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TCE-RJ PROCESSO Nº 206.542-7/19 RUBRICA FLS.: TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO GABINETE DO CONSELHEIRO SUBSTITUTO MARCELO VERDINI MAIA PLENÁRIO VOTO GA-1 PROCESSO: TCE-RJ 206.542-7/19 ORIGEM: PREFEITURA MUNICIPAL DE CONCEIÇÃO DE MACABU ASSUNTO: CONSULTA CONSULTA. QUESTIONAMENTOS ACERCA DO CÔMPUTO DAS DESPESAS COM AGENTES COMUNITÁRIOS E DE ENDEMIAS NO CÁLCULO DO LIMITE DAS DESPESAS COM PESSOAL. DESPESA QUE SE SUBMETE AO ART. 18 DA LRF INDEPENDENTEMENTE DO VÍNCULO OU DA FORMA DE CONTRATAÇÃO. CONHECIMENTO. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO. CIÊNCIA. ARQUIVAMENTO. Trata o presente processo de consulta formulada pelo Procurador-Geral do Município de Conceição de Macabu, Dr. Carlos Frederico da Silva Paes, em que pretende o pronunciamento deste Tribunal a respeito da remuneração dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias e da respectiva apuração dos limites de gastos com pessoal. Os questionamentos são assim contextualizados: “A Lei 12.994/2014 autoriza o Poder Executivo Federal a fixar os parâmetros referentes a quantidade de agentes para ambas as contratações, em função da população e das peculiaridades locais, com o auxilio da Assistência Financeira Complementar (AFC)da União. Os limites são relativos à AFC, repassados ao município, estando qualquer contratação acima do estipulado por conta dos recursos próprios do município. O art. 19, da Lei de Responsabilidade Fiscal limita os gastos com pessoal na receita corrente liquida, ainda que o recurso seja proveniente da União. O município possui hoje um quantitativo de 69 agentes entre comunitários e de endemia, totalizando um gasto de R$ 1.112.822,76(um milhão e cento e doze mil e oitocentos e vinte e dois reais e setenta e seis centavos). Desse valor a AFC é de R$ 674.310,00 (seiscentos e setenta e quatro mil e trezentos e dez reais) e o município assume o valor de R$ 438.512,76 (quatrocentos e trinta e oito mil e quinhentos e doze reais e setenta e seis centavos). TCE-RJ PROCESSO Nº 206.542-7/19 RUBRICA FLS.: Alguns Tribunais entendem que cada ente público deve lançar como gasto com pessoal a remuneração dos agentes comunitários que financiou, ainda que seja por transferência. Assim, embora os recursos destinados a remuneração sejam considerados transferências correntes, não deverão ser computados para fins de fixação do limite de gastos com pessoal, devendo as despesas serem classificadas como "Outros Serviços de Terceiros de Pessoal". A consulta se faz: 1) Com relação à parcela que é assumida pelo município, considerando que o programa é compartilhado, deverá ser contabilizada como gasto com pessoal no município ou deverá ser entendido como Outros Serviços?” A Coordenadoria de Análise de Consultas e Recursos – CAR assim sugere: 1. O CONHECIMENTO da presente consulta; 2. A EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO ao consulente, dando-lhe ciência da decisão desta Corte, consignando a seguinte tese; 2.1 Deve ser computado como gasto de pessoal o dispêndio do município com remuneração, encargos sociais e contribuições recolhidas às entidades de previdência dos agentes comunitários de saúde e agentes de combates às endemias, seja custeado com os repasses previstos nos arts.9º-C e 9º-D, da Lei 11.350/2004, seja com recursos próprios da edilidade; 3. A CIÊNCIA da decisão à Subsecretaria de Auditoria e Controle da Gestão e da Receita – SSR; 4. O posterior ARQUIVAMENTO deste processo. A Procuradoria-Geral do Tribunal de Contas e o Ministério Público Especial manifestam-se de acordo com a sugestão do Corpo Instrutivo. É O RELATÓRIO. Registro que atuo nestes autos em razão de convocação da Excelentíssima Presidente deste Egrégio Tribunal de Contas, Conselheira Marianna Montebello Willeman, realizada em sessão plenária de 04.04.17. Verifico que estão presentes os pressupostos de admissibilidade da consulta, já que o consulente, enquanto Procurador-Geral do Município, é parte legítima, a consulta foi formulada em tese, com indicação precisa da dúvida, e é afeta à competência deste Tribunal (art. 4º e 5º da Deliberação TCE-RJ 276/2017). A ausência de parecer do órgão de assistência técnica ou jurídica não TCE-RJ PROCESSO Nº 206.542-7/19 RUBRICA FLS.: constitui óbice à análise do mérito da consulta, na forma do art. 5º, parágrafo único, da Deliberação TCE-RJ 276/2017. Ultrapassado o juízo positivo de admissibilidade da consulta, passa-se ao exame de seu mérito, com destaque para a irretocável análise da CAR quanto à evolução legislativa da matéria: A Lei 12.994/2014, ao acrescer o art.9º-A à Lei 11.350/2006, instituiu, em atenção ao art.198, §5º, da CRFB, na redação determinada pela Emenda Constitucional 63/2010, o piso salarial profissional nacional e fixou diretrizes para o plano de carreira dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias. Eis a redação do dispositivo em tela, que, por sua vez, foi modificado pela Lei 13.708/2018: Art. 9º-A. O piso salarial profissional nacional é o valor abaixo do qual a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão fixar o vencimento inicial das Carreiras de Agente Comunitário de Saúde e de Agente de Combate às Endemias para a jornada de 40 (quarenta) horas semanais. