Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Farmacologia do Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso 1)Introdução O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas condições. 2) Organização do sistema nervoso humano Sistema Nervoso Central (SNC) Encéfalo Cérebro Cerebelo Tronco Encefálico Ponte Bulbo Medula Sistema Nervoso Periférico (SNP) Nervos cranianos (12 pares) Nervos raquidianos (31 pares) Terminações nervosas 2 DIVISÃO SISTEMA NERVOSO SN CENTRAL SN PERIFÉRICO Encéfalo Medula espinhal Nervos cranianos Nervos raquidianos Sistema Nervoso Sistema Nervoso 3)Sistema nervoso central (SNC) a) Encéfalo Possui cerca de 1,4 kg nos adultos Está localizado na caixa craniana Dividido em 3 partes: cérebro, cerebelo e tronco encefálico Encéfalo cérebro cerebelo Tronco encefálico 3 Sistema Nervoso 3) Sistema nervoso central (SNC) a) Encéfalo I) Cérebro Constitui cerca de 90% da massa encefálica Sua superfície é bastante pregueada (aumento da superfície) Dividido em dois hemisférios (esquerdo e direito) Dividido em duas partes: o Córtex (externo) – substância cinzenta (corpos neuronais) o Região interna – substância branca (dendritos e axônios) 1 2 1 2 Sistema Nervoso 3)Sistema nervoso central (SNC) a) Encéfalo I) Cérebro Funções: o Sensações o Atos conscientes e voluntários (movimentos) o Pensamento o Memória o Inteligência o Aprendizagem o Sentidos 4 Sistema Nervoso 3)Sistema nervoso central (SNC) II) Cerebelo Responsável pelo equilíbrio do corpo Tônus e vigor muscular Orientação espacial Coordenação dos movimentos Cerebelo Sistema Nervoso 3)Sistema nervoso central (SNC) III) Tronco encefálico 3 divisões: Mesencéfalo Ponte Bulbo Mesencéfalo Ponte Bulbo 5 Sistema Nervoso 3)Sistema nervoso central (SNC) III) Tronco encefálico Bulbo o Controle dos batimentos cardíacos o Controle dos movimentos respiratórios - Tosse o Controle da deglutição (engolir) - Vomito Bulbo Sistema Nervoso 3)Sistema nervoso central (SNC) b) Medula Espinhal (raque) Cordão cilíndrico que parte da base do encéfalo e percorre toda a coluna vertebral. Aloja-se dentro das perfurações das vértebras. Da medula espinhal partem 31 pares de nervos raquidianos 6 Sistema Nervoso 3)Sistema nervoso central (SNC) b) Medula Espinhal (raque) Funções da medula o Recebe as informações de diversas partes do corpo e as enviam para o encéfalo e vice-versa. o Responsável pelos atos reflexos (reflexo medular). Sistema Nervoso 3)Sistema nervoso central (SNC) b) Medula Espinhal (raque) Reflexo Medular A medula espinhal é capaz de elaborar respostas rápidas em situações de emergência, sem a interferência do encéfalo. 7 Sistema Nervoso 3)Sistema nervoso central (SNC) c) Meninges São três delicadas membranas que revestem e protegem o sistema nervoso central (SNC). o Dura-máter o Aracnóide o Pia-máter Medula espinhal Encéfalo • A maioria atua no SNC alterando alguma etapa do processo de neurotransmissão; • Estes fármacos podem atuar tanto na fase pré- sináptica (Ex. Alterações na produção ou armazenamento do NT), como também na fase pós-sináptica (Ex. Bloqueio de ligação do NT); • A farmacologia do SNC é muito focada nos NT. Fármacos no SNC 3 8 COMPONENTES CELULARES DO SISTEMA NERVOSO Neurônios Recepção Transmissão Células da glia (neuróglia) Sustentação Proteção Isolamento Nutrição NEURÔNIO 9 17 http://www.afh.bio.br/nervoso/nervoso1.asp NEURÔNIO Estrutura => Corpo celular, prolongamentos (maior e menores) NEURÔNIO Direção do impulso nervoso 10 19 http://www.afh.bio.br/nervoso/nervoso1.asp NEURÔNIO MIELINA 20 Imagem: AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Conceitos de Biologia. São Paulo, Ed. Moderna, 2001. vol. 2. NEURÔNIO NÓDULOS DE RANVIER 11 TIPOS DE NEURÔNIOS TIPOS DE NEURÔNIOS 12 POTENCIAL DE AÇÃO SINAPSE SINAPSES QUÍMICAS SINAPSES ELÉTRICAS 13 SINAPSE QUÍMICA 14 SINAPSES EXITATÓRIAS E INIBITÓRIAS • Basicamente o funcionamento dos neurônios no SNA e no SNC é muito semelhante – Em ambos a atividade é intermediada por NT; • Diferenças: 1) Maior complexidade: Número de sinapses no SNC é muito maior; 2) No SNC ocorrem neurônios que modulam a velocidade da transmissão neural; 3) A comunicação neuronal no SNC ocorre por uma diversidade muito maior de NT (até 50 diferentes tipos). Fármacos no SNC – Diferenças para SNA 15 Neurotransmissores Centrais - Neurotransmissores (NT): • Os NT do SNC devem atender aos 3 requisitos para serem Transmissores Centrais, e apresentam 2 tipos de ação fisiológica: 1) Excitação: Abertura dos canais iônicos ocasiona movimento de íons causando despolarização na membrana do neurônio; 2) Inibição: Abertura dos canais iônicos ocasiona movimento de íons causando hiperpolarização na membrana do neurônio. - Nos dois casos, a maioria dos Receptores que ligam NT no SNC, são do tipo “Receptores Ionotrópicos” (ou Receptores ligados a canais iônicos). Transmissores Centrais - Tipos 16 NT Tipo de ação fisiológica Efeito fisiológico Acetilcolina Excitatória Despertar / Memória de curta duração / Aprendizado Noradrenalina Excitatória Estado de alerta / Humor Dopamina Excitatória Emoção / Sentimento de recompensa Serotonina Excitatória Emoção / regulação do humor / comportamento alimentar / Sensação da dor (nocicepção) Glutamato Excitatória Influxo de Na+ pós-sináptico causando despolarização Subst. P Excitatória Sensação da dor (nocicepção) dentro da Medula Espinhal GABA Inibitória Maioria dos potenciais pós-sinápticos inibitórios Glicina Inibitória Influxo de Cl- pós-sináptico causando hiperpolarização Encefalina Inibitória Analgesia no SNC Transmissores Centrais - Tipos Barreira Hematoencefálica & Farmacocinética 8 17 - A concentração dos fármacos na circulação influencia diretamente a concentração no SNC (Relação Direta); - Lipofilicidade maior (favorece passagem ao SNC); - Exceção feita a aplicação de fármacos direta no ambiente do SNC (Intratecal). Relação dos Fármacos com a Barreira Hematoencefálica Hipnóticos e Ansiolíticos 18 - Utilizados no tratamento da ansiedade (tensão emocional), estados de hiperatividade e excitação; - Ansiedade: É um estado desagradável de tensão, apreensão e inquietação (receio do desconhecido), a qual, é o distúrbio mental mais comum na população; - Sintomas da ansiedade grave são similares ao do medo (fobia), por isso, incluem: Taquicardia, Sudorese, Tremores e Palpitações; - Os efeitos