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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
DISCIPLINA: Fitopatologia Geral
DOCENTE: Luciana Cordeiro do Nascimento
Batata (Solanum tuberosum)
Ellen Vitória Barbosa do Carmo (20180088513)
AREIA – PB
2020
Introdução
A batata (Solanum tuberosum L.) é nativa da América do Sul, da Cordilheira dos Andes, e foi consumida por populações nativas em tempos remotos há mais de 8.000 anos, estando adaptada aos dias curtos da região. Atualmente, o tubérculo é o quarto alimento mais consumido do mundo, com milhares de variedades de diferentes cores, sabores e tamanhos que são utilizadas em receitas no mundo todo. O maior produtor mundial é a China, cuja produção em conjunto com a da Índia corresponde a mais de um terço da produção mundial.
É uma dicotiledônea da família Solanaceae pertencente ao gênero Solanum, que contém mais de 2000 espécies. Destas, cerca de 160 produzem tubérculos. Entretanto, apenas cerca de 20 espécies de batata são cultivadas. Existem muitas espécies que são silvestres e de grande importância nos programas de melhoramento. Trata-se de uma espécie herbácea, anual. Os tubérculos são porções de caules subterrâneos transformados.
O Brasil é um dos raros países onde se planta batata (Solanum tuberosum L.) o ano todo, evitando a necessidade de armazenamento de material para consumo. Isso, porém, predispõe a cultura à alta pressão de inóculo de enfermidades e a grandes populações de insetos-praga. Nas principais regiões produtoras, a falta de inverno rigoroso leva a uma diferença marcante na epidemiologia das viroses da batateira, comparada à de regiões de clima temperado. A presença, durante o ano inteiro, de insetos vetores, principalmente o pulgão-verde (Myzus persicae), e de plantas hospedeiras, explica o fato de lotes de batatas-semente livres de vírus apresentarem alta incidência das viroses em duas ou três multiplicações em campo (DIAS e IAMAUTI, 1997).
Como qualquer cultura, as plantações estão sujeitas ao ataque de diversas espécies de bactérias, fungos e insetos que comprometem a produtividade. Por isso, investe-se na criação de variedades mais resistentes, além da criação de batatas geneticamente modificadas, apesar do grande temor que ainda existe sobre produtos transgênicos. O aumento da produtividade é visto, ainda, como uma solução para acabar com a fome em diversos países. 
1. Histórico
A batata (Solanum tuberosum L.) é nativa das montanhas do Peru e do Chile, onde foi cultivada, quando os espanhóis chegaram. A domesticação da batata ocorreu entre 2000 a 5000 a.C, segundo evidências. Isto ocorreu pelo processo de seleção de tipos livres de gliccoalcaloides e, portanto, comestíveis. Assim foram selecionados tipos varietais para diversos usos na alimentação, e ainda hoje centenas de tipos primitivos de Landraces, designados de papa andina, são cultivadas em pequenas áreas pelos camponeses andinos (CIP, 2001; CIP, 2008).
A batata foi levada do Peru para a Europa pelos conquistadores espanhóis no século XVI, espalhando-se para ser cultivada em cerca de 130 paises e consumida por mais de um bilhão de pessoas (CIP, 2011). Mas somente depois de vários anos da chegada dos espanhóis aos Andes, os europeus passaram a reconhecer o potencial da batata como recurso alimentar. Essa rejeição ocorreu, em parte, devido a semelhança dos seus frutos com outras solanáceas silvestres, como a maria-pretinha (Solanum nigrun L.), que tem alcaloides reconhecidamente tóxicos. Além disso, devido a aparência áspera, a batata era suspeita de causas hanseníase, devido ainda ser destacado que as pessoas de classe alta dessa época consideravam a batata como alimento ideal para os pobres que não podiam comprar algo melhor para se alimentar (BROWN, 1993; NEIDERHAUSER,1993).
A partir do final do século XVIII foi que a batata se converteu definitivamente em um cultivo de fundamental importância alimentar em vários países da Europa. Na França, a batata foi reconhecida como sustento alimentar ideal para combater a fome das massas, quando as colheitas de cultivos tradicionais de grãos eram frustradas por razões climáticas ou dizimadas por doenças e pragas (CACACE e HUARTE, 1996).
