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Necrose e Apoptose

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NECROSE E APOPTOSE – LARISSA LESLYE 
→ A célula está inserida em um ambiente social, ela está o tempo todo 
respondendo a estímulos internos e externos. E ela está sujeita a 
modificações no ambiente fisiológico como a instalação de processos 
patológicos. 
→ Nesse cenário ela pode conseguir se modificar (hipertrofia, hiperplasia, 
metaplasia, atrofia) e se adaptar a esse meio, e se ela não conseguir se 
adaptar ela vai ser lesada, pode ser uma lesão de dois tipos: 
- Menos intensa e reversível 
- Mais intensa, por um período prolongado e ela morre 
 
MORTE CELULAR dividimos em dois tipos - necrose e apoptose 
Causas de lesão celular: estímulos nocivos (todos podem danificar 
reversível ou irreversível, depende da intensidade e duração) como 
privação de O2 – hipóxia (diminui o aporte de oxigênio); anoxia (cessa o 
aporte de oxigênio) → O2 para gerar de ATP, na ausência a fosforilação 
oxidativa vai parar e a célula vai ser lesada; a célula utiliza o O2 para 
guardar compostos lesivos para o citoplasma, por exemplo, o cálcio em 
altas quantidade é lesivo, então o cálcio está o tempo todo “sequestrado” 
no Reticulo endoplasmático e nas mitocôndrias e para isso precisamos do 
O2; as próprias enzimas do lisossomo dependem do O2 para gerar ATP e 
serem mantidas dentro do lisossomo, se elas extravasarem causa 
destruição celular. 
 
Principais causas que levam a Hipóxia na célula? 
Isquemia: redução no fluxo de sangue; é um processo localizado, um vaso 
vai ser obstruído, faltando O2 e nutrientes para aquela região, para aquele 
órgão 
Obs: Hipoxia – diminuição de O2; Isquemia é a diminuição do aporte de 
sangue. Se tivermos isquemia teremos hipóxia, e redução de nutrientes. 
Mas se tivermos falando de outras causas de hipóxia, não 
necessariamente causa isquemia. Se nossas hemácias estiverem 
impossibilitadas de transportar O2, teremos uma hipóxia mas não uma 
isquemia 
Ex: Intoxicação por monóxido de carbono, ele se liga a hemoglobina 
impedindo que o O2 se ligue – as células vão morrer por hipóxia, mas sem 
que haja a isquemia. 
Insuficiência Cardiorrespiratória: processo generalizado; processo 
generalizado, todos os órgãos do corpo estarão sujeitos a hipóxia 
Redução no transporte de O2: processo generalizado, todos os órgãos do 
corpo estarão sujeitos a hipóxia 
 
As células aguentam mais a situação de hipóxia dependendo das suas 
capacidades: 
- Tipo celular 
- Grau de metabolismo desse tecido 
- Qual a Vulnerabilidade desse tecido 
 
Ex: Neurônios: são células extremamente frágeis, que precisam de ATP 
para fazer os impulsos nervosas, eles não tem nenhuma forma de 
armazenar nutriente no citoplasma, portanto ele é altamente dependente 
do fluxo sanguíneo; eles sofrem lesão irreversível por necrose 
Ex: Musculo cardíaco: mais resistente, dura 20 a 30 min 
Ex: Já os fibroblastos não demandam tanto ATP, consegue durar sem O2 
horas – são mais resistentes a lesão celular 
 
→ Velocidade de Instalação dessa Hipóxia 
Lenta – anos; o tecido vai se adaptando a isso, a morte celular não 
acontece tão rapidamente, 
Ex: Aterosclerose dos vasos da base do encéfalo que se desenvolve ao 
longo de décadas 
Rápida – minutos – AVC isquêmico – redução acentuada da quantidade de 
O2 para o cérebro de forma rápida e em poucos minutos esse cérebro vai 
sofrer necrose. 
 