produzidos pelo estado de ansiedade são efeitos da ativação do SNA Simpático. Hipnóticos e Ansiolíticos - Alguns apresentam efeito anticonvulsivante; - Os fármacos Ansiolíticos e Hipnóticos causam algum grau de sedação, além disso, de forma comum, desencadeiam de forma artificial a sensação do sono. - Principais classes de Fármacos Hipnóticos e Ansiolíticos: 1) Benzodiazepínicos; 2) Barbitúricos. Hipnóticos e Ansiolíticos 19 Introdução • Uma das contribuições do século XIX à farmacologia foi realizada por Johann Fredrich Wilhelm Adolf Von Baeyer, em 1864 • Síntese da Malonilureia // Conhecido como Ác. Barbitúrico • Foram sintetizados mais de 3000 derivados • Estão disponíveis em torno de 50 barbitúricos • Industria Roche – Financiou pesquisa - Clorpromazina Malonilureia (Ác. Barbitúrico) Barbitúricos Benzodiazepínicos Introdução • No Brasil: Barbitúricos 1. Tiopental - Análogo sulfurado - Anestésico 2. Fenobarbital – Anticonvulsivante, sedativo e hipnótico 3. Pentobarbital - Sedativo e hipnótico 20 Introdução • Inicio anos 60 - Químico polonês Leo Stembach adotou critérios de escolha da classe de compostos a serem testados. • Fácil produção / Pertencer a um grupo ainda inexplorado• Derivados da Benzodiazepina → Benzodiazepínicos 21 Introdução • Os benzodiazepínicos foram amplamente prescritos no tratamento dos transtornos ansiosos durante toda a década de 70, como uma opção segura e de baixa toxicidade. • A empolgação inicial deu lugar à preocupação com o consumo • Ao final da mesma década: pesquisadores começavam a detectar potencial de uso nocivo e risco de dependência entre os usuários de tais substâncias. • Atualmente, os BDZs ainda possuem indicações precisas para controle da ansiedade e como tratamento adjuvante dos principais transtornos psiquiátricos • Mas continuam sendo prescritos de modo indiscriminado. - Fármacos Benzodiazepínicos: 1) Clordiazepóxido*; 2) Diazepam*; 3) Lorazepam; 4) Triazolam; 5) Oxazepam; 6) Temazepam; 7) Flurazepam; 8) Clonazepam; 9) Alprazolam; 10) Quazepam; 11) Estazolam; 12) Bromazepam; 13) Clorazepato. Benzodiazepínicos * Primeiros Benzodiazepínicos 22 • Há algumas características farmacológicas que influenciam a escolha do tipo de benzodiazepínico a ser prescrito pelo médico: • LIPOSSOLUBILIDADE • METABOLIZAÇÃO E MEIA-VIDA • USOS TERAPEUTICOS 23 - Farmacocinética: - Apresentam grande lipofilicidade; - Rápida absorção pelo TGI; - Ampla distribuição corporal (incluindo leite e placenta), e rápida absorção cerebral; - Metabolização é hepática, originando metabólitos ainda ativos (efeito somatório), que definem o tempo de meia-vida dos diversos Benzodiazepínicos, e daí seu tempo de ação do efeito; - Os Benzodiazepínicos de ação mais longa são os que apresentam a formação de metabólitos ativos de maior tempo de meia-vida; - Excreção renal. Benzodiazepínicos Farmacocinética Hidroxilação Oxidação Desalquilação Desaminação Desmetilação Benzodiazepínico s Conjugação UDPGA Fase I Fase II Metabolismo Renal - 24 Benzodiazepínicos - Farmacodinâmica: - Tempo de duração da ação dos Benzodiazepínicos: 1) Ação Longa (1 a 3 dias): Clorazepato, Clordiazepóxido, Diazepam, Flurazepam, Quazepam; 2) Ação Intermediária (10 a 20 horas): Alprazolam, Estazolam, Lorazepam, Temazepam; 3) Ação Curta (3 a 8 horas): Oxazepam, Triazolam. Benzodiazepínicos 25 - Farmacodinâmica: - Agem estimulando os receptores de GABA do Cérebro; - O GABA é o principal NT do SNC relacionado a atividade Neuronal Inibitória; - No SNC: Sistema Reticular Ativador (SRA) tem função associada à vigilância e à atenção; - No SRA, os Benzodiazepínicos ligam-se aos mesmos receptores para o GABA, potencializando a ligação do NT natural; - Este efeito provoca influxo de Cl- , o que resulta em hiperpolarização do neurônio, resultando em bloqueio da transmissão elétrica. - Em doses altas: A depressão ou lentidão no trânsito dos impulsos nervosos induzem a sedação, ou ao sono (efeito hipnótico) , e diminuem o número de vezes que o indivíduo possa despertar durante o sono; - Em doses baixas: Mesma ação ocasiona efeito ansiolítico no Sistema Límbico. Benzodiazepínicos 26 Farmacodinâmica Barbitúricos e Benzodiazepínicos ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO - GABA • O G A B A é o principal transmissor inibitório no cérebro. • • Possui uma distribuição bastante uniforme por todo o cérebro, porém ocorre em quantidades muito pequenas nos tecidos periféricos. • O G A B A é formado a partir do glutamato pela ação da G A D (ácido glutâmico descarboxilase). • Sua ação é interrompida principalmente pela sua recaptação, mas também por desaminação, que é catalisada pela G A B A transaminase. 27 ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO - GABA • Existem dois tipos de receptores de GABA: • GABA A • GABA B ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO - GABA • Os receptores GABA A , que ocorrem principalmente em nível pós-sináptico, estão diretamente acoplados aos canais de cloreto, cuja abertura reduz a excitabilidade da membrana. 28 ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO - GABA • Os receptores GABA B são receptores acoplados àproteína G, ligados à inibição da formação de AMPc Causam inibição pré e pós-sináptica ao inibir a abertura dos canais de cálcio. O Baclofeno é um agonista dos receptores GABA B , utilizado no tratamento da espasticidade. 29 ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO - GABA • O G A B A é formado a partir do glutamato pela ação da G A D (ácido glutâmico descarboxilase). Sua ação é interrompida principalmente pela sua recaptação, mas também por desaminação, que é catalisada pela G A B A transaminase. 