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014) § 1º O piso salarial profissional nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias é fixado no valor de R$ 1.550,00 (mil quinhentos e cinquenta reais) mensais, obedecido o seguinte escalonamento: (Redação dada pela lei nº 13.708, de 2018) I - R$ 1.250,00 (mil duzentos e cinquenta reais) em 1º de janeiro de 2019; (Incluído pela lei nº 13.708, de 2018) II - R$ 1.400,00 (mil e quatrocentos reais) em 1º de janeiro de 2020; (Incluído pela lei nº 13.708, de 2018) III - R$ 1.550,00 (mil quinhentos e cinquenta reais) em 1º de janeiro de 2021. (Incluído pela lei nº 13.708, de 2018) § 2º A jornada de trabalho de 40 (quarenta) horas semanais exigida para garantia do piso salarial previsto nesta Lei será integralmente dedicada às ações e aos serviços de promoção da saúde, de vigilância epidemiológica e ambiental e de combate a endemias em prol das famílias e das comunidades assistidas, no âmbito dos respectivos territórios de atuação, e assegurará aos Agentes Comunitários de Saúde e aos Agentes de Combate às Endemias participação nas atividades de planejamento e avaliação de ações, de detalhamento das atividades, de registro de dados e de reuniões de equipe. (Redação dada pela Lei nº 13.708, de 2018) I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.708, de 2018) II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.708, de 2018) § 3º O exercício de trabalho de forma habitual e permanente em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo órgão TCE-RJ PROCESSO Nº 206.542-7/19 RUBRICA FLS.: competente do Poder Executivo federal, assegura aos agentes de que trata esta Lei a percepção de adicional de insalubridade, calculado sobre o seu vencimento ou salário-base: (Incluído pela Lei nº 13.342, de 2016) I - nos termos do disposto no art. 192 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, quando submetidos a esse regime; (Incluído pela Lei nº 13.342, de 2016) II - nos termos da legislação específica, quando submetidos a vínculos de outra natureza. (Incluído pela Lei nº 13.342, de 2016) § 4º As condições climáticas da área geográfica de atuação serão consideradas na definição do horário para cumprimento da jornada de trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.595, de 2018) § 5º O piso salarial de que trata o § 1º deste artigo será reajustado, anualmente, em 1º de janeiro, a partir do ano de 2022. (Incluído pela lei nº 13.708, de 2018) Ainda no intuito de regulamentar o art.198, §5º, da CRFB/88, em especial no que concerneà assistência financeira prestada pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial, a Lei 12.994/2014 introduziu o art.9º-C à Lei 11.350/2006, cuja redação é a seguinte: Art. 9º-C. Nos termos do § 5o do art. 198 da Constituição Federal, compete à União prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do piso salarial de que trata o art. 9o-A desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014) § 1º Para fins do disposto no caput deste artigo, é o Poder Executivo federal autorizado a fixar em decreto os parâmetros referentes à quantidade máxima de agentes passível de contratação, em função da população e das peculiaridades locais, com o auxílio da assistência financeira complementar da União. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014) § 2º A quantidade máxima de que trata o § 1o deste artigo considerará tão somente os agentes efetivamente registrados no mês anterior à respectiva competência financeira que se encontrem no estrito desempenho de suas atribuições e submetidos à jornada de trabalho fixada para a concessão do piso salarial. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014) § 3º O valor da assistência financeira complementar da União é fixado em 95% (noventa e cinco por cento) do piso salarial de que trata o art. 9o-A desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014) § 4º A assistência financeira complementar de que trata o caput deste artigo será devida em 12 (doze) parcelas consecutivas em cada exercício e 1 (uma) parcela adicional no último trimestre. