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Conceito de princípio: Princípios são preceitos, leis ou pressupostos considerados universais que definem as regras pela qual uma sociedade civilizada deve se orientar. Princípios mais importantes do Processo Penal: • Princípio da dignidade da pessoa humana (art.1º inciso III da CF) Princípio constitucional, acima de todos os outros princípios. • Princípio do Devido processo legal (art.5º inciso LIV da CF) Ele deve ser aplicado sem hesitar no processo judicial, ou seja, devemos seguir e respeitar com precisão o processo legal que representa o cumprimento de todos os princípios processuais penais e penais. Todas as regras, deveres e responsabilidades previstas no CPP e no CP quando estivermos falando de um procedimento judicial já instaurado. Princípios constitucionais processuais expressos de maneira explícita na CF: • Concernente ao indivíduo:aqueles que estão diretamente relacionados ao cidadão, que são: a. O princípio da presunção da inocência (art. 5º inciso LVII da CF), Tal princípio significa que todos deverão ser considerados inocentes , até que sobrevenha sentença penal condenatória transitada em julgado. É uma forma de garantia individual face a figura d o Estado- acusação.Garante que o ônus da prova cabe a acusação, que deverá produzir provas suficientes a fim de comprovar a culpabilidade do acusado, e assim, consequentemente, sua condenação frente o Estado- juiz. Esta conectado a prevalência do interesse do réu ,da imunidade e auto acusação. O principio, ainda, demonstra a excepcionalidade das medidas cautelares de prisão, como a prisão temporária e a prisão preventiva, que somente poderão ser decretadas , quando cumpridos os requisitos previstos em Lei. O mesmo ocorre com outras medidas constritivas de direitos, como a quebra de sigilos fiscais, bancários e telefônicos, que somente serão decretadas quando indispensáveis à instrução criminal. Desta forma, verifica-se que o princípio visa proteger a integridade do acusado frente ao Estado-acusação, evitando restringir eventuais erros e possíveis arbitrariedades. b. O princípio da ampla defesa (art.5º inciso LV da CF). Trata-se de uma garantia tanto para o acusado quanto para defesa. Trata-se do direito de o cidadão acusado introduzir no processo, diretamente ou mediante atuação do seu procurador, todos os argumentos ou teses definitivas bem como os meios de prova admissíveis e uteis a defesa. Há duas formas através das quais a garantia da ampla defesa pode se expressar no processo penal. Autodefesa É aquela realizada diretamente pelo acusado e que consiste na possibilidade de o réu praticar alguns atos defensivos em seu favor. • Presença das formações da prova (audiência e atos processuais). • Apelação (possibilidade de interposição de alguns recursos). • Direito de silencio A autodefesa é uma garantia disponível, ou seja, seu exercício deve ser garantido pelo poder judiciário, porem o acuado não é obrigado a concretizar a autodefesa, o exercício da auto defesa é uma faculdade do acusado. Defesa técnica É aquela desempenhada nos autos do processo por um procurador devidamente habilitado, que pode ser um defensor público ou um advogado. No processo penal a defesa técnica é uma garanta indisponível, ou seja, nenhum processo penal deverá tramitar sem a presença de um defensor, conforme disposto nos artigos 261 e 263 do Código de Processo Penal. A ausência formal ou material (ausência material é quando deixa de se manifestar) de defesa técnica configura hipótese de cerceamento de defesa o que gera nulidade absoluta do processo conforme a sumula 523 do supremo tribunal federal. Habeas corpus e ampla defesa Com relação ao habeas corpus, pode ser ele manifestação da autodefesa (caso seja apresentado pelo próprio acusado), da defesa técnica (caso seja apresentado pelo advogado) ou ainda pode configurar manifestação geral defensiva tendo-se em vista que a legitimidade ativa desse instrumento é mais ampla possível (qualquer um pode apresentar em favor de terceiro). É possível que a autodefesa e a defesa técnica se concentrem na figura do acusado nas hipóteses em que seja ele advogado. Ampla defesa em fase de investigação preliminar Na fase de investigação preliminar não há observância da garantia da ampla defesa em uma máxima extensão. Isso no significa, porém que o cidadão investigado não possa ter acesso aos atos investigativos não sigilosos e que eventualmente possa durante a investigação praticar alguns atos defensivos. • Ser acompanhado por advogado em interrogatório. • Juntar documentos em um inquérito. • Requerer diligências A possibilidade da prática de alguns atos defensivos na investigação vem prevista no enunciado da sumula vinculante n.