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LICENCIATURA EM QUÍMICA
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO
ATIVIDADE: REFLEXÃO REFERENTE A PALESTRA DE BERNADETE GATI: FORMAÇÃO DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO BÁSICA: “UM PANORAMA DAS QUESTÕES FUNDAMENTAIS”
Danielle Ferreira Carvalho RA 1880238
Polo Swift
 Ano 2020
Uma palestra inspiradora, que nos leva a muitas reflexões sobre os cursos de pedagogia e lincenciatura. Segundo Bernadete, falta melhores conexões entre a vivência no ambiente escolar e o que de fato é oferecido no ambiente acadêmico no que tange a gradução propriamente dita.
Ainda em boas universidades públicas, a formação dos professores na graduação não é suficiente, ponto levantado várias vezes pela palestrante que apresentou a palestra “Formação do Professor da Educação Básica: Um panorama das questões fundamentais" durante o  segundo encontro do Ciclo Ação e Formação do Professor, organizado pela Cátedra de Educação Básica da USP.
De acordo com Gati, que lançou o livro Professores do Brasil: Novos Cenários de Formação, em uma parceria entre a Fundação Carlos Chagas (FCC) e a UNESCO, há um enorme abismo e falta de sincronia entre a formação dos professores e a realidade encontrada por eles ao assumir uma sala de aula. Um ponto muito relevante dos cursos levantado por Bernadete é a fragmentação. Principalmente na formação de professores para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, em que a formação pedagógica dos futuros professores é realizada de maneira completamente separada da aprendizagem dos conteúdos da área em que estão se formando. Esse é o maior desafio na preparação de bons docentes.
Muito se discute no ambito de tecnicismo, falhas na formação inicial e na ausência de momentos para se discutir aspectos da prática docente, como metodologias de ensino — de alfabetização, entre outros. Planejar e avaliar o ambiente escolar ou até para lançar um olhar para o currículo da Educação Básica. "Mesmo que seja uma formação pra ele ter uma perspectiva crítica em relação ao currículo, porque o professor deverá desenvolvê-lo nas suas práticas", afirma a pesquisadora.
Como explicação de uma parte desse processo todo está a tradição do ensino superior no Brasil. A forma como faculdades, na sua maioria públicas, veem o conhecimento e a formção no ensino superior que vem de séculos passados e não abre margem para muitas discussões.
Ela ressalva a importação de distinguir os dois. Importante ressaltar que o trabalho pedagógico é cultural, que estabelece uma comunicação e relação entre professor e aluno. Por isso, mesmo que práticas e metodologias sejam apresentadas ao futuro educador, seria impossível que ele apenas as replicasse. "O professor não é uma máquina, muitas vezes uma metodologia não é repetitiva e muito menos preditiva.
Sendo assim, é possível sim que aspectos metodológicos sejam incorporados aos currículos dos cursos de formação de professores sem que sejam meramente apresentados como um passo a passo. "Qualquer método que você pense em utilizar ou oferecer para os estudantes ele tem seus fundamentos teóricos na psicologia, nas teorias de comunicação, nas teorias de desenvolvimento, na sociologia cultural, na antropologia", diz a professora.
Há uma possibilidade que esse panorama mude. A resolução 2/2015 do Conselho Nacional de Educação determina novas diretrizes para os cursos de licenciatura e entra em vigor a partir de julho de 2019. Entre as medidas apresentadas está a proposta de que os conteúdos pedagógicos ocupem pelo menos 20% da carga horária dessas graduações e que elas possuam identidade própria e interdisciplinar. "Não pode ser um penduricalho do bacharelado", ressalta Gati.
Há muitos “gaps” dos cursos de graduação para futuros docentes com inúmeros impactos sobre o sistema de Educação. Um deles é a o fato de que se formam menos professores do que o necessário para dar conta de todas as turmas, principalmente nas disciplinas que requerem especialistas.