30 CLASSIFICAÇÃO DOS RECEPTORES QUANTO AO MECANISMO DE TRANSDUÇÃDE SINAIS 31 RECEPTORES ACOPLADOS A CANAIS IÔNICOS 32 LIGANTES E SEUS RESPECTIVOS RECEPTORES ASSOCIADOS A CANAIS IÔNICOS 33 34 35 BACLOFENO Inibição mono e polissináptica Agonista GABA-B, resultando hiperpolarização função inibitória pré-sináptica redução influxo de cálcio liberação NT = Nome comercial: Baclofen® Ca++ Neurotransmissor AMPc Curiosidade - Farmacoterapêutica: 1) Ansiedade: - Indicados principalmente para os casos de ansiedade contínua e de grau maior. São usados doses baixas dos fármacos de Ação Longa (por período curto de tratamento); - Tratamento da ansiedade que acompanha algumas formas de depressão e de esquizofrenia; - A ansiedade relacionada ao estresse cotidiano nunca deve ser tratada com Benzodiazepínicos. Benzodiazepínicos 36 - Farmacoterapêutica: 2) Distúrbios do sono: - Aumentam estágio 2 do sono não-REM; 2.1) Fármacos de Ação Curta: Para os casos de incapacidade começar o sono; 2.2) Fármacos de Ação Intermediária: Para os casos de incapacidade de manter sono; 3) Anticonvulsivantes: - Clonazepam e Diazepam são utilizados em colaboração no tratamento crônico das crises convulsivas (crises recorrentes). Benzodiazepínicos Benzodiazepínicos Substancia Usos Terapêuticos / Indicações Nome comercial Propriedades Estazolam Hipnótico- sedativo, Ansiolítico, miorrelaxante, anticonvulsivante. Noctal® Sedativos/Hipnóticos Flunitrazepam Hipnótico- sedativo, Ansiolítico, miorrelaxante, anticonvulsivante. Rohypnol® Korolkovas, Andrejus. Flurazepam Hipnótico- sedativo Dalmadorm® Midazolam Hipnótico, Ansiolítico, miorrelaxante, anticonvulsivante. Dormonid® Nitrazepam Hipnótico- sedativo, Ansiolítico, miorrelaxante, anticonvulsivante. Sonebon® Triazolam Hipnótico Halcion® Alprazolam Ansiolítico, sedativo-hipnótico, agente antipânico. Frontal® Sedativos/Ansiolíticos Bromazepam Ansiolítico, sedativo, miorrelaxante, anticonvulsivante. Lexotan® Korolkovas, Andrejus. Clobazam Ansiolítico Frisium® Clorazepatto dipotássico Ansiolítico, sedativo-hipnótico,anticonvulsivante. Tranxilene® Clordiazepóxido Ansiolítico, sedativo-hipnótico, miorrelaxante, anticonvulsivante, antitremor. Psicosedin® Cloxazolam Ansiolítico, anticonvulsivante. Olcadil® Lorazepam Ansiolítico, sedativo-hipnótico, miorrelaxante, anticonvulsivante. Lorax® Oxazepam Ansiolítico, Síndrome de abstinência alcoólica aguda. Apenas assoc. Diazepam Anticonvulsivante, ansiolítico, sedativo-hipnótico, miorrelaxante, antipânico , antitremor e amnéstico. Valium® Anticonvulsivante Sedativos/Ansiolíticos Clonazepam Anticonvulsivante e antipânico . Rivotril® 37 - Dependência farmacológica: - Dependência: É o resultado da tolerância a um fármaco, que é adquirida pelo seu uso freqüente (prolongado); - Características: Uso por períodos prolongados (mais de 2 semanas), e em doses acima do estabelecido, pode produzir dependência física e psicológica; - Nestas condições, a interrupção abrupta do uso leva a sintomas de abstinência, incluindo-se a ansiedade; - Benzodiazepínicos de Ação Longa são preferidos para tratamentos de maior duração, pois induzem menos a dependência – Razão: Tempo de meia-vida mais longa representa efeitos de abstinência mais suaves na retirada; - De modo inverso: Benzodizepínicos de meia-vida mais curta produzem reações de abstinência mais imediatas. Benzodiazepínicos Barbitúricos e Benzodiazepínicos Dependência Aula-Mecanismode Dependencia-Drogas Il�citas.ppt 38 SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA DOS BENZODIAZEPÍNICOS (SAB) Os benzodiazepínicos têm potencial de abuso: 50% dos pacientes que usam benzodiazepínicos por mais de 12 meses evoluem com síndrome de abstinência (provavelmente ainda mais em clínicas especializadas). Os sintomas começam progressivamente dentro de 2 a 3 dias após a parada de benzodiazepínicos de meia-vida curta e de 5 a 10 dias após a parada de benzodiazepínicos de meia-vida longa, podendo também ocorrer após a diminuição da dose. 39 SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA DOS BENZODIAZEPÍNICOS (SAB) Não se justifica o uso de benzodiazepínicos por longos períodos, exceto em situações especiais. Apesar do desconforto inicial, devido à presença da síndrome de abstinência, pacientes que conseguem ficar livres de benzodiazepínicos por pelo menos cinco semanas apresentam redução nas medidas de ansiedade e melhora na qualidade de vida. SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA DOS BENZODIAZEPÍNICOS (SAB) Não se deve esperar que o paciente preencha todos os critérios da síndrome de dependência para começar a retirada, uma vez que o quadro típico de dependência química – com marcada tolerância, escalonamento de doses e comportamento de busca pronunciado - não ocorre na maioria dos usuários de benzodiazepínicos, a não ser naqueles que usam altas dosagens. É importante salientar que mesmo doses terapêuticas podem levar à dependência. 40 RETIRADA DOS BENZODIAZEPÍNICOS A melhor técnica e a mais amplamente reconhecida como a mais efetiva é a retirada gradual da medicação, sendo recomendada mesmo para pacientes que usam doses terapêuticas. Além das vantagens relacionadas ao menor índice de sintomas e maior possibilidade de sucesso, essa técnica é facilmente exequível e de baixo custo. RETIRADA DOS BENZODIAZEPÍNICOS Alguns médicos preferem reduzir um quarto (1/4) da dose por semana. Já outros negociam com o paciente um prazo. Este gira em torno de 6 a 8 semanas. Os 50% iniciais da retirada são mais fáceis e plausíveis de serem concluídos nas primeiras duas semanas, ao passo que o restante da medicação pode requerer um tempo maior para a retirada satisfatória. É de grande valia oferecer esquemas de redução das doses por escrito, com desenhos dos comprimidos e datas subseqüentes de redução. 41 SUBSTITUIÇÃO POR BENZODIAZEPÍNICOS DE MEIA- VIDA LONGA Pacientes que não conseguem concluir o plano de redução gradual podem se beneficiar da troca para um agente de meia-vida mais longa, como o diazepam ou clonazepam. Comparado a outros benzodiazepínicos e barbituratos, o diazepam mostrou ser a droga de escolha para tratar pacientes com dependência, por ser rapidamente absorvido e por ter um metabólito de longa duração – o desmetildiazepam – o que o torna a droga ideal para o esquema de redução gradual, pois apresenta uma redução mais suave nos níveis sangüíneos. SUBSTITUIÇÃO POR BENZODIAZEPÍNICOS DE MEIA-VIDA LONGA 42 Benzodiazepínicos 43 Barbitúricos - Já foram os principais fármacos Hipnóticos (induzir ou manter o sono) na prática clínica; - Vêm sendo substituídos pelos Benzodiazepínicos, pois comparativamente, causam mais dependência psíquica e física (induzem a biotransformação no Sistema CYP Hepático), com conseqüente síndrome de abstinência; - Por outro lado, apresentam vantagem de induzir mais rapidamente (tempo mais curto) ao sono que os Benzodiazepínicos. Barbitúricos 44 - Fármacos Barbitúricos: 1) Fenobarbital; 2) Amobarbital; 3) Pentobarbital; 4) Secobarbital; 5) Tiopental. Barbitúricos - Farmacocinética: - Fármacos lipofílicos, desta forma: - Rápida absorção pelo TGI; - Ampla e rápida distribuição corporal, inclusive ao SNC. Atravessam facilmente a placenta; - O metabolismo é hepático, com excreção renal. Barbitúricos 45 Farmacocinética Hidroxilação Oxidação Desalquilação Desaminação Desmetilação Barbitúricos Conjugação UDPGA Fase I Fase II Metabolismo Renal - Barbitúricos 46 - Farmacodinâmica: - Efeito mais curto em relação Benzodiazepínicos; - Tempo de duração da ação dos Barbitúricos: 1) Ação Longa (1 a 3 dias): Fenobarbital; 2) Ação Intermediária (3 a 8 horas): Pentobarbital, Secobarbital, Amobarbital; 3) Ação Curta (20 minutos): Tiopental. Barbitúricos - Farmacodinâmica: - Assim como os Benzodiazepínicos, agem potencializando o efeito do NT GABA no Sistema Reticular Ativador (SRA) do Cérebro; - Desta forma: Provocam depressão do córtex sensorial do cérebro, com conseqüente diminuição da atividade motora e produção de sonolência. Barbitúricos 47 - Farmacoterapêutica: - Depressão do SNC: Em doses baixas produzem sedação (efeito calmante), e em doses maiores induzem ao sono que pode ser seguido de anestesia (perda de sensações); - Sedação pré-operatória (Tiopental: Ação ultra-curta); - Alívio da ansiedade; - Ação anticonvulsivante (Fenobarbital). Barbitúricos Antidepressivos 48 Antidepressivos - Fármacos que agem na estabilização e tratamento dos distúrbios do humor na forma clínica de Depressão. - Depressão (características clínicas): - Sensações de melancolia; - Falta de esperança e desespero; - Incapacidade de sentir prazer em atividades usuais; - Alterações nos padrões de sono e apetite; - Perda de disposição (“energia”); - Pensamentos suicidas. Antidepressivos - Mania: Comportamento oposto da Depressão; - Caracteristicas da Mania: - Entusiasmo improcedente; - Pensamentos e fala rápidos; - Extrema auto-confiança; - Diminuição da auto-crítica. - A Depressão e a Mania diferenciam-se da Esquizofrenia onde prevalecem distúrbios do pensamento (imaginar / conviver com o irreal). 49 Antidepressivos - Bases bioquímicas do mecanismo de Depressão: Deficiência de aminas biogênicas Norepinefrina e Serotonina; - Desta forma: Fármacos antidepressivos potencializam de forma indireta a Norepinefrina e/ou Serotonina no SNC. - Por outro lado: A Mania é causada pela produção excessiva destes NT. Antidepressivos - Compõem esta classe de fármacos: 1) Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS); 2) Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina e Norepinefrina (ISRSN); 3) Antidepressivos Tricíclicos (ATC); 4) Inibidores da MAO (Enzima Monoamino-Oxidase) (IMAO); 5) Antidepressivos Atípicos. 50 ADT / IMAO (NE/DA/5-HT) ISRS (5-HT) Atípicos (NE/5-HT) Antidepressivos 51 - Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS): 1) Fluoxetina*; 2) Citalopram; 3) Fluvoxamina; 4) Paroxetina; 5) Sertralina; 6) Excitalopram. Antidepressivos - ISRS * ISRS de referência CITALOPRAM – Cipramil Parmil FLUOXETINA – Eufor, Deprax, Fluxene, Nortec, Prozac, Verotina NEFAZODONA – Serzone PAROXETINA – Aropax, Pondera, Cebrilin SERTRALINA – Zolof, Novativ, Tolrest Antidepressivos - ISRS 52 - Farmacocinética: - Por via oral apresentam absorção total; - Alta taxa de ligação às proteínas do plasma; - Alta meia-vida de forma geral (Maioria entre 16 e 36 h.); - Metabolização hepática com eliminação pela urina. - Obs: Fluoxetina e Paroxetina são potentes inibidores da CYP2D6 que é a principal enzima biotransformadora dos Antidepressivos Tricíclicos, Neurolépticos, alguns Antagonistas Beta-Adrenérgicos e Antiarritmicos. Antidepressivos - ISRS - Farmacodinâmica: - Alta seletividade para receptor de Serotonina: 300 a 3.000 vezes maior que os ISRSN; - Inibição seletiva da recaptação do NT Serotonina (bloqueio do canal transportador no Neurônio Pré-Sináptico), levando ao aumento da concentração na fenda sináptica, induzindo assim, a maior atividade neuronal Pós-Sináptica; - O efeito sobre o humor, costuma ser produzido pelos ISRS por volta de 2 semanas. Poderá demorar até 12 semanas para haver o benefício máximo; - Ou seja, a repercussão clínica não é imediatamente observada. Antidepressivos - ISRS 53 Antidepressivos - ISRS - Farmacodinâmica: - Adicionalmente,ocorre outro evento importante: Diminuição da expressão de receptores pré-sinápticos para acoplamento da Serotonina liberada; - Estes receptores são responsáveis pela inibição da liberação de Serotonina adicional pelo neurônio pré-sináptico (efeito modulador da secreção de Serotonina); - Como consequencia, também ocorre aumento na produção de NT pelo neurônio Pré-Sináptico; - Isto explica a razão destes fármacos apenas repercutirem efeito tardiamente (média de 2 semanas a até 12) como é observado na prática. Antidepressivos - ISRS 54 - Farmacoterapêutica: - Indicação primária: Tratamento dos estados de depressão com eficácia terapêutica semelhante à observada com os ATC; - Outros distúrbios psiquiátricos respondem bem ao tratamento com ISRS: 1) Distúrbio obsessivo compulsivo (Fluvoxamina); 2) Distúrbio do pânico; 3) Ansiedade generalizada (Ansiolítico Buspirona); 4) Distúrbio disfórico pré-menstrual; 5) Bulimina Nervosa. Antidepressivos - ISRS - Efeitos adversos: 1) Distúrbios do sono: - Paroxetina e Fluvoxamina: Produzem efeito sedativo; - Fluoxetina: Possível efeito estimulante, e daí insônia; 2) Disfunções sexuais: - Perda de libido (homens/mulheres); - Retardo da ejaculação, anorgasmia ou diminuição de volume do ejaculado; 3) Uso em crianças e adolescentes: - Foi observada tendência suicida. Antidepressivos - ISRS 55 - Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina e Norepinefrina (ISRSN): 1) Venlafaxina; 2) Duloxetina. - Farmacodinâmica: - Inibição seletiva da recaptação dos NT Serotonina e Norepinefrina, levando ao aumento da concentração na fenda sináptica, induzindo assim, a maior atividade neuronal Pós-Sináptica; - Farmacoterapêutica: - São utilizados nos casos em que os ISRS não são eficazes; - Utilizados quando a Depressão vem acompanhada de dor Neuropática (dor lombar e muscular), que é modulada pela Serotonina e Norepinefrina no SNC. Antidepressivos – ISRSN 56 - Antidepressivos Tricíclicos (ATC): 1) Imipramina*; 2) Amoxapina; 3) Amitriptilina; 4) Nortriptilina; 5) Protriptilina; 6) Maprotilina; 7) Trimipramina; 8) Doxepina; 9) Clomipramina; 