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Recomendações para Rastreamento do Câncer de Colo do Útero

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Hélio Ewerton Wanderley da Silva 07030942
Jesse Francisca dos Santos 07029667
Otaviano de Castro Rifa 07030888
Stephany Raquel 07027485
Turma: Farmácia / 10 período Manhã.
RECOMENDAÇÕES PARA O RASTREAMENTO E O CUIDADO ÀS MULHERES COM ALTERAÇÕES CITOLÓGICAS E SUSPEITA CLÍNICA DE CARCINOMA DO COLO DO ÚTERO
 
O artigo apresenta as principais informações a respeito da atenção primária a saúde. As mulheres são encaminhadas para as unidades básicas após o diagnóstico e tratamento para dá seguimento ao protocolo exposto, entretanto é recomendado aos profissionais de atenção secundária e terciária que se observem o resumo e histórico familiar para orientar os profissionais da atenção primária quanto ao seguimento.
Se observada células escamosas atípicas de significado indeterminado em pacientes menores que 25 anos o exame deve ser repetido em até 3 anos. Se a paciente estiver entre 25 e 29 anos a citologia deve ser realizada em até 12 meses. Mas se a paciente estiver com 30 anos ou mais deve ser encaminhada a colposcopia.
Se observada células glandulares atípicas de significado indeterminado ou células atípicas de origem indeterminada encaminhar para colposcopia independentemente da idade.
Nos casos de lesões de baixo grau se a paciente tiver menos que 25 anos repetir o exame em 3 anos, mas se tiver 25 anos ou mais repetir a citologia em 6 meses. Nas lesões de alto grau, lesões intraepiteliais de alto grau não podendo excluir microinvasão encaminhar diretamente para colposcopia, assim como nos casos de carcinoma escamoso invasor ou adenocarcinoma in situ ou invasor.
É importante observar que situações de ansiedade podem causar reflexos na mulher, uma vez que os testes podem apresentar alterações. Outro ponto a ser observado é que mulheres têm realizado o Papanicolau quando procuram os serviços de saúde por outras razões. Consequentemente, as mulheres que estão realizando esse procedimento estão fora do grupo etário e assim há um contingente de mulheres superrastreadas e outro contingente de mulheres que nunca realizaram qualquer rastreamento.
Os exames citopatológicos ainda continuam sendo a maior estratégia para detecção de câncer de colo do útero, em alguns países como Reino Unido houve um aumento significativo na detecção dessa patologia através da introdução de um sistema de convocação de mulheres para realização desses exames.
A periodicidade desses casos pode se dá através de várias lesões, em alguns casos assintomáticas, como HPV, possuindo alta probabilidade de regredir  e ser uma percussora do câncer de colo de útero .
 O exame citopatológico é um teste realizado para detectar alterações nas células do colo do útero que possam predizer a presença de lesões precursoras do câncer ou do próprio câncer. É a principal estratégia para detectar lesões precocemente.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as estratégias para a detecção precoce são o diagnóstico precoce (abordagem de pessoas com sinais e/ou sintomas da doença) e o rastreamento (aplicação de um teste ou exame numa população assintomática, aparentemente saudável, com objetivo de identificar lesões sugestivas de câncer e encaminhá-la para investigação e tratamento). O teste utilizado em rastreamento deve ser seguro, relativamente barato e de fácil aceitação pela população, ter sensibilidade e especificidade comprovadas, além de relação custo-efetividade favorável1.
Tanto a incidência como a mortalidade por câncer do colo do útero podem ser reduzidas com programas organizados de rastreamento. Uma expressiva redução na morbimortalidade pela doença foi alcançada nos países desenvolvidos após a implantação de programas de rastreamento de base populacional a partir de 1950 e 19602.
O rastreamento do câncer do colo do útero se baseia na história natural da doença e no reconhecimento de que o câncer invasivo evolui a partir de lesões precursoras (lesões intraepiteliais escamosas de alto grau e adenocarcinoma in situ), que podem ser detectadas e tratadas adequadamente, impedindo a progressão para o câncer.