º 14. c. O principio da plenitude de defesa (art.5º inciso XXXVIII da CF) A plenitude de defesa é exercida no Tribunal do Júri, onde poderão ser usados todos os meios de defesa possíveis para convencer os jurados, inclusive argumentos não jurídicos, tais como: sociológicos, políticos, religiosos, morais etc. Destarte, em respeito a este princípio, também será possível saber mais sobre a vida dos jurados, sua profissão, grau de escolaridade etc.; inquirir testemunhas em plenário, dentre outros. Já no Tribunal do Júri o desfecho do processo se dá pelos jurados populares, que são juízes leigos e, por isso, a defesa do réu deve se aproximar da perfeição, para o convencimento deles. Vale lembrar que no Tribunal Popular a decisão não é fundamentada, vez que os jurados apenas votam, condenando ou absolvendo o acusado. Ademais, como o Tribunal do Júri é soberano, suas decisões não são passíveis de revista, quanto ao mérito, por tribunais togados. • Concernente a relação processual a.Contraditório(art.5º inciso LV da CF) Representa uma garantia conferida às partes de que elas efetivamente participarão da formação da convicção do juiz. De certa forma, pode ser dito, como bem lembra a melhor doutrina, que encontra-se inserido no conjunto das garantias que constituem o princípio do devido processo legal. (Bonfim, 2009. 4. ed.) Em linhas gerais, pode ser dito que o princípio do contraditório significa que cada ato praticado durante o processo seja resultante da participação ativa das partes. Surge como uma garantia de justiça para as partes e tem, como ponto de partida, o brocardo romano audiatur et altera pars – a parte contrária também deve ser ouvida. É de suma importância que o juiz, antes de proferir cada decisão, proceda a devida oitiva das partes, proporcionando-lhes a igual oportunidade para que, na forma devida, se manifestem com os devidos argumentos e contra-argumentos. Também, não pode deixar de ser lembrado que o juiz, ao prolatar a sentença, deve oferecer, aos litigantes, a oportunidade para que busquem, pela via da correta argumentação, ou em conjunto com os elementos de prova colhidos, se assim for o caso, influenciar na formação de sua convicção. (Bonfim, 2009. 4. ed.) Em resumo, pode ser dito que o princípio do contraditório é constituído por dois elementos, a saber: informação e possibilidade de reação. Também, cabe enfatizar que nossa Constituição de 1988 autorizou o entendimento de que os princípios do contraditório e da ampla defesa sejam garantidos no processo administrativo, inclusive não punitivos, em que não existem acusados, mas litigantes, ou seja, titulares de interesses conflitantes. (Manzano, 2012. 2. ed.) • Concernente a atuação do Estado a) Juiz natural e imparcial (art 5ºinciso LIII e XXXVII da CF) – (vedação ao juízo ou tribunal de exceção)-(conectado à iniciativa das partes). Não posso ter um juiz ou um tribunal de exceção, então precisarei ter um órgão constituído(dentro da CF , de uma lei, para julgar determinado réu), então não posso ter um juízo de exceção ou um órgão constituído após a pratica do crime pra justamente julgar aquele determinado réu e o juiz precisa ser previamente estipulado por leis (é o que chamamos de juiz natural). Por que o juiz natural? Porque lá no CPP tem competência pra processar e julgar certas causas O que é juiz natural? É não possuir juízo ou tribunal de exceção nem antes e depois ser constituído para julgar uma determinada conduta criminosa de um estipulado réu, mas é um juiz natural pois a lei já trás que requisitos ou normas pelas quais aquele