Na virada do século XIX para o século XX, a cultura da batata já estava disseminada e consolidada por todo mundo e reconhecidamente como uma atividade hortícola de grande importância socioeconômica e um recurso alimentar universal (FAO, 2008).
2. Culinária
Dentro daquelas com características culinárias, uma das principais cultivares utilizadas é a Atlantic. Ela corresponde por 80% do material usado pela indústria de batata palha e chips. Tem formato oval-arredondado, película amarela ligeiramente rendilhada, olhos medianamente profundos, polpa branca, garantindo para a indústria pequenas perdas no processo de descascamento mecânico, além de apresentar altos teores de sólidos solúveis, características ideais para manter um produto final de qualidade. Para manter características ideias para a indústria, essa cultivar depende de uma nutrição adequada. A batata é muito exigente em adubação, principalmente a potássica, sendo influenciada por variações climáticas, variedades, época do ano, entre outros. Em média, para cada tonelada de tubérculo é extraída 3,75 kg desse nutriente (FONTES, 1999).
2.1 – Cultivar Atlantic
A cultivar Atlantic foi desenvolvida pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), se originou do cruzamento da cv B5141-6 (Lenape), com a cv Waseon e foi lançada em 1976 em Beltsvile, Maryland (MELO. 1999). Esta cultivar possui baixos teores de açúcares redutores e teores altos de sólidos solúveis, características ideais para batata com finalidade industrial, além de possuir um ciclo médio-precoce. 
As plantas tem de porte médio a alto, ereto e hastes grossas. Os tubérculos apresentam formato oval-arredondado com polpa e película branca, olhos semi-profundos e brotação tardia. Apresenta produtividade mediana, porém, com alta porcentagem de tubérculos graúdos e MS, sendo especialmente indicado para o preparo de chips e batata-palha. Possui baixa resistência a requeima, suscetibilidade a pinta preta (Alternaria Solani S.), resistência ao vírus do mosaico leve (PVX) e sendo suscetível ao vírus do enrolamento da folha (PLRV) e ao vírus mosaico (PVY) (ELMA CHIPS, 2000; ABBA, 2009).
3. Batata (Solanum tuberosum) como produto medicinal
A planta é usada principalmente como um cataplasma para queimaduras, queimaduras solares e bronquite. As fatias e cascas da batata são conhecidas por serem remédios naturais que podem ser aplicados sobre a pele, em caso de queimaduras solares. A sensação de alívio e a atenuação do vermelhão causado pelo sol que a batata proporciona podem ser atribuídas ao teor de amido que possui.
4. Doenças
· 4.1- Murcha-bacteriana (Ralstonia solanacearum)
Também conhecida por murchadeira, é favorecida por temperatura e umidade altas. É causada por Ralstoniasolanacearum, bactéria presente nos solos de quase todo o país e que ataca muitas espécies de plantas, embora a raça 3 biovar 2 (R3Bv2) Filotipo I, predominante no sul e sudeste do Brasil, seja mais comum em batata. Tem tolerância “zero” na batata-semente. Ocorre com mais frequência em lavouras conduzidas sob alta temperatura e alta umidade. 
Os seus sintomas aparecem em qualquer fase de crescimento, embora seja mais comum cerca de duas semanas após a amontoa. Pelo fato de colonizar o sistema vascular da planta (xilema), provoca murcha da planta ao dificultar o fluxo de água das raízes para a parte aérea, sintoma que se manifesta inicialmente nas horas mais quentes do dia. A exsudação de pus bacteriano nos tubérculos é típico da doença. O teste-do-copo em caules de plantas murchas é uma técnica útil para se diagnosticar esta doença.
O seu controle, deve ser preventivo, pois é muito difícil eliminar a bactéria de solos contaminados. As medidas mais eficazes são usar batata-semente certificada, plantar em terrenos sem histórico da doença, cuidar para não usarágua contaminada e evitar o trânsito de máquinas e veículos de campos contaminados para novas áreas de plantio. O controle químico é ineficaz e não existem cultivares resistentes à murcha-bacteriana.
