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Neuroanatomia . Telencéfalo (neocórtex) O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, e uma pequena parte mediana situada na porção anterior do 3 ventrículo. Os dois hemisférios cerebrais são incompletamente separados pela fissura longitudinal do cérebro, cujo assoalho é formado por uma larga faixa de fibras comissurais, corpo colosso, principal meio de união entre os dois hemisférios. Os hemisférios cerebrais possuem cavidades, os ventrículos laterais direito e esquerdo, que comunicam com o 3 ventrículo pelos forames interventriculares. · Cada hemisfério possui 3 pólos: frontal, occipital e temporal. · 3 faces: face súpero lateral, convexa; face medial, plana; e a face inferior, ou base do cérebro, muito irregular, repousando anteriormente nos andares anterior e médio da base do crânio e posteriormente na tenda do cerebelo. Sulcos e giros divisão em lobos As depressões do cérebro são denominadas de sulcos, que delimitam os giros ou circunvoluções cerebrais. Os sulcos aumentam a superfície, mas não aumentam o volume cerebral, por isso cerca de 2/3 da área ocupada pelo córtex cerebral estão escondidos nos sulcos. Os sulcos mais importantes são o sulco lateral (de Sylvius) e o sulco central (de Rolando). · Sulco lateral (de Sylvius): inicia-se na base do cérebro lateralmente à substância perfurada anterior, como uma fenda profunda que, separando o lobo frontal do lobo temporal, dirige-se para a face súpero lateral do cérebro, onde se divide em 3 ramos ascendente, anterior e posterior. Os ramos ascendentes e anterior são curtos e penetram no lobo frontal; o ramo posterior é mais longo, termina no lobo parietal. Separa o lobo temporal do lobo frontal e parietal. · Sulco central (de Rolando): é profundo, separa os lobos frontal e parietal. Em seu lado está dois giros, o pré-central que pertence ao lobo frontal, e o giro pós-central que pertence o lobo parietal. OBS: as áreas situadas à frente do sulco central estão relacionadas com a motricidade, e as áreas situadas atrás do sulco está relacionada com a sensibilidade. OBS: o lobo da ínsula, está situado profundamente no sulco lateral e não tem relações com os ossos do crânio OBS: o lobo occipital está relacionado com a visão LOBO LIMITE ANTERIOR LIMITE POSTERIOR LIMITE INFERIOR Frontal - Sulco central-1 Sulco lateral-2 Parietal Sulco Central-1 Sulco parieto-occipital-3 Sulco lateral-2 Occipital Sulco parieto-occipital-3 e incisura pré-occipital-4 - - Temporal Sulco lateral-2 - - 1 2 3 4 Lobos, sulcos É a maior das faces cerebrais é a face súpero lateral ou face convexa, relaciona-se com todos os ossos da abóbada craniana, está presente 5 lobos cerebrais: LOBO FRONTAL Está relacionado a frente com as emoções, raciocínio, logica, a porção mais próxima ao sulco central é a área motora primária. Sulco pré-central (face súpero lateral ou face convexa) Paralelo ao sulco central e pode ser dividido em dois segmentos Sulco frontal superior (face súpero lateral ou face convexa) Inicia-se na porção superior do sulco pré-central e tem direção perpendicular a ele. Sulco frontal inferior (face súpero lateral ou face convexa) Partindo da porção inferior do sulco pré-central, dirige-se para frente e para baixo. Sulco do corpo caloso (Na face medial no cérebro) Contorna o corpo caloso, e continua no lobo temporal como sulco do hipocampo. Sulco do cíngulo (Na face medial no cérebro) Tem curso paralelo ao sulco do corpo caloso, se divide em dois ramos: o ramo marginal e o sulco subparietal A face inferior do lobo frontal apresenta um único sulco importante: o sulco oftálmico O bulbo olfatório é uma dilatação ovóide e achatada de substância cinzenta que continua posteriormente com o tracto olfatório. O bulbo olfatório recebe os filamentos que constituem o nervo olfatório GIROS Giro pré-central Entre o sulco central e o sulco pré-central A principal parte motora do cérebro Giro frontal superior Acima do sulco