→ Taxa metabólica: alguns órgãos conseguem alterar seu metabolismo; 
ora vai ta mais acentuado ora essa taxa metabólica estará baixa 
Ex: músculo esquelético: desde que imobilizamos e não fazemos ele 
trabalhar, não vai haver lesão celular pois conseguimos diminuir a taxa 
metabólica 
Ex: musculo cardíaco: não tem como imobilizar/colocar em repouso, 
diminuir o metabolismo dele, portanto haverá morte celular, 
 
OUTRAS CAUSAS DE LESÃO CELULAR PODENDO LEVAR A MORTE CELULAR 
- Agentes físicos: trauma mecânico de um acidente automobilístico; calor 
e frio (queimaduras e geladuras podem causar necrose); alterações na 
pressão atmosférica (leva lesão dos órgãos ocos, podem romper e sofrer 
morte celular); radiação (ultravioleta como luz solar; radioterapia – 
objetivo de causar morte celular nas células tumorais); choque elétrico 
- A gentes químicos e drogas: as nossas próprias moléculas que nossa 
célula possui, se alterarmos a concentração delas elas se tornam nocivas. 
A própria glicose se enchermos o sangue de glicose isso lesa as células por 
mudar o metabolismo fisiológico. A ureia em grande quantidade causa 
lesões tbm nos neuronios, fígado, intestino, rim. O cálcio precisa ser baixo 
no citoplasma, se ele aumentar ele causa necrose; produtos tóxicos 
(cianeto – bloqueia a fosforilação oxidativa na mitocôndria e para de gerar 
ATP); medicamentos; drogas de abuso 
Ex: Esteatose Hepática – degeneração gordurosa do fígado – acúmulo de 
TAG no citoplasma dos hepatócitos sempre que eles sofrem uma lesão 
crônica, isso é a causa mais comum do consumo exagerado do álcool. Mas 
pode ser medicamentosa ou viral. 
 
→ A resposta aos agentes químicos e as drogas vai ser variável entre 
indivíduos, de acordo com a idade e a capacidade de metabolização 
dessas substâncias. 
 
Agentes Biológicos: todos os microrganismos podem causar lesão celular, 
as bactérias, vírus, fungos, protozoários. 
Ex: Meninséria Meningitidis – gera uma lesão sistêmica do endotélio pela 
liberação de proteínas tóxicas ao endotélio - Meningite 
Sistema imunológico: algumas doenças a lesão tecidual não ocorrem pela 
ação do microrganismo, ocorre pela tentativa de resposta do nosso 
sistema imunológico ao eliminar esse organismo, e essa resposta imune 
descontrolada e exagerada que lesa nossos tecidos ou ainda um erro 
desse sistema imune de tolerância de proteínas próprias – doenças 
autoimunes. 
Ex: Lupus Eritematoso Sistêmico 
Alterações Genéticas: sabemos que um gene codifica um RNA mensageiro 
e este codifica uma proteína, que é importante, se tivermos uma mutação 
dessa proteína ou enzima ela perde sua função e a célula se lesa de 
maneira irreversível → causando morte celular 
Ex: Temos doenças de acumulo onde perdemos a enzima para metabolizar 
algum substrato e o que vai acontecer é o acumulo dessa substancia no 
citoplasma da célula e essa célula vai ser lesada de maneira irreversível - 
Mucopolissacridoses – célula perde a capacidade de sintetizar as 
glicosaminoglicanas que elas sintetiza e ela se acumula no citoplasma 
causando morte celular 
Ex: Anemia Falciforme: um par de base trocado formando uma 
hemoglobina S que não tolera dessaturação, ficando no formato de foice e 
obstruindo vasos. 
 
Distúrbios Nutricionais: deficiências de proteínas ou calorias; falta de 
vitaminas (A – úlcera de córnea; C – escorbuto) causando lesão celular por 
essas alterações nutricionais. Ex: a obesidade causa esteatose dos 
hepatócitos, e a esteatose leva a necrose dos hepatócitos e a deficiência 
também causa morte celular – desnutrição proteica e calórica; 
hipercolesterolemia – O LDL se deposita na túnica intima dos vasos, 
obstruindo-o causando lesões isquêmicas. 
 
 
LESÃO CELULAR 
Demora um tempo para se estabelecer; 
→ A primeira coisa que ocorre após uma instalação de um agente lesivo 
na célula é um déficit na função da célula, ela para de desempenhar sua 
atividade, e isso pode levar a lesão celular reversível ou irreversível. A 
partir do momento que ocorreu uma lesão bioquímica surge uma lesão 
ultraestrutural, que é uma lesão na microscopia eletrônica mudando a 
morfologia microscópica e só por fim teremos alterações macroscópicas 
vistas a olho nu. 
 