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014) § 5º Até a edição do decreto de que trata o § 1o deste artigo, aplicar-se-ão as normas vigentes para os repasses de incentivos financeiros pelo Ministério da Saúde. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014) TCE-RJ PROCESSO Nº 206.542-7/19 RUBRICA FLS.: § 6º Para efeito da prestação de assistência financeira complementar de que trata este artigo, a União exigirá dos gestores locais do SUS a comprovação do vínculo direto dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias com o respectivo ente federativo, regularmente formalizado, conforme o regime jurídico que vier a ser adotado na forma do art. 8o desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014) Além dessa assistência financeira, a Lei 12.994/2014 criou um incentivo financeiro para fortalecimento de políticas afetas à atuação de agentes comunitários de saúde e de combate de endemias. Vejamos: Art. 9º-D. É criado incentivo financeiro para fortalecimento de políticas afetas à atuação de agentes comunitários de saúde e de combate às endemias. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014) § 1º Para fins do disposto no caput deste artigo, é o Poder Executivo federal autorizado a fixar em decreto: (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014) I - parâmetros para concessão do incentivo; e (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014) II - valor mensal do incentivo por ente federativo. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014) § 2º Os parâmetros para concessão do incentivo considerarão, sempre que possível, as peculiaridades do Município. (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014) § 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014) § 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014) § 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.994, de 2014) Feito tal breve histórico, cabe ressaltar que a Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, por meio de ação planejada e transparente com vistas ao equilíbrio das contas públicas. Em atenção ao comando contido no art. 169 da Constituição da República, a Lei Complementar 101/00 estabelece limites máximos para as despesas com pessoal dos Poderes e órgão. O art. 18 da LRF define como despesas de pessoal “o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e TCE-RJ PROCESSO Nº 206.542-7/19 RUBRICA FLS.: pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência” O art. 19, §1º, da mencionada lei, por sua vez, contempla hipóteses taxativas em que determinadas despesas não são computadas a fim de aferição do limite legal. Ao que se extrai dos citados dispositivos, o conceito de despesa com pessoal não possui qualquer correlação com a natureza do vínculo empregatício, de modo que independentemente da forma em que se deu a contratação, fato é que devem ser incluídas como despesas com pessoal aquelas afetas aos agentes comunitários de saúde e aos agentes de combate às endemias. Nesse sentido dispõe a 10ª Edição do Manual de Demonstrativos Fiscais1: O conceito de despesa com pessoal não depende da natureza do vínculo empregatício. Assim, as despesas com servidores, independentemente do regime de trabalho a que estejam submetidos, integram a despesa total com pessoal e compõem o cálculo do limite de gasto com pessoal. Assim, consideram-se incluídos tanto servidores efetivos, como cargos em comissão, celetistas, empregados públicos e agentes políticos. Esse também é o caso dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias, quer tenham sido contratados por meio de processo seletivo público ou não. Esse é também o entendimento de diversos Tribunais de Contas pátrios: (...) 1. Os gastos decorrentes da contratação de profissionais de saúde para execução de ações previstas em estratégias incentivadas pela União, realizadas no âmbito da Atenção Básica em saúde, a exemplo da Saúde da Família – SF, Agentes Comunitários de Saúde – ACS, Agentes de Combate às Endemias - ACE, além dos recursos destinados aos Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF, que compõem o Piso de Atenção Básica Variável – PAB Variável, devem ser computados no cálculo da despesa total com pessoal fixada no caput do artigo 18 da Lei Complementar nº 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal, estando sujeitos aos limites e condições impostas pela citada norma; 2. Os recursos repassados pela União destinados ao financiamento de estratégias, realizadas no âmbito da Atenção Básica em saúde, PAB Variável, integram o cálculo da Receita Corrente Líquida, conforme artigo 2º, inciso IV, da Lei de Responsabilidade