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Aula 1 - Destinos Turísticos Internacionais

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Disciplina: Destinos Turísticos Internacionais
Aula 1: Turismo internacional e brasileiro
Apresentação
Como você escolhe um destino turístico para suas férias? Quais são os principais pontos que você leva em consideração?
Se você faz diversas perguntas a si mesmo antes de escolher o destino das próximas férias, imagine a importância de, como
futuro turismólogo, compreender como os consumidores fazem esta escolha.
Desta forma, esta aula irá ajudá-lo a compreender as principais características do turismo internacional e como ele se
organiza globalmente. Você conseguirá identiJcar os principais polos turísticos emissores e receptores do turismo global e
poderá compreender quais características direcionam os Kuxos turísticos internacionais e brasileiros.
Objetivos
Discutir sobre as características mais relevantes do turismo internacional;
IdentiJcar os principais polos turísticos emissores e receptores.
Fluxos turísticos internacionais
! Fonte: Por sdecoret. / Shutterstock
Antes de iniciarmos a apresentação das características do turismo internacional, precisamos compreender do que se trata esta
área do turismo. Como o próprio nome diz, todos os destinos que estão fora do nosso país de origem ou residência podem ser
considerados como parte do turismo internacional. No entanto, a compreensão precisa ir além disso.
A Organização Mundial do Turismo (OMT) sugere três
modalidades principais de turismo, que podemos considerar
como básicas:
doméstico
emissivo
receptivo
! Fonte: <http://www.tourisme.gov.ma/fr/node/1854> https://goo.gl/k7bFJC
Novamente, como o próprio nome já sugere, o turismo doméstico não faz parte do turismo internacional. É o turismo que
acontece internamente, dentro do nosso país, de uma cidade para outra, de um estado para outro, de uma região para outra, ou
seja, são todas as viagens que acontecem dentro do território nacional. Sobre as outras duas modalidades, inicialmente, vamos
pensar no signiJcado das palavras emissivo e receptivo. Emissivo vem da palavra emitir, isto é, enviar, lançar, espalhar. Receptivo,
por sua vez, vem de receber, acolher, hospedar.
Assim, pensando no Brasil, nosso turismo emissivo envolve todos habitantes e residentes que viajam para fora do país. São todas
as pessoas que emitimos para fora de nossas fronteiras a caminho de outros países. E, por outro lado, nosso turismo receptivo
envolve todos os não-residentes no Brasil que hospedamos e acolhemos. São todos aqueles que chegam para nos visitar vindos
de outros países. Portanto, o turismo internacional é formado pelas modalidades de turismo emissivo e receptivo.
Ao mesmo tempo, devemos pensar que a emissão e a recepção também acontecem nos níveis nacionais. Se moramos na região
nordeste e recebemos turistas do sul do Brasil, estamos falando em turismo doméstico receptivo. Por outro lado, estando no
Nordeste, há pessoas que saem para conhecer a região norte do Brasil, o que corresponde ao turismo emissivo doméstico.
Dessa forma, criamos três categorias:
Turismo interno (doméstico e receptivo);
Turismo nacional (doméstico e emissivo);
Turismo internacional (receptivo e emissivo).
A última categoria é a que nos interessa nesta aula. O turismo internacional é mais complexo do que as outras duas
modalidades porque, na maioria das vezes, envolve mudança de idioma e, acima disso, diferenças culturais.
Mesmo nacionalmente, no país complexo e diversiJcado que é o Brasil, já nos deparamos com grandes diferenças culturais.
Imagine essas questões ampliadas para o nível mundial. Veja alguns exemplos:
No Japão, a cor vermelha representa a dor perante a
morte.
Na Índia, a vaca é um animal sagrado e o consumo de
carne bovina é uma afronta.
Em países como Arábia Saudita, Iêmen e Sudão, a
poligamia é permitida.
Atenção
Portanto, o turista internacional (estrangeiro) merece atenção particular e diferenciada para que seja possível lidar com essas
diferenças.
Questões culturais podem impactar diretamente em questões práticas e de mobilidade, que fazem parte do cotidiano do turista.
Logo, precisamos tratar e reKetir sobre os seguintes aspectos diferenciais do turismo internacional:
Transporte de fronteiras;
Restrições de tempo;
Diferenças de idioma;
Direitos e deveres;
Sistema de câmbio da moeda;
Diferenças de fuso horário;
Diferença de valores culturais, alimentação e costumes;
Diferenças no padrão de serviços, tecnologias, equipamentos e recursos disponíveis.