10) Desipramina. Antidepressivos Tricíclicos - ATC * Primeiro ATC 38 - Farmacodinâmica: - Inibição não-seletiva da recaptação dos NT Serotonina e Norepinefrina, levando ao aumento da concentração na fenda sináptica, induzindo assim, a maior atividade neuronal Pós-Sináptica; - Farmacoterapêutica: - Depressão Grave; - Utilizados quando a Depressão vem acompanhada de dor Neuropática (dor lombar e muscular), que é modulada pela Serotonina e Norepinefrina no SNC; - Tratamento de distúrbios do pânico; - Alternativa para insucesso com ISRS. Antidepressivos Tricíclicos - ATC 57 Antidepressivos Tricíclicos - ATC - Inibidores da MAO (IMAO): 1) Tranilcipromina; 2) Fenelzina. - Farmacodinâmica: - MAO: Enzima que catabolisa os NT Dopamina/Epinefrina/Norepinefrina no SNC; - Inibição da MAO permite aos NT “escaparem” da degradação, acumulando-se na fenda sináptica. Antidepressivos - Inibidores da MAO 58 Antidepressivos - Inibidores da MAO TRANILCIPROMINA – Parnate, Stelapar MOCLOBEMIDA – Moclobemida SELEGILINA – Elepril, Jumexil 59 - Antidepressivos Atípicos: 1) Bupropiona; 2) Mirtazapina; 3) Nefazodona; 4) Trazodona. - Características gerais: - É um grupo misto de Fármacos com ação em sítios diferentes, porém todos produzindo algum efeito Antidepressivo; - A Bupropiona é atualmente empregada na diminuição da compulsão pela Nicotina nos fumantes. Antidepressivos Atípicos 60 Antidepressivos Atípicos Grupo heterogêneo – maprotilina, venlafaxina, trazodona, mianserina e bupropiona Não têm nenhum mecanismo de ação comum. Alguns são bloqueadores fracos da captação de monoamina – NE/ 5-HT Resposta terapêutica demorada como ADT e IMAO, Ação curta Mirtazapina: bloqueador alfa-2 (NE/5-HT) Efeitos colaterais indesejáveis e toxicidade aguda variáveis, porém mais fracas que dos ADT. Antidepressivos Atípicos MAPROTILINA – inibidor seletivo da captação de NA efeitos indesejáveis semelhantes ao da atropina sedação convulsões erupções alérgicas toxicidade aguda semelhante aos ADT 61 Antidepressivos Atípicos TRAZODONA bloqueador fraco da captação de 5 HT bloqueia os receptores 5 HT2 e 2 sedação, confusão, hipotensão disritmias cardíacas MIANSERINA bloqueio dos receptores 2, 5 HT2 e H1 nenhum efeito sobre a captação de monoamina sedação, convulsões, reações de hipersensibilidade ausência de efeitos da atropina e cardiovasculares Antidepressivos Atípicos BUPROPIONA aumento da liberação de NA vertigem, ansiedade e convulsões segura em superdosagens VENLAFAXINA inibidor fraco da captação de 5 HT náusea, ansiedade e disfunção sexual (semelhante ISRS) 62 Antidepressivos Atípicos 1) Sais de Lítio; 2) Carbamazepina; 3) Ácido Valpróico. - Farmacoterapêutica: - Sais de Lítio: Indicados na profilaxia dos Transtornos Maníaco-Depressivos (Transtorno Bipolar) e para a Mania; - Carbamazepina e Acido Valpróico: São Antiepiléticos indicados para o tratamento da Mania. Tratamento da Mania 63 íon orgânico administrado por via oral na forma de carbonato de lítio Provável mecanismo de ação: interferência na formação de IP3 interferência na formação de cAMP Controla a fase de mania, bem como a depressão Profilaxia do transtorno bipolar Meia vida plasmática longa Janela terapêutica pequena Tratamento da Mania - Sais de Lítio Tratamento da Mania - Sais de Lítio 64 Tratamento da Mania - Sais de Lítio Fármacos Neurolépticos 65 - São também denominados Fármacos Antiesquizofrênicos, Antiopsicóticos ou ainda Tranquilizantes Maiores; - Uso primário: Tratamento da Esquizofrenia, e de outros estados psicóticos, tais como: Mania e o Delírio. Fármacos Neurolépticos - A Esquizofrenia é um tipo particular de psicose (desconexão com a realidade), a qual é um distúrbio mental que caracteriza- se por delírios, ilusões/alucinações (com freqüência na forma da vozes) e distúrbios da fala ou do pensamento; - A disfunção bioquímica no SNC (cérebro), fundamental para desencadeamento da doença: Superatividade dos Neurônios Dopaminérgicos da região Mesolímbica. Fármacos Neurolépticos 66 Fármacos Neurolépticos Características que os pacientes possuem e que são ausentes em indivíduos saudáveis Características do funcionamento de indivíduos de indivíduos normais que os esquizofrênicos não possuem - Grave doença neuropsiquiátrica - Ocupa 30% leitos psiquiátricos hospitalares - 2 lugar: primeiras consultar psiquiátricas ambulatoriais - 5 lugar: manutenção auxílio-doença Sintomas Positivos Sintomas Negativos Fármacos Neurolépticos Sintomas positivos: delírios, alucinações, Sintomas negativos: isolamento social, falta de vontade e iniciativa,falta de prazer, discurso empobrecido 67 Fármacos Neurolépticos Alucinação Delírio X Fármacos Neurolépticos Critérios para diagnóstico: - Necessário a presença de pelo menos dois sintomas psicóticos por, no mínimo, um mês e a evidência de transtorno ao longo de pelo menos 6 meses; devem estar excluídas outras doenças que podem produzir sintomas semelhantes, como epilepsia, intoxicações, tumores cerebrais, etc. - Sintomas surgem: 15 e os 25 anos - Curso da doença variado: um episódio ou surto único com boa recuperação, surtos repetidos com recuperação parcial ou um curso progressivo levando à debilidade crônica - Classificação clínica: paranóide, catatônica, desorganizada, indifereciada e residual 68 Fármacos Neurolépticos Incidência cerca 1% população Hipótese – hiperatividade da dopamina aumento de receptores de dopamina no sistema límbico. Há algumas evidências de participação de 5 HT, glutamato e GABA SISTEMAS MOTORES NEURO ENDÓCRINA COMPORTAMENTAIS DOPAMINA DOPAMINA Fármacos Neurolépticos 69 DOPAMINASISTEMAS MOTORES (SITEMA NIGROSTRIATAL) EFEITOS COMPORTAMENTAIS (SISTEMA MESOLÍMBICO E MESOCORTICAL) NEUROENDÓCRINA (SISTEMA TÚBERO-INFUNDIBULAR) DOPAMINA Fármacos Neurolépticos SÍNTESE - DOPAMINA 70 METABOLISMO- DOPAMINA D1 D2 D4 D5 D3 Receptores RECEPTORES DE DOPAMINA Fármacos Neurolépticos 71 RECEPTORES - DOPAMINA Fármacos Neurolépticos RECEPTORES - DOPAMINA Fármacos Neurolépticos 72 RECEPTORES - DOPAMINA Fármacos Neurolépticos 1- Substância negra 2- Corpo estriado Caudado Putâmen SISTEMAS MOTORES Doença de Parkinson Reações Parkinsoneanas •Neurolépticos •Anti-eméticos (metoclopramida) D2D1 D2D1 73 NEUROENDÓCRINA (SISTEMA TÚBERO-INFUNDIBULAR) Núcleo arqueado Hipotálamo Hipófise Prolactina Hormônio do crescimentoD2 Área tegmentar ventral Núcleo accumbens (trato