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Estrutura social e Educação

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2
Índice
Introdução	3
1.	Estrutura social e Educação	4
1.1 Fundamentos económicos e sociais da estrutura social	4
2.	Estrutura social e Sistema escolar	5
3.	Educação, estratificação e mobilidade social	6
3.1 Educação	6
3.2 Estratificação social	6
3.3 Mobilidade social	7
Conclusão	9
Bibliografia	10
Introdução
O presente trabalho é um resumo acerca da Estrutura social e Educação, abordando pontos essências como: Fundamentos económicos e sociais da estrutura social; Estrutura social e Sistema escolar; Educação, estratificação e mobilidade social. Para a sua efectivação baseou-se na pesquisa bibliográfica, tendo se efectuado uma leitura atenciosa de várias fontes, das quais estão referenciadas na bibliografia deste.
Este trabalho tem como objectivos:
· Geral: compreender e desenvolver os conceitos de Estrutura social e Educação.
· Específico: descrever os conceitos derivados da Estrutura social e Educação.
Como é óbvio, este trabalho apresenta a seguinte estrutua:
· Introdução
· Desenvolvimento
· Conclusão
· Bibliografia
1. Estrutura social e Educação
A estrutura social não se organiza apenas ao nível económico, mas também em termos do
poder.
Para DURKHEIM, 
ʺ Educação é a acção exercida pelas gerações adultas sobre aquelas que ainda não estão maduras para a vida social. Tem por objecto suscitar e desenvolver na criança um certo número de estados físicos, intelectuais e morais que lhe exigem a sociedade política no seu conjunto e o meio ao qual se destina particularmente.ʺ 
1.1 Fundamentos económicos e sociais da estrutura social
A estrutura social é fundamentada principalmente em:
a) Ordem social é a forma como o prestígio social é distribuído na comunidade.
b) Ordem económica é a forma como os bens económicos e serviços são distribuídos e usados.
Atribui-se a distribuição de poder nas comunidades a três fenómenos:
a) As Classes (diferenciação de ordem económica) são os conjuntos de agentes que no processo de produção, estão nas mesmas condições.
b) Os grupos de estatuto social (diferenciação de ordem social), refere-se à partilha de um certo estilo de vida.
c) Os partidos (diferenciação de ordem legal), estão relacionados ao signo do poder. Possuem metas relacionadas a causas como a concretização de um programa com finalidades ideais ou matérias colectivas ou metas pessoais (WEBER, 1974).
A pertença a uma determinada classe social não significa a correspondência a um estatuto social similar.
2. Estrutura social e Sistema escolar
Sistema escolar é um conjunto de uma rede de escolas e sua estrutura de funcionamento (oliveira, 1998:52).
A escola transforma as desigualdades sociais (culturais) em desigualdades escolares.
De acordo com BOURDIEU e PASSERON,
“Os estudantes mais favorecidos, não só devem ao meio de origem os hábitos, o treino e as atitudes que lhes são mais úteis nas tarefas escolares, mas herdam também saberes e um savoir-faire, gostos e um bom gosto, cuja rendibilidade escolar, embora indirecta, não deixa de se verificar.”
Para alguns a cultura escolar é idêntica à cultura da família enquanto que para outros representa uma aculturação.
“O sistema educativo contribui através da sua própria lógica, para assegurar a perpetuação do privilégio. A igualização formal face à escola (igualdade de oportunidades) jamais conseguirá superar as desvantagens dos alunos oriundos das classes trabalhadoras” (Ibid).
Existem relações entre a classe dominante e a escola. As classes sociais estão representadas no ensino superior de forma desigual.
O sistema escolar provoca uma eliminação tanto maior quanto mais se caminha para as classes desfavorecidas. O acesso ao ensino superior é o resultado duma selecção escolar que se efectua ao longo do percurso escolar, de acordo com a origem social dos alunos.
Os obstáculos económicos não bastam para explicar a “mortalidade escolar”. A escola elimina diferenças de atitudes e aptidões ligadas à origem social.
De todos os factores de diferenciação, a origem social é aquele que mais fortemente se faz sentir sobre os estudantes.
Os sucessos e os fracassos dependem de orientações precoces que são produtos do meio familiar. Os estudantes de origem burguesa manifestam maior segurança.
Os mesmos saberes não exprimem as mesmas atitudes e não estão ligados aos mesmos valores: enquanto para uns esses saberes provêm da aprendizagem escolar, para outros advêm em primeiro lugar do meio familiar.
Uma cultura puramente escolar é não só uma cultura parcial, mas uma cultura inferior. A influência do privilégio cultural transmite-se de forma discreta e indirecta.
Para as camadas mais desfavorecidas a escola continua a ser a única via de acesso à cultura. Paradoxalmente, a escola desvaloriza a cultura que transmite em detrimento da cultura “herdada”.
Os estudantes só são formalmente iguais face à aquisição da cultura “superior”; na realidade diferem através de todo um conjunto de pré-saberes atribuíveis ao meio de origem. Estão separados por uma série de características culturais que partilham.
Crer que, quando damos os mesmos meios económicos a todos, estamos a dar iguais oportunidades de acesso é ignorar que as aptidões medidas com o critério escolar resultam da maior ou menor afinidade entre os hábitos culturais duma classe, as exigências do sistema de ensino e os critérios que definem o sucesso.
