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A RELAÇÃO ENTRE PAIS E ESCOLA: A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NO DESEMPENHO ESCOLAR DO ALUNO

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20
FACULDADE CAPIVARI - FUcap 
CUrso de ESPECIALIZAÇÃO EM PRÁTICA INTERDISCIPLINAR: ANOS INICIAIS, EDUCAÇÃO INFANTIL COM INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO-TCC
A RELAÇÃO ENTRE PAIS E ESCOLA: A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NO DESEMPENHO ESCOLAR DO ALUNO
Laercio de Freitas Vargas
LAGUNA (SC), OUTUBRO 2020.
 LAERCIO DE FREITAS VARGAS
A RELAÇÃO ENTRE PAIS E ESCOLA: A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NO DESEMPENHO ESCOLAR DO ALUNO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Especialização em Prática Interdisciplinar Anos Iniciais, Educação Infantil com Inclusão na Educação Especial da Faculdade Capivari - FUCAP, sob orientação do(a) Professor (a) Maria Gorete Rocha de Bem.
LAGUNA (SC), OUTUBRO 2020.
A RELAÇÃO ENTRE PAIS E ESCOLA: A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NO DESEMPENHO ESCOLAR DO ALUNO
Este Trabalho de Conclusão de Curso - TCC foi submetido ao processo de avaliação, em estado de Defesa Pública. Aprovado na versão final em __/__/____, atendendo as normas de legislação vigente da Faculdade Capivari - FUCAP.
Laguna (SC), 05 de outubro de 2020.
Comissão Avaliadora:
Orientador (a): Maria Gorete Rocha de Bem
1º Avaliador: Maria Gorete Rocha de Bem
2º Avaliador: Aline Bittencourt Domingos. 
AGRADECIMENTOS
Agradeço à Deus por me dar a oportunidade de frequentar a faculdade, por me dar forças para seguir em frente e não desistir nos momentos difíceis. Agradeço à minha família e em especial minha esposa Silvia Santos Silveira Vargas, também a professora e coordenadora do curso Maria Gorete de Bem Rocha por me apoiarem em minhas escolhas, e por estarem sempre comigo. Agradeço aos professores que tive durante minha jornada acadêmica, por passarem conhecimentos necessários à prática educacional, por contribuírem com a minha formação, fazendo com que me torne uma boa profissional e não desistisse desse sonho em ser um profissional da área da Educação. Agradeço também a Faculdade Capivari – FUCAP, por disponibilizar um ambiente agradável para iniciação e conclusão de meus estudos, e que estes não parem na graduação. 
SUMÁRIO 
RESUMO.........................................................................................................................6
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................6
2 PROBLEMA.............................................................................................................7
3 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................8
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................9
5 FUNÇÕES DA ESCOLA E DA FAMÍLIA..........................................................10
6 A RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA NO PROCESSO DE ENSINO APREN-
ZAGEM....................................................................................................................12
7 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E A RELAÇÃO ESCOÇA E FAMILIA...15
8 UM NOVO OLHAR SOBRE A PARCERIA ESCOLA E FAMILIA.............17
9 PERCURSO METODOLÓGICO.........................................................................23
10 RESULTADOS E DISCUSSÕES.........................................................................23
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................24
12 REFERÊNCIAS....................................................................................................25
RESUMO
A relação entre a escola e a família tem estimulado sucessivamente a sua importância para a educação e o desenvolvimento humano independente da idade. Essa harmonia entre escola e família deve acontecer a fim de a divisão do trabalho de educação de crianças, jovens e adultos, possam envolver expectativas recíprocas. Dessa forma, a parceria entre família e escola é essencial, é um dos mais importantes recursos para a melhoria na aprendizagem e deve ser sempre baseada na participação da família na vida escolar do aluno visando à melhoria do processo ensino-aprendizagem. Os pontos positivos e significativos da família com a escola são apresentados neste trabalho teórico, pois impactam diretamente a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno. Como também serão apresentados estudos a respeito das implicações negativas da falta de interação entre esses contextos. 
Palavras-chave: Escola; Família; Participação; Relação Família-Escola.
1 INTRODUÇÃO
	Uma boa relação entre família e escola é o que se espera. E está seja a melhor possível para que o desenvolvimento das crianças por meio da integração entre a educação escolar e a educação realizada no meio familiar possa ser realizada. As literaturas mostram que a família sempre foi apontada como parte fundamental do sucesso ou fracasso escolar. Entende-se com isso que buscar harmonizar família e escola deve ser prioridade de qualquer trabalho educativo que em como foco a formação de um indivíduo autônomo.
	Neste sentido, a escola possui um papel importante na construção da parceria com os pais, conscientizando-os da necessidade que a família tem em vivenciar reflexões que lhe proporcione a autoestima, afim de que se sintam compreendidos e não acusados pela instituição escolar.
	O presente trabalho não tem a intenção em chegar a uma conclusão de forma a esgotar o assunto, mas sim em apontar a importância da construção dessa parceria Família e Escola e os possíveis aspectos que podem ser relevantes às dificuldades no processo de relacionamento entre essas duas instituições. É por esta razão, este estudo tem como principal finalidade buscar compreender os fatores que levam a ausência da família e com isso, tecer reflexões acerca da necessidade que a escola tem de buscar a relação família e escola. Afinal toda pessoa tem direito à educação.