Dentro de todas estas diferenças, a OMT tem papel fundamental dentro do turismo internacional, tem como missão promover o
turismo sustentável, responsável e permitir acesso universal, com um objetivo basicamente único o desenvolvimento inclusivo.
Para atingir tal objetivo, a OMT direciona ações para auxiliar a geração de conhecimento do mercado do turismo (e suas
características), além de promover políticas e instrumentos que possam apoiar o turismo, incentivar a educação, a formação e a
capacitação técnica para os locais.
Por Jm, a organização também é responsável por divulgar o Código de Ética Mundial para o Turismo, que tem como objetivo
maximizar a contribuição socioeconômica do turismo para cada país e minimizar possibilidades de impactos negativos.
Saiba mais
Para conhecer o Código de Ética Mundial para o Turismo, clique aqui <http://ethics.unwto.org/en/content/full-text-global-code-
ethics-tourism> .
A OMT conta com 155 países, com seis membros associados e mais de 400 aJliados, que envolvem o setor privado, instituições
educacionais, associações e autoridades locais de ensino. De acordo com a OMT, o turismo mundial excedeu as expectativas de
crescimento em 2017, atingindo 1.322 bilhões de viajantes internacionais. Este dado representa um aumento de 7% em relação
ao ano de 2016 e indica o melhor resultado desde 2010.
Estes dados de crescimento revelam outras informações importantes:
Movimentação de 7,6 trilhões de dólares, o que representa 10% de toda a riqueza gerada na economia mundial;
Aproximadamente 290 milhões de empregos, o que representa 1 emprego a cada 10 que fazem parte da economia global.
Assim, mesmo diante de desa;os econômicos e políticos presentes no cenário da
economia global, o setor do turismo internacional é um segmento com muita
representatividade, que gera grandes possibilidades de desenvolvimento. Por isso, o
item a seguir irá analisar de forma mais detalhada as suas características mais
relevantes.
Características do turismo internacional
O The Travel & Tourism Competitiveness Report (TTCR) é um relatório elaborado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF), que
pontua os países de acordo com competitividade internacional no setor de viagens e turismo. Em 2017, o Brasil apareceu na 27a
colocação entre 136 países, conforme indica a tabela a seguir. É interessante reKetir que o Brasil avançou 32 posições em dez
anos, de 2007 a 2017.
Tabela 1 - Ranking de competitividade internacional no setor de viagens e turismo
2007 2008 2009 2010 2011 2013 2015 2017
Suíça 1º 1º 1º 1º 1º 1º 6º 10º
Alemanha 3º 3º 3º 2º 2º 2º 3º 3º
França 12º 10º 4º 3º 3º 7º 2º 2º
Áustria 2º 2º 2º 4º 4º 3º 12º 12º
Suécia 17º 8º 7º 5º 5º 9º 23º 20º
Estados Unidos 5º 7º 8º 5º 6º 6º 4º 6º
Reino Unido 10º 6º 11º 7º 7º 5º 5º 5º
Espanha 15º 5º 6º 8º 8º 4º 1º 1º
Canadá 7º 9º 5º 9º 9º 8º 10º 9º
Singapura 8º 6º 10º 10º 10º 10º 11º 13º
Brasil 59º 49º 45º 52º 52º 51º 28º 27º
Fonte: Ministério do Turismo <http://www.turismo.gov.br/images/mtur-pnt-web2.pdf> .
Para estabelecer este ranking, são analisados os indicadores de competitividade internacional, representados por catorze itens:
1. Abertura internacional;
2. Priorização do setor;
3. Tecnologia de informação;
4. Recursos humanos;
5. Saúde;
6. Segurança;
7. Ambiente de negócios;
8. Preços;
9. Sustentabilidade;
10. Infraestrutura aeroportuária;
11. Infraestrutura terrestre e portuária;
12. Serviços turísticos;
13. Recursos naturais;
14. Recursos culturais.
Figura 1 - Classificação do Brasil nos indicadores de competitividadeinternacional
! Fonte: Ministério do Turismo <http://www.turismo.gov.br/images/mtur-pnt-web2.pdf> .
Analisando a Jgura com a nossa pontuação, podemos identiJcar que nossas grandes potencialidades são mais do que óbvias:
nossos recursos naturais e culturais, tamanha a diversidade do nosso país, possível, inclusive, devido ao nosso grande território.
No entanto, falta aprender a explorar tais recursos. Ainda temos muito o que desenvolver. Já temos melhorias e posições
relativamente adequadas em nossos serviços turísticos, em nossa infraestrutura aeroportuária e na competitividade dos preços
praticados. Mas, infelizmente, temos números preocupantes em termos de segurança, priorização do setor, ambiente de negócios
e infraestrutura terrestre e portuária.