frontal superior Giro frontal médio Entre o sulco frontal superior e frontal inferior Giro frontal inferior Abaixo do sulco frontal inferior É subdividido pelos ramos anterior e ascendente do sulco lateral em 3 partes: orbital, triangular e opercular O hemisfério cerebral esquerdo é nominado giro de Broca, o centro cortical da palavra falada Giro reto (inferior) OBS: orbital (situa-se abaixo do ramo anterior), triangular (entre o ramo orbital e o ramo ascendente), opercular (entre o ramo ascendente e o sulco pré-central. LOBO TEMPORAL Está relacionado a fala e as emoções, pois existe o lobo límbico Apresenta dois sulcos principais: Sulco temporal superior (face súpero lateral ou face convexa) Inicia-se no pólo temporal e dirige-se para trás, paralelamente ao ramo posterior do sulco lateral, termina no lobo parietal Sulco temporal inferior (face súpero lateral ou convexa) Paralelo ao sulco temporal superior, é geralmente formado por duas ou mais partes descontínuas Sulco occipitotemporal (face inferior) Limita com o sulco temporal inferior o giro temporal inferior, medialmente este sulco limita com o sulco colateral o giro occípito-temporal lateral (ou giro fusiforme) Sulco colateral (face inferior) Próximo ao pólo occipital e se dirige para frente, delimitando o sulco calcarino e sulco do hipocampo e o giro para-hipocampal Sulco do hipocampo (face inferior) Se origina no esplênio do corpo caloso e se dirige para o polo temporal GIROS Giro temporal superior Entre o sulco lateral e temporal superior Se divide em dois, em área motora da fala, que está relacionada com o lobo frontal (área de broca), e a área sensitiva da fala que está relacionada com o lobo parietal (área de wernicke) Giro temporal médio Entre os sulcos temporal superior e o temporal inferior Giro temporal inferior Abaixo do sulco temporal inferior Se limita com o sulco occipital-temporal Giro temporal transverso anterior é importante pois nele se localiza o centro cortical da audição Afastando-se os lábios do sulco lateral, aparece seu assoalho, que é parte do giro temporal superior. A porção posterior deste assoalho é atravessada por pequenos giros transversais, os giros temporais transversos, dos quais o mais evidente, o giro temporal transverso anterior, é importante, pois nele se localiza o centro cortical da audição. LOBO PARIETAL Está relacionado com a sensibilidade Apresenta dois sulcos principais: Sulco pós-central Quase paralelo ao sulco central, é dividido em dois segmentos Sulco intraparietal É perpendicular ao pós-central, se estende para trás e termina no lobo occipital, separa o lóbulo parietal superior do inferior. GIROS Giro pós-central Entre os sulcos central e pós-central Mais importante área sensitiva do córtex, a somestésica Giro supramarginal Lóbulo parietal inferior Curvado em torno da extremidade do ramo posterior do sulco lateral Giro angular Lóbulo parietal inferior Curvado em torno da porção terminal e ascendente do sulco temporal superior LOBO OCCIPITAL Ocupa uma porção relativamente pequena da face súpero lateral do cérebro, onde apresenta pequenos sulcos e giros inconstantes e irregulares. Está relacionado à visão. Apresenta dois sulcos importantes na face medial do cérebro: Sulco calcarino Inicia-se abaixo do esplênio do c. caloso e tem trajeto ao pólo occipital Sulco parieto-occipital Profundo, separa o lobo occipital do parietal e encontra com o sulco calcarino Entre o sulco parieto-occipital e o sulco calcarino, estão os cúnes, giro complexo, de forma triangular. Adiante tem o pré-cúnes. INSULA É um lobo cerebral que cresce pouco e é recoberto pelos demais lobos. A ínsula tem forma cônica e seu ápice é voltado para baixo e para frente, é denominado límen da ínsula Face Medial CORPO CALOSO É a maior comissura inter-hemisféricas, é formado por linhas mielínicas que cruzam o plano sagitalmediano e penetram de cada lado no centro branco medular do cérebro · Esplênio do corpo caloso · Tronco do corpo