mesolímbico) Psicose •Esquizofrenia – sintomas + •Distúrbios afetivos •Psicose idiopática agudas •Certas psicoses induzidas por drogas D2D1 D2D1 •Comportamento emocional •Alucinações auditivas •Delírios •Distúrbios de pensamento •Mania, depressão ou demência •Agressividade/Esquizofrenia COMPORTAMENTAIS •Psicofarmacologia – Recompensa •Prazer VIA MESOLÍMBICA 74 COMPORTAMENTAIS Área tegmentar ventral Psicose •Esquizofrenia – sintomas - •Distúrbios afetivos •Psicose idiopática agudas •Certas psicoses induzidas por drogas Córtex frontal Giro do cíngulo VIA MESOCORTICAL D4 D4 Bulbo •Embotamento cognitivo •Isolamento social •Indiferença •Apatia e anedonia Fármacos Neurolépticos Vias dopaminérgicas essenciais e a base biológica da esquizofrenia a. Via dopaminérgica mesolímbica: hiperatividade dopamina: sintomas positivos b. Via dopaminérgica mesocortical: hipoatividade dopamina: sintoma negativos c. Via dopaminérgica nigroestriatal: antipsicóticos típicos: sintomas extrapiramidais d. Via dopaminérgica tuberoinfundibular: efeitos hormonais 75 - São divididos em Neurolépticos “Típicos” (ou “Tradicionais”, subdivididos pela potência), e Neurolépticos “Atípicos”. - Fármacos Neurolépticos Típicos (de baixa potência): 1) Clorpromazina*; 2) Proclorperazina; 3) Prometazona; 4) Tioridazina. Fármacos Neurolépticos * Primeiro Neuroléptico - Fármacos Neurolépticos Típicos (de alta potência): 1) Flufenazina; 2) Haloperidol*; 3) Pimozida; 4) Tiotixeno. Fármacos Neurolépticos * 100 X mais potente que a Clorpromazina 76 - Fármacos Neurolépticos Atípicos: 1) Aripiprazol; 2) Clozapina; 3) Olanzapina; 4) Quetiapina; 5) Risperidona; 6) Ziprasidona. Fármacos Neurolépticos - Farmacocinética: - Absorção pelo TGI é variável, porém, sem ser afetada pela administração concomitante aos alimentos; - Ampla distribuição corporal (ligam-se à Albumina), e passam facilmente ao SNC (boa lipofilicidade); - Biotransformação é principalmente hepática (CYP2D6); - Excreção Renal. Fármacos Neurolépticos 77 - Farmacodinâmica: - Todos os Neurolépticos utilizados para o tratamento da Esquizofrenia agem diminuindo (bloqueando) a neurotransmissão Dopaminérgica (e/ou Serotoninérgica para alguns); - O alvo principal dos Fármacos Neurolépticos Típicos e Atípicos é a inibição competitiva do Receptor para a Dopamina (tanto no Cérebro como na periferia); Fármacos Neurolépticos - Farmacodinâmica: - São conhecidos 5 tipos de Receptores para Dopamina (D1 a D5), onde a eficácia do Fármaco Neuroléptico é maior, quanto mais seletivo for ao Receptor D2 (Sistema Mesolímbico do Cérebro); - Os Fármacos Neurolépticos (principalmente Atípicos) também podem exercer inibição adicional sobre o Receptor de Serotonina (5- HT). Fármacos Neurolépticos 78 - Farmacodinâmica: - Porém, o mecanismo bloqueador dos Receptores para Dopamina, é o que reflete o efeito Antipsicótico; - Os Neurolépticos Típicos diferenciam-se entre si pela potência, mas um não podem ser considerados “clinicamente mais eficazes um que o outro” (o uso depende do estado clínico do paciente). Fármacos Neurolépticos - Farmacodinâmica: - Em síntese: 1) Neurolépticos Típicos: Bloqueio seletivo dos receptores para Dopamina (Variam na potência); 2) Neurolépticos Atípicos: Bloqueio seletivo dos receptores para Dopamina e também para Serotonina. Fármacos Neurolépticos 79 - Farmacoterapêutica e Efeitos Adversos: - Os efeitos adversos produzidos pelos Neurolépticos Típicos costumam repercutir na forma de distúrbios do movimento (Efeito Extrapiramidal); - Efeito Extrapiramidal (Uso Cônico): Sintomas “tipo Parkinson”, sendo: - Distonias (espasmos musculares involuntários); - Acatisia (intranqüilidade motora); - Discenesia Tardia (postura inadequada do pescoço, tronco e membros). Fármacos Neurolépticos - Farmacoterapêutica e Efeitos Adversos: - Os Neurolépticos Atípicos são a classe mais recente destes fármacos, e produzem menos efeitos adversos (Efeito Extrapiramidal) – Devido ao bloqueio seletivo adicional ao Receptor para Serotonina; - Contudo em termos de eficácia clínica, os Neurolépticos Atípicos são considerados equivalentes (ou ao menos ligeiramente superiores) aos Neurolépticos Típicos. Fármacos Neurolépticos 80 - Farmacoterapêutica: - Em ambos casos (Neurolépticos Típicos X Neurolépticos Atípicos), o parâmetro de referência para a escolha do fármaco, é a reposta terapêutica do paciente; - O tratamento não consegue eliminar o distúrbio fundamental (não produz cura), ele apenas propicia ao paciente uma oportunidade de diminuir a freqüência ou a intensidade das alucinações, para então, conviver num ambiente que o apóie. Fármacos Neurolépticos - Farmacoterapêutica: - Tratamento da Esquizofrenia (ilusões, alucinações, distúrbios de idéias); - Prevenção da náusea ou vômito provocada pelo uso de fármacos (Efeito Bloqueador D2) (OBS: A náusea provocada por movimento é tratada com a Escopolamina); - Tranqüilizante em situações em que o indivíduo apresente comportamento agitado e inconveniente; - Clorpromazina – Tratamento do soluço persistente. Fármacos Neurolépticos 81 Anestésicos Gerais e Locais 58 Anestésicos Gerais • Induzem estado de anestesia (perda de sensibilidade) generalizada (Anestesia Geral); • A Anestesia Geral é útil na prática da cirurgia, na qual se objetiva a ausência de percepção de todas as sensações (amnésia e inconsciência) além da analgesia, do relaxamento muscular e da supressão dos reflexos indesejáveis. • De modo geral os anestésicos gerais são divididos em 2 grupos, de acordo com a Via de Administração: 1) Via Inalatória; 2) Via Intravenosa. 59 82 Pré-Anestesia • Nenhum fármaco considerado Anestésico Geral consegue isoladamente induzir a todos os efeitos desejados de forma rápida e segura, assim, costuma-se utilizar uma combinação de fármacos, além da pré-anestesia; • Objetivos da pré-Anestesia: Acalmar o paciente, aliviar a dor e proteger contra os efeitos indesejados dos Anestésicos Gerais. • Pré-Anestésicos: 1) Anticolinérgicos; 2) Antieméticos; 3) Anti-Histamínicos; 4) Barbitúricos; 5) Benzodiazepínicos; 6) Relaxantes musculares; 7) Opióides. 