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1 EIXO TEMÁTICO SAÚDE, BEM-ESTAR E QUALIDADE DE VIDAA 1.3 REPERTÓRIO REDAÇÃO REPERTÓRIO O repertório é um dos critérios para se obter a nota máxima na competência 2. Prioritariamente, você deve abordar completamente o tema, para evitar tangenciar e atender à tipologia do texto dissertativo-argumentativo. Um bom repertório precisa ser legitimado, pertinente e produtivo. Quando você traz, por exemplo, uma citação de fi lósofo no texto, o repertório é legitimado. Quando o repertório tem uma relação direta com o tema ou com o assunto, é pertinente. Quando relaciona o repertório ao tema, com a argumentação, é produtivo. Sugestão: Preferencialmente, faça uso do repertório nos parágrafos de desenvolvimento, visto que, nessa parte do texto, você pode fazer a conexão do repertório com a argumentação. REPERTÓRIO LEGITIMADO Há, nesse repertório, conceitos e suas defi nições, informações, citações ou fatos e/ou referências do conhecimento (fatos ou períodos históricos reconhecidos; referência a nomes de autores, fi lósofos, poetas, livros, obras, peças, fi lmes, esculturas, músicas etc.; referência aos meios de comunicação conhecidos, como redes sociais, mídia, jornais). Se esse repertório for tirado dos textos motivadores, ele não será considerado legitimado. REPERTÓRIO PERTINENTE AO TEMA Há, nesse repertório, uma relação com um dos elementos/ palavras-chave presentes no tema. Suponhamos que, em uma redação sobre o tema “Manipulação do usuário pela internet” (Enem 2018), você tenha dados sobre o uso exagerado da internet pelos usuários, mas esses dados não mencionam a manipulação. Nesse caso, seu repertório é pertinente, mas ainda não é produtivo ao tema. Por isso, há necessidade de identifi car as palavras-chave do tema. REPERTÓRIO PRODUTIVO AO TEMA: Nesse tipo de repertório, há uma relação direta com o tema e com a discussão/argumentação. Observe o exemplo abaixo sobre o tema “A modernização dos métodos de ensino na contemporaneidade”: Rousseau, no livro “Émile, ou da Educação”, propôs um novo modo de ensino que permitiria ao “homem natural” conviver em sociedade (repertório). Desse modo, assim como Rousseau mencionou em outra época, hoje também é necessário que se tenha um novo método de ensino (uso produtivo do repertório por meio de uma analogia), visto que a constituição social é outra e a educação deve acompanhá-la. Se a educação não evoluir de acordo com as novas tecnologias, fi cará defasada, logo prejudicará a formação dos cidadãos da contemporaneidade (argumentação). Perceba que, no exemplo acima, além de citar um repertório, há uma relação com o tema que está sendo abordado, usando palavras-chave do tema, como: “novo método de ensino” e “contemporaneidade”. Além disso, na explicação há conjunções: visto que, porque. Por conta desse uso, nota-se, também, a importância do repertório para a construção da argumentação. TEMAS SOBRE SAÚDE a) Aristóteles – fi lósofo grego “A felicidade e a saúde são incompatíveis com a ociosidade”. b) Arthur Schopenhauer – fi lósofo alemão “O maior erro que um homem pode cometer é sacrifi car a sua saúde a qualquer outra vantagem”. c) Organização Mundial da Saúde “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, social e mental, e não, simplesmente, a ausência de doenças”. TEMAS SOBRE SOCIEDADE a) Dan Ariely – professor de psicologia comportamental “Nenhuma sociedade possui propensão natural a algo. Tudo depende dos estímulos.” b) Darcy Ribeiro – antropólogo brasileiro “O Brasil tem uma perversidade intrínseca na sua herança.” c) Nelson Mandela – ex-presidente da África do Sul “Uma das mudanças mais difíceis não é mudar a sociedade, mas cada um muda por si”. d) Albert Einstein – físico alemão “As diferenças sociais de classe não se justifi cam e, em última análise, são baseadas na violência.” 2 REDAÇÃO - MÓDULO 1 - DISSERTAÇÃO - 1.3 REPERTÓRIO TEMAS SOBRE EDUCAÇÃO a) Pitágoras – matemático grego “Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens.” b) Paulo Freire – educador brasileiro “Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser opressor”. “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.” c) Mário Sérgio Cortella – professor brasileiro e filósofo “As famílias estão confundindo educação com escolarização.” Padre Antônio Vieira – padre, escritor e filósofo português “A boa educação é moeda de ouro. Em toda parte, tem valor.” d) Arthur Lewis – economista britânico “Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantindo”. e) Nelson Mandela – ex-presidente da África do Sul “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”. f) Malala Yousafzai – ativista paquistanesa “Um livro, uma caneta, uma criança e um professor podem mudar o mundo”. TEMAS SOBRE VIOLÊNCIA a) “A violência não é forma, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, mas apenas destruidora.” (Benedetto Croce – político italiano). b) “Frágeis usam a violência, e os fortes as ideias.” (Augusto Cury – escritor brasileiro). c) “A violência, seja qual for a maneira como como ela se manifesta, é sempre uma derrota.” (Jean-Paul-Sartre – filósofo francês). d) “Violência não é sinal de força, a violência é um sinal de desespero e fraqueza.” (Dalai Lama – monge budista tibetano). 