caloso · Joelho do corpo caloso · Rostro do corpo caloso · Lâmina rostral · Comissura anterior · Lâmina terminal: entre a comissura anterior e o quiasma óptico, delgada lâmina de subs. branca que une os hemisférios e constitui o limite anterior do terceiro ventrículo. Septo pelúcido separa os dois ventrículos laterais, tornando-os em ventrículo direito e esquerdo. FÓRNIX Emerge abaixo do esplênio do corpo caloso e arqueando-se em direção a comissura anterior. É um feito complexo de fibras. Constituído por duas metades laterais e simétricas afastadas nas extremidades e unidas entre si no trajeto abaixo do corpo caloso. No ponto em que as penas do fórnix se separam, algumas fibras passam de um lado para o outro, formando a comissura do fórnix. Entre o corpo caloso e o fórnix estende-se o septo pelúcido, constituído por 2 lâminas de tecido nervoso que delimita a cavidade do septo pelúcido. O septo pelúcido separa os dois ventrículos laterais Morfologia dos ventrículos laterais Os hemisférios possuem cavidades revestidas de epêndima que contém líquido cérebro-espinhal, que são os ventrículos laterais direito e esquerdo, que comunica com o 3 ventrículo pelo forame interventricular. Apresenta uma parte central e 3 cornos (anterior, posterior e inferior) que corresponde os 3 polos do hemisfério. Apenas o inferior não é formado pelo corpo caloso PAREDES VENTRICULARES · O corno anterior é a parte do ventrículo lateral que se situa adiante do forame interventricular. Sua parede medial é vertical a constituída pelo septo pelúcido, que separa o corno anterior dos dois ventrículos laterais. O assoalho, inclinado, forma também a parede lateral e é constituído pela cabeça do núcleo caudado, proeminente na cavidade ventricular. O tecto e o limite anterior do corno anterior são formados pelo corpo caloso. A parte central do ventrículo lateral estende-se dentro do lobo parietal do nível do forame interventricular para trás até o esplênio do corpo caloso, onde a cavidade se bifurca em cornos inferior e posterior na região denominada trígono colateral. O tecto da parte central é formado pelo corpo caloso e a parede medial, pelo septo pelúcido. O assoalho, inclinado, une-se ao tecto no ângulo lateral e apresenta as seguintes formações: fórnix, plexo corióide, parte lateral da face dorsal do tálamo, estria terminal, veia tálamo-estriada (v. terminal) e núcleo caudado . · O corno posterior estende-se para dentro do lobo occipital e termina posteriormente em ponta, depois de descrever uma curva de concavidade mediana. Suas paredes, em quase toda a extensão, são formadas por fibras do corpo caloso. · O corno inferior curva-se inferiormente e a seguir anteriormente em direção ao pólo temporal a partir do trígono colateral. O tecto do corno inferior é formado pela substância branca do hemisfério e apresenta ao longo de sua margem medial a cauda do núcleo caudado e a estria terminal, estruturas que acompanham a curva descrita pelo corno inferior do ventrículo. Na extremidade da cauda do núcleo caudado, observa-se uma discreta eminência arredondada, às vezes pouco nítida, formada pelo corpo amigdalóide, que faz saliência na parte terminal do tecto do corno inferior do ventrículo. Convém acentuar, entretanto, que a maior parte do corpo amigdalóide não tem relação com a superfície ventricular e ele só pode ser visto em toda a sua extensão em secções do lobo temporal. O assoalho do corno inferior do ventrículo apresenta duas eminências alongadas, a eminência colateral, formada pelo sulco colateral. Núcleos da base Também chamados de gânglios da base: · Núcleo caudado: alongado de substância cinzenta, que está relacionado com os ventrículos laterais · Núcleo lentiforme: forma de castanha do Pará. Profundo, é dividido em putâmen (maior, lateralmente) e globo pálido (menor, medialmente) por uma lâmina fina de subs. branca (lâmina medular lateral) · Claustrum: localizado entre o córtex da insula e o núcleo lentiforme, separado pela