	As discussões sobre família e escola crescem à medida que os desafios da sociedade também aumentam. Na atualidade enfrentamos grandes dificuldades em questões educacionais quando o assunto é a importância da família na vida escolar e sua influência na aprendizagem de seus filhos. É sabido que estas duas instituições passam por transformações e que estas afetam o seu relacionamento. De um lado, o da família, o surgimento de diversos contextos e arranjos familiares, provocando na escola a dúvida, de como agir em cada situação até então não vivenciada; por outro lado, a escola tendo que enfrentar estes desafios, de forma a não compactuar com preconceitos instaurados pela e na sociedade.
	Essa harmonia entre escola e família deve acontecer a fim de a divisão do trabalho de educação de crianças, jovens e adultos, possam envolver expectativas recíprocas. Dessa forma, a parceria entre família e escola é essencial, é um dos mais importantes recursos para a melhoria na aprendizagem e deve ser sempre baseada na participação da família na vida escolar do aluno visando à melhoria do processo ensino-aprendizagem.
	Neste sentido, a escola possui um papel importante na construção da parceria com os pais, conscientizando-os da necessidade que a família tem em vivenciar reflexões que lhe proporcione a autoestima, afim de que se sintam compreendidos e não acusados pela instituição escolar.
	A temática foi escolhida devido a trajetória do Curso de Pedagogia e do Curso de Pós-Graduação, visto que a escola possui um papel importante na construção da parceria com os pais, conscientizando-os da necessidade que a família tem em vivenciar reflexões que lhe proporcione a autoestima, afim de que se sintam compreendidos e não acusados pela instituição escolar. Buscando assim compreender a relação da escola e da família no processo de ensino aprendizagem dos alunos, analisando as funções da escola e da família dentro do processo de ensino aprendizagem, acrescentando o conhecimento acerca da organização curricular e a relação escola e família. Estabelecendo assim, um novo olharsobre a parceria entre a escola e a família.
2 PROBLEMA
	Percebendo a necessidade de se estudar a relação família e escola, optei em realizar meu Trabalho de Conclusão de Curso com um olhar especial para o tema: A relação entre pais e escola: A influência da família no desempenho escolar dos alunos. 
	De acordo com Polonia e Dessen (2005) a escola e a família destacam-se como duas instituições fundamentais cuja importância só se compara à própria existência do Estado como fomentador dos processos evolutivos do ser humano, proporcionando ou inibindo seu crescimento físico, intelectual e social. No ambiente escolar, uma vez atendida às demandas psicológicas, sociais, culturais e consequentemente cognitivas, esse desenvolvimento irá acontecer de forma mais estruturada e pedagógica, que no ambiente doméstico familiar. (p.304).
	O presente trabalho investiga e busca compreender a influência da relação entre a escola e a família no desempenho escolar dos alunos, visto que tem sido um aspecto que vem sendo muito abordado entre os profissionais da área da educação e principalmente dentro do ambiente escolar. O entendimento é substancial para iniciar uma argumentação com o propósito de melhorar o ambiente escolar e seus sujeitos. 
3 JUSTIFICATIVA
O tema escolhido foi pensado como meio de conhecer as possiblidades relevantes acerca da relação entre a escola e a família onde ambas formam uma equipe. É fundamental que ambas sigam os mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir que é o pleno sucesso do aluno.
	Percebendo a necessidade de se estudar a relação família e escola, optamos por investigar está problemática que tanto vem se discutindo no âmbito escolar, ou seja, levantar um estudo acerca dos aspectos teóricos da parceria entre família e escola, a diferenciação da função dessas duas instituições, as consequências dessa relação no processo ensino-aprendizagem e as possibilidades de praticar estratégias que possibilitem à família participar efetivamente da escola.
	As questões que envolvem as relações que a escola estabelece com a família vem sendo cada vez mais discutidas no meio educacional e familiar. Deste modo é essencial interpretar como elas acontecem e se desenvolvem para que assim se inicie uma discussão com o objetivo de melhorar o ambiente escolar, assim como as relações entre todos os envolvidos nesse processo.
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	A relação Família e Escola é um tema que vem sendo abordado mundialmente por vários pesquisadores e estudos revelam que esta relação é elemento primordial para a formação do cidadão. Em um passado não muito recente, antes de a mulher conquistar seu espaço no mercado de trabalho, sua dedicação era voltada especificamente à educação de seus filhos. Desta forma a escola não tinha tanta responsabilidade em educar seus discentes e sim em ensinar de acordo com seus currículos. Mas a partir dessa inserção houve a necessidade da família dividir essa tarefa com a escola.
	Essa mudança de concepção nos é apresentada por Souza e Filho (2008,p.04) em seu artigo: “A importância da parceria entre família e escola no desenvolvimento educacional”1, no qual este afirma que no século XX, o acesso à escola tomou proporções nunca antes imaginadas; a dedicação cada vez maior de homens e mulheres ao trabalho fez com que as funções da família começassem a ser divididas com a escola, esta, progressivamente, passou a ter um papel maior na formação dos indivíduos e a se tornar de grande importância educacional.
	No artigo “Família e Escola Na contemporaneidade: Os meandros de uma relação”, de Maria Alice Nogueira (2006, p.156), relata que nos últimos anos os países ocidentais vêm desenvolvendo políticas públicas visando a ampliação e o desenvolvimento da participação e cooperação entre essas duas instituições.
