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ESA e sucessoes ecologicas

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Universidade Federal de Santa Catarina
Engenharia Ambiental e Sanitária
Disciplina: ECZ5113 – 12111A – Fundamentos de Ecologia
Prof. Mauricio Mello Petrucio
Gabriel Filipe Heinrich - 20103035
Sucessão Ecológica e a Engenharia Ambiental e Sanitária.
A sucessão ecológica é uma sequência de alterações graduais e progressivas em um ecossistema, as quais podem ocorrer após uma perturbação no meio que modifique o sistema, ou após o surgimento de um novo habitat em locais onde não eram ocupados e não haja vida. 
Em uma sucessão ecológica, observamos progressivamente a mudança na composição e na estrutura das comunidades iniciando-se com seres primitivos e simples onde a produtividade primaria bruta, que corresponde ao total de matéria orgânica produzida pelos seres é muito superior ao que é utilizado pelos mesmos, o que proporciona um alto crescimento populacional, por causa da quantidade de nutrientes disponível, entretanto uma alta mortalidade de seres isso até que ocorra o estabelecimento da comunidade que seja estável para o local, onde a produtividade primaria bruta é igual a energia que é utilizada pelos organismos no local.
Sucessões ecológicas são divididas em dois estágios, a primaria e a secundária.	
	
Sucessão ecológica primária
A sucessão ecológica primária acontece em ambientes que antes não haviam sido ocupados por outros organismos, ou seja, em áreas praticamente sem vida onde a iluminação é direta do sol com o solo, elevando a temperatura extraordinariamente. Essa situação ocorre, por exemplo, em locais rochosos, superfície de areia com exposição recente, lava vulcânica recém-solidificada e, um exemplo mais recente, nos desastres ocorridos em mariana e brumadinho, onde a lama, cheia de minérios, criou uma lama que pode ser comparada ao concreto que extinguira a vida anterior no local.
Imaginemos, como exemplo, a sucessão ecológica em rochosas. Inicialmente o que é observado, é a presença de organismos como bactérias e protozoários e, posteriormente, o desenvolvimento de outros seres mais complexos. De modo geral, os primeiros organismos fotossintetizantes a fixarem-se no ambiente são os líquens e os musgos, sendo essas espécies mais simples chamadas de pioneiras.
A sucessão primária ocorre em locais onde anteriormente desabitados, na medida em que esses organismos fixam-se e a ação do vento, do sol e de substancias químicas que permitem a corrosão natural do local, vê-se, assim, a formação do solo.
O solo então se desenvolve e a matéria orgânica e química acumula-se no local. Começa, após o “preparo do local”, a colonização por outras espécies, como plantas herbáceas, arbustos e árvores. Essa substituição de espécies ocorre até que seja observada uma comunidade estável (comunidade clímax), um processo que pode demorar vários anos, de décadas à séculos.
Sucessão ecológica secundária
A sucessão ecológica secundária acontece em áreas que já apresentaram uma comunidade. Nesse caso o que se observa é que aquela área sofreu algum tipo de distúrbio, o que causou a destruição de sua comunidade original. A sucessão secundária leva à recuperação de áreas desmatadas.
A sucessão ecológica secundária pode ser observada, por exemplo, em áreas desmatadas, regiões atingidas por furacões, clareiras e queimadas.
Nesses locais podem ser encontrados vestígios de alguns organismos, como sementes e raízes, e, devido a esse fator, essa sucessão ocorre de maneira mais rápida do que a primária. Além disso, pelo fato de que naquela área já houve uma comunidade, temos um território mais propicio ao desenvolvimento de espécies.
As características de uma comunidade clímax 
Ao observarmos o processo de sucessão ecológica podemos identificar um progressivo aumento na biodiversidade e espécies e na biomassa total. As teias e cadeias alimentares se tornam cada vez mais complexas e ocorre a constante formação de novos nichos. A estabilidade de uma comunidade clímax está em grande parte associada ao aumento da variedade de espécies e da complexidade das relações alimentares.
Isso ocorre, pois ao possuir uma teia alimentar complexa e multidirecional, torna-se mais fácil contornar a instabilidade ocasionada pelo desaparecimento de uma determinada espécie. Comunidades mais simples possuem poucas opções alimentares e, portanto, são mais instáveis já comunidades mais complexas possuem mais opções alimentares, ou seja, são mais estáveis. É fácil imaginarmos essa instabilidade quando observamos como uma monocultura agrícola é suscetível ao ataque de pragas.
Apesar da biomassa total e a biodiversidade serem maiores na comunidade clímax, temos algumas diferenças em relação à produtividade primária. A produtividade bruta em comunidades clímax é grande, sendo maior do que as das comunidades antecessoras. Entretanto a produtividade líquida é próxima à zero, pois toda a matéria orgânica que é produzida é consumida pela própria comunidade. Por isso uma comunidade clímax é estável, ou seja, não está mais em expansão. Em comunidades pioneiras e nas seres, ocorre um excedente de matéria orgânica (Produtividade líquida) que é exatamente utilizada para a evolução do processo de sucessão ecológica.
	As Sucessões e a Engenharia Ambiental
Em vista disso, o estudo da engenharia ambiental e sanitária é primordial para terem-se profissionais que sejam capacitados para evitar que um ambiente seja degradado ao ponto que não ser mais capaz de se reconstruir e, evitar que a homeostase do ambiente seja corrompida, trazendo malefícios ao sistema local e à sociedade que ali vivem. Ou seja, ter o entendimento das sucessões ecológicas permite que o profissional ambientalista possa promover projetos e pesquisas que visam prevenir algum desastre que reinicie ou zere o ciclo ecológico, além de proporcionar a promoção de ideias que almejam a reconstrução natural de uma maneira mais eficaz e mais ágil de um ambiente degradado por algum desastre, seja natural ou antrópico e, trazer equilíbrio entre a sociedade e os ecossistemas.

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