Outros pontos de melhoria envolvem questões como abertura internacional, tecnologia da informação, recursos humanos, saúde
e sustentabilidade. Tais indicadores demonstram, portanto, a competitividade de cada localidade dentro do cenário mundial.
Portanto, o próximo item analisa os principais polos emissores e receptores de turistas.
Os primeiros colocados apresentam maiores índices em cada um desses indicadores classiJcatórios que geram o interesse dos
turistas em visitar determinada localidade.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Principais polos turísticos emissores e receptores
O crescimento de 2017, como falamos anteriormente, aconteceu em vários destinos que já se destacavam pela evolução nos
últimos anos e também por destinos que sofreram quedas, mas se recuperaram.
Um ponto fundamental de prestar atenção é que, para que os destinos turísticos recebam turistas, os países emissores precisam
de condições econômicas para enviar os turistas aos destinos. Ou seja, se um país vai mal economicamente, a tendência é que as
pessoas viajem menos ao exterior. De forma oposta, quando a economia de um país vai bem, a tendência é que ele tenha maior
potencial para que seus habitantes viagem e passem férias fora do país.
Claro que tudo isso depende de diversos outros fatores como, por exemplo, o preço de passagens aéreas, um dos meios de
transporte mais comuns quando falamos em viagens internacionais, certo?
A Jgura a seguir ilustra todos os continentes do mundo em termos de chegada de turistas internacionais, ou seja, podemos
colocar em ordem decrescente os maiores receptores do turismo internacional:
Chegadas de turistas internacionais (CTI): 1,322 milhão;
Receita dos turistas internacionais (RTI): US$ 1,220 bilhão.
! Turismo Internacional 2017 – chegadas por blocos. | Fonte: Ministério do Turismo <http://www.turismo.gov.br/images/mtur-pnt-web2.pdf > .
Você pode veriJcar que as regiões que mais receberam os 1,322 milhões de turistas de todo o mundo em 2017 são, do maior
para o menor:
Nesse contexto, em 2017, o Brasil Jcou entre os países emissores emergentes, que se destacou por aumentos na despesa
turística, depois de anos em queda.
Entre as regiões receptoras, a Europa tem seus destinos mediterrâneos na liderança, com crescimento de 8% de 2016 para 2017.
A África, apesar de ser a penúltima das regiões em números, cresce desde 2016 e também teve 8% de aumento na receptividade
dos turistas em 2017 (OMT 2018).
Em segundo lugar em crescimento de recepção de turistas, a Ásia e a Oceania, principalmente na região do PacíJco, destacam-se
com um crescimento de 6% em 2017.
O Oriente Médio Jca em terceiro, crescendo sua receptividade em 5% de 2016 para 2017. Se colocadas em conjunto, as Américas
ocupam o quarto lugar, com 3% de aumento em receptividade em 2017.
Europa
Ásia
Américas
África
Oriente Médio
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
No entanto, separadamente, podemos observar um aumento de 7% na América do Sul, representando o segundo lugar em termos
gerais, atrás apenas da Europa e Ásia. A América Central, incluindo o destaque para a região do Caribe tiveram um crescimento de
4% em 2017. Na América do Norte, México e Canadá registraram crescimento de 2%. No entanto, os EUA, que representam a
maior receptividade da região, registraram queda, sendo os principais responsáveis pelo fato de a América, em geral, ter crescido
apenas 3% de 2016 para 2017.
Dentro deste contexto de polos receptores de turistas, pensando no turismo internacional, é importante que você, estudante do
turismo e residente no Brasil, também compreenda de onde vêm os turistas que chegam aqui.
Ou seja, quem são as pessoas que se interessam em ter o Brasil como receptor?
Quem são nossos maiores fregueses?
Em 2016, atingimos o maior patamar de chegadas já registrado: 6,57 milhões. Podemos atribuir esse aumento a um grande
evento que sediamos neste ano, as Olimpíadas. Inegavelmente, eventos desse porte incentivam e valorizam o turismo nacional,
conquistando mais turistas internacionais.
Nosso maior emissor de turistas é nosso vizinho, a Argentina, com 34,9% do total de turistas que recebemos do exterior. Daí, já
podemos reKetir que a localização é um fator que pode afetar bastante a escolha de um viajante.
Depois da Argentina, temos os Estados Unidos como nossos maiores emissores de
turistas, com 8,7%. Vale reSetir a grande diferença do primeiro para o segundo
colocado, o que já nos dá uma ideia que nossos países emissores são bastante
pulverizados, conforme indica a tabela a seguir.