	Neste sentido é interessante enfatizar que os pais têm o direto de cobrar dos governos políticas públicas para melhorar a educação de seus filhos, mas estes precisam também cumprir o seu papel enquanto família, para que esta parceria tão almejada seja fortalecida. Sendo assim, os pais saberão de fato como exigir mais qualidade da escola e está por sua vez buscará se qualificar cada vez mais, e quem ganha com isso são os alunos e a sociedade.
	Diante do exposto, temos observado que as escolas, além de sua responsabilidade de ensinar, vêm assumindo o papel da família que é o de educar.
	Em relação a esta discussão Coronha (2006, p.187) enfatiza que a educação escolar é diferente da familiar. Contudo, não há como uma substituir a outra, pois ambas são complementares. Não se pode delegar à escola parte da educação familiar, pois esta é única e exclusiva voltada à formação do caráter e aos padrões de comportamentos familiares. A escola nunca deve absorver à educação familiar, pois seu objetivo é preparar profissionalmente seus alunos, cuidando, portanto, da convivência grupal e social.
	Entretanto, percebemos que a família é considerada a primeira e a mais importante das instituições socializadora, onde a criança tem o primeiro contato ao nascer e aprendem os primeiros valores estabelecidos, como cultura, afetividade, valores religiosos e educação vem se distanciando cada vez mais da vida escolar de seus filhos, os mesmos não auxiliam os filhos com os seus deveres de casa e tão poucos participam das reuniões pedagógicas nas escolas. Desta forma, podemos considerar que a parceria Escola e Família é na verdade uma parceria vocacionada em decorrência do contexto sócio histórico da realidade atual.
5 FUNÇÕES DA ESCOLA E DA FAMÍLIA
	Nos dias de hoje a família e a escola são evidenciadas na sociedade trazendo em seu dia a dia as inúmeras modificações que foram acontecendo ao logo da história. Para entendermos melhor o termo escola e família é necessário conceituarmos cada uma.
	A escola é um espaço público para a convivência fora da vida privada, íntima, familiar. Escola não se trata só de prédio, é o lugar onde também fazemos amigos. Segundo Aulete (2004, p.327) a escola “é um estabelecimento de ensino coletivo, conjunto dos alunos, professores e pessoal, seguidores de uma doutrina, teoria. ”Prédio onde funciona a escola.“ Ou seja, escola é uma instituição criada para o ensino de aluno sob a direção de professores.
	Já a família, quando pensada, ainda é concebida com a representação ou configuração tradicional constituída de um pai, mãe e filhos. No entanto, há novos tipos de famílias que fazem parte de nossa realidade. Para Coronha (2006) discorre sobre alguns tipos de organização familiar, trazendo a família nuclear, aquela composta por pai, mãe e filhos; a família expandida, as que entram em sua composição outros parentes (avós, tios, primos, etc.); e a família monoparental, formada por um dos pais e os filhos, isto é, a família chefiada apenas pelo pai ou pela mãe. Portanto, não podemos afirmar que existe um padrão para instituição Família.
	É por isso que ao pensarmos em educação, não podemos esquecer-nos duas instituições: família e escola e cada uma com sua especificidade.
De acordo com Nogueira (2006) a definição desses papeis era bastante claro.
No passado as fronteiras entre as famílias e a escola eram fixadas pela instituição escolar e pelos mestres. Os profissionais da educação consideravam que os pais não tinham nenhuma autoridade em matéria de ensino e nenhum lugar na escola. Esperava-se que os pais apoiassem os docentes ou trouxessem contribuições pontuais, mas eles não deveriam colocar questões em matérias de pedagogia e, menos ainda, fazer críticas). (2006. p. 164)
	Em relação a estes papeis a Lei de Diretrizes e Bases – LDB, Lei n.º 9.394/96, em seu artigo 2º afirma que a educação:
é dever da Família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. (BRASIL: LDB, 1996)
	Desta forma, tanto a escola quanto a família têmo mesmo objetivo de educar as crianças e os jovens, cabendo a família por sua vez, o papel de cuidar transmitir valores e está alerta, pois o contrato com a escola pode ser rescindido, mas o contrato de pai, mãe e filho é para toda a vida. Já a escola se incumbiria em formar cidadãos conscientes para o mercado de trabalho através da formação pedagógica.
	Portanto a diferença entre essas duas instituições é quase imperceptível, sendo que ambas são indissociáveis. Pois uma complementa a outra. Infelizmente é relativamente baixa a participação dos pais nas reuniões escolares, mas é importante ressaltar que o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei n.º 8.069/1990, determina que compete aos alunos estudarem e a família incentivá-los para que os mesmos frequentem as aulas, pois se os alunos não participarem com frequência das aulas os mesmos serão penalizados colocando em risco a perda de seus benefícios oferecidos pelo governo.
	O Ministério da Educação – MEC no ano de 2008 lançou um manual para incentivar a participação familiar. Recentemente pais que recebem Bolsa Família passaram a ter presença obrigatória em reuniões escolares. Com essas estratégias do governo espera-se que a família se sinta mais motivada a participar não só das reuniões, mas da vida escolar de seus filhos, para que assim, se tenha uma educação de qualidade visando o desenvolvimento dos alunos por meio da integração escolar e a educação realizada no meio familiar.
	Sendo assim, a escola não pode viver sem a família e nem a família sem a escola, pois uma depende da outra para alcançar seu objetivo que é fazer com que o educando aprenda para ter um futuro melhor e assim construir uma sociedade mais justa e digna para se viver.
