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CURSO DE DIREITO Disciplina: PRÁTICA SIMULADA TRABALHISTA Período Turno Professor: Luciane Ribeiro 8º N/M Aluno: ROBERTO ROGÉRIO RODRIGUES NOTA Data: 13/10/2020 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 7 Elaborar os silogismos do caso abaixo inserindo-o na estrutura da peça de defesa, conforme orientações em anexo. Vocês devem fazer a leitura do material, tentar fazer a defesa, conforme orientações e na próxima aula faremos a correção de ambos, estrutura e silogismos. Caso 05: Marina de Oliveira prestou serviços para a empresa Calçados do Brasil e, quando dispensada, ajuizou ação trabalhista para pleitear direitos oriundos do seu contrato de trabalho, contudo, arrolou como reclamada a empresa Calçados Infantis do Brasil e não Calçados do Brasil. Foi dispensada do trabalho em 30.03.2018, tendo ajuizado ação em 01.10.2020, alegando que teria direito a indenização por danos morais eis que não teve as férias concedidas na época pretendida e deixou de viajar com a família. Exmo. Sr. Juiz Federal da Vara do Trabalho de [...] Processo nº [...] CALÇADOS INFANTIS DO BRASIL Devidamente qualificada nos autos da reclamação trabalhista em epígrafe, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado, com procuração anexa e endereço profissional no qual recebe intimações e demais comunicações processuais apresentar, - Preliminarmente - CARÊNCIA DE AÇÃO - DA ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM - PREJUDICIAL DE MÉRITO - PRESCRIÇÃO A Reclamante ajuizou a presente Ação sob alegação de que trabalhou para essa reclamada (Calçados do Brasil) e diz também que foi dispensada do trabalho em 30.03.2018, todavia, alegando que teria direito a indenização por danos morais e que não teve as férias concedidas na época pretendida e deixou de viajar com a família. A presente data de protocolo de início dessa ação se configura em 01.10.2020. Ocorre que, a Reclamada é parte ilegítima para figurar no polo passivo da presente demanda, tendo em vista que a mesma não contratou com o Reclamante, nunca tiveram nenhum tipo de vínculo trabalhista o que se verifica apenas pela análise da documentação juntada ao processo. Não consta nos presentes autos nenhuma prova e nem indício de prova da existência de algum tipo de vínculo entre Reclamante e Reclamados. Basta uma análise desde a peça inicial, para se comprovar que os Reclamados são partes ilegítimas para figurarem na presente demanda. Vejamos o que reza os artigos 3.º, 267 VI e 329 do Código de Processo Civil Pátrio: Art. 3º. Para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade. Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução do mérito: VI - Quando não ocorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual; Art. 329. Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos artigos 267 e 269, II a V, o juiz declarará extinto o processo. A ilegitimidade de parte tratada no art. 267, VI é ad causam, isto é, para uma causa em particular. Aqui a legitimidade arguida pelo Demandado é passiva e corresponde a não haver coincidência entre a pessoa apontada como réu e o suposto obrigado pelo cumprimento da obrigação invocada pelo Autor. O nosso sistema processual preza pela boa técnica no manejo dos instrumentos processuais, que devem ser utilizados corretamente na busca do provimento jurisdicional reclamado. DA INEXISTÊNCIA DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO A Reclamada alega que teria direito a indenização por danos morais eis que não teve as férias concedidas na época pretendida e deixou de viajar com a família. A Reclamante nunca foi empregado da Reclamada e nem prestou serviços para os mesmos, sendo totalmente infundada a presente ação. Ressalte-se que a reclamante não juntou aos autos nenhum documento que comprove ou pelo menos demonstre indícios de vínculo com os reclamados, pelo contrário em uma gritante manifestação de má-fé, a demandante junta aos autos apenas documentação de uma possível outra pessoa jurídica que possa ter relação com a presente demanda da reclamante. – Para a caraterização do vínculo de emprego, necessária a presença simultânea