magistrado passou no concurso (concursado, tem estabilidade e de acordo com as competências dentro da jurisdição processual e que esta prevista no CPP, ele vai poder ou não poder julgar aquela pessoa em relação de uma tal conduta já praticada. O que o imparcial? É aquele que não tem vinculo algum com as partes (não tem vinculo profissional ,nem pessoal) , que não tem motivos de prejudicar ou beneficiar uma das partes envolvidas. A imparcialidade é muito importante não só no âmbito processo penal, sendo também utilizado no processo civil e no poder judiciário com um todo. Caso esse juiz tenha algum tipo de relação com alguma das partes, ela precisa se declarar impedida ou suspeita, para que não perca a imparcialidade na hora do processo. Essa imparcialidade também pode ser em determinado caso em específico, por exemplo: A juíza Alessandra não teria condições de julgar casos que envolvessem estupro de menores, não se pode escolher os casos que irão ser julgados. Mas a juíza pode se declarar por foro íntimo* nessa situação o caso passará para o juiz substituto dentro da cadeia prevista na estatuto da magistratura. A utilização desse recurso (foro íntimo) não pode ser usado de forma recorrente. *Seu foro íntimo é o tribunal da sua consciência, que não se confunde com o da lei nem com o da opinião pública.* b) Publicidade (art 5º inciso XXXVIII e LX e no art 93º inciso IX da CF). Para Nucci: quer dizer que os atos processuais devem ser realizados publicamente, à vista de quem queira acompanhá-los, sem segredos e sem sigilo. É justamente o que permite o controle social dos atos e decisões do Poder judiciário. “Trata-se de garantia relevante e que assegura a transparência da atividade jurisdicional, permitindo ser fiscalizada pelas partes e ela própria comunidade.com ela são evitados excessos ou arbitrariedades no desenrolar da causa agindo, por isso, a garantia como reação aos processos secretos, proporcionando aos cidadãos a oportunidade de fiscalizar a distribuição da justiça”. Ocorre que, em algumas situações excepcionais, a. Própria CF ressalva a possibilidades se restringir. Quando houver interesse publico ou a intimidade o exigir, o juiz pode limitar o acesso à prática dos atos processuais, ou mesmos os autos do processo, apenas às partes envolvidas. Conforme o caso, ate mesmo o réu pode ser afastado da sala, permanecendo o seu advogado. Note-se, no entanto, que jamais haverá sigilo total, fazendo co que o magistrado conduza o processo sem o acesso do órgãos de acusação e defesa, bem como jamais realizara o ato processual válido sem presença do promotor e do defensor. A partir da ementa 45/2004, modificou-se a redação do art.93. IX, mencionando-se ser a publicidade ser a publicidade a regra e o sigilo a exceção, neste caso ando houver interesse relacionado à intimidade de alguém, sem que haja prejuízo ao interesse público à informação. Aparentando contradição, a referida norma assegura a publicidade, garante sigilo para preservar a intimidade, mas faz a ressalva de que, acima de tudo, estaria o direito da informação. Por outro lado, o art5º, LX, enaltece a publicidade, mas fixa com exceções a preservação da intimidade e a exigência do interesse social. Continua em vigor a garantia fundamental da publicidade, com as exceções do art 5º, LX, questão a preservação da intimidade e o interesse social. O art 93, IX, passa a referir-se expressamente à preservação das intimidade, ressalvando interesse público à informação, entendendo-se Apenas que o juiz não deve exagerar na dose de interpretação do que vem ser intimidade para não prejudicar o direito da sociedade de acompanhar o que passa no processo. Exemplo de caso: Nos casos contra dignidade sexual, crimes de estupro (art. 213 do CP, a regra é que todos os casos de estupro devem seguir sob sigilo de justiça. Só pode ter contato com o processo: promotor, juiz, cartório, o réu e o advogado constituído. c) Vedação de provas ilícitas (art 5º, LVI, da CF) prevê que são inadmissíveis no processo as provas ilicitamente obtidas. Em outros termos pode-se afirmar que os meios de provas produzidos com violação direta a constituição, a partir