5 A RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM
	O vertiginoso crescimento tecnológico dos últimos tempos, faz-nos perceber que não se pode definir ou concluir que a criança adquire valores e se educa unicamente no seio familiar ou da escola. Vivemos em uma época em que a velocidade das informações interfere diretamente nas relações do cotidiano das instituições escolares e familiares. Com isso vê-se que a educação da criança não se restringe unicamente na escola ou na família. Faz-se necessário e indispensável potencializar o acompanhamento familiar e dinamizar a relação entre a família e a escola.
	Em relação aos espaços de aprendizagem Libânio (2007) ressalta que:
Na atualidade, as pessoas aprendem na fábrica, na televisão, na rua, nos centros de informação, nos vídeos e no computador, e, cada vez mais, ampliam-se os espaços de aprendizagem. A instituição escolar, portanto, já não é considerado o único meio mais eficiente e ágil de socialização dos conhecimentos técnico-científicos e de desenvolvimento de habilidades cognitivas e de competências sociais requeridas para a vida prática. (2007, p. 152)
	Nesta perspectiva, no momento em que a escola e a família têm uma boa relação o aluno tem um bom desempenho em seus estudos. Sendo que, a evasão escolar tende a diminuir, os filhos têm um bom relacionamento com os que os cercam. Mesmo com todo esse processo positivo ainda existem barreiras que geram conflitos e ações que não contribuem para o desenvolvimento do aluno. O ponto positivo que mais chama a atenção neste momento é que quanto mais a família participa, mais eficaz é o trabalho da escola, pois, dessa forma, cada um se dedicará às suas atribuições e futuramente o sucessor será garantido.
	Lembrando que, criança cuja família participa de forma mais direta no cotidiano escolar, apresenta um desempenho superior em relação àquela onde os pais estão ausentes do seu processo educacional. Ao conversarem com o filho sobre o que acontece na escola, falarem para não faltar a escola, tirar boas notas e ter hábitos de leitura, os pais estarão contribuindo para obtenção de notas mais altas.
	Mas mesmo assim, essa atuação dos pais é bem rara, o que temos observado é uma confusão de papeis, cobranças para as duas instituições e novas atribuições para o professor. Por um lado, parece que os pais têm dificuldades de compreender o que a escola está transmitindo para seus filhos. Por outro lado, há uma falta de habilidade da escola em promover essa comunicação com a família. A família tem também, um papel essencial para com a criança que e o da afetividade, deste modo, a família constitui o primeiro, e o mais importante grupo social de toda a pessoa.
	Sobre este aspecto, Bassedes, Huguet e Sole (1999), enfatizam a família como a principal referência de desenvolvimento da criança. Segundo os autores:
Quando se faz referências a necessidade de que exista uma relação construtiva e estável entre a escola e a família, relevamos a convivência, primeiro, do conhecimento mutuo e, segundo, das possibilidades de compartilhar critérios educativos capazes de eliminar essas discrepâncias que podem ser prejudiciais a criança. Precisa ficar claro que a escola e família são contextos diferentes e que, nesses contextos, as cri aças encontrarão coisas, pessoas e relações diversas, nisso consiste em parte a sua riqueza e potencialidade”. (Et Al: 1999, p.283.
	Podemos dizer que a família vem se transformando ao longo dos tempos, acompanhando assim, mudanças religiosas, econômicas e socioculturais do ambiente em que se encontram inseridas. A família é um espaço sociocultural que deve ser continuamente renovado e reconstruído, o conceito de próximo encontra-se realizado mais que em outro espaço seja ele qual for, e tem que ser visto como um espaço político. Sendo assim, a família deve ser vista como um todo que integra contextos mais amplo como a comunidade em que se insere.
	Conforme o Art. 19 do Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei n.º 8.069/1990, toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substancias entorpecentes. Ainda segundo Paro (2000):
Entretanto não se trata, nem de os pais prestarem uma ajuda unilateral a escola, nem de a escola repassar parte de seu trabalho para os pais. O se pretende e uma extensão da função educativa (mais não doutrinaria) da escola para os pais e adultos responsáveis pelos estudantes. (2000, p.109)
	Para Gokhale (1980), a família não é somente o berço da cultura e a base da sociedade futura, mas é também o centro da vida social. A educação bem-sucedida da criança na família é que vai servir de apoio à sua criatividade e ao seu comportamento produtivo quando for adulto. A família tem sido, é e será a influência mais poderosa para o desenvolvimento da personalidade e do caráter das pessoas. Assim, pode-se dizer que as crianças precisam sentir que fazem parte de uma família.
	Baseando-se na ideia de que a família é a base para qualquer ser humano, não fazendo referência apenas a família com laços de sangue, e sim também as famílias construídas através de laços afetivos. Caracteriza-se família como um conjunto de pessoas que se unem pelo desejo de estarem juntas, de construírem algo e de se completarem. Lembrando que, é por meio dessas relações que os seres humanos tendem a tornarem-se mais afetivos e receptivos, eles aprendem a viver o jogo da afetividade de maneira apropriada. Porém, para que essa adequação tenha resultados favoráveis é preciso que haja referencias positivas, responsáveis capazes de mostrar os limites necessários ao desenvolvimento de uma personalidade com equilíbrio emocional e afetivo, não esquecendo que para as crianças e adolescentes, as referências são pessoas, palavras, gestos que de alguma forma irão proporcionar a formação da identidade. 