Os números destacados em azul indicam os países que tiveram aumento dos turistas enviados ao Brasil de um ano para outro.
Em vermelho, estão os países com redução, tendo sempre como base o ano anterior, ou seja, de 2014 para 2015, o Brasil recebeu
menos turistas do Reino Unido. No entanto, em 2016, esse número voltou a crescer.
Tabela 2 - Chegada de turistas ao Brasil segundo países de residência permanente – 2014-2016
PAÍS DE RESIDÊNCIA PERMANTENTE 2014 2015 2016
Argentina 1.743.930 2.079.823 2.294.900
Estados Unidos 656.801 575.796 570.350
Paraguai 293.841 301.831 316.714
Chile 336.950 306.331 311.813
Uruguai 223.508 267.321 284.113
França 282.375 261.075 263.774
Alemanha 265.498 224.549 221.513
Reino Unido 217.003 189.269 202.671
Itália 228.734 202.015 181.493
Portugal 170.066 162.305 149.968
Espanha 166.759 151.029 147.846
Bolívia 95.300 108.149 138.106
Espanha 166.759 151.029 147.846
Colômbia 158.886 118.866 135.192
Peru 117.230 113.078 114.276
México 109.637 90.361 94.609
Venezuela 108.170 80.488 92.538
Japão 84.636 70.102 79.754
Holanda 81.655 66.870 72.268
Canadá 78.531 68.293 70.103
Outros países 1.010.342 868.287 836.073
TOTAL 6.429.852 6.305.838 6.578.074
Fonte: Ministério do Turismo <http://www.turismo.gov.br/images/mtur-pnt-web2.pdf> .
A tabela permite diversas reKexões:
Argentina, Paraguai, Chile, Uruguai e Bolívia são os únicos países que registram crescimento contínuo desde 2014. Países
com localização próxima ao Brasil.
De 2014 para 2015, houve queda na maioria dos países emissores.
Estados Unidos, Alemanha, Itália, Portugal, Espanha e a categoria Outros países seguem em queda nas emissões desde
2014.
Apesar de variações entre os países na tabela, com aumentos e diminuições, o volume total de turistas cresce desde 2014.
Aumento que poderia ter diminuído em 2015, por exemplo, uma vez que sediamos a Copa das Confederações em 2014 e
este fato poderia ter incentivado o turismo nestes anos, mas o aumento se manteve nos anos seguintes.
IdentiJca-se que, para os turistas que vem ao Brasil, a principal motivação é o lazer, representada por 56,8% em 2016. Também
recebemos uma importante parcela de turistas internacionais interessados em realizar negócios e participar de feiras e
convenções, com 18,7%.
Por outro lado, os turistas que vem a negócios gastam mais em nosso país: US$ 82,54 por dia contra US$ 61,41 dos turistas de
lazer.
Em relação aos principais destinos dos brasileiros no mercado internacional, obviamente que esse cenário mundial afeta
diretamente as nossas escolhas. Mas diversos outros fatores estão envolvidos:
○
○
○
Situaçãoeconômica do país;
Variações do câmbio;
Preço das passagens aéreas;
Localização geográJca.
De forma geral, tem Jcado mais fácil viajar, pois o acesso às informações é enorme. Muita gente acaba aprendendo a viajar
sozinha. Portanto, esse também é um grande desaJo no cenário mundial.
Entre os nossos principais destinos internacionais, podemos citar Buenos Aires, Santiago, Nova York, Orlando, Miami, Las Vegas,
Lisboa, Paris, Londres, Roma, Madri, Barcelona. Veremos detalhes de cada um deles ao longo das próximas aulas da disciplina.
Importância da localização cartográfica dos polos turísticos
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Se você já foi turista em algum local onde o turismo tem certo nível de
desenvolvimento, com certeza já utilizou um mapa de orientação turística,
certo?
Aqui no Brasil ainda é relativamente uma novidade. E nós, brasileiros, quando viajamos pelo nosso país, talvez nem reparamos
nas localidades que possuem os mapas. Pelo fato de já conhecermos os destinos ou pelo conhecimento da língua, temos mais
facilidade de locomoção e pesquisa dos lugares, pontos turísticos, restaurantes etc.
Já em uma cidade desconhecida, ou em alguma localidade que não conhecemos tão bem, a língua, a cultura, os pontos turísticos,
uma das primeiras coisas que fazemos como bons turistas é procurar o guichê de informações turísticas para pegar o mapinha
da cidade. Mesmo em tempos de wi-J e GPS isso acontece. O mapa do turista será sempre indispensável, mesmo com a
tecnologia avançando, pois faz parte da experiência de turistar.