Apenas 46% dos educadores brasileiros possuem formação na área que lecionam. Esse fenômeno se dá pela pequena oferta e interesse por cursos como Filosofia e Sociologia e também pela alta evasão nas licenciaturas, muitas vezes motivada também pelos problemas com os cursos. "A maioria das práticas didáticas de Ensino Superior não são motivadoras. Como é que você quer que aquele aluno, que vai aprender, sim, por imitação, por vivências, também tenha depois, na sua sala de aula, a capacidade de criar um ambiente motivador?", questiona Bernadete.
Mesmo quando a formação inicial é a definida pela lei, a responsabilidade por superar as deficiências recai sobre as iniciativas de formação continuada. 
Uma outra questão que traz consigo problemas atuais dos cursos de formação de professores é a maneira como os estágios obrigatórios estão programados. O atual modelo traz pontos a serem distribuídos em diversas disciplinas e serem baseados apenas em observações. "A lei de estágio é muito boa. As engenharias, a arquitetura, a usam bem. Por que na Educação é falado pro aluno: 'Olha, vai lá na escola, fala com alguém, e traz um relatório' que ninguém lê na maioria dos casos?", questiona Gati.
Para os cursos de licenciatura aumentam a carga horária de estágio para 400 horas. Essas horas deveriam ser distribuídas ao longo do curso e articuladas às atividades de aprendizagem na universidade e a um projeto consolidado dentro da escola.
Já existem alguns modelos inovadores pelo país. Como por exemplo as licenciaturas oferecidas pela Unesp de Rio Claro, no interior paulista. "Cada estágio é baseado na ideia da interação intergeracional", explica Gati. Estudantes de pedagogia são acompanhados pelos professores na escola onde realizam o estágio e tem um acompanhamento próximo dos docentes do Ensino Superior. A diretoria de ensino articula o trabalho junto às universidades locais. "Eles fazem uma programação de estágio, segundo alguns critérios, e com projeto para cada aluno. O professor que vai receber o aluno, no ano seguinte, já está preparado para recebê-lo e já sabe qual é a programação. Os coordenadores pedagógicos das escolas acompanham o estágio, e os professores do nível superior vão uma vez por mês até elas", conta.
BIBLIOGRAFIA
https://www.youtube.com/watch?v=NnZXyDT4PDM, ACESSO EM 26 DE SETEMBRO DE 2020 ÀS 15:03H
LICENCIATURA EM QUÍMICA
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO
ATIVIDADE: REFLEXÃO REFERENTE A PALESTRA DE ANTONIO NÓVOA: “DESAFIOS DO TRABALHO E FORMAÇÃO DOCENTES NO SÉCULO XXI”
Danielle Ferreira Carvalho RA 1880238
Polo Swift
 					 Ano 2020
A reflexão sobre o vídeo de Antonio Nóvoa referente ao desafio do trabalho e formação de professores nos leva a pensar sobre os diversos problemas sociais durante o processo de aprendizagem escolar, o professor, o aluno, a instituição, escolas e universidades. Fatores políticos e sociais que afetam diretamente as intenções junto ao mercado de trabalho. Mas o ponto mais forte de discussão durante a palestra é o termo escola nova, onde papel de professor e aluno são desenhados.
	Segundo Nóvoa, o professor está imerso em um ambiente com grandes tensões sociais inerentes da comunidade e sociedade. Ele fomenta o entendimento neste ambiente que o indivíduo está inserido e as questões ali envolvidas principalmente neste momento que a Educação tem sido tratada como mercadoria, destacando a importância de instituições publicas versus aos grandes grupos de escolas privadas. 
	Antonio destaca a importância dos professores exercerem papéis decisivos e protagonistas neste futuro próximo. Ele afirma que o modelo atual das escolas já está morto, que não funciona. Os alunos não se relacionam com a educação da mesma forma que o século passado. Segundo o professor, é necessário realizar um “refresh” na forma de pensar tanto o centro de educação e a apredizagem. Focar na autonomia das crianças, personalizar o atendimento dos alunos e comunidades, diferenciar cada indíviduo e focar no atedimento personalizado para cada um.
	A escola tem como uma das funções educar através da educação. Faz-se necessárioque o ambiente educativo tenha o compartilhamento das experiências entre os alunos, as trocas entre alunos e professores, a cooperação entre comunidade e sala de aula. O professor passa a ter um papel de organizador do trabalho coletivo ali desenvolvido. O sistema precisa tratar seus problemas vitais ou ele se degrada ou ele metamorfoseia, segundo Nóvoa.