	Por essa razão, crianças e jovens que estabeleçam vínculos de harmonia nos seus momentos de decepções, e que possam receber carinho, atenção e compreensão irão desenvolver uma identidade sadia, conseguindo suportar frustrações até o momento adequado para realizar seus desejos.
6 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E A RELAÇÃOESCOLA E FAMILIA
	Pensar o currículo de forma contextualizada, ampliada e dinâmica acarreta, em primeiro lugar, uma abertura dos canais possíveis de diálogo entre o mundo da escola e o mundo da família, permitindo não apenas o estreitamento desta parceria, mas igualmente, e principalmente, a possibilidade de repensá-la a partir de outras bases.
	Na medida em que os conteúdos escolares deixam de ser percebidos como verdadeiros "pacotes de conhecimento universais a serem digeridos" e passam a ser considerados como práticas culturais que se manifestam no domínio da representação e leitura do mundo dos atores envolvidos, eles permitem um novo olhar sobre as concepções de mundo do aluno e do seu meio familiar, refletindo diretamente na forma de pensar esta parceria.
	Segundo Coll (2004), não se podem separar o que cabe ao professor, as aulas do que é responsabilidade dos alunos, o conhecimento prévio e a atividade. A família e outras instituições que fazem parte desse universo também precisam se fizer presentes. Enfatiza a importância de contextualizar esse novo currículo. "Se o conteúdo trabalhado tiver relação com a vida do aluno, o êxito será maior".
	É nesse momento que a parceria entre a escola e a família se fortalece, pois, o professor ao incluir em suas aulas a relação ente o conteúdo e a vida do aluno dentro e fora da escola, o professor terá maior êxito em suas aulas, sendo que o aluno geralmente mostra muito mais interesse quando as aulas estão de alguma maneira ligada a sua vida lá fora da escola. Sendo que, os conhecimentos, valores, desejos e expectativas provenientes dos diversos horizontes familiares passam a integrar o campo dos saberes de referencia a serem considerados no momento da escolha dos conteúdos escolares.
	Ao invés de serem desvalorizados culturalmente, ou percebidos como obstáculos para a aprendizagem como ocorre com frequência, em especial quando são produzidos nos meios socioculturais mais desfavorecidos esse cabedal cultural formado pelos conhecimentos cotidianos, populares e/ou do senso-comum, podem ser confrontados com os demais saberes - acadêmicos, científicos, disciplinares – de forma a fazer do saber escolar produzido nas salas de aula algo mais significativo, mais prazeroso e mais libertador para todos os atores envolvidos na prática educativa.
	O laço entre família e escola, assim consideradas, vai além do controle meramente burocrático ou da aquisição, pelos alunos, dos conteúdos escolares. Ao invés da família ser chamada ou convocada na escola apenas quando as coisas não andam bem, ou quando se precisa de uma ajuda pontual, ela passa a ser encarada como coautora do projeto de escola e consequentemente se envolvendo mais diretamente na concretização do mesmo. Neste contexto, Szymanzsk (2001), enfatiza: “Quando a ausência dos pais na educação do aluno prejudica o processo de ensino – aprendizagem porque os pais e as escolas são responsáveis diretos na formação social da criança”. (2001 p.83-84)
	Para além desta mudança na perspectiva do planejamento mais geral da própria instituição escolar, a concepção de currículo aqui privilegiada permite ao professor organizar a sua prática pedagógica cotidiana de sala de aula de forma mais dialógica e interativa com a realidade dos seus alunos. As opções didáticas do professor partem de critérios que "trazem a família" para dentro da sala de aula de forma positiva e afirmativa, por aquilo que elas têm e que pode contribuir na construção do conhecimento escolar. Não pelas ausências e carências que fazem desta inclusão pretexto para mais uma forma de exclusão.
	Ao quebrar as concepções hierárquicas de saber, este novo olhar sobre o currículo abre a possibilidade de valorizar outras formas de conhecimento sem confundi-las, no entanto, entre si. A valorização dos saberes sociais oriundos dos meios familiares não deve ser confundida com homogeneização dos papéis sociais atribuídos à família e à escola. Esta última, como já foi sublinhada, é um espaço específico de produção e transmissão de conhecimento. Um espaço que estabelece relações privilegiadas com o saber. Um espaço, onde é possível para o aluno estruturar e sistematizar os saberes plurais criados em outros lugares. A escola busca em sua concepção defender que é na escola que os saberes sociais dos alunos devem ser vistos muito mais como ponto de partida do que como ponto de partida. 
	Esta concepção de escola e da "cultura escolar" defende que na escola os saberes sociais dos alunos devem ser vistos muito mais como ponto de partida do que como ponto de chegada. À escola e ao professor competem organizar, sistematizar, facilitar esses conhecimentos, isto é, compete ensinar. Complexificar não no sentido de complicar, mas de facilitar aos alunos a construção de novas grades de leitura do mundo, no sentido de permitir a esses alunos se situarem em um mundo por definição extremamente complexo.
	Nesta perspectiva, o currículo é, sem dúvida, um elo importante e indispensável na parceria escola e família. Uma parceria que, por ser selada muito mais no domínio das representações e do simbólico, não é facilmente perceptível e nem fácil de ser construída. No entanto, sem ela qualquer outra modalidade de parceria pode ficar seriamente comprometida.
7 UM NOVO OLHAR SOBRE A PARCERIA ESCOLA E FAMILIA
	Não é de hoje que sabemos que as funções que são das famílias tais como: educação sexual, definição política, formação religiosa, caratê, dança, entre outros, estão sendo transferidas para a escola. 