O método principal e mais amplamente utilizado para rastreamento do câncer do colo do útero é o teste de Papanicolaou (exame citopatológico do colo do útero). Segundo a OMS, com uma cobertura da população-alvo de, no mínimo, 80% e a garantia de diagnóstico e tratamento adequados dos casos alterados, é possível reduzir, em média, de 60 a 90% a incidência do câncer cervical invasivo3. A experiência de alguns países desenvolvidos mostra que a incidência do câncer do colo do útero foi reduzida em torno de 80% onde o rastreamento citológico foi implantado com qualidade, cobertura, tratamento e seguimento das mulheres.
As ações para prevenção do câncer do colo do útero ocorrem por meio de ações de educação em saúde, vacinação de grupos indicados e detecção precoce do câncer e de suas lesões precursoras por meio de seu rastreamento.
* O método de rastreamento do câncer do colo do útero e de suas lesões precursoras é o exame citopatológico.
* Periodicidade:  a cada três anos, após dois exames anuais sem anormalidade.
* Cobertura: todas as mulheres em idade de rastreamento devem realizar o exame segundo a periodicidade recomendada.
* População alvo:  mulheres de 25 a 64 anos, A priorização desta faixa etária como a população-alvo do Programa justifica-se por ser a de maior ocorrência das lesões de alto grau, passíveis de serem tratadas efetivamente para não evoluírem para o câncer. Segundo a OMS, a incidência deste câncer aumenta nas mulheres entre 30 e 39 anos de idade e atinge seu pico na quinta ou sexta décadas de vida. Antes dos 25 anos prevalecem as infecções por HPV e as lesões de baixo grau, que regredirão espontaneamente na maioria dos casos e, portanto, podem ser apenas acompanhadas conforme recomendações clínicas. Após os 65 anos, por outro lado, se a mulher tiver feito os exames preventivos regularmente, com resultados normais, o risco de desenvolvimento do câncer cervical é reduzido dada a sua lenta evolução. 
A rotina recomendada para o rastreamento no Brasil é a repetição do exame Papanicolaou a cada três anos, após dois exames normais consecutivos realizados com um intervalo de um ano. A repetição em um ano após o primeiro teste tem como objetivo reduzir a possibilidade de um resultado falso-negativo na primeira rodada do rastreamento4. A periodicidade de três anos tem como base a recomendação da OMS e as diretrizes da maioria dos países com programa de rastreamento organizado. Tais diretrizes justificam-se pela ausência de evidências de que o rastreamento anual seja significativamente mais efetivo do que se realizado em intervalo de três anos.
O rastreamento de mulheres portadoras do vírus HIV ou imunodeprimidas constitui uma situação especial, pois, em função da defesa imunológica reduzida e, consequentemente, da maior vulnerabilidade para as lesões precursoras do câncer do colo do útero, o exame deve ser realizado logo após o início da atividade sexual, com periodicidade anual após dois exames normais consecutivos realizados com intervalo semestral. Por outro lado, não devem ser incluídas no rastreamento mulheres sem história de atividade sexual ou submetidas a histerectomia total por outras razões que não o câncer do colo do útero4.
O êxito das ações de rastreamento depende dos seguintes pilares:
* Informar e mobilizar a população e a sociedade civil organizada;
* Alcançar a meta de cobertura da população alvo;
* Garantir acesso a diagnóstico e tratamento;
* Garantir a qualidade das ações;
* Monitorar e gerenciar continuamente as ações.
É importante destacar que a priorização de uma faixa etária não significa a impossibilidade da oferta do exame para as mulheres mais jovens ou mais velhas.
Gravidez
Mulheres grávidas e mulheres não grávidas têm o mesmo risco de câncer cervical ou de lesões precursoras. Essas alterações encontradas durante o puerpério gestacional refletem a oportunidade de rastreamento durante o check-up pré-natal. Embora a ECJ gestacional-puerperal seja exteriorizada através do colo uterino na maioria dasvezes, o que não requer coleta do canal cervical, a coleta de espécimes do canal cervical.