LESÕES REVERSIVEIS 
Sempre que a célula sofre uma alteração, em pouco tempo, ela consegue 
reverter sua normalidade (se revertermos a causa daquela lesão). Vemos 
isso em dois exemplos: 
Balonização celular = Degeneração hidrópica/tumefação celular/ 
esteatose / degeneração gordurosa 
→ O que causa essa Tumefação celular? Principalmente redução de ATP – 
hipóxia reversível;Ex: Cardiomiocito – até 30 min ele sofre tumefação; depois ele sofre 
necrose 
Na tumefação a célula precisa de O2 para fazer ATP, se tivermos uma 
hipóxia esse processo está prejudicado, faltando ATP essa é a causa. Se 
tirarmos esse estímulo a célula volta ao normal, se não tirarmos a célula 
progride para necrose 
Relembrando função da bom Na+/K+ 
Sódio: mais concentrado no meio extra que intra 
Potassio: mais concentrado intra que extra 
→ Bomba de sódio e potássio trabalha com ATP, usando a energia para 
um transporte ativo – 3 sódios saem, dois potássios entram. Essa bomba 
cria um potencial de membrana, a face externa dessa membrana fica com 
uma carga mais positiva, e a interna com uma carga mais negativa, e isso é 
essencial para os nossos transportadores de membrana, se esse potencial 
for alterado, isso permite a abertura de outros canais de membrana, e é 
isso que vai ocorrer na tumefação celular. 
A partir do momento que essa bomba falhar pela depleção de ATP, os ions 
vãos seguir o caminho do seu gradiente de concentração, o sódio vai 
entrar na célula e o potássio vai sair pelos canas de vazamento, abrindo 
vários canais de membrana, bagunçando todo o equilíbrio eletrolítico da 
célula, e a consequência da entrada do sódio na célula é a agua 
acompanhar. O sódio puxa água e a célula vai acumular água gerando a 
tumefação 
RESUMO: 
Hipóxia – redução da fosforilação oxidativa na mitocôndria – depleção de 
ATP – falência da bomba de sódio e potássio atpase – influxo de sódio e 
fluxo de potássio – entrada e acúmulo de água no citoplasma e nas 
organelas – tumefação celular, e das organelas (fica maior pelo acúmulo 
de água) 
A alteração morfológica macroscópica é difícil de observar – mas os 
órgãos ficam mais branco e mais pesado 
Ex: em hepatites encontramos a tumefação dos hepatócitos 
Ex: O coração se tivermos uma isquemia aguda – 20 a 30 minutos – 
também apresenta tumefação. 
 
Lesões Irreversíveis – Morte Celular 
- Necrose: acidental e desregulada; danos as membranas plasmáticas e 
das organelas; danos de DNA; acomete várias células ao mesmo tempo; 
exclusivamente patológico; não precisa de energia para acontecer (ATP); 
temos reação inflamatória; ocorre primeiro tumefação para depois 
necrosar; a célula da necrose ela é maior que o normal pq primeiro ela se 
tumefaz; o destino dessa morte celular, a necrose fica lá pq ela não se 
autodigere, ela precisa que as células inflamatórias que estão ao lado vão 
digerindo e eliminando elas de fora para dentro 
- Apoptose: morte celular 
programada; célula se 
fragmenta de maneira 
ordenada; célula gasta ATP; 
integridade das membranas 
celulares; não afeta as outras 
células; restos são removidos 
por fagocitose; não gera 
resposta inflamatória; 
fisiológica ou patológica; célula 
diminuem de tamanho; o 
destino dessa morte celular, a 
célula se desmonta em 
pequenos fragmentos chamados de corpo apoptótico (membrana 
plasmática em volta com pedaços de citoplasma, organelas e núcleo 
dentro) e com isso a célula vai sendo fagocitada pelas células ao lado ou 
por macrófagos sem ocorrer uma inflamação. 
 
