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Seminário II - MÓDULO 3 - IBET

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Questões
1. No art. 151 do CTN, que significa o termo “exigibilidade”? Quando surge essa “exigibilidade”? E qual o efeito da suspensão da exigibilidade? Impede-se (i) o lançamento, (ii) a inscrição na dívida ativa, (iii) a execução fiscal; (iv) todos estes atos? (vide anexo I a IV).
	R: O termo exigibilidade nesse contexto significa obrigação de pagar ou cumprir a obrigação. A exigibilidade surge no lançamento tributário da fazenda. O efeito da suspensão da exigibilidade paralisa a cobrança da obrigação. Impede a inscrição na divida ativa, a execução fiscal.
	
2.	Em que sentido a expressão “crédito tributário” foi utilizada no art. 151 do CTN? Essa expressão congrega também liames decorrentes da prática de atos ilícitos (e.g. multa por desrespeito aos deveres instrumentais)? 
	R: no sentido da fazenda ser detentora do direito do credito, ou seja, sujeito ativa da relação tributária.
	Entendo que sim, pois, as penalidades impostas decorrentes deveres instrumentais geram um credito tributário com a obrigação de pagar do contribuinte, sujeito passivo.
3. As hipóteses de “suspensão da exigibilidade do crédito tributário” previstas no art. 151 do CTN são taxativas? (vide anexo V). Considerando que não houve alteração nos art. 151 do CTN, pergunta-se:
	R: Sim, as hipóteses previstas no art. 151 do CTN são taxativas.
a) A equiparação, prescrita pelo §2º do art. 835 do CPC/15, a dinheiro da fiança bancária e do seguro garantia, tem o condão de consagrar a hipótese de suspensão do crédito tributário prevista no art. 151, II, do CTN? 
	R: não, o entendimento do STJ é que o depósito deverá ser feito em dinheiro e no montante integral, para contemplar o descrito no inciso II do art. 151 do CTN.
b) As espécies de tutela provisória previstas no CPC/15 se aplicam ao Processo Tributário? Tais medidas têm o condão de suspender a exigibilidade do crédito tributário?
	R: Sim, em especial a tutela provisória de urgência é necessária quando a demora da prestação jurisdicional pode causar, de alguma forma, um dano a uma das partes ou ao próprio objeto da demanda. A medida liminar concedida tem o efeito de suspender a exigibilidade do crédito tributário de acordo com o art. 151, IV e V.
4.	Sobre o depósito judicial efetuado nos autos de uma ação declaratória proposta antes da constituição do crédito tributário, pergunta-se: trata-se de faculdade do contribuinte? Há distinção entre depósito judicial para fins do art. 151, II do CTN e prestação de caução? O levantamento do depósito judicial pelo contribuinte vincula-se ao êxito (com trânsito em julgado) da ação pelo contribuinte ou o juiz pode a qualquer tempo autorizar o levantamento do depósito? (vide anexo VI).
	R: Sim, trata-se de uma faculdade do contribuinte.
	Há distinção sim, o caução nem sempre é facultativo e pode ser dado bens em garantia, já o deposito judicial é facultativo e deve ser feito em espécie.
	O levantamento do deposito seja pelo sujeito passivo ou pelo fisco está vinculado ao êxito da demanda, caso o fisco seja o vencedor converte-se o deposito em renda.
5. A partir da vigência do CPC/15 foi instituído um novo fundamento para a concessão de tutela provisória, a evidência do direito, tal como preveem os arts. 294 e 311. Pergunta-se: 
 a) Identifique a diferença entre tutela antecipada e tutela cautelar. É possível a concessão de tutela provisória antecipada em mandado de segurança? Ou em mandado de segurança tão somente é admissível medidas provisórias de natureza cautelar?
	R: Ambas são tutela de urgência e possuem os mesmos requisitos para a sua concessão, quais sejam, a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
	Na Cautelar o réu é citado em 5 (cinco dias), o autor tem 30 dias para formular o pedido principal, sob pena da cautelar perder sua eficácia. Já a antecipada, visa assegurar um direito que caso seja ferido represente um dano ou difícil reparação e a irreversibilidade.
 b) É cabível o requerimento de liminar em mandado de segurança fundada na evidência do direito a partir da vigência do CPC/15? Ou diante das disposições da Lei Federal n. 12.016/09, apenas é cabível o requerimento de liminares fundadas em urgência, a outra espécie de tutela provisória prevista no CPC/15?
	R: Embora não encontre nada que impeça o MS ser fundado na tutela de evidencia, ainda mais quando lemos o art. 311, II, “as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante”, não porque fazer já que o MS tem caráter garantir direito liquido e certo não amparado por habeas corpus ou habeas data, aproximando se muito da tutela de urgência, que há de se demonstrar o perigo dano ou difícil reparação.
7. Dado o seguinte caso concreto: Gênesis Waves Ltda. obteve liminar em Mandado de Segurança para suspender a exigibilidade do crédito tributário que posteriormente foi “cassada” pela sentença de denegação da segurança. Pergunta-se: 
 a) na hipótese de a empresa apelar da sentença que “cassou” a liminar, o recebimento de sua apelação, nos efeitos suspensivo e devolutivo, tem o condão de afastar os efeitos da sentença e reconstituir os efeitos da liminar? Responder a pergunta considerando as disposições do CPC/15 a respeito dos efeitos da apelação (vide anexo VII). 
	R: de acordo com o artigo 1.012 do CPC/15 a apelção terá o efeito suspensivo, logo, a sentença que cassou a liminar não produzira efeitos até o julgamento da apelação.
 b) Há incidência de multa e juros moratórios em relação ao período em que o crédito tributário esteve com sua exigibilidade suspensa, por força de liminar concedida em Mandado de Segurança, posteriormente cassada por ocasião da sentença? E se a liminar foi concedida depois de vencido o prazo para pagamento do tributo? (vide anexos VIII e IX) 
	R: De acordo com entendimento jurisprudencial não há incidência de multa de mora e juros durante o período que a liminar manteve a exigibilidade do crédito tributário suspensa. Dentro desse contexto, deve ser analisado se o pedido foi efeito antes do vencimento, caso positivo entendo que este retroage a data do pedido, caso contrario, poderá incidir a multa.

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