	É neste contexto que Antonio sugere mudanças educacionais, é um momento que precisa ser repensado, há apenas um caminho para essa reconstrução entre a coragem de dar o primeiro passo para a mudança entre professores e esfera política tanto em escolas e universidades.
	Levando-se em considerações todas as citações durante o vídeo do professor, pode-se dizer que a mudança se faz necessário com base em mudanças estruturais na base da sociedade permitindo a mudança de mentalidade de todos e fortalecendo o protagonismo do professor.
	BIBLIOGRAFIA
https://www.youtube.com/watch?v=sYizAm-j1rM, ACESSO EM 30 DE SETEMBRO DE 2020 ÀS 10:31H
LICENCIATURA EM QUÍMICA
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO
ATIVIDADE : ANÁLISE DO DESAFIO DE GARANTIR OS PADRÕES BÁSICOS DE QUALIDADE E EVITAR O CRESCIMENTO DA DESIGUALDADE EDUCACIONAL NO BRASIL
Danielle Ferreira Carvalho RA 1880238
Polo Swift
Ano 2020
Esse texto se refere a uma análise crítica de um dos desafios apontados no Parecer n°5/2020 do Conselho Nacional da Educação referente as atividades durante a Pandemia. Há muitas preocupações do CNE para garantir os “padrões básicos de qualidade afim de não permitir o crescimento da desigualdade educacional no Brasil”. Muitos fatores foram considerados para adotar o uso de pacotes e softwares educacionais – com o intuito de adicionar à rotina de estudantes o EAD, tangebilizar o uso de ferramentas virtuais, ensino remoto ou outras alternativas, sem a mediação direta de professores – os quais não foram preparados para tal – e com famílias sem condições de acessibilidade e de suporte ao processo educativo de crianças e jovens, não se conseguirá oportunizar o acesso ao ensino de qualidade. Tais ações acentuam as desigualdades digitais, sociais, culturais e econômicas dos estudantes brasileiros, acirrando as desiguais oportunidades de acesso ao conhecimento. Neste caso, a garantia de qualidade, no sentido das condições materiais para o desenvolvimento da formação, já poderia estar assegurada se a implementação do custo aluno qualidade fosse implementado, de forma permanente, evitando os experimentalismos remotos, que beiram a improvisação,  propostos durante a suspensão das aulas.
O ano letivo não obrigatoriamente precisa coincidir com o ano civil, principalmente em situações excepcionais como a que nos encontramos. A garantia de padrões de qualidade requer a construção de novas propostas pedagógicas, adequadas aos níveis, etapas e modalidades da educação nacional, com  fundamentação e adequada definição dos objetivos pedagógicos, dentro do planejamento educacional da rede. Tal proposição deve  considerar os complexos desafios resultantes da pandemia e seus desdobramentos, em articulação com as políticas educacionais democraticamente estabelecidas e com o projeto pedagógico das instituições, mediante envolvimento dos órgãos centrais dos sistemas de ensino, as suas instituições, os profissionais da educação e os estudantes.
Neste caso, conseguimos reorganizar as horas escolares de modo a garantir o acesso educacional para todos, de forma presencial, assegurando que não haja discriminação devido às condições de vida dos estudantes. Entendemos que todas as dificuldades apontadas pelo CNE para a reposição presencial podem ser superadas, redimensionadas, tendo em vista o bem maior que é a saúde, a vida e o direito à educação. Nesse sentido, defendemos a reorganização dos calendários escolares assegurando a reposição as aulas e atividades escolares de modo presencial, logo que a pandemia esteja superada e possamos ter a necessária segurança sanitária. A reposição presencial das aulas e atividades acadêmicas suspensas é o melhor modo de assegurar o acesso à educação, em igualdade de condições a todos, ainda que para tal seja necessário que as atividades do ano letivo de 2020 sejam estendidas até 2021. 