cápsula externa. É relacionado com a cápsula interna, córtex da ínsula. · Corpo amigdalóide: situado no pólo temporal, tem relação com a cauda do núcleo caudado. Faz parte do sistema límbico e é um importante centro regulador do comportamento sexual e da agressividade. · Núcleo accumbens: situado na zona de união entre o putâmen e a cabeça do núcleo caudado, na área de corpo estriado ventral. · Núcleo basal de Meynert: situa-se entre a subs. perfurada anterior e o globo pálido, substanciainominata, contém neurônios grandes, ricos em acetilcolina. Centro branco medular do cérebro Distingue dois grupos de fibras: · de projeção: ligam o córtex cerebral a centros subcorticais. se dispõem em dois feixes: o fórnix (une o córtex do hipocampo ao corpo mamilar, contribui para a formação do centro branco da medula) e a cápsula interna. · de associação: unem áreas corticais situadas em pontos diferentes do cérebro. Presente no corpo caloso, comissura do fórnix e comissura anterior. CÁPSULA INTERNA: contém a grande maioria das libras que saem ou entram no córtex cerebral. Estas fibras formam um feixe compacto que separa o núcleo lentiforme, situado lateralmente, do núcleo caudado e tálamo, situados medialmente. Acima do nível destes núcleos as fibras da cápsula interna passam a constituir a coroa radiada. Distinguem-se na cápsula interna uma perna anterior, situada entre a cabeça do núcleo caudado e o núcleo lentiforme, e uma perna posterior, bem maior, situada entre o núcleo lentiforme e o tálamo. Estas duas porções da cápsula interna encontram-se formando um ângulo que constitui o joelho da cápsula interna. O primeiro sulco que surgiu na fitogênese foi o sulco rinal. O córtex cerebral é uma fina camada de subs. cinza que reveste o centro brando medular do cérebro. Chegam vias de sensibilidades que se tornam conscientes e são interpretadas. Sai impulsos nervosos, movimentos voluntários. Possuem células da neuroglia cortical. A sua estrutura distingue em dois tipos de córtex: · isocórtex: existem 6 camadas. I. Camada molecular - de associação: situada na superfície do córtex, é rica em fibras de direção horizontal, contém poucos neurônios. Área sináptica, associação, lâminas aferentes (receptora) provenientes do tálamo. II. Camada granular externa - de associação: predominante neurônio piramidal, neocórtex. célula granular III. Camada piramidal externa - de associação e projeção: neocórtex, motora., efetuadora de projeção. IV. Camada granular interna - de associação: células piramidais, estrelada pequena, + espessa nas áreas sensitivas primárias, lâmina eferente, receptora de inform. Sens. Talâmica. Possui interneurônios excitatórios V. Camada piramidal interna (ou ganglionar) – de projeção: células piramidais grandes, estreladas e martinotti, vão para o tálamo, lâmina eferente, motora., efetuadora de projeção VI. Camada de células fusiformes (ou multiforme) - de projeção: possui várias células, lâmina eferente. · alocórtex NEURÔNIOS CORTICAIS De axônio curto- de axônio ………………………………………………...longo células horizontais <- Horizontal célula de Mrunotti <- Ascendente célula piramidal <- Descendente -> célula fusiforme Fibras de circuitos corticais As fibras que entram ou saem do córtex passam pelo centro branco-medular. Fibras de associação: ligam diferentes áreas do córtex, do mesmo hemisfério ou ao hemisfério oposto Fibras de projeção: ligam o córtex a centros subcorticais, são aferentes (talâmicas ou extra talâmicas) ou eferentes. · as fibras extra talâmicas são monoaminérgicas vindas do núcleo basal de Meynert, essas fibras são distribuídas em todo o córtex, não exercem uma função generalizada de excitação ou inibição, mas diminui a atividade em regiões corticais, sua ação é considerada moduladora, pois modificam características eletrofisiológicas das células corticais, influenciando o funcionamento. A degeneração dessafibra ocorre a doença de Alzheimer. · fibras aferentes vindas dos núcleos talâmicos inespecíficos