do momento em que reconhecida a ilicitude não possuem eficácia probatória. -jurisprudência O supremo tribunal federal a vários anos incorporou em sua jurisprudência a teoria da ilicitude por derivação ou teoria dos frutos da arvora envenenada, as provas decorrentes ou derivadas ilícitas ainda que obtidas em procedimentos adequados são contaminadas pela ilicitude originaria e portanto também são consideradas inadmissíveis. -vedação de provas ilícitas em defesa ao acusado Tem-se admitido na doutrina e na jurisprudência uma exceção ao princípio constitucional da vedação de provas ilícitas. Trata-se da prova ilícita favorável ao acusado de forma que ainda que reconhecida a ilicitude, a prova é considerada admissível. A execução é justificável, pois este princípio constitucional representa garantia individual do cidadão no intuito de conter abusos de poder estatal e, portanto, seria paradoxal que a garantia individual fosse utilizada contra o próprio cidadão. d) Economia processual (art 5º inciso LXXVIII, da CF) Dispõe que o processo precisa obter o máximo resultado com o mínimo emprego de atividades judiciais, devendo propiciar às partes uma justiça barata e rápida. Como ela esta conectada à duração razoável do processo e à duração razoável da prisão cautelar? Porque quanto mais tempo o processo demora, mais tempo custa pro Estado. O processo tem custo? Sim, custo de pagamento de juiz, de promotor, de oficial de justiça, água, luz, ocupação no cartório. Também custa a sala de audiência, o deslocamento do preso/réu, escolta da polícia militar ou dos agentes penitenciários... Outro tópico da economia processual: diminuição do tempo pelo qual esse processo esta caminhando. Então ao invés dele demorar 10 anos, será que ele não pode demorar 1 ano... No âmbito criminal precisamos ter uma certa cautela para aplicarmos esse principio, que busca uma celeridades tramitação e na razoável duração do processo ,pois se nos temos uma justiça rápida será consagrada de maneira rápida uma ação punitiva do Estado, conseguindo também evitar uma restrição. Por outro lado podemos acabar comprometendo a ampla defesa do réu. É importante se ter uma economia processual? Sim, mas precisa ter uma certa preocupação que uma justiça rápida tem uma eficiência punitiva do Estado, mas podendo comprometer a ampla defesa que é um principio muito importante. f) Regentes do tribunal júri 1. Sigilo das votações (art 5º, XXXVIII b da CF) sigilo visa assegurar que os jurados possam proferir seu veredicto de forma livre e isenta para, assim, atender ao interesse público e promover a justiça. Ademais, o julgamento não pode ser considerado secreto, uma vez que é conduzido pelo magistrado e acompanhado pelo Promotor de Justiça, pelo assistente de acusação, se houver, pelo defensor do réu, bem como pelos funcionários do JudiciárioAssim, explica Nucci, citando Hermínio Alberto Marques Porto, que "tais cautelas da lei visam a assegurar aos jurados a livre formação de sua convicção e a livre manifestação de suas conclusões, afastando- se quaisquer circunstâncias que possam ser entendidas, pelos julgadores leigos, como fontes de constrangimento. Relevante é o interesse em resguardar a formação e a exteriorização da decisão. Vale destacar ainda que a Lei nº 11.689/08, que reformou o Código de Processo Penal Brasileiro, consagrando o princípio do sigilo da votação, introduziu norma que impõe a apuração dos votos por maioria, sem que seja divulgado o quorum total. 2. Soberania dos veredictos (art 5º, XXXVIII c da CF) como princípio primordial que visa garantir aos jurados autonomia, independência e imparcialidade para decidir o caso sem a interferência de qualquer autoridade do Poder Judiciário, inclusive do magistrado que preside a sessão periódica, porque eles representam a vontade popular. No entanto, conforme preleciona Nucci em sua obra Princípios Constitucionais Penais e Processuais Penais: A soberania dos veredictos é a alma do Tribunal Popular, assegurando-lhe o efetivo poder jurisdicional e não somente a prolação de um parecer, passível de rejeição por qualquer magistrado togado. Ser soberano significa atingir a supremacia, o