Então, o mapa é fundamental para o turista e pode, inclusive,
indicar os níveis de desenvolvimento daquele destino turístico.
Um destino sem mapa ainda não é tão desenvolvido assim,
não é mesmo? Mas, além do turista, para nós, proJssionais de
turismo, a localização cartográJca é fundamental em termos
de planejamento, além de atender às necessidades dos órgãos
responsáveis pelo planejamento e pela gestão da atividade
turística.
Quanto melhor o mapa, mais claro e, ao mesmo tempo, mais
completo ele é, com as direções claras e o máximo de
informações possível para o turista sobre ruas, meios de
transporte, alimentação e pontos turísticos. Um mapa sem os
desenhos e destaques dos pontos mais importantes não é um
mapinha, certo?
! Fonte: Por Sashkin / Shutterstock
Em termos mais teóricos, toda informação cartográJca turística, ou seja, qualquer forma de orientação para os turistas,
principalmente os mapas, deve ter ordenação das informações em diferentes hierarquias, conjugadas a uma visão global da área.
Informações adicionais, quantas forem necessárias, devem permitir ao usuário se localizar e se posicionar no espaço e no tempo
de forma simples e direta. Assim, será mais fácil a receptividade do turista. O mapa torna-se fundamental para que a experiência
seja completa.
Além de permitir a localização do turista, facilitando a sua experiência e seu planejamento, a cartograJa tem grande importância
em relação à organização e disseminação de informações turísticas, além de auxiliar na tomada de decisão dos planejadores do
turismo, no momento de criar uma nova rota para determinado ponto turístico, implementar um novo meio de transporte.
Portanto, pode ser considerada como uma ferramenta indispensável ao conhecimento do proJssional de turismo. É uma
ferramenta de arranjo espacial, que apresenta estrutura, funcionalidade e dinâmica do espaço geográJco de interesse turístico.
Uma última funcionalidade dos mapas cartográJcos é a sua utilização como veículo publicitário. Quem nunca viu um mapa que
indica restaurantes, passeios, tours pela cidade, com os nomes de empresas especíJcas? Essa é uma forma de complementar as
informações do mapa e, ainda, conseguir uma verba para o próprio desenvolvimento do mapa e qualquer outra atividade turística,
uma vez que as empresas que aparecem no mapa podem pagar por essa divulgação.
Mais uma vez, mesmo com toda a tecnologia da informação, quando o pacote de dados acaba, o mapa do turista continua
indispensável e, com certeza, gera várias histórias.
Vale até se perder no meio do caminho por não entender o mapa, mas só sendo turista, não é?
Como proJssional do turismo você deve usar todas as ferramentas a favor do melhor planejamento e orientação possíveis.
Atividade
1. Como podemos relacionar os principais polos emissores e receptores de turistas aos indicadores de competitividade
internacional?
2. Observando os países mais emissores de turistas para o Brasil, quais estratégias poderiam ser utilizadas para estimular o setor
com esses países?
3. Em sua opinião, quais são os principais motivos para a Europa ser o continente que mais recebe turistas no mundo?
Notas
Referências
BENI, Mário Carlos. Globalização do turismo: megatendências do setor e a realidade brasileira. 3. ed. São Paulo: Aleph, 2008.
BRASIL, Ministério do Turismo. Plano Nacional de Turismo: 2018-2022 – Mais emprego e renda para o Brasil. Disponível em:
http://www.turismo.gov.br/images/mtur-pnt-web2.pdf <http://www.turismo.gov.br/images/mtur-pnt-web2.pdf> . Acesso em: 7
out. 2018.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO. World Tourism Organization UNWTO. Disponível em: http://www2.unwto.org/en
<http://www2.unwto.org/en> . Acesso em: 7 out. 2018.
SILVEIRA, Carlos Eduardo; MEDAGLIA, Juliana. Patrimônio turístico internacional. Curitiba: Intersaberes, 2015.
VIGNATI, Federico. Gestão de destinos turísticos. Rio de Janeiro: Ed. Senac, 2010.
Próxima aula
Características do turismo na América do Sul;
Cone Sul: Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai;
Segmentação turística: enoturismo, estações de esqui, ecoturismo, turismo de cassinos e turismo de compras.
Explore mais
Visite a página da Organização Mundial do Turismo (OMT) <http://www2.unwto.org/en> e explore mais sobre as funções
deste órgão. Além disso, aproveite para aprofundar o inglês/espanhol/francês, uma vez que o site está disponível nestes
idiomas.

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