se distribuem por todo o córtex, exerce a ação ativadora que faz parte do sistema ativador reticular ascendente (SARA), essas fibras terminam principalmente nas 3 primeiras camadas corticais. · as radiações talâmicas originadas nos núcleos específicos terminam na camada IV, está camada é mais desenvolvida nas áreas sensitivas do córtex. A maioria das fibras de projeção aferentes do isocórtex origina no tálamo. Existe conexões aferentes diretas com a formação reticular. As fibras eferentes do córtex fazem conexões em vários centros subcorticais: · fibras corticais- espinhais · fibras córtico-nucleares · fibras córtico-pontinas · fibras córtico estriadas · fibras córtico-reticulares · fibras córtico-rúbricas · fibras córtico-talâmica OBS: a maioria dessas fibras são originadas na camada V, uma área bem desenvolvida na parte motora do córtex OBS: a camada IV é receptora e a camada V efetua as projeções, as demais camadas são de associação. Arquicórtex - hipocampo Paleocórtex - ocupa o uncus e parte do giro para hipocampal Neocórtex - restante do córtex OBS: arqui e paleocórtex estão ligadas a olfação e ao comportamento emocional, sistema límbico. CLASSIFICAÇÃO DO CÓRTEX . Pode ser dividido em numerosas áreas citoarquiteturais, é dividido em 52 áreas, e são chamadas de áreas de Brodmann Cortex Isocórtex Alocórtex Homotípica Heterotípica Granular Agranular O isocórtex tem 6 camadas, sendo que o homotípica são sempre individualizadas, fáceis de serem identificadas. Já o heterotípica não pode ser identificada, pois as camadas ll lV são invadidas por células piramidais e granulares. · Isocórtex heterotípico granular, é caracterizado pelas áreas sensitivas do córtex, as células granulares invadem as camadas ll e lV, e desaparece as células piramidais. + CÉLULAS GRANULARES - CÉLULAS PIRAMIDAIS · Isocórtex heterotípico agranular: é característicos em áreas motoras, as células piramidais invadem as camas ll e lV, tornando as células granulares nesses locais escassas + CÉLULAS PIRAMIDAIS - CÉLULAS GRANULARES · Alocórtex: nunca se desenvolveu, tem 6 camadas, ocupa as áreas mais antigas do cérebro que corresponde o arqui e paleocórtex. Lobo frontal é responsável pela linguagem e fala OBS: áreas de projeção são as que recebem ou dão origem a fibras sensitivas ou motoras, lesões nessas áreas podem causar paralisias ou alterações na sensibilidade e podem causar alterações psíquicas Áreas de projeção Áreas sensitivas Áreas motoras Heterotípico granular Heterotípico . agranular Áreas de Associação Isocórtex homotípico, não são nem sensitivas e motoras, fácil de identificar as seis camadas. Áreas primárias (unimodais) Ligadas diretamente com a sensibilidade ou com a motricidade, áreas de projeção. Existe apenas uma área primária motora, no lobo frontal, e várias áreas sensitivas primárias nos demais lobos. ÁREAS SENSITIVAS PRIMÁRIAS - ÁREA SOMESTÉSICA PRIMÁRIA OU ÁREA DA SENSIBILIDADE SOMÁTICA GERAL- Localização: giro pós-central, corresponde às áreas 3,2 e 1 de Brodmann Chegam radiações talâmicas que originam nos núcleos ventral póstero-lateral e ventral póstero-medial do tálamo Traz impulsos nervosos relacionados à temperatura, dor, pressão, tato e propriocepção consciente da metade oposta do corpo. Estimulação elétrica: causa manifestações de sensibilidade mal definidas como formigamento e dormência. Lesões: acidentes vasculares cerebrais, que comprometem a área média e anterior do cérebro, perde a sensibilidade discriminativa do lado oposto da lesão. O doente perde a capacidade de discriminar dois pontos, perceber movimentos de partes do corpo ou reconhecer diferentes intensidades de estímulo. Ele é incapaz de localizar a parte do corpo tocada ou de distinguir graus de temperatura, peso e textura dos objetos tocados, com o tempo perde a capacidade de reconhecer objeto “estereognosia”. - ÁREA VISUAL – localização: no lobo occipital, nos lábios do sulco calcarino, corresponde à área 17 de Brodmann. chegam as