3 REDAÇÃO - MÓDULO 1 - DISSERTAÇÃO - 1.3 REPERTÓRIO PIERRE BOURDIEU - SOCIÓLOGO FRANCÊS a) Violência simbólica: Ela é exercida pelo corpo social, sem coação física, mas causa danos morais/psicológicos. Temas possíveis: bullying; assédio, imposição de padrões de beleza etc. b) Capital: • Capital econômico → renda salário; salário; imóveis, bens materiais de uma maneira geral. • Capital cultural → saberes reconhecidos por meio de títulos/ diplomas, reconhecimento dos pares intelectuais. • Capital social → relações que podem ser revertidas em capital, através de redes de contato e/ou relações. • Capital simbólico → prestígio e honra (reputação). ÉMILE DURKHEIM - SOCIÓLOGO FRANCÊS a) Anomia social: desregramento, quando as leis deixam de ser cumpridas. “Anomia” origina-se do grego e significa “ausência de lei”. Ex.: violência urbana, nos estádios, nas escolas etc. Obs.: No entanto, tais “desregramentos” só provocam a anomia quando há uma ruptura da coesão social. Do contrário, a violência, enfim, os atos delitivos ou antissociais fazem parte da sociedade e sofrem coerção a fim de manter os padrões que a sociedade estabeleceu e, em consequência, sua coesão. b) Fato social: são estruturas sociais e culturais, valores que se sobressaem aos indivíduos e podem determinar as maneiras de agir, pensar e sentir. c) Características do modelo de pensamento sociológico durkheimiano: • Generalidade: os fatos sociais são coletivos, do corpo social, portanto, não existem em um único indivíduo. • Exterioridade: o indivíduo é inserido, através do nascimento, a um corpo social já existente e que lhe incute valores, leis, padrões, instituições etc.; • Coercitividade: meio pelo qual o corpo social impõe-se ao indivíduo a fim de manter a coesão social e, assim, evitar a anomia. 4 REDAÇÃO - MÓDULO 1 - DISSERTAÇÃO - 1.3 REPERTÓRIO DIREITOS HUMANOS São direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, etnia, sexo, nacionalidade, religião ou qualquer outra condição. • Incluem: direito à vida, à liberdade, ao trabalho, à educação, entre outros. Os principais documentos sobre os Direitos Humanos são: a) Cilindro de Ciro → 5 séculos a. C. • Cilindro de argila, em escrita cuneiforme, que é referenciado como um primeiro texto análogo aos Direitos Humanos por suas determinações legais. • Libertou uma parcela de escravos, em geral, populações exiladas no Império, permitindo-lhes a possibilidade de regresso a suas regiões de origem. Também, estabeleceu certa tolerância religiosa. b) Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão • Documentoresultante do ideário Iluminista francês e do processo revolucionário de 1789. • Todos têm direito à liberdade, propriedade, segurança e resistência à opressão. c) Declaração Universal dos Direitos Humanos • Documento que foi uma resposta à catástrofe Nazifascista (durante a II Guerra Mundial). • Todos os humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. CIDADANIA “Cidadania não é atitude passiva, mas ação permanente em favor da comunidade.” (Tancredo Neves – político brasileiro). Contexto histórico a) Grécia antiga A cidadania estabelece os direitos dos indivíduos que viviam nas cidades. Os cidadãos eram iguais perante as leis e considerados aptos para colaborar com os rumos da sociedade. No entanto, nem todos os indivíduos poderiam ser cidadãos. Alguns grupos eram excluídos, como as mulheres, escravos e os estrangeiros. Além disso, o exercício da Democracia Grega Antiga estava condicionado à existência do escravizado, cuja posse e efetivo trabalho permitia ao cidadão a condição de participar das assembleias. 5 REDAÇÃO - MÓDULO 1 - DISSERTAÇÃO - 1.3 REPERTÓRIO Esquema da Democracia Grega Antiga Eupátridas – nobres proprietários de terras e de escravos; Gergóis – pequenos proprietários; Demiurgos – comerciantes; Thetas – camponeses; Metecos – estrangeiros. b) Brasil Ser cidadão é desfrutar de direitos e da liberdade garantidos a todas as pessoas. Sugestão de leitura: “Cidadão de papel”, de Gilberto Dimenstein. Nesse livro, o autor relata que a cidadania é garantida nos papéis, porém, é negada na prática.
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