Estímulos que desencadeiam as duas mortes: privação de ATP; excesso de 
cálcio; infecções; 
 
NECROSE 
Definimos como a morte celular ocorrendo no meio de organismo ou 
tecido vivo; é um processo patológico que ocorre passivamente (não 
precisa de ATP para acontecer) 
Os principais estímulos para Necrose: 
- Isquemia gerando hipóxia ou anóxia; estímulos tóxicos por substâncias 
químicos; infecções ou traumas 
→ A membrana plasmática e das organelas vai ser lesada, extravasando 
para o citoplasma e para o meio extracelular gerando inflamação ao redor, 
matando um coletivo de células. Essa célula morta é incapaz de se digerir 
completamente, então como ela vai ser removida? Uma parte é removida 
pelas próprias enzimas lisossomais, a outra parte vai ser digerida por meio 
de neutrófilos ao redor da inflamação e ai os macrófagos fagocitam essas 
células e removem elas, ocorrendo a reparação tecidual no local. Isso 
demora até ser totalmente removido 
 
→ Causas da Necrose e seus mecanismos (todos estão conectados) 
Depleção do ATP por lesões isquêmicas gerando hipoxia ou anoxia ou 
componentes químicos que lesam a mitocôndria: sem O2 para a 
fosforilação oxidativa – a célula vai usar somente glicólise – anaeróbica – 
só que a quantidade de ATP é menor – célula consume todas as suas 
reservas. 
 
→ Basicamente temos dois tipos de lesão na mitocôndria (se lesar não 
temos ATP) 
- Formação do poro de transição de permeabilidade mitocondrial: a 
mitocôndria tem a matriz mitocondrial mais interna onde ela tem suas 
enzimas mais especificas, contornada pela membrana mitocondrial que 
forma as cristas mitocondriais, e mais para fora ela tem o espaço 
intermembranoso contornando a membrana mitocondrial externa. A 
membrana mitocondrial externa ela é permeável, e se comunica com o 
citoplasma. Mas a membrana mitocondrial interna é impermeável, temos 
poros impermeáveis e isso tem que se manter assim para funcionar a 
cadeia transportadora de elétrons e funcionar a fosforilação oxidativa. 
Na lesão mitocondrial, o poro impermeável forma um canal aberto, e esse 
canal aberto vai igualar todos os compartimentos, vai ter troca livre entre 
a membrana interna e o citoplasma e isso vai interromper toda a cadeia 
transportadora de elétrons parando de gerar ATP – leva a necrose 
→ Mas a mitocôndria também está relacionada a apoptose, que é a morte 
celular programada, na mitocôndria remos o citocromo C que fica dentro 
da matriz mitocondrial. Se ele sair para o citoplasma ele ativa as caspases 
que são as enzimas que fazem a apoptose 
→ A mitocôndria tem várias proteínas antiapoptoticas (não deixam a 
apoptose acontecer – BCL2) e as pró-apoptoticas (fazem a apoptose). 
 
CÁLCIO: 
→ Muito importante na célula como segundo mensageiro, para o 
funcionamento de várias enzimas. Só que esse cálcio tem que estar 
sequestrado em compartimentos internos, por exemplo precisa estar na 
matriz mitocondrial ou dentro do REL. 
Se tivermos uma isquemia e depletar o ATP, isso vai causar um influxo de 
cálcio. Sem ATP, para de funcionar a bomba Na+/K+; entrando sódio na 
célula, ela vai sofrer despolarização, isso vai abrindo a membrana 
plasmática, abrindo canais, inclusive de cálcio. Abrino esses canais a 
células vai encher de cálcio, e ele vai ativar enzimas – fosfolipases – que 
vai destruir as membranas,- mitocondrial, plasmática, lisossomal – ativa 
proteases, que vai degradar todo o citoesqueleto e proteínas/enzimas das 
células; ativa as nucleases que quebra o DNA de forma irregular; e ativa a 
ATPase que secreta ainda mais ATP dos estoques das células levando a 
uma cascata viciosa, onde a depleção de ATP aumenta o cálcio, e o cálcio 
piora a depleção de ATP.... levando a célula a morte por lesão de proteínas 
estruturais, da membrana plasmática e membrana das organelas → causa 
irreversibilidade do processo → NECROSE 
 