fibras do trato genículo calcarino originadas no corpo geniculado lateral. Estimulações elétricas: causam alucinações visuais, círculos brilhantes OBS: a metade superior da retina projeta no lábio superior do sulco calcarino e a metade inferior, no lábio inferior do sulco. A parte posterior da retina (onde se localiza a mácula), projeta na parte posterior do sulco, e a parte anterior da retina na parte anterior do sulco. Lesões: Causa cegueira completa - Área auditiva – Localização: no lobo temporal transverso anterior (giro de Heschl), áreas 41 e 42 de Brodmann. Chegam fibras da radiação auditiva que se originam no corpo geniculado medial Estimulações elétricas: causa alucinações auditiva. Lesões bilaterais do giro temporal transverso anterior: causam surdez completa. Lesões unilaterais: causa déficits auditivos pequenos, pois a via auditiva não é totalmente cruzada. - área vestibular – Localização: lobo parietal, próxima ao território da área somestésica correspondente a face. Está relacionada com a área de projeção da sensibilidade proprioceptiva do que auditiva. OBS: os receptores são classificados como proprioceptores especiais, pois informa sobre os movimentos relacionados a cabeça Importante para apreciação consciente da orientação no espaço. - Área Olfatória – Localização: parte anterior do uncus e do giro para-hipocampal. Epilepsia local do uncus causam alucinações olfatórias, são chamadas de crises uncinadas. - Área gustativa- Localização: área 43 de Brodmann, na porção inferior do giro pós-central, próxima a ínsula Estimulação elétrica ou crises epilépticas: causam alucinações gustativas. Lesões: diminuição da gustação na metade oposta da língua _______ ÁREA MOTORA PRIMÁRIA _______ Localização: parte posterior do giro pré-central no lobo frontal, área 4 de Brodmann. Características: isocórtex heterotípico agranular. Estimulação elétrica: determina movimentos do lado oposto. Focos epiléticos: causam movimentos de grupos musculares isolados. Conexões: conexões aferentes são com o tálamo - através do qual recebe inform. do cérebro-, origina a maior parte das fibras dos tractos córtico espinhal e corticonuclear, responsáveis pela motricidade voluntária. Áreas secundárias e terciárias São áreas de associação: não se relacionam diretamente com a motricidade ou com a sensibilidade Áreas secundárias ou unimodais: Estão relacionadas somente com uma determinada modalidade, sendo sensitiva ou motora, estão justapostas as áreas primárias correspondentes. -Áreas de associação secundárias sensitivas- São 3 áreas sensitivas de associação: 1. Área somestésica secundária - Localização: lóbulo parietal superior, logo atrás da área somestésica primária, corresponde a área 5 e parte da área 7 de Brodmann 2. área visual secundária: - Localização: lobo temporal, áreas 20, 21 e 37 de Brodmann 3. área auditiva secundária - Localização: lobo temporal, circundando a área auditiva primária, área 22 de Brodmann Recebem inform. aferentes das áreas primárias correspondentes e passam as inform. para outras áreas do córtex (áreas supramodais). Área de interpretação ou de gnósicas Lesões: agnosias visuais (cegueira verbal), auditivas (surdez verbal) e somestésica, dificuldade de reconhecer objetos . Afasia: lesão no hemisfério esquerdo, dificuldade de compreensão de sons de linguagem. Amusia: lesão no hemisfério direito, dificuldade de compreensão de sons musicais - ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO SECUNDÁRIA MOTORAS- Lesões: causam apraxias, está relacionada com o planejamento dos atos voluntários e não a execução dos atos. OBS: são áreas secundárias motoras a área motora suplementar, a área pré-motora e a área de Broxa. 