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LEISHMANIOSE – Larissa Leslye Dois grupos clínicos de leishmaniose nas Américas: - L Tegumentar americana: pele e mucosas - L Visceral americana: fígado, baço, medula óssea, linfonodos, etc EPIDEMIOLOGIA: 350 milhões de pessoas tem o risco de contrair essa doença. → No oriente médio, ocorre anualmente 1 milhão e mio de casos clínicos – principalmente tegumentar. → Era uma doença de áreas rurais, e depois de um certo tempo ela passou a vir para a periferia, cidades e áreas urbanas. → Temos na nossa região essa doença → Doença de evolução lenta – pode evoluir, estabilizar ou regredir – principalmente a tegumentar. → Era uma doença de caráter profissional, que ocorria entre trabalhadores que iam construir estradas, pontes, trabalhadores de fazenda que mexiam com terra... Mas nos últimos 20 a 30 anos ela começou a se desenvolver em ambientes doemesticos, e no pessoal que costuma fazer ecoturismo → Ela tem ampla distribuição geográfica. E a OMS diz que temos 500 mil casos novos por ano. CATEGORIAS CLÍNICAS GERAIS LEISHMANIOSE TEGUMENTAR: subtipos • L. Cutânea: ocorre nas mucosas, principalmente nas mucosas nasobucofaríngea; lesões ulcerativas localizadas - Pode surgir leishmaniose de mucosa vulvaresgenital – mulheres que fazem necessidades no ambiente, sem privada/sanemanento básico dá lesões ulcerativas vulvaresvaginal. • L. Muco cutânea: começa na pele e acaba na mucosa • L. Cutânea Difusa: lesões nodulares e em placa que ocorre no corpo todo LEISHMANIOSE VISCERAL Atinge órgão profundos, principalmente fígado, baço e medula óssea Leismania: protozoario flagelado do filo: família: gênero: leishmania com várias espécies. → Quem são as Leishmanias? Protozoário flagelado do filo Sarcomastigophora; subfilo mastigophora; família tripanosomatidae com várias espécies. - Complexo Leishmania mexicana - Complexo Leishmania Brazilisenses Leishmaniose Tegumentar Americana Pergunta prova: Quais os complexos de Leishmaniose que causam leishmania tegumentar crônica? C. Mexicana e Braizlienses - Complexo Donovani: leishmania visceral no velho mundo - Leishmania Infantum/Chagasi: leishmaniose visceral americana OBS: Leishmaniose Visceral canina - leishmania infantum - L. tropica - L major - L aethiopica → As leishmanias são heteróxenas, com mais de um hospedeiro. Possui hospedeiros mamíferos (mais de 200 espécies) e o hospedeiro invertebrado. → Tem duas formas biologias ou evolutivas de acordo com a fase do ciclo biológico em que ela se encontra: Amastigota: estrutura ovalada, com grande núcleo excêntrico, hipercromático, próximo a ele um cinetoplasto - mitocôndria grande rica em DNA, de onde parte um bolso flagelar com um axonema dentro, esse axonema se tranforma em um flagelo quando essa estrutura celular se transformar em uma promastigota. Leishmaniose Tegumentar no velho mundo Célula fusiforme alongada, com núcleo central, cinetoplasto migra para a extremidade, de onde o flagelo se exterioriza. → As amastigotas se localizam nos mamíferos: dentro de células do sistema monocítico fagocitário de vários órgãos e tecidos. → As promastigotas encontramos nos hospedeiros invertebrados – inseto fêmea do gênero Fluxomia/flebótomos - flebotomíneo: tubo digestivo e glândula salivar do hospedeiro invertebrado. LTA: leishmaniose tegumentar LVA: visceral As espécies de leishmania tegumentar americana habitam as células do sistema monocitico fagocitários de pele e mucosas dos mamíferos. As espécies de leishmania visceral americana habitam as células do sistema monocitico fagocitários de medula óssea, baço, linfonodos, fígado de mamíferos. EXEMPLO DE PERGUNTA PROVA:. As espécies que causam Leishmaniose tegumentar habitam células do sistema monocítico fagocitários de pele e mucosas. E as especies de leishmanias que causam leishmaniose visceral habitam nas células do sistema monocítico fagocitário de vários órgãos e tecidos profundos. → Cão: principal reservatórios urbano da leishmania infantos que causam LVA em humanos – importante no ciclo da Leishmaniose. Individuo exposto picado por inseto, ele inocula a promastigota junto com a saliva. Essas promastigotas interagem com as