 
ESPECIES REATIVAS DE O2: 
São caracterizados por ser qualquer substancia que tenha elétrons livres 
no orbital externo, tornando as moléculas avidas por reagirem com outra 
moléculas. Ela vai se ligar a proteínas, lipídeo e DNA celular, e no que eles 
ligam a esses constituintes causam uma lesão neles. Se um radical livre se 
ligar a uma MP sofre peroxidação lipídica gerando mais radicais livres – 
destruindo a membrana celular. O mesmo acontece com a ligação do 
radical livre com o DNA, ele quebra o DNA e pode gerar mutações e isso 
vai perpetuando a destruição celular. 
O radical livre é produzido normalmente durante a respiração na 
mitocôndria – fosforilação oxidativa, as organelas também produzem, em 
quantidades baixas dentro das organelas ele é importante para ajudar a 
destruir microorganismos. Quando um macrófago é ativado por citocina, 
ele produz radical livre para tentar destruiresse radical livre. Mas nossas 
células tem um balanço, ao mesmo tempo que ela gera, ela elimina esses 
EROS. 
Vitaminas antioxidantes: Vit A; E; C – bloqueiam a formação de radical 
livre em excesso e ajuda e eliminar um pouco e temos as enzimas 
especializadas em destruir radicais livres, por exemplo a Catalase dos 
peroxissomos; glutationa redutase e assim a célula mantem um balanço 
desse processo. 
Quando a célula está em hipóxia, a produção de radical livre é muito 
grande e ela não consegue mais neutralizar isso e o próprio radical livre 
vai fazer lesão celular. 
 
Alterações da membrana: estímulos que lesam a membrana plasmática, 
fazendo furos nela e prejudicando a célula. A membrana é uma bicamada 
de fosfolipideo e inserido nela temos proteínas e açucares formando o 
glicocálix, ela tem toda uma estrutura. Na necrose vamos perder esses 
processos, perdemos os domínios da MP (tem domínios), a assimetria da 
MP vai ser perdida, e a célula vai entrar em falência 
Lesões da membrana são causadas pela: peroxidação lipídica (EROS); a 
própria lesão da mitocôndria (que gera lesão da MP da célula e das 
organelas); aumento de cálcio que ativa lipase e destrói membrana e o 
processo de proteases ativadas por cálcio destrói o citoesqueleto que 
mantem a membrana integra. 
 
APLICAÇÃO PRÁTICA DISSO 
→ O que temos dentro das células permanece lá pq a membrana segura 
isso. 
Se tivermos um IAM no ápice do coração iremos ter uma lesão da 
membrana plasmática desse cardiomiócito, então as proteínas estruturais 
e regulatórias desse musculo cardíaco vão sair da célula e ganhar a 
circulação sanguínea- isso permite que dosamos essas substâncias no 
sangue para servir de marcadores de lesões teciduais – no caso do infarto 
a troponina e a creatina quinase vão sair para o sangue. 
 
 
Morfologia e tipos de necrose: 
Numa célula necrótica o núcleo tende a desaparecer no final do processo 
e o citoplasma fica amais rosa, tendo um aumento de acidófila ou 
eosinofilia. Diminui o ph – torna ele mais ácido – causando desnaturação 
de proteínas e perda do RNA ribossômico; afeta um coletivo de células, 
não é uma única célula; podemos observar inflamação devido ao 
extravasamento de conteúdo. 
Esse citoplasma fica muito rosa pois as proteínas desnaturadas tem uma 
maior afinidade pela Eosina, então elas ficam mais rosas e a célula vai 
perder tudo que daria basofilia, que no caso é o RNA dos ribossomos 
O núcleo pode ter três alteraçoes: 
Núcleo normal: áreas mais 
coradas que é a 
heterocromatina e as que se 
coram menos que é a 
eucromatina 
- Piscnose: núcleo retrai 
diminuindo de tamanho, e fica 
intensamente corado pela 
hematoxilina – fica muito 
roxo, quase preto; isso pois a cromatina vai se agregar. Possui um 
citoplasma intensamente acidófilo de aspecto homogêneo e vítreo 
→ Esse núcleo picnótico, com o tempo ele vai se fragmentar em pedaços 
irregulares: 
- Cariorexe: se fragmenta em pedaços 
- Cariólise: cromatina é digerida por enzimas e o núcleo fica quase 
transparente, até ele quase desaparecer 
 
 
 