60 1) Anticolinérgicos (Ex. Escopolamina): - Efeito amnésico, evitar a Bradicardia e o excesso de secreções no TGI e Trato Respiratório; 2) Antieméticos (Ex. Ondansetrona): - Evitar náusea, vômito/aspiração pulmonar de conteúdo estomacal; 3) Anti-Histamínicos (Ex. Difenidramina): - Prevenção de reações alérgicas; Pré-Anestésia - Aplicação 61 83 4) Barbitúricos (Ex. Pentobarbital, Tiopental): - Facilitam e também induzem a sedação; 5) Benzodiazepínicos (Ex. Midazolam, Diazepam): - Diminuem a ansiedade e facilitam a amnésia; 6) Relaxantes musculares (Ex. Succinilcolina, Vencurônio, Atracúrio): - Facilitar intubação e suprimir o tônus muscular até o grau necessário ao procedimento; 7) Opióides (Ex. Fentanila): - Facilitam a analgesia. Pré-Anestésia - Aplicação 62 Anestesia - 3 Estágios 1) Indução: - Doperíodo de administração do anestésico até desenvolvimento da efetiva anestesia cirúrgica; - Geralmente provocada por Anestésico IV (Barbitúrico) isolado ou em conjunto; 2) Manutenção: - Período de continuidade da anestesia cirúrgica; - Anestesia é geralmente mantida por Anestésico Volátil; - Opióides são utilizados em conjunto neste período; 3) Recuperação: - Período de tempo que vai da suspensão da administração de anestésico até a recuperação da consciência; - Período que é proporcionalmente inverso ao período de Indução. 63 84 Anestésicos Gerais Inalatórios 64 Anestésicos Gerais 1) Anestésicos Gerais – Via Inalatória: - São os fármacos utilizados primariamente para a manutenção da anestesia induzida pelos Anestésicos IV; - Oferecem um benefício que os fármacos IV não oferecem: A profundidade da anestesia é proporcional a concentração do fármaco (dose administrada). 65 85 Anestésicos Gerais - Inalados 1) Anestésicos Gerais – Via Inalatória: - Efeito mais facilmente reversível, pois a eliminação é rápida pela expiração; - São fármacos não-inflamáveis, que com exceção do Óxido Nitroso, quimicamente são Hidrocarbonetos Halogenados voláteis. 66 - Fármacos Anestésicos Inalados: 1) Halotano*; 2) Enflurano; 3) Isoflurano; 4) Sevoflurano; 5) Desflurano; 6) Óxido Nitroso. Anestésicos Gerais - Inalados * Anestésico de referência 67 86 - Farmacocinética: - Quanto solubilidade no sangue, a captação a partir dos alvéolos, e portanto, a absorção; - Passagem dos pulmões para o sangue Daí para demais tecidos; - Rápida distribuição para órgãos com irrigação sanguínea (Cérebro, Rins, Fígado, Coração); - A partir dos órgãos mais perfundidos, o anestésico tende a acumular- se no tecido adiposo; - Eliminação pulmonar e renal. Anestésicos Gerais - Inalados 68 - Farmacodinâmica: - Mecanismo inespecífico e com efeito difuso (aumento sensibilidade ao GABA ou a Glicina) – Diferentes anestésicos não relacionados quimicamente produzem efeito semelhante; - Diminuem a resistência vascular cerebral, proporcionando aumento da perfusão. - Farmacoterapêutica: - Uso em cirurgias Proporcionam controle preciso e rápido da intensidade da anestesia. - Obs: São líquidos a T.A. e exigem uso de vaporizadores. Anestésicos Gerais - Inalados 69 87 - Efeitos Adversos: 1) Cardiovascular: - Produz efeito Parassimpaticomimético, desta forma, pode ocasionar Bradicardia, e hipotensão que é dependente da dose administrada; 2) Respiratório: - Diminui ritmo da troca gasosa alveolar com conseqüente aumento na pressão parcial de CO2 no sangue; 3) Hipertermia Maligna: - Ocorrem espasmos musculares esqueléticos (excitação/contração); - Razões são pouco compreendidas – Parece relacionado ao aumento intracelular do Cálcio muscular. Anestésicos Gerais - Inalados 70 Anestésicos Gerais Intravenosos 71 88 Anestésicos Gerais - Intravenosos 2) Anestésicos Gerais – Via Intravenosa: - São os fármacos utilizados primariamente para a rápida indução da anestesia (mantida pelos Anestésicos Inalados); - Precaução com os Anestésicos IV: A rápida indução da anestesia requer injetar lentamente o fármaco; - A reversão (recuperação da anestesia) ocorre quando há redistribuição do fármaco a partir do SNC. 72 - Fármacos Anestésicos Intravenosos: 1) Tiopental (Barbitúrico); 2) Midazolan (Benzodiazepínico); 3) Etomidato (Hipnótico); 4) Fentanil e Sufentanil (Opiáceos). Anestésicos Gerais - Intravenosos 73 89 - Fármacos Anestésicos Intravenosos: 1) Tiopental (Barbitúrico) – Características: - Anestésico potente/Analgésico fraco (utiliza-se Opóide na pré- anestesia); - Ação ultracurta (ação em menos de 1 minuto até); - Alta solubilidade em lipídeos (tec. adiposo); - Devido a alta afinidade com lipídeos, a biotransformação e eliminação é lenta; - Outros: Metoexital, Pentobarbital. Anestésicos Gerais - Intravenosos 74 - Fármacos Anestésicos Intravenosos: 2) Midazolan (Benzodiazepínico) – Características: - Uso é realizado em associação com outros Anestésicos IV; - Facilitam a amnésia, ao mesmo tempo que provocam sedação; - Outros: Diazepam e Lorazepam. Anestésicos Gerais - Intravenosos 75 90 - Fármacos Anestésicos Intravenosos: 3) Etomidato (Hipnótico) – Características: - Utilizado no estágio de indução da anestesia propriamente dita; - Indução rápida da anestesia, porém com ação curta (substituto de Barbitúricos); - Não apresenta atividade analgésica; - Outro: Propofol. Anestésicos Gerais - Intravenosos 76 - Fármacos Anestésicos Intravenosos: 4) Fentanil e Sufentanil (Opiáceos) – Características: - Anestésicos com propriedades analgésicas; - Uso associado com outros anestésicos (IV ou Inalado); - Não produzem amnésia significativa; - Além da via IV são administrados pelas vias Intratecal e Epidural. Anestésicos Gerais - Intravenosos 77 91 - Farmacocinética: - De modo geral são muito lipossolúveis (Ex. Etomidato deve ser diluído em Propilenoglicol); - Metabolização hepática e eliminação renal. - Farmacodinâmica: - Induzem rapidamente a anestesia; - De modo geral, modificam a liberação de Neurotransmissores de nervos sensoriais que chegam ao SNC. Anestésicos Gerais - Intravenosos 78 - Farmacoterapêutica: - Uso na indução rápida à anestesia; - Uso em anestesia geral quando a anestesia necessária é por período curto; - Uso comum em cirurgias ambulatoriais; - Suplementados com Anestésicos Inalatórios para procedimentos a serem realizados por períodos mais longos. Anestésicos Gerais - Intravenosos 79 92 Anestésicos Locais 80 Anestésicos Locais/Tópicos: - Fármacos utilizados de forma localizada por bloquearem a condução nervosa da periferia até o SNC; - Além de suprimem a sensação da dor, podem também inibir a atividade motora quando administrados em maiores concentrações, porém, sem interferir na consciência. Anestésicos Locais/Tópicos 81 93 - Fármacos Anestésicos Tópicos: 