	Por esses motivos a escola acaba por perder seu foco e a família consequentemente perde a sua função. Mesmo assim, a escola não deve ser somente um lugar de aprendizagem, mas também um campo de ação no qual haverá continuidade da vida afetiva, não esquecendo que a escola atua como quintal de casa e irá exercer o papel de parceira na formação de um indivíduo inteiro e sadio. Todavia, a escola é o local onde se deve conscientizar a respeito dos problemas do planeta, destruição do meio ambiente, desvalorização de grupos menos favorecidos economicamente entre outros. Não esquecendo que a escola também fala sobre amizade, a importância do grupo social e também sobre questões afetivas.
	Devido várias reflexões está surgindo uma nova visão de escola, muito diferente do que tínhamos como entendimento durante anos, que o fazer da escola é disciplinar, é ensinar a obedecer sem saber exatamente o porquê e engavetar os sonhos e os projetos de crianças e adolescentes cheios de alegria e capazes de produzir conhecimento. Atualmente, as escolas estão buscando desenvolver uma prática de qualidade, mais atentas à formação global e holística, que proporciona às crianças a vivência da criatividade, da ludicidade, da relação escola e família, da cooperação, da participação e do exercício da cidadania. 
	A família inserindo-se na escola, indo mais além através de contatos informais, as conversas breves, onde cada escola e cada educador desenham em conjunto com a família, caminhos e alternativas de partilhamento. O propósito é que essa parceria se construa através de uma intervenção planejada e consciente, para que a escola possa criar espaços de reflexão e experiências de vida numa comunidade educativa, estabelecendo acima de tudo a aproximação entre as duas instituições (família-escola). 
	Segundo Coronha (2006):
os filhos usam tudo aquilo que aprendem a seu favor. Se o filho percebe o quanto seus pais discordam e criticam a escola de seu filho, este fará o mesmo e desrespeitará os professores. Isso, por sua vez, irá distanciar ainda mais a família da escola. Os pais devem tentar entender o motivo de a escola fazer de determinada maneira, através de diálogos sempre que for necessário. Ainda não inventaram melhor forma de trocar ideias do que o próprio diálogo, pois o olho-no-olho aproxima as pessoas e é mais provável que se chegue num denominador comum.
	São uma relação permeada pelos mais diversos fatores: o sofrimento dos pais por afastarem seus filhos de si mesmos; os desejos de que a escolalhes ofereça o melhor, em todos os aspectos; a necessidade da garantia dos melhores cuidados para com as crianças; os ciúmes que sentem os pais ao dividirem os filhos com os professores; o medo do fracasso escolar; as projeções dos próprios fracassos compensados através dos filhos; o pouco interesse pela vida escolar dos filhos; as super exigências dos pais; as atitudes de aceitação ou não dos filhos; as questões de rejeição ou negligência; as dificuldades pessoais dos pais; o contexto sócio-econômico-histórico em que se fundamenta a família; a permissividade ou o autoritarismo; as relações de amor e hostilidade; a violência contra os filhos, ou entre familiares; as atitudes, padrões e valores morais da família; o relacionamento entre casal e filhos; doenças, separação, desemprego; os diferentes modelos de organização familiar, ou seja, está implícito tudo o que determinada família tem em seu histórico. 
	Acima de tudo podemos dizer que é uma relação que deve ter vinculo, ou seja, a escola precisa dessa relação de cooperação com a família, pois os precisam identificar e conhecer as dinâmicas internas e o universo sociocultural vivenciados pelos seus alunos, para que possam respeitá-los, compreendê-los e tenham condições de intervirem e promover o desenvolvimento nas expressões de sucesso e não de fracasso diagnosticado. Necessitam também dessa relação de parceria, para que assim possam também compartilhar com a família os aspectos de conduta do filho: aproveitamento escolar, qualidade na realização das tarefas, relacionamento com professores e colegas, atitudes, valores, respeito às regras.
 A respeito enfatiza Grossi e Bordin (1993):
O conhecimento só é conhecimento porque é socializável..., ou seja, só podemos partir de um ponto se o conhecemos. Tanto a família quanto a escola só pode ter um objetivo em comum com determinismo e persistência se souber como o educando / filho está no outro ambiente (familiar/escolar). Caso contrário ambos caminham de forma transversal ou cada um para um lado; paralelo, mas na contramão. (1993,p.205)
	Como temos no Parágrafo único do Capítulo IV do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, é direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais, ou seja, trazer estas famílias no convívio escolar já está prescrito no Estatuto da Criança e do Adolescente e o que falta é concretizá-lo. Devemos pensar no que se espera fazer, pois. Pensar é ponderar o que se quer e o que é viável, é avaliar o que se deseja e o realizável.
	A necessidade de se construir uma relação entre escola e família, deve ser para planejar, estabelecer compromissos e acordos mínimos para que o educando/filho tenha uma educação com qualidade tanto em casa quanto na escola. Construindo uma parceria dando sustentação no papel da família no desempenho escolar dos filhos e o papel da escola na construção de personalidades autônoma.
	A relação escola-família se resume no respeito mútuo, o que significa tornar paralelos os papéis de pais e professores, para que os pais garantam as possibilidades de exporem suas opiniões, ouvirem os professores sem receio de ser avaliado, criticado, trocarem pontos de vista. O objetivo é conscientizar a escola do papel que possui na construção dessa parceria.