mais alto grau de uma escala, o poder absoluto, acima do qual inexiste outro. Traduzindo-se esse valor para o contexto do veredicto popular, quer-se assegurar seja esta a última voz a decidir o caso, quando apresentado a julgamento no Tribunal do Júri 3. Competência para julgamento dos crimes dolosos contra vida (art 5º XXXVIII d) e)legalidade estrita da prisão cautelar (ART 5º LXI,LXII, LXIII, LXIV, LXV, LXVI, LVIII da CF) Essa competência ditada pela Lei Maior, qual seja, para julgar os crimes dolosos contra a vida, é considerada mínima porque ela não pode ser suprimida. Ou seja, somente o Tribunal do Júri pode julgar crimes desta natureza. Mas essa competência é mínima também porque ela pode ser estendida. Portanto, que o Tribunal do Júri, minimamente, deve julgar o crime doloso contra a vida, mas lhe incumbe também o julgamento dos crimes que forem conexos aos dolosos contra a vida. Mas alerte-se: essa regra comporta exceções. O Tribunal do Júri será competente para julgar crimes conexos, desde que não sejam crimes eleitorais, juízo de menores (Vara da Infância e Juventude) ou sujeitos à Justiça Militar. Princípio da obrigatoriedade e princípio da indisponibilidade da ação penal Partilham da mesma ideia, o MP ele vai ser o titular da ação penal, somente ele pode propor a ação em âmbito criminal, ou pelo menos na sua regra. Desde que haja justa causa, um fato típico, anti- jurídico e culpável. Contanto que haja legitimidade de parte e causa de pedido, e se há justa causa pra procuração penal e ele propõem a ação penal, ele não poderá desistir da ação. Então vários dispositivos no CPP eles vão fazer valer entes princípios, algumas normas que vão também abrandar esse princípios que por exemplo: tem a possibilidade da transação penal, em casos de crimes de menor potencial ofensivo, onde o promotor deixa de propor a ação penal fazendo um acordo criminal. Mas em regra uma vez que o promotor esta ali e recebe a notitia criminis, que advém de uma investigação criminal e verifica que o fato típico, anti- jurídico e culpável, ele tem a obrigação de propor a ação penal e não pode dispor dela. Uma vez que propôs não pode desistir da ação, precisa ir ate o fim. Ele pode pedir absolvição? Ele deve pedir se ele entender que não há provas suficientes ou que não foi o réu que fez... Princípio da oficialidade Demonstra que o Estado é o detentor do monopólio punitivo (Estado jus puniende) Princípio da intranscendência Significa que não é viável ajuizar a ação para uma pessoa que não tenha efetivamente praticado o delito. (Ligado com o principio da culpabilidade e da responsabilidade penal- princípios do DP) Portanto não é possível apresentar uma acusação que é genérica, tem que apresentar uma acusação com todos os elementos necessários para indicar quais são os autores do fato, o que cada um fez, qual a participação de cada um. Todos os acusados precisam ser nomeados e deve haver uma descrição pormenorizada de tosas as condutas que cada um deles agiram para participarem da ação delituosa. Princípio da Vedação da dupla punição (Ne bis in idem) Não é possível que acabe punindo duas vezes pelo mesmo fato, o princípio diz que pelo mesmo fato o réu não pode ser punido 2x, não permite que o réu seja processado novamente, por exemplo: um processo que lê já tenha respondido anteriormente e ele tenha ido absolvido. É possível em algumas hipóteses em caso de absolvição ter a propositura de uma outra ação (ação de revisão criminal) somente na absolvição por falta de provas. Princípios meramente processuais • Concernentes à relação processual 1) Busca da verdade real ou material (CPP) No processo Penal, a verdade real busca a apuração de fatos, que mais se correlacionam com algum ocorrido. Para a aplicação desse princípio, é necessário que se utilize todos os mecanismos de provas para a compilação idêntica dos fatos. Tal princípio traz como um norte aos juristas, quanto da aplicação da pena e da apuração dos fatos, ou seja, deve existir o sentimento de busca do julgador, e cabe ao magistrado buscar outras fontes de prova, somente a verdade real seja em sua essência atingida. Segundo Fernando Tourinho, para que o juiz possa melhor formar suas convicções a respeito da matéria do processo, ele deve reproduzir por meio de provas os fatos que mais se aproximam com a realidade, ou seja, ele deve saber quem cometeu a infração, onde cometeu, quem foi a vítima, porque cometeu, de que forma cometeu, podendo assim, quem sabe, descrever minuciosamente o ocorrido, garantindo um julgamento justo para as partes. 