Organização Estruturada de Computadores. LTC. ● (Velloso, 2003) Velloso, F. d. C. (2003). Informá:ca: conceitos básicos. Elsevier, Rio de Janeiro. 8 9