1. Área motora suplementar Localização: a área mais altada área 6, giro frontal superior Conexões: com o corpo estriado, via tálamo e com a área motora primária. Está relacionado com o planejamento de movimentos complexos (dedos) 2. área pré-motora Localização: lobo frontal, ocupa a extensão da área 6 na face lateral do hemisfério Função: como envolve grupos musculares maiores como o do tronco ou da base dos membros, participa de movimentos mais delicados, programação de determinadas atividades, motoras, especialmente daqueles movimentos guiados por estímulo sensoriais externos. Lesões: os músculos ficam com a força diminuída (paresia) A área pré-motora tem projeção para a formação reticular de onde se origina o tracto retículo-espinhal que é responsável pelo controle muscular axilar e de membros Recebe inform. do cerebelo (via tálamo) 3. área de Broca Localização: giro frontal inferior, área 44 de Brodmann Função: programação da atividade motora relacionada com a expressão da língua Lesão: déficits de linguagem denominados afasias _____ Áreas terciárias ou supramodais _____ Área de associação, não está restrita apenas com o processamento motor ou sensitivo, estão envolvidas com as atividades psíquicas, como a memória, processos simbólicos e o pensamento abstrato. Mantém contato com áreas unimodais ou supramodais. Lesão nessa área causa alterações psíquicas sem qualquer conotação motora ou sensitiva. Função: recebem e integram as informações sensoriais já elaboradas por todas as áreas secundárias e são responsáveis pela elaboração das diversas estratégias comportamentais. 1. área pré-frontal Localização: área anterior não motora no lobo frontal, recebe fibras de todas as demais áreas de associação do córtex, liga-se ao sistema límbico. Conexões com o núcleo dorsomedial do tálamo. Função: memória para fatos recentes, manutenção da atenção, escolha de opções e estratégias comportamentais, controle do comportamento emocional. Leucotomia ou lobotomia: tratamento para ansiedade e depressão. 2. área temporoparietal Localização: lóbulo parietal inferior, giros supramarginal, área 40 e 39 estende-se para as margens do sulco temporal superior e parte do lóbulo parietal superior, situa-se entre as áreas somestésica e visual. Função: integra informações recebidas das 3 áreas supracitadas Lesão na área temporoparietal: síndrome negligente ou síndrome de intenção, são manifestações no hemisfério direito. 3. Áreas límbicas Localização: giro do cíngulo, giro para-hipocampal e o hipocampo. Função: memórias e o comportamento emocional _ ÁREAS RELACIONADAS COM A LINGUAGEM (AFASIA) _ Participam as áreas corticais e subcorticais 1. Área cortical anterior da linguagem: Localização: área de broca Função: expressão da linguagem 2. Área posterior da linguagem ou área de Werneck Localização: junção entre o lóbulo parietal e temporal, área 22 de Brodmann. função: percepção da linguagem. Ambas as áreas estão ligadas pelo fascículo longitudinal superior ou fascículo arqueado. Lesões: distúrbios de linguagem, chamadas afasias. Existe dois tipos de afasia: - motora ou de expressão: a lesão ocorre na área de Broca. A pessoa é capaz de compreender a linguagem falada ou escrita, mas tem dificuldade de se expressar adequadamente, falando ou escrevendo. - sensitiva ou de percepção: a lesão ocorre na área de Wernicke a compreensão da linguagem falada e escrita é deficiente, déficit na expressão da linguagem, recebem informações através do fascículo arqueado, quando esse fascículo é lesado a afasia se chama afasia de condução, em que a compreensão da linguagem é normal, mas possui déficit da expressão. OBS: as áreas corticais da linguagem se localizam apenas no lado esquerdo. Leões do lado direito: distúrbios da linguagem. ÁREA PRÉ-FRONTAL responsável por coordenar as funções neurais, e é responsável pelo comportamento, pode ter duas divisões: Dorso-lateral: planejamento e execução de estratégias comportamentais. Órbita-frontal: emoções e atenção. PARIETAL CÓRTEX POSTERIOR DE ASSOCIAÇÃO Reúne as informações visuais, auditivas, somestésicas, afim de montar uma idéia de um objeto CÓRTEX DA ÍNSULA ANTERIOR empatia, conhecimento do fisionomia própria e nojo.
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