células do sistema monocítico fagocitário, ou simplesmente com macrógafos cutâneos, interiorizam-se, transformam-se em amastigotas, multiplicam-se intensamente por reprodução binária (assexuada). Abarrotam o macrófago, então ele vai romper. Essas promastigotas novas vão interagir com mais macrófagos adjacentes, e então temos por uma semana uma intensa atividade proliferativa. E esse ciclo se mantém, dependendo da espécie. Se for do complexo Brazilienses ou Mexicana, vai ser restrito a pele e mucosas. Se for Infantum (ou aqueles outros), começa na pele e por via linfo-hematogenica vai para os órgãos profundos causando a Leishmaniose Visceral. → Se esse indivíduo for picado novamente por um outro inseto, esse inseto ingere macrófagos com amastigotas que no tubo digestivo se transformam em promastigotas, se multiplicam intensamente, por via hemolinfa vai para glândula salivar desse inseto. Esse inseto ao picar, inocula promastigotas no hospedeiro – cão, gatos, ratos, humanos, e o ciclo se fecha. Ex: De perguntas: As especies do complexo mexicano e brasilienses infecta? Pele e mucosas Infantus? Órgãos profundos Principal Mecanismo de Transmissão das Leishmanioses: principalmente vetorial (inseto faz o hematofagismo = telmatofagia); Obs: Leishmaniose: doença Leishmania: parasito → A saliva desses insetos possui maxidilan – importante papel na interação do parasito como hosopedeiro, ela tem papel imunomodulador, ela atrai macrófagos para o local da picada. → Fatores determinantes da infecção, durante a transmissão vetorial: MAXIDILAN, substância da saliva imunomoduladora. → Fatores relacionados ao parasito: carga parasitária (quantidade de parasitos – promastigotas inoculadas); fase de metaciclogenese – fase proliferativa da infecção – maturação da proliferação do parasito, dependendo de moléculas de superfície do parasito (intensa proliferação do parasito devido toda essa questão da maxidilan, primeiros 5 a 7 dias – há um crescimento mas depois pode estabilizar, podendo regredir, cronificar) → Em relação aos hospedeiros: fatores genéticos que modulam a suscetibilidade a infecção; fatores genéticos que modulam a resposta imune inata e tardia. Outros possíveis mecanismos de transmissão: laboratórios, material contaminado, via transfusional, via transplacentária INTERAÇÃO ENTRE PARASITO-HOSPEDEIRO: interação entre promastigotas de Leishmanias e receptores dos macrófagos. → Nós temos nesse processo de interação moléculas de superfície do parasito interagindo com moléculas de superfície de membrana da célula hospedeira (macrófagos – CFM– célula do sistema monofagocítico). Moléculas Receptoras da Membrana de Macrófagos: CR3:receptores complemento FnR: receptores para fibrolectinas MFR: receptores da manose-fucose Moléculas de superfície o parasito: Gp63: Glicoproteases – degradam enzimas lisossomais da célula hospedeira LPG: lipofosfoglicano – inibe a produção de substancias microbicidas intracelulares, como os metabólitos oxidativos – ERRO’s que são substancias microbicidas Fn: fibronectina. → Fosfatases ácidas: relacionadas com o mecanismo de virulência do parasito, são moléculas de superfície de membrana do parasito, e elas também exercem papel no bloqueio da produção dos radicais de O2 (microbicidas) Fosfatidil Serina: o papel dela é opsonisara membrana do parasito, para que o sistema imune reconheça esse patógeno e fagocite esse parasito, aumentando o processo de fagocitose. E isso é mediado por receptores de membrana do macrófago que modulam a respostas imune das células hospedeiras, induzindo o macrófago a produzir citocinas anti-inflamatórias, portanto, induz um aumento da resposta linfocítica TH2. Quando temos um aumento da TH2 temos os linfócitos B agindo, produzindo anticorpos. Anticorpos tem nenhum ou pouco efeito sobre parasito intracelular, ai então ajuda INIBIR A RESPOSTA FAGOCITÁRIA DE NOVO. Aspectos: silvestre; ocupacional, laser, rural e periurbana RESERVATÓRIOS: mamíferos, humanos, rato PROFILAXIA: controle de reservatórios como cães; busca ativa de doentes, com lesões de pele; uso de mosquiteiro, repelente; detetização; aconselhamento
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