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Exame de Papanicolau Como surgiu? Criado pelo Dr. George Papanicolau em 1940 (médico patologista). O sucesso do teste é porque ele pode detectar doenças que ocorrem no colo do útero antes do desenvolvimento do câncer. O exame não é somente uma maneira de diagnosticar a doença, mas serve principalmente para determinar o risco de uma mulher vir a desenvolver o câncer. O método principal e mais amplamente utilizado para rastreamento do câncer do colo do útero. Segundo a OMS: Cobertura da população-alvo de, no mínimo, 80% Garantia de diagnóstico Garantia de tratamento adequado Obs.: É possível reduzir de 60 a 90% a incidência do câncer cervical invasivo. Alguns países desenvolvidos mostram que a incidência do câncer do colo do útero foi reduzida em torno de 80%. Atenção primária à saúde Desenvolver ações para prevenção do câncer do colo do útero por meio de ações de educação em saúde. Vacinação de grupos indicados. Detecção precoce do câncer e de suas lesões precursoras por meio de seu rastreamento. Os serviços prestados pela atenção primária devem estar o mais próximo possível do local de moradia ou trabalho dos indivíduos. Prevenção por meio da vacinação Subtipos de vírus que a vacina contra HPV protege: Tipo 6 e 11 HPV de baixo risco. Encontrado em 90% das lesões ou verrugas na região genital e laringe. Tipo 16 e 18 HPV de alto risco. Presente em 70% dos casos de câncer de colo de útero. Quem pode ser vacinando? Meninas de 9 a 14 anos Meninos de 11 a 14 anos Geral – 2 doses Para os que vivem com HIV, a faixa etária é mais ampla (9 a 26 anos) e o esquema vacinal é de três doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses). No caso dos portadores de HIV, é necessário apresentar prescrição médica. Atenção secundária e terciária Pontos de atenção para a realização de ações especializadas (ambulatorial e hospitalar), com maiores e diferentes densidades tecnológicas. Classificação dada de acordo com o grau de complexidade e densidade tecnológica assistencial que o serviço disponibiliza – devem servir de referência para um conjunto de unidades de atenção básica e disponibilizar atendimento mediante encaminhamento. No caso do colo do útero, a unidade secundária deverá confirmar o diagnóstico e tratar ambulatoriamente as lesões precursoras desse câncer pela realização de colposcopias, biópsias e excisão. Diretrizes do rastreamento Deve ser oferecido às mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos e que já tiveram atividade sexual: Maior ocorrência das lesões de alto grau. Segundo a OMS, a incidência deste câncer aumenta nas mulheres entre 30 e 39 anos de idade. Segundo a OMS, a incidência deste câncer atinge seu pico na quinta ou sexta décadas de vida. Antes dos 25 anos prevalecem as infecções por HPV e as lesões de baixo grau, que regredirão espontaneamente na maioria dos casos. Após os 65 anos, por outro lado, se a mulher tiver feito os exames preventivos regularmente, com resultados normais, o risco de desenvolvimento do câncer cervical é reduzido dada a sua lenta evolução. No Brasil, a repetição do exame de Papanicolau é realizado a cada três anos, após dois exames normais consecutivos realizados com um intervalo de um ano. HIV e imunossuprimidos no geral – são situações especiais onde é necessário acompanhar de maneira diferenciada – não espassar por anos a repetição do exame. Atenção!! Em mulheres grávidas, a coleta deverá ser somente na ECTOCÉRVICE (JEC), independente do período gestacional. Em mulheres histerectomizadas que comparecem para coleta citológica, deve ser obtido um esfregaço do fundo do saco vaginal. Mulheres HIV positivas com contagem de linfócitos CD4+ abaixo de 200 células/mm3 devem ter priorizada a correção dos níveis de CD4+ e, enquanto isso, devem ter o rastreamento citológico a cada seis meses. Câncer do colo do útero Pelo menos 13 tipos de HPV são considerados oncogênicos, apresentando maior risco ou probabilidade de provocar infecções persistentes e estar associados a lesões precursoras. Dentre os HPV de alto risco oncogênico, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero. Os HPV 6 e 11, encontrados em 90% dos condilomas genitais e papilomas laríngeos, são considerados não oncogênicos. Fatores de risco: Subtipo e carga viral Infecção única ou múltipla Fatores ligados à imunidade À genética A iniciação sexual precoce A multiplicidade de parceiros sexuais A multiparidade O uso de contraceptivos orais. Tratamento Entre os tratamentos mais comuns para o câncer do colo do útero estão a cirurgia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estadiamento da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e desejo de ter filhos. Preparo para realizar o exame de Papanicolau Não ter relação sexual por 48 horas antes da realização do exame. Não estar menstruada. Não estar em uso de creme vaginal por 48 horas antes da realização do exame. Não realizar ducha vaginal. Materiais utilizados para realizar o exame Lápis Espéculo Luvas de procedimento Luvas de procedimento Gaze Lâmina Espátula de Ayre Escova endocervical Caixa ou tubo para acondicionar lâmina Fixador Passo a passo - Papanicolau 1. Ectocérvice (junção escamocolunar – JEC): com a extremidade com reentrância da espátula de Ayres, fazer um raspado da ectocérvice (junção escamocolunar), realizando um movimento rotativo de 360 graus em torno do orifício cervical. 2. Endocérvice (canal cervical): introduzir no canal cervical a escovinha (citobrush) sem forçar dilatação e fazer um movimento giratório de 360 graus. Distender todo o material sobre a lâmina de maneira delicada, para a obtenção de esfregaço uniforme, fino e sem macerações. Colposcopia Esse exame é geralmente recomendado para mulheres que têm resultado anormal do exame de Papanicolau ou para aquelas que durante o exame ginecológico foi notada alguma alteração. A colposcopia também é indicada quando é necessária uma biópsia do colo do útero ou quando há uma suspeita de papilomavírus (HPV). Colposcopia é um exame que permite visualizar a vagina e o colo do útero por meio de um aparelho chamado colposcópio. Esse aparelho permite o aumento de 10 a 40 vezes do tamanho normal. O exame é realizado no próprio consultório médico com a paciente na mesa de exame. Após colocar o espéculo vaginal, o médico examina o colo do útero com o colposcópio. Também é com o colposcópio que é examinada a vulva, e o nome desse exame é vulvoscopia.
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