3. Educação, estratificação e mobilidade social
3.1 Educação
A educação é considerada factor de desenvolvimento económico. O que determina a estrutura do aparelho escolar, e as consequências dos diferentes percursos individuais é a divisão da sociedade em classes.
A escola favorece os favorecidos e desfavorece os desfavorecidos (Bourdieu). A escola limita-se a reproduzir ou a perpetuar as desigualdades sociais já preexistentes (família de origem). As crianças são desiguais face à escola porque antes de aí entrarem foram submetidas à acção de diferentes factores.
3.2 Estratificação social
A estratificação é a maneira pela qual os indivíduos se reproduzem socialmente e, de acordo com Weber (1974), toda a discussão relativa à estratificação social requer, inicialmente, atenção ao conceito de poder. Entende-se “por poder a possibilidade de que um homem, ou um grupo de homens, realize sua vontade própria numa acção comunitária até mesmo contra a resistência se outros que participam da acção” (WEBER, 1974, p.211).
Do ponto de vista da burguesia, a escola é democrática; mas essa democracia não representa mais do que a relação de divisão de duas classes antagónicas e a dominação de uma dessas classes pela outra.
A escola só é contínua e unificada para aqueles que percorrem todo o seu percurso: a burguesia. Para aqueles que abandonam a escola, depois do ensino primário ou profissional “curto”, não existe apenas uma escola: existem escolas distintas, sem relação entre si; existe descontinuidade.
A estruturação do poder e a produção económica possibilitam a classificação das sociedades e a avaliação do grau de mobilidade social encontrado nelas. Dessa forma, castas, “classes, estamentos e partidos são fenómenos da distribuição de poder dentro de uma comunidade” (WEBER, 1974, p.212).
Há 4 tipos de divisão quanto à estratificação:
a) Sociedade estamental - divisão feita por dever e obrigação;
b) Sociedade escravocrata - divisão baseada na posse de indivíduos;
c) Sociedade de castas - baseada no nascimento e em aspectos religiosos e;
d) Sociedade de classes - grupo cuja divisão se baseia em aspectos mais económicos e de status (grau de prestígio social).
3.3 Mobilidade social
Mobilidade social é a locomoção dos indivíduos no sistema de posição da sua sociedade. A mobilidade social pode ser horizontal ou vertical.
· A mobilidade social é horizontal - quando muda-se de profissão, de lugar geográfico, mas não se muda de status e/ou posição social, uma vez que se permanece na mesma classe.
· A mobilidade social vertical, pode ser ascendente - quando se sobe de camada e status ou descendente - quando se perde status e posição social.
A mobilidade social aumenta consideravelmente com o capitalismo.As classes sociais perdem muitos de seus adereços ideológicos para assumir uma natureza explicitamente económica. O grau relativo de mobilidade social alcançado no capitalismo torna-se assim o principal instrumento ideológico para legitimar a estrutura de classes existente. Mobilidade social 'ampla' ou 'crescente' são expressões utilizadas como uma alternativa implícita à sociedade sem classes do socialismo.
Na verdade, só há uma estrutura social que não permite mobilidade, a de castas – na Índia, um brahmanes não pode se casar com uma xátrias. Há uma impossibilidade de cunho religioso.
Já nas sociedades escravocrata e estamental, a mobilidade é muito pequena, dependo de favores; contudo, a sociedade de classe, por favorecer o esforço pessoal, permite uma maior mobilidade.
Conclusão
A educação é um fenómeno social e económico que permite a preparação para a vida activa da qual as sociedades baseiam o seu progresso.
Para os filhos de camponeses e operários a aquisição da cultura escolar é uma “aculturação”. A cultura da elite está próxima da cultura da escola. Para uns a aprendizagem da cultura da elite é uma conquista, para outros, uma herança.
O estatuto socioeconómico da família é um factor de sucesso escolar dos filhos, só uma minoria de crianças pertencentes aos meios socioeconómicos menos favorecidos acede a certo nível de estudos.
As distinções entre a burguesia e a classe trabalhadora continuam claras, na medida em que a primeira tem controlo sobre a organização.
Como cada classe tem valores e normas que a definem, logo, há uma variabilidade muito grande nas próprias normas, costumes e tradições, dai que a nossa sociedade permite uma variabilidade muito grande de dinamismo.
Bibliografia
BOURDIEU, Pierre e PASSERON, Jean-Claude. A Reprodução: Elementos para uma teoria do sistema de ensino. Lisboa: Editorial Vega. 
DURKHEIM, Émile. Educação e sociologia. 3.ed. Edições Melhoramentos, São Paulo: 1952.
DURKHEIM, Émile. Educação e sociologia. 11 ed. Melhoramentos, São Paulo: 1978.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2006.
HIRANO, Sedi. Castas, Estamentos e Classes Sociais. Alfa-Omega. São Paulo: 1975.
PEREIRA, Luiz: Educação e sociedade. Ed. Nacional, São Paulo: 1963.
PEREIRA, Bresser, CARLOS, Luiz. A Sociedade Estatal e a Tecnoburocracia. Brasiliense, São Paulo: 1981

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