2) Oralidade (conectado à concentração, imediatidade e identidade física do juiz) Busca o privilégio da palavra oral sempre sobre a palavra escrita. Até a reforma de 2009, o processo penal tinha sua maior parte dos seus atos de forma escrita, a partir da reforma foi transformado o processo penal quase em um processo trabalhista, ou seja , na sua oralidade. Antes nós tínhamos improcedente penal que a audiência e julgamento eram divididos em várias fases, primeiro se ouvia o réu no interrogatório, depois outra audiência para a testemunha de acusação, outra para testemunha de defesa, depois abria prazo para requerimentos escritos, outro prazo para memoriais escritos, para depois dar a sentença. Após a reforma se entendeu que deveria se concentrar tudo numa única audiência, todos esses atos em somente uma audiência de maneira que fosse privilegiada a oralidade. 3) Indivisibilidade da Ação privada Consiste na necessidade de o querelante (autor da queixa- crime) oferecer queixa contra todos os autores do fato, sob pena de extinção de punibilidade se houver renúncia com relação a algum deles. O aludido princípio conjuga-se com o princípio da oportunidade, que em sede de ação penal privada se contrapõe ao da obrigatoriedade, que vigora na ação penal pública. Dessa forma, se cabe ao querelante escolher processar ou não o autor do fato, e se o fizer, terá que oferecer queixa contra todos os envolvidos. 4) Comunhão da prova A prova ela deve ser a prova o processo, ela só vai ser produzida ou pedida por uma das partes. Mas a prova pode ser usada pelas partes, podendo ser utilizada por qualquer uma das partes. • Concernentes à atuação do Estado A. Impulso oficial O estado não se contenta com a inércia das partes, então uma vez ajuizada a ação penal o magistrado deve impulsionara ação penal até chegar ao seu fim, com uma decisão de mérito. Inexiste a possiblidade de extinção, se alguma das partes ficou inerte. B. Persuasão racional Onde o julgador ele vai formar a sua livre convicção, avaliando as provas constantes nos autos, mas que deve fundamentar sua decisão, não temos provas que tem mais valor que outra, ou seja, as provas serão vistas como um todo. C. Colegialidade Esse recurso so vai ser somente exigido em segundo grau de jurisdição, quando estivermos falando em sede de recurso, pois as decisões de primeiro grau sempre são com exceção do tribunal do júri, sempre são dadas por um júri só. Em segundo grau quando são dadas as decisões de recurso, ela são tomadas por grupo ou por turma de magistrados. As decisões de recurso são decisões de Colegiado, de grupo, de turma e de seção, mas é possível em algumas hipóteses de acordo com a previsão dos regulamentos internos dos tribunais terem decisões monocráticas (um juiz, um desembargador), que podem então terminar o processo em segunda instância sem que haja uma decisão de colegiado. Princípio Nemo Tenetur se Detegere Trata-se do direito ao silêncio, do direito de não criar provas contra si mesmo. Consiste na proibição de uso de qualquer medida de coerção ou intimação ao investigado (acusado) para obtenção de uma confissão ou que colabore em atos que possam ocasionar sua condenação. Na CF/88 temos este princípio expresso no Art. 5o, inciso LXIII. “O preso será informado de seus direitos, entre os quais de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado.” Quer dizer que ninguém é obrigado a se auto-incriminar ou produzir provas contra si mesmo. Assim dizendo nenhum indivíduo pode ser coagido, por qualquer autoridade ou mesmo por uma pessoa específica, a dar qualquer tipo de informação involuntariamente ou declaração, prova, ou objeto que diretamente ou de forma indireta o incrimine.
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