O documento de referência sugere o envio de atividades típicas da escola  às famílias, crianças e jovens em cada etapa educacional, desconsiderando que a realização de atividades não presenciais trará enormes prejuízos a uma parcela significativa de estudantes, cujos familiares não terão condições, por diversos fatores, de ofertar o apoio necessário para realização das atividades. Os sistemas e instituições de ensino não estão preparados para a adoção da EAD, pois não possuem expertise necessária para tal, nem os docentes têm formação adequada para o uso de ferramentas online, pois esta nunca foi uma exigência para a sua atuação. Ademais, o uso indiscriminado de aplicativos e aulas prontas, que não consideram as realidades educacionais, não garante o acesso ao conhecimento e nem pode substituir, tanto em carga horária quanto em qualidade, as atividades presenciais, e menos ainda pode responder pela formação integral do sujeito. Não podemos admitir uma equivocada naturalização do uso da EAD como simples forma de transposição (im)possível do cotidiano escolar, minimizando o papel da escola, reduzida à transmissão de conteúdos pré-fixados e descolados do contexto social em que se encontram crianças-jovens-adultos. A educação, enquanto processo amplo, exige afeto, troca, experiências coletivas que não são simplesmente passíveis de substituição tecnológica. Quando da retomada das atividades regulares, será de extrema importância a constituição de um espaço dialógico de ressignificação das relações sociais frente aos desafios que a pandemia impôs na ampla diversidade sócio-cultural-econômica das comunidades escolares.  Não menos importante é a falta de acesso à infraestrutura digital necessária para aulas e ou atividades online, realidade da maioria dos estudantes brasileiros, que amplia as desigualdades educacionais a que estão sujeitos.  Não podemos desconsiderar o acúmulo da área educacional sobre EAD e os limites da recuperação de estudos e reposição de aulas, nem escamotear a realidade que aponta para o atraso na democratização do acesso à internet e às tecnologias digitais no país.  Isso não significa uma negação de busca por alternativas pedagógicas e uso de recursos tecnológicos, pelo contrário, são valorosas desde que contribuam para diminuir as desigualdades no acesso à educação e aos meios contemporâneos de comunicação social. Para tanto, é preciso pensar a EAD para além de uma perspectiva instrumental, sentido que prevalece nas disposições apresentadas.
Ressalvamos que EAD não é a solução para o problema de reposição das atividades suspensas e nem o mecanismo mais adequado para reorganização do calendário escolar. Consideramos menor a preocupação em não entrar no ano de 2021 com atividades letivas de 2020, pois a questão principal é educação para todos com igualdade e qualidade.
Também é fundamental que os sistemas municipais e estaduais tenham autonomia para definir suas formas de recuperação, assegurada a participação das comunidades escolares nas proposições e deliberações, seguindo o princípio constitucional da gestão democrática. Uma educação de qualidade e de políticas educacionais que materializam em todos os níveis o direito constitucional à educação, não pode deixar de ser referência nas iniciativas governamentais de todos os entes federativos, inclusive neste período de crise sanitária e econômica. Portanto, são impróprias ações filantrópicas e assistencialistas que pretendam substituir o dever do Estado e dos órgãos públicos nos respectivos sistemas educacionais.
Atentamos ao perigo de medidas com o propósito de deslocar, simular e substituir o currículo escolar. Não é possível simplificar e dirigir aprendizagens por mera transposição de conteúdos e atividades realizadas na escola para ambientes virtuais, desconsiderando o conhecimento já sistematizado nasinstituições de ensino, por profissionais da educação, e cientificamente validados.
Importante o compromentimento com a garantia do direito à educação pública, gratuita, democrática, laica e de qualidade para todos/as; reafirmamos a necessidade de políticas nacionais, articuladas com os sistemas de ensino federal, dos estados e dos municípios,  envolvendo as instituições educativas, os estudantes, os profissionais da educação, os pais e responsáveis.
REFERÊNCIAS: 
http://www.adufpb.org.br/site/nota-posicionamento-sobre-o-parecer-do-cne-que-trata-da-reorganizacao-dos-calendarios-escolares/ - ACESSO EM 16 DE OUTUBRO DE 2020 ÀS 13:47H
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