1) Lidocaína*; 2) Bupivacaína*; 3) Procaína*; 4) Tetracaína*; 5) Cloroprocaína; 6) Mepivacaína; 7) Ropivacaína. Anestésicos Locais/Tópicos * Mais utilizados 82 - Farmacocinética: - Absorção é variada, e a distribuição pode ocorrer para o organismo todo; - Eliminação renal. - Farmacodinâmica: - Bloqueio da propagação dos impulsos nervosos ao ligarem-se ao receptor dos canais de Na+ celulares, e provocarem seu fechamento (para o influxo); - Conseqüentemente: Perda de capacidade de despolarização neuronal (Hiperpolarização); - Agem principalmente sobre fibras amielínicas, que conduzem os impulsos da sensação da dor, temperatura. Anestésicos Locais/Tópicos 83 94 - Farmacoterapêutica: - Impedem ou aliviam a dor causada em área delimitada podendo ser usados em procedimentos sobre lesões ou ferimentos; - Alívio de dores que analgésicos não conseguem suprimir. Anestésicos Locais/Tópicos 84 Fármacos empregados em doenças neurodegenerativas do SNC 85 95 Doença neurodegenerativas do SNC - Incluem enfermidades como: Doença de Alzheimer, Doença de Parkinson, Doença de Huntington, Esclerose Lateral Amiotrófica; - De forma comum, caracterizam-se pela perda progressiva de neurônios específicos de áreas do cérebro, resultando em distúrbios cognitivos ou do movimento, ou ambos; - A mais prevalente é a Doença de Alzheimer e a segunda é a Doença de Parkinson para as quais existem fármacos eficazes para o tratamento específico. 86 - É o tipo mais prevalente de demência, que possui 3 aspectos distintos: 1) Acúmulo de Placas Senis (Beta Amilóide); 2) Formação de entrelaçados neurofibrilares; 3) Perda de Neurônios Colinérgicos no núcleo Basal de Maynert. - Tratamento farmacológico resume-se a: 1) Melhoria da transmissão colinérgica no SNC; 2) Bloqueio da ação do Receptor Glutamato do tipo NMDA (N-metil-D-Aspartato). Fármacos - Doença de Alzheimer 87 96 Beta AmilóideEntrelaçados neurofibrilares x Ach Ach Ach Ach Ach Degeneração Neuronal Genético ? 97 1) Fármacos que promovem a melhoria da transmissão colinérgica: - A perda de memória é um sintoma característico da Doença de Alzheimer ocasionado pela perda de transmissão colinérgica, que pode ser otimizada pelo menos para os neurônios que mantém-se funcionais; - Todos oferecem uma modesta redução na perda cognitiva em pacientes com demência em grau leve a moderada. - Inibidores Reversíveis da Acetilcolinesterase: 1) Donezepila; 2) Galantamina; 3) Rivastigmina; 4) Tacrina. Fármacos - Doença de Alzheimer 88 98 2) Antagonista do Receptor Glutamato - NMDA: - A superestimulação destes tipos de receptores resulta em efeito citotóxico ao Neurônio, o que colabora no processo neurodegenerativo; - O efeito neuroprotetor pode reduzir a progressão da demência com perda de memória, e também, prevenir este quadro, entre pacientes com demência em grau moderada a grave. - Fármaco antagonista do Receptor- NMDA: 1) Memantina. Fármacos - Doença de Alzheimer 89 - É um distúrbio neurológico progressivo do movimento muscular, caracterizado por: Tremores, rigidez muscular, bradicinesia e anormalidades postural e ao caminhar; - Doença relacionada a perda de neurônios dopaminérgicos inibitórios na região do sistema de gânglios basais do cérebro (Sistema Extrapiramidal) que se encontram envolvidos com a atividade motora; - Ocorre diminuição da Dopamina nestas porções, e sobram neurônios colinérgicos do tipo excitatórios, havendo então desequilíbrio, o que resulta na disfunção motora típica da doença; - Parkinson Secundário: A encefalite viral e a ocorrência de múltiplas lesões vasculares pequenas. Fármacos - Doença de Parkinson 90 99 - Tratamento farmacológico resume-se a restabelecer o equilíbrio Dopamina/Acetilcolina: 1) Restabelecer transmissão dopaminérgica nos gânglios da base (Neurônios inibitórios); 2) Bloquear transmissão colinérgica nos gânglios da base (Neurônios excitatórios). - Fármacos utilizados: 1) Levodopa e Carbidopa; 2) Selegilina; 3) Inibidores da COMT (Catecol O-Metiltransferase); 4) Agonistas Dopaminérgicos; 5) Amantadina (Antagonista do Receptor Glutamato - NMDA); 6) Antagonistas Colinérgicos. Fármacos - Doença de Parkinson 91 1) Levodopa e Carbidopa: - Nos estágios iniciais da doença o número de neurônios ainda é suficiente para converter o precursor Levodopa em Dopamina; - A oferta adicional de Dopamina é uma terapia meramente sintomática; - Os efeitos da administração de Levodopa é potencializado pelo uso concomitante da Carbidopa, que é um inibidor da Dopa- Descarboxilase, que é uma enzima que converte Levodopa a Dopamina no TGI e outros tecidos; - Este efeito deve ser evitado por uma razão principal: a Dopamina formada na periferia não atravessa bem a barreira Hematoencefálica. Fármacos - Doença de Parkinson 92 100 2) Selegilina: - É um fármaco inibidor da MAO (Enzima Monoamino-Oxidase), que catalisa a biotransformação da Dopamina; - Ocorre consequente aumento das concentrações da Dopamina no SNC; - O uso é concomitante a Levodopa permite a administração em doses menores deste fármaco. Fármacos - Doença de Parkinson 93 3) Inibidores da COMT (Catecol O-Metiltransferase): - Entacapona; - Tolcapona. - Uma reação secundária de biotransformação da Levodopa é via Enzima COMT nos tecidos periféricos; - No entanto, em pacientes que fazem uso da Levodopa em conjunto a Carbidopa ocorre aumento secundário da atividade da COMT, resultando em catabolismo da Levodopa; - Se houver catabolismo periférico da Levodopa diminui a oferta deste precursor da Dopamina no SNC. Fármacos - Doença de Parkinson 94 101 4) Agonistas Dopaminérgicos: - Bromocriptina; - Pergolida; - Ropinirol; - Pramipexol. - Utilizados nos estágios mais avançados da doença, todos apresentam vantagem em relação a Levodopa pelo fato de apresentarem tempo de meia-vida maior. Fármacos - Doença de Parkinson 95 5) Amantadina (Antagonista do Receptor Glutamato N-metil-D-aspartato - NMDA): - O bloqueio do receptor NMDA resulta em maior liberação de Dopamina no SNC, além de também ser um antagonista dos receptores colinérgicos. 6) Antagonistas Colinérgicos: - A Benztropina, o Triexifenidil e o Biperideno são fármacos pouco eficazes em relação a administração da Levodopa, e apresentam apenas um papel auxiliar no tratamento da Doença de Parkinson. Fármacos - Doença de Parkinson 96 102 Obrigado, agradeço a atenção de todos OBRIGADO!
Compartilhar