 
→ Na apoptose esse núcleo fica picnótico e depois ele sofre cariorexe, se 
desfaz em pedaços, mas esses pedaços são regulares em tamanho (na 
necrose não), quebra mais ordenada. 
→ SLIDE: Observar a microscopia eletrônica que mostra a lesão da 
membrana da mitocôndria e da MP (buracos). E isso permite o 
extravasamento dos componentes celulares 
• Como reconhecer uma célula necrótica 
• Tipos de necrose 
• Parte molecular – superficial 
• Falta de ATP – para bomba Na+/K+ - entra água – tumefação 
• Falta ATP – LESA A MITOCONDRIA E A MP – célula morre 
 
Necrose é dividida em vários tipos: 
 
Necrose Coagulava: tipo mais comum de necrose; ela é uma consequência 
da hipóxia e da isquemia (parou de chegar sangue e O2); a necrose 
tumoral também é 
coagulativa; 
Obs: Citamos que a 
isquemia gera necrose 
coagulativa, mas uma 
exceção é a isquemia da 
parte central do sistema 
nervoso – se faltar 
sangue ele sofre necrose 
liquefativa. 
→ A necrose coagulativa 
na microscopia 
geralmente é bem 
delimitada; o tecido fica 
mais firme que o normal, e o tecido adquire uma cor amarelada pálida. 
Infarto: área localizada de necrose coagulativa que ocorre por obstrução 
vascular. Todo infarto é necrose, mas nem toda necrose é infarto. 
Mas alguns órgãos quando infartam e sofrem necrose fica de cor 
vermelha/enegrecida, pois ocorre a saída de hemácia do capilar para esses 
órgãos: órgãos que possuem circulação colateral – pulmão; testículo, 
ovário e intestino 
 
Necrose Liquefativa: o tecido se liquefaz pela ação enzimática; vira uma 
massa liquida e viscosa; isso é típico de duas situações, a necrose 
associada aos processos infecciosos, quando temos um abcesso é uma 
área de destruição tecidual pelo processo inflamatório agudo, formando 
uma cavidade repleta de pus. 
Obs: Quando olhamos dentro do abcesso, temos as células mortas e uma 
grande quantidade de neutrófilo que tentam eliminar a bactéria liberando 
enzimas, e essas enzimas matam as células – sistema imune na tentativa 
de combater os microrganismos causam morte celular. 
Ex: necrose por isquemia da parte central do sistema nervoso (AVC); 
forma uma cavidade 
 
Necrose Caseosa: menos comuns – temos um único exemplo – infecção 
pelo microbacterium tuberculosis – só em tuberculose. As áreas de 
necrose ficam brancas e desfaz com a mão. 
 
Necrose gordurosa- esteatonecrose; destruição de tecido adiposos que 
morre por necrose, independente da causa da necrose desse tecido 
adiposos será chamado de necrose gordurosa. 
Ex: Pancreatite aguda (ativa as enzimas pancreáticas e essas enzimas 
destroem o pâncreas – alcoolismo, cálculo de vesícula que obstrui o 
ducto); 
Ex: Mama - mulher sofre um trauma, essa necrose endurece por fibrose. 
 
Necrose Gangrenosa: necrose coagulativa envolvendo tipos de tecido 
(vários planos teciduais); 
Ex: No nosso dedo, a gangrena passa para um 
processo de mumificação. 
A gangrena é uma necrose de todas as camadas da 
pele. 
Ela pode ser seca: mumificação 
Ela pode ser úmida: quando se infecta 
 
 
Necrose Fibrinoide: alterações dos vasos sanguíneos que vemos na 
vasculite (inflamação que atinge as paredes dos vasos sanguíneos); 
A fibrinogênio do plasma ativa a 
cascata de coagulação e se torna 
fibrina, isso acontece dentro da 
parede do vaso. Isso acontece pois 
o vaso está com o endotélio 
lesado, causado a inflamação. O 
fibrinogênio entra na parede do 
vaso e la se forma a fibrina – MAS 
NÃO É UMA NECROSE VERDADEIRA 
 
 
Com o tempo a necrose vai ser eliminada da periferia para o centro, pq os 
neutrófilos liberam enzimas que vão digerir esse tecido e esses tecidos 
digeridos vão ser fagocitas por macrófagos. 
Mas se essa necrose não conseguir ser absorvida, ela se calcifica.

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