	A questão da participação dos pais na educação escolar dos filhos é de grande importância, devendo acontecer frequentemente, acompanhando todo o processo educativo. Para que isso aconteça é necessário que a escola e a família estejam em sintonia para exercer sua influência no desenvolvimento da criança. De acordo com Durkheim (1978):
A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontrem ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política, no seu conjunto, e pelo meio especial que a criança particularmente se destine. (p, 41)
	Deste modo, essa nova percepção de educação começa a suscitar uma nova herança cultural no aluno, onde ele entra em contato com outros sujeitos e começa uma nova forma de socialização. 
	A educação existe sob tantas formas e é praticada em situações tão diferentes, que algumas vezes parece ser invisível, desta forma é necessário entender que nestes ambientes a educação que a criança está recebendo ultrapassa em muito a formativa, a que está sendo planejada e controlada pelos adultos que a cercam.
	Na sociedade o professor desempenha a função de contribuir para que os alunos desenvolvam uma posição crítica sobre o mundo e que a partir daí se tornem indivíduos autônomos, lembrando que para que isso venha a acontecer de forma mais adequada se faz necessário que o professor tenha uma boa relação com o aluno. O papel social que a escola desempenha é a de educar e formar cidadãos capacitados para conviver com as diferenças e respeitá-las.
 
	Não podemos esquecer que a aprendizagem da criança não acontece apenas em um ambiente, ela está aprendendo em todo o momento, ao entrar em contato com outras pessoas e presenciando diversas situações, pois são nestas circunstâncias que ela pode aplicar o que aprendeu tanto em casa como na escola. Desta forma a escola não pode esquecer o mundo familiar e, mais especificamente, a história social das famílias, o conteúdo de suas bases de conhecimentos e as metas do ensino de todas as pessoas adultas que participam no processo educacional da criança.
	Segundo Paro:
“A divulgação de valores positivos com relação ao saber e ao estudo junto aos pais, para que estes trabalhem esses valores com seus filhos em casa, depende de uma comunicação muito eficiente entre escola e pais... Parece haver, por um lado, uma incapacidade de compreensão, por parte dos pais, daquilo que é transmitido pela escola; por outro, uma falta de habilidade dos professores para promoverem essa comunicação. ” (2000, p.68).
	Com a intenção de se obter uma relação de confiança entre pais e escolas, é fundamental que se faça um trabalho em conjunto de ambas as partes, para que a comunicação seja estabelecida de maneira eficaz.
	Conforme Paro (2000), muitas vezes a família não se aproxima da escola, pois pensa ser um ambiente muito diferente do qual está acostumada, “a timidez diante dos professores, o medo da reprovação dos filhos e a distância que sentem da “cultura” da escola os levam a ver a escola não como uma continuidade em suas vidas, mas como algo separado de suas experiências. ” (p.33).
	Para compreender melhor a relação entre a escola e a família, A Tipologia de Envolvimento parental de Joyce Epstein (1992), engloba cinco tipos de envolvimento entre os contextos familiar e escolar:
· TIPO 1: OBRIGAÇÕES ESSENCIAIS DOS PAIS: Reflete as ações e atitudes das famílias ligadas ao desenvolvimento integral da criança e a promoção da saúde, proteção e repertórios evolutivos. Além da capacidade de atender ás demandas da criança, considerando sua etapa de desenvolvimento para inserção na escolarização formal, é tarefa da família criar um ambiente propício para a aprendizagem escolar, incluído a comportamento sistemático e orientações contínuas em relação aos hábitos de estudos e as tarefas escolares;
· TIPO 2: OBRIGAÇÕES ESSENCIAIS DA ESCOLA: Retrata as diferentes formas e estratégias adotadas pela escola com intuito de apresentar e discutir os tipos de programas existentes na escola e evidenciar os progressos da criança, em diferentes níveis, para os pais ou responsáveis, a explicitação das normas adotadas, do funcionamento geral da escola, dos métodos de ensino e de avaliação e abertura de espaços, onde os pais possam participara ativamente e dar suas opções sobre este tema é estratégico;
· TIPO 3: ENVOLVIMENTO DOS PAIS EM ATIVIDADES DE COLABORAÇÃO NA ESCOLA: Refere-se a como os pais trabalham com a equipe da direção no que concerne ao funcionamento da escola com um todo, isto é, em programações , reuniões, eventos culturais, atividades extracurricularese etc. este tipo de envolvimento viso auxiliar, professores, orientadores, coordenadores e apoio pedagógico em suas atividades especificas, que mediante ajuda direta, em sala de aula, que na preparação de atividades ligadas às festa;
· TIPO 4: ENVOLVIMENTO DOS PAIS EM ATIVIDADES QUE AFETAM A APRENDIZAGEM E APROVEITAMENTO ESCOLA, EM CASA: Caracteriza-se pelo emprego de mecanismo e estratégia que os pais utilizam para acompanhar as tarefas escolares, agendo como tutores, monitores e/ou mediadores, atuando de forma independente ou Sab a orientação do professor;
· TIPO 5: ENVOLVIMENTO DOS PAIS NO PROJETO POLITICO DA ESCOLA: Reflete a participação afetiva dos pais na tomada de decisão quanto às metas e aos projetos da escola. Retrata os diferentes tipos de organização, desde o estabelecimento do colegiado e da associação de pais e mestres até intervenções na política local e regional.