Figura 1. Murcha de planta. Fonte: Portal Embrapa.
Figura 2. Exsudação de pus bacteriano nos tubérculos. Fonte: Portal Embrapa.
4.2- Como realizar o teste do copo?
Ao identificar plantas com sintoma de murchadeira verde, corte um pedaço de 5 cm do talo na altura do colo das plantas, logo acima da inserção das raízes. Prenda o talo cortado em um copo com água e espere cerca de 10 minutos para observar se há um escorrimento leitoso no talo. A presença deste escorrimento é determinante na identificação da Murcha-bacteriana.
Figura 3. Teste de copo. Fonte: ProfiGen
· 4.3- Mosaico (Potato virus Y - PVY) 
É causado por estirpes de Potato virus Y (PVY). O subgrupo necrótico, denominado PVYNTN, que causa anéis necróticos nos tubérculos, é o que tem predominado no Brasil, nos últimos tempos, após a sua introdução no país em tubérculos de batata importados. O vírus é transmitido por várias espécies de pulgões, sendo Myzuspersicae a principal. A relação vírus/vetor é do tipo não persistente ou não circulativa, em que o pulgão adquire e transmite o vírus em poucos segundos, na chamada “picada de prova”. O mosaico tornou-se a virose de maior importância econômica para a cultura da batata no Brasil, sendo atualmente a principal causa da degenerescência da batata-semente.
O principal sintoma é mosaico nas folhas mais novas, acompanhado ou não de nanismo da planta, este mais visível em infecções precoces. O subgrupo PVYNTN, além dos sintomas na parte aérea, causa anéis necróticos nos tubérculos, que desvalorizam o produto para o mercado.
Para o controle, indica-se plantar batata-semente certificada; fazer rotação de culturas com espécies não hospedeiras; eliminar plantas nativas e soqueira de batata que possam abrigar o vírus e os vetores; plantar cultivares resistentes; eliminar plantas doentes (roguing) em caso de produção de batata-semente. O controle químico do vetor na lavoura não é medida eficaz, não é possível aplicar nenhum tratamento químico contra doenças virais, mas podem ser usados inseticidas para reduzir a população de afídeos. Em relação ao controle biológico, aplicações semanais de óleo mineral podem reduzir a disseminação do vírus, ele retarda a absorção do vírus pelos afídeos e modifica o seu habito alimentar, tornando-os menos propensos a infectar plantas.
Figura 3. Deformação foliar. Fonte: Plantwise Knowledge Bank.
Figura 4. Nanismo. Fonte: Plantwise Knowledge Bank.
5. Referências
KIMATI, H. FILHO, A. B.; AMORIM, L. Manual de fitopatologia: doencas das plantas cultivadas. 
Agronômica Ceres, 1997.
LOPES, C. A.; LIMA, M. F.; REIS, A.; PINHEIRO, J. B. DOENÇAS DA BATATA (Solanum tuberosum L.). SOCIEDADE BRASILEIRA DE FITOPATOLOGIA(SBF), 2014.
LOPES, C.A.; REIFSCHNEIDER, F.J.B. MANEJO INTEGRADO DAS DOENÇAS DA BATATA. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.20, n. 197, p. 55-60, 69-71, mar/abr. 1999.
MESQUITA, H.C. CULTURA DA BATATA (Solanum tuberosum L.). IFRN,2015.
MOSAICO Y DA BATATA. PLANTIX. Disponível em: //plantix.net/pt/library/plant-diseases/200009/potato-y-virus. Acesso em: Outubro de 2020.
MURCHA-BACTERIANA: O QUE É E COMO MANEJAR?. SEMINIS. Disponível em: //www.seminis.com.br/manejo-em-foco/tomate-em-foco/murcha-bacteriana-o-que-e-e-como-manejar/#:~:text=A%20Murcha%2Dbacteriana%20%C3%A9%20uma,de%20temperatura%20e%20umidade%20elevadas. Acesso em: Outubro de 2020.
REIFSCHNEIDER, F. J. B.; LOPES, C. A.; COBBE, R. V. Manejo integrado das doenças de batata. Brasília: EMBRAPA-CNPH, 1989.