Fiscal. (Tribunal de Contas do Estado do Pernambuco. Pleno. Consulta. Decisão T.C. n° 1005499-6. Rel. Cons. VAL DECIR PASCOAL. Julg: 12/01/2011). (...) a) na forma do artigo 2°, inciso IV, da Lei d e Responsabilidade Fiscal, os recursos repassados pela União destinados ao financiamento estratégias realizadas no âmbito da Atenção Básica em saúde — PAB Variável integram o cálculo da Receita Corrente Liquida; b) as despesas de custeio dos Agentes Comunitários Saúde (ACS) devem ser computadas no cálculo da despesa total com pessoal, 1 Disponível em http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/868818/MDF_10a_edicao+Vers%C3%A3o+2+- +23.09.2019/7eec292e-e5d4-4a58-95d7-c328322cb2e5, consulta em 07.10.2019. http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/868818/MDF_10a_edicao+Vers%C3%A3o+2+-+23.09.2019/7eec292e-e5d4-4a58-95d7-c328322cb2e5 http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/868818/MDF_10a_edicao+Vers%C3%A3o+2+-+23.09.2019/7eec292e-e5d4-4a58-95d7-c328322cb2e5 TCE-RJ PROCESSO Nº 206.542-7/19 RUBRICA FLS.: fixada no caput do artigo 18 da Lei Complementar n° 101/2000; (Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás. Pleno. Consulta. Decisão T.C. n° 9.561/10. Rel. Con s. SubstitutoSousa Lemos. Julg: 09/02/2012). (...) Conclui-se, ante ao relatado, que as despesas com a remuneração dos profissionais participantes do PSF e do PACS são despesas correntes, ou seja, relativas aos gastos realizados na manutenção dos serviços públicos prestados pelos profissionais da saúde, oriundas, parcial ou totalmente, de recursos de transferências federais, que deverão ser computadas na Receita Corrente Líquida do ente público, respeitados os limites impostos pela LRF, no que tange aos gastos com despesas de pessoal (Tribunal de Contas do Espírito Santo, Processo TC-216/2014). (...) I) conheça desta consulta, formulada pelo Senhor Carlos Enrique Franco Amastha – Prefeito de Palmas-TO, por atender os requisitos do artigo 150, V, do Regimento Interno, e por tratar-se de matéria que está sob o alcance da competência fiscalizadora deste Tribunal de Contas, respondendo a consulta formulada nos seguintes termos: c) As despesas decorrentes da contratação de pessoal, custeadas com recursos oriundos de transferências correntes, seja da União ou do Estado, devem ser computadas no cálculo da despesa total com pessoal, estando sujeitos aos limites e condições impostas pela Lei Complementar nº 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal; d) Os gastos com pessoal dos Agentes vinculados aos Programas de Saúde, a exemplo da Equipe da Saúde da Família – ESF, Agentes Comunitários de Saúde – ACS, Agentes de Combate às Endemias - ACE, Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF, por sua natureza não eventual, não se enquadra no elemento de despesa “outros serviços de terceiros – pessoa física”, devendo os referidos gastos ser computados para fins de limite com pessoal, independente do ente transferidor do recurso. (Tribunal de Contas do Estado do Tocantins, Resolução TCE/TO 509/2014). Conclui-se, portanto, que deve ser computado como gasto de pessoal o dispêndio do município com remuneração, encargos sociais e contribuições recolhidas às entidades de previdência dos agentes comunitários de saúde e agentes de combates às endemias, seja custeado com os repasses previstos nos arts.9º-C e 9º-D, da Lei 11.350/2004, seja com recursos próprios da edilidade. Dessa forma, posiciono-me DE ACORDO com o Corpo Instrutivo, com a Procuradoria-Geral do Tribunal de Contas e com o Ministério Público Especial. VOTO: 1. Pelo CONHECIMENTO da consulta, já que presentes os pressupostos de admissibilidade consignados na Deliberação TCE-RJ 276/2017; TCE-RJ PROCESSO Nº 206.542-7/19 RUBRICA FLS.: 2. Pela EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO ao consulente, dando-lhe ciência da decisão desta Corte, consignando a seguinte tese: 2.1 - Deve ser computado como gasto de pessoal o dispêndio do município com remuneração, encargos sociais e contribuições recolhidas às entidades de previdência dos agentes comunitários de saúde e agentes de combates às endemias, seja custeado com os repasses previstos nos arts.9º-C e 9º-D, da Lei 11.350/2004, seja com recursos próprios da edilidade; 3 - Pela CIÊNCIA da decisão à Subsecretaria de Auditoria e Controle da Gestão e da Receita – SSR; 4 – Pelo posterior ARQUIVAMENTO dos autos. GA-1, MARCELO VERDINI MAIA Conselheiro Substituto 2019-10-22T12:14:07-0300 TCERJ MARCELO VERDINI MAIA:02161209779 Processo 206542-7/2019. Para verificar a autenticidade acesse http://www.tce.rj.gov.br/valida/. Código: 6ABB-8608-3914-4FCC-8B4B-50DB-5F41-4E11