Sugestões recomendadas:
O rastreamento das gestantes deve seguir as mesmas recomendações de frequência e faixa etária das demais mulheres, devendo sempre ser visto como uma oportunidade de procura dos serviços de saúde para realização do pré-natal.
Mulheres na pós-menopausa 
Mulheres na pós-menopausa não têm história de diagnóstico ou tratamento de lesões precursoras do câncer cervical e têm menor risco de câncer.
O rastreamento citológico de mulheres na menopausa pode levar a resultados falso-positivos causados ​​pela atrofia causada por baixo nível de estrogênio, fazendo com que as mulheres se sintam ansiosas e com procedimentos diagnósticos e de tratamento desnecessários.
De fato, em todas as faixas etárias, o diagnóstico de casos novos de câncer do colo do útero está relacionado à falta ou irregularidade do rastreamento. O acompanhamento de mulheres na pós-menopausa deve considerar sua história de exame.
Sugestões recomendadas
Mulheres na pós-menopausa devem ser rastreadas de acordo com as orientações de outras mulheres (A). Se necessário, faça um tratamento com estrogênio antes da coleta.
Histerectomizadas 
O rastreamento de mulheres sem colo do útero por doença benigna que não fizeram histerectomia revelou que menos de mil exames alteraram um exame citopatológico.
Sugestões recomendadas
Desde que o exame prévio seja normal (A), pode-se excluir o rastreamento de mulheres que se submeteram à histerectomia total por lesões benignas e que não diagnosticaram ou trataram previamente lesões cervicais de alto grau.
Se for realizada histerectomia por lesões precursoras ou câncer cervical, as mulheres devem ser acompanhadas de acordo com as lesões tratadas.
Mulheres sem histórico de atividade sexual
Considerando o conhecimento atual sobre o papel do HPV no câncer cervical e o fato de que as infecções virais ocorrem por transmissão sexual, as mulheres que não iniciaram a atividade sexual apresentam um risco desprezível de desenvolver esse tumor.
Sugestões recomendadas
Mulheres sem histórico de atividade sexual não devem ser rastreadas para câncer cervical.
Imunossupressor
Alguns fatores de risco diretamente relacionados à resposta imune estão relacionados à maior chance de NIC. Os principais exemplos dessa população são mulheres infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), mulheres imunossuprimidas por terapia imunossupressora após transplante de órgãos sólidos e mulheres que fazem uso de corticosteroide por um longo período. Nesse grupo de mulheres, a infecção por HPV e a persistência do vírus são mais comuns, e infecções múltiplas (infectadas por mais de um HPV) são mais comuns. Em mulheres infectadas pelo HIV, o desaparecimento do HPV parece depender da contagem de células CD4 +, e as lesões precursoras tendem a se desenvolver mais rapidamente e apresentar recidivas com mais freqüência do que as mulheres não infectadas pelo HIV.
Sugestões recomendadas
As mulheres desse grupo devem ser submetidas ao exame citopatológico semestralmente no primeiro ano após o início da atividade sexual e, se forem normais, devem ser acompanhadas anualmente, desde que mantenham os fatores imunossupressores. Mulheres com contagem de linfócitos CD4 + HIV-positivos abaixo de 200 células / mm3 devem ter prioridade para corrigir seus níveis de CD4 + e devem ser submetidas a triagem citológica a cada seis meses.
Outras situações especiais
Há muita controvérsia e falta de evidências sobre a eficácia e eficácia dos diferentes métodos de rastreamento em certas populações especiais (como indígenas e outras populações especiais que podem ser mais suscetíveis ao câncer cervical em fatores sociais ou ambientais). Levando em consideração as sugestões de grupos que não se opõem ao trabalho e à pesquisa sobre as condições e práticas de saúde dessas pessoas, chegou-se ao consenso de que nenhuma sugestão específica deveria ser feita aqui, mas deveria ser objeto de pesquisas e sugestões em outros documentos.

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