	Consequentemente ao se estabelecer o convívio ou melhor uma relação harmoniosa que se torne uma forte parceria entre a escola e a família, os resultados no desempenho escolar dos alunos terão efeito tanto no escolar como no social. O aluno por meio dessa socialização secundária, que consiste no ensino dos conhecimentos e na aprendizagem dos valores sociais, ela terá a oportunidade de aprender a viver em uma sociedade democrática que envolve o reconhecimento do outro e a busca por coordenar perspectivas distintas, administrar conflitos de uma maneira dialógica e justa, estabelecer relações e perceber a necessidade das regras para se viver bem. O aluno será capaz de enfrentar situações no cotidiano, de forma consciente e saudável, independente do ambiente que está, pois já está habituado a isso.
8 PERCURSO METODOLÓGICO
	A forma utilizada para estrutura esse trabalho de conclusão de curso foi a pesquisa bibliográfica, utilizando-se de pesquisas feitas em inúmeras fontes que contribuíram significativamente para elaboração e conclusão do tema abordado.
	Com relação ao desenvolvimento do trabalho que envolve a escola e a família, nota-se que é um caminho longo, mas que de alguma forma no final sempre contará com o sucesso, ou seja, a escola e a família necessitam sempre caminhar juntas para obter um bom relacionamento e para o êxito do aluno futuramente.
	Mesmo que na sociedade atual, é cada vez mais significativa a participação dos pais na formação e na educação de seus filhos, a parceria entre a família e a escola é de uma importância muito relevante para o sucesso no desenvolvimento intelectual, moral e na formação do aluno na faixa etária escolar.
9 RESULTADOS E DISCUSSÕES
	Dessa forma, conclui-se que para os professores a família deve interagir positivamente com a escola auxiliando-a sempre que necessário, uma vez que a família é quem conhece no íntimo a criança, e pode ajudar a escola no processo educativo. As famílias não devem omitir a sua responsabilidade na educação de seus filhos, pois também é de responsabilidade das mesmas zelar por uma educação de boa qualidade para os mesmos, e a melhor forma é interagindo com escola.
		A importância de a família participar do mundo escolar da criança, apesar dos seus compromissos profissionais, é imprescindível diante da necessidade que ambas têm de se complementarem no processo educacional do aluno. Muitas vezes, de acordo com este trabalho, é preciso que a escola organize seu currículo para assim alcançar o sucesso de trazer a família para o mais próximo possível para que assim haja a interação entre ambas e propicie a família outros horários e momentos para que este encontro aconteça, afinal, cada família possui suas particularidades que devem ser revistas pela escola. 
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	O presente trabalho é resultado de pesquisa essencialmente bibliográfica sobre a importância da família no processo de desenvolvimento da aprendizagem do aluno, inúmeros autores abordam essa questão como uma atividade crítica e permanente com a possibilidade de rever e elaborar uma prática educativa na construção do conhecimento e na formação do educando. 
	Independentemente de qualquer coisa, a escola tem a função de assumir a responsabilidade sobre a educação da criança. Paro (2007) afirma que “a alegação da falta de interesse do aluno como justificativa para o mau desempenho escolar precisa ser combatido de forma radical porque ela implica a própria renúncia da escola a uma de suas funções mais essenciais. ” (p.13). 
	Lembrando que, o aluno se sente valorizado pela família e assim se sente mais estimulado a aprender e se esforçar para ter um excelente resultado no desempenho escolar, pois com esse objetivo alcançado o aluno deixa sua família feliz.A família e a escola são agentes de socialização, sendo a família a mais importante por ser o primeiro ambiente em que a criança recebe seus primeiros cuidados, ensinos e direcionamentos para ingressar em uma vida em sociedade.
	Na educação, a escola sempre teve um papel fundamental, e hoje além de ensinar para a cidadania e para o trabalho, tem também a responsabilidade de passar os valores fundamentais para a vida do indivíduo, sendo que esse papel deveria ser uma iniciativa da família que muitas vezes não estão integrados na aprendizagem e formação de seus filhos, o apoio da família aos trabalhos desenvolvidos com os alunos seria um aliado importante para o bom êxito na construção do saber. 
	Assim compreende-se que o diálogo entre a escola e a família seja capaz de possibilitar a troca de ideias entre as mesmas; em nenhuma instancia compete a escola julgar como certa ou errada a educação que cada família oferece; o objetivo da escola é oportunizar e abrir espaços para que valores sejam adquiridos e trabalhar o respeito e as diferenças expressas pela família, proporcionando e garantindo a integridade básica do aluno e da família.
	Enfim, a relação escola e família cria compromissos, compõe redes de inter-relações, reproduz laços dando novos significados e assim abrindo horizontes para uma formação de pratica pedagógica. A participação da família é muito importante no mundo escolar do aluno, apesar de seus compromissos, é fundamental diante da necessidade que ambas têm de se complementarem no processo educacional do aluno.
	Dessa forma, entende-se que a educação é um processo longo e que passa por mudanças importantes em seu contexto histórico, sendo cada vez mais necessário buscar adaptações que transformem o conceito de educar em algo cada vez mais abrangente, seguro e que atenda das mais diversas comunidades e em seus mais diversos aspectos. Podemos assim, concluir que com o tema abordado que o desafio de se melhorar a educação, através de uma relação melhor entre família e escola, é um desafio a ser conquistado. É um desafio enorme e complexo que exige não só a luta dos envolvidos no cotidiano escolar, mas sim a luta de toda a sociedade.
REFERÊNCIAS
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