de todos os requisitos constantes nos arts. 2º e 3º, da CLT, quais sejam: A habitualidade, a onerosidade, a pessoalidade e a subordinação. O conjunto probatório contido nos autos não sinaliza a presença de tais requisitos, resta não configurado o vínculo empregatício, principalmente quando essa reclamante provoca a citação de sua reclamada lhe acusando de tais vínculos inexistentes. Assim, a Reclamada impugna neste momento a pretensão da Reclamante em ver reconhecido vínculo empregatício assim como todo e qualquer reflexo decorrentes do reconhecimento, tendo em vista que não havia vínculo empregatício entre Reclamante e Reclamada A CLT entabula em seu art. 818, a obrigatoriedade do Reclamante provar as suas alegações, vejamos: Art. 818. A prova das alegações incumbe à parte que as fizer. Corroborando com este entendimento, temos o art. 333 do Código de Processo Civil Pátrio: CPC Art. 333. O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; A Reclamante faz alegações totalmente infundadas e sem provas, contrariando, assim, o art. 818 da CLT. Da má-fé do reclamante A Reclamante trazendo alegações infundadas perante a Justiça, causa prejuízos irreparáveis ao Judiciário, bem como aos Reclamados que são pessoas idôneas que cumprem com suas obrigações e responsabilidades. Portanto ficam contestadas e Impugnadas todas as alegações feitas pelo Reclamante na peça preambular da presente Reclamação Trabalhista. PREJUDICIAL DE MÉRITO PRESCRIÇÃO Ainda assim, mesmo que fosse para essa autora dessa contestação a responsabilidade em arcar com o ônus da presente demanda, estaria desde já prescrito o direito da Reclamante, pois, se trata aqui da prescrição bienal A Reclamante alegou que foi dispensada do trabalho em 30.03.2018, tendo ajuizado ação em 01.10.2020, alegando que teria direito a indenização por danos morais eis que não teve as férias concedidas na época pretendida e deixou de viajar com a família. O fundamento jurídico de arguição de prescrição está nos termos do art. 7º, inciso XXIX, alínea "a" da Constituição Federal de 1988, concomitante com Art. 11-A. da CLT em que ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos. Diante do exposto, requer seja julgada procedente a preliminar de prescrição bienal, fundamentada nos termos art. 7º, inciso XXIX, alínea "a" da Constituição Federal de 88 e Art. 11-A. da CLT, com a consequente rejeição do pedido da autora com relação à segunda reclamada por estar prescrito. A Reclamada, requer que a Reclamante seja devidamente condenado por infração ao art. 14e 17 do CPC, tendo em vista a gritante alteração da verdade dos fatos. A Reclamada traz à colação os ditames dos arts. 14, 17 e 18 do Código de Processo Civil Pátrio: Art. 14 CPC. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo: I - Expor os fatos em juízo conforme a verdade; II - Proceder com lealdade e boa-fé; III - não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de fundamento; IV - Não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou defesa do direito; Art. 17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que: II - Alterar a verdade dos fatos; Art. 18. O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-fé a pagar multa não excedente a um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou. Do pedido Face ao exposto, requer: 6.1 A extinção do feito sem resolução do mérito do pedido de [...] 6.3 A improcedência do pedido de [...] a) Que Vossa Excelência se digne a declarar a ilegitimidade passiva dos Reclamados, determinando a extinção do presente processo. b) Seja a presente reclamatória julgada totalmente improcedente, tendo como corolário a condenaçãoda Reclamante EM LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ e aos ônus da sucumbência. Protesta, ainda, por todos os meios de provas admitidos em direito, e em especial pelo depoimento pessoal do Reclamante, sob pena de confissão, assim como oitiva de testemunhas. Do valor da causa Dá-se a causa do valor de R$ [...] Nestes termos, Pede Deferimento Local ...., ...., de ....., de ...... Advogado [...] OAB [...] Endereço [...], telefone [...], e email
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