Buscar

CASO CONCRETO 04 - EMBARGOS A EXECUÇÃO

Prévia do material em texto

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 02ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE
FLORIANÓPOLIS DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
Execução nº …
Distribuiçãopordependência 
PEDRO DE CASTRO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da identidade
n°..., inscrito no CPF n °..., domiciliado ..., residente (endereço completo), Florianópolis-SC, vem
por seu advogado, comendereço profissional na..., bairro..., cidade..., Estado..., que indica para os
fins do artigo 77, inciso V do CPC, com fundamento no artigo 914 e seguintes do CPC, opor
EMBARGOS À EXECUÇÃO COM EFEITO SUSPENSIVO, em face do BANCO QUERO
SEU DINHEIRO S/A, sociedade empresária, inscrita sob o CNPJ/MF nº __, com sede no Rio de
Janeiro/RJ, pelas razões fáticas e jurídicas a seguir expostas. 
I. DA TEMPESTIVIDADE E DO CABIMENTO
A redação do art. 915 deixa clara que os embargos serão oferecidos em 15 dias,
contados de forma comum (art. 231, CPC c/c 219, Novo CPC), desta forma o presente Embargo á
Execução cumpre o requisito da tempestividade.
O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à
execução por meio de emabargos, conforme art. 914 do CPC.
II. DOS FATOS
O Embargante assinou, em agosto de 2015, nota promissória assumindo o encargo de
avalista do empréstimo de mútuo financeiro contraído por Laura junto à instituição bancária
Embargada, no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais).
Em março de 2016, foi informado pela embargada de que a avalizada havia deixado
de cumprir a obrigação. Para evitar maiores transtornos, o Embargante quitou o débito em questão
no dia 03/04/2016 sem, contudo, ter solicitado que lhe fosse entregue a nota promissória que havia
assinado.
Porém,mesmo diante do adimplemento da obrigação, foi informado por porteiro do
prédio onde reside que um oficial de justiça havia o procurado. E ao diligenciar para inteirar-se dos
fatos, o Ebargante descobriu que a embargada havia ajuizado Ação de Execução fundada em título
executivo extrajudicial em face dele e de Laura, que tramita perante o Juízo da 02ª Vara Cível da
Comarca de Florianópolis.
Acreditando tratar-se de um equívoco, o Embargante compareceu ao Cartório da 02ª
Vara Cível para consultar os autos do processo, como o embargante foi ao cartório, o Oficial de
Justiça o intimou da penhora que incide sobre imóvel de propriedade dele.
III. DO DIREITO
O embargante não deu causa a presente execução, não devendo figurar no polo
passivo da mesma: CPC, art. 917: “nos embargos à execução, o executado poderá alegar: VI -
qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento”. E art.
337: “Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: XI - ausência de legitimidade ou de
interesse processual”.
IV. DA CONCESSÃO DO EFEITO SUSPENSIVO
De acordo com o artigo 919, § 1° do CPC, caberá o efeito suspensivo, uma vez que o
embargante está sendo cobrando por uma dívida que não é sua e ainda foi penhorado para
pagamento da mesma a sala comercial onde fica seu consultório.
V. DO PEDIDO
Diante do exposto, requer:
1. Que seja atribuido efeito suspensivo aos embargos à execução com a
suspensão da execução ensejada contra o embargante.
2. Que seja ouvido o embargado no prazo de 15 (quinze) dias.
3. Que seja reconhecida a ilegitimidade passiva do embargado com a
consequente extinção da execução em face do mesmo, bem como seja desconstituída a penhora que
incide sobre a sua sala comercial.
4. Condenação do embargado ao ônus da sucumbência.
V. DAS PROVAS:
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos
369 e seguintes do Código de Processo Civil em vigor, em especial a prova documental, a prova
pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do réu.
VI. DO VALOR DA CAUSA:
Dá-se à causa o valor de R$ ...
Nestes Termos.
Pede Deferimento. 
Local e data.
___________________________________
Advogado
OAB/UF nº xxx

Continue navegando