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Displasia do desenvolvimento do quadril - DDQ tutoria - 2 introdução: ● ● denominação anterior: “Luxação Congênita do Quadril” ● espectro de anormalidades anatômicas do quadril, as quais podem ser: a. congênitas ou b. de desenvolvimento após o nascimento. ● manifesta-se de várias formas, dependendo: ○ do grau de deslocamento, ○ da idade do paciente ○ no diagnóstico ○ e no tratamento ou, ainda, ○ da condição do quadril, se é instável, displásico, subluxado ou luxado. ● A displasia implica progressiva deformidade do quadril, em que o fêmur proximal, o acetábulo e a cápsula são defeituosos. ● A luxação da cabeça do fêmur pode ocorrer: no útero (fetal ou pré-natal), no nascimento (perinatal) ou depois dele (pós-natal). ● achados clínicos e radiográficos, assim como as modificações patológicas, dependem do tempo de deslocamento. ● A luxação do quadril é dividida em três grandes categorias: ○ a teratológica, que ocorre antes do nascimento e envolve graves deformidades do acetábulo, da cápsula e do fêmur proximal, associada a outras malformações, como mielomeningocele, artrogripose múltipla congênita, agenesia lombossacral e anomalias cromossômicas; ○ a neurológica, em decorrência dos desequilíbrios musculares pós-natais, como na paralisia cerebral; ○ a típica, que ocorre em crianças normais ● DDQ - amplo espectro de alterações que atingem o quadril em crescimento desde displasia até luxação da articulação passando pelos diferentes graus de subluxação da coxofemoral ● incidência variável - localização geográfica importa definição: ● anormalidade no tamanho, na morfologia, na orientação anatômica ou na organização da cabeça femoral, na cavidade acetabular ou em ambos. ● displasia acetabular: caracterizada pelo acetábulo imaturo, com a cavidade rasa que pode acarretar a subluxação ou a luxação da cabeça femoral ● subluxação do quadril - deslocada de sua posição anatômica normal, mas ainda mantém algum contato com a cavidade acetabular ● luxação do quadril - deslocada de sua posição anatômica normal, mas ainda mantém algum contato com a cavidade acetabular ● quadril instável - articulação que se apresenta reduzida, na posição anatômica, mas em que é possível provocarmos subluxação ou luxação anatomia e desenvolvimento: ● do nascimento até maturidade (16 anos +/-) o quadril em crescimento passa por longa evolução. ● o quadril é o resultado de um elemento intermediário coxofemoral, cartilagíneo, que se inicia em uma fenda articular do embrião. Esse esboço extremamente maleável é o centro dos primeiros pontos de ossificação (diáfise femoral, ílio, ísquio e púbis), que concentram ao redor da articulação as cartilagens de crescimento, das quais dependem não só o comprimento e o tamanho dos elementos ósseos, mas também a morfologia articular. ● A adaptação entre o fêmur e o acetábulo deve ser recíproca ● Cartilagem subcapital: Une o núcleo à metáfise, assegura o comprimento do colo do fêmur e o crescimento de toda a sua extremidade superior, representando 20% do crescimento definitivo do membro inferior. Reage, essencialmente, às forças de pressão durante a carga, na marcha e na contração muscular. ● Cartilagem do trocânter maior. Dela depende o maciço externo metafisário e a determinação do ângulo de varização. É solicitada pelas forças de tração, que dependem principalmente do glúteo médio. O enfraquecimento ou a paralisia desse músculo desencadeia o valgismo do colo femoral. ● Cartilagem em Y. - Tal cartilagem tem sob sua responsabilidade o crescimento, a morfologia do acetábulo e 50% do desenvolvimento da pelve. Ao nascer, o acetábulo é imaturo, plano e insuficiente, circundado por estruturas fibrocartilaginosas do limbo e da cápsula articular etiologia e epidemiologia ● multifatorial ● incidência variável, depende inclusive da localização geográfica ○ Aproximadamente um em cada 1.000 recém-nascidos poderá nascer com o quadril luxado e cerca de 10 em 1.000 com o quadril subluxado (instável) ● causas + importantes: hiperlaxidão ligamentar, excessiva anteversão femoral, anteversão e/ou deficiência acetabular e má posição intrauterina ● fatores de risco: ○ história familiar; ○ ocorrer oligohidrâmnios; ○ primeiro filho ○ recém-nascido com maiores peso e altura ○ sexo feminino (proporção de 8:1); ○ apresentar torcicolo, plagiocefalia, pé metatarso varo ou calcâneo-valgo, contratura em extensão dos joelhos ou outras deformidades nos pés ou coluna vertebral; ○ raça branca ○ O quadril esquerdo é o mais afetado (60%) e o quadril direito é o menos afetado (20%) nas situações de unilateralidade, sendo a bilateralidade menos frequente (20%). ○ apresentação pélvica (+ probabilidade de luxação em mais de 14 vezes no lactente a termo) ○ acometimento maior nos italianos e descendentes ● A flexão do quadril, durante os últimos meses de gestação, nas posições pélvica ou cefálica + frouxidão ligamentar-> pode evoluir para displasia residual ou subluxação ● Na posição pélvica, o fêmur do feto em flexão e rotação externa pode ser forçado para fora do acetábulo, predispondo a criança a nascer com o quadril instável, subluxado ou luxado ● quadril do neonato -> articulação relativamente instável porque a musculatura não está desenvolvida, as superfícies cartilaginosas são deformáveis com facilidade e os ligamentos são frouxos. ● É possível haver posicionamento exagerado em flexão aguda e adução do quadril na vida intrauterina, sobretudo em fetos com apresentação de nádegas. Essa situação pode causar estiramento excessivo da cápsula posterior do quadril, o que deixa a articulação instável após o parto. ● A frouxidão pode refletir a história familiar ou a presença do hormônio materno relaxina na circulação fetal. exame físico ● situação ideal: berçário ou primeiros dias de vida ● O exame do quadril do rn deverá, ser: rotineiro e enfatizado ainda no berçário e, também, no seguimento ambulatorial da criança, nas primeiras semanas e meses de vida ➢ Encurtamento aparente do fêmur, sinal de Galeazzi positivo ○ Não é encontrado de modo habitual no recém nascido ○ + comum nos casos de deslocamento pré-natal (teratológica) ou no diagnóstico tardio, quando de uma luxação franca. ○ O exame deve ser feito com os quadris em posição simétrica. Quando o quadril estiver em abdução, o outro em adução parecerá mais curto. ○ O diagnóstico de fêmur curto congênito, nesses casos, não pode ser esquecido ➢ Assimetria das pregas inguinais. ○ as pregas, quando a cabeça femoral está deslocada em posição posterior e cranial, podem estar assimétricas. ○ No lado afetado, a prega inguinal estende-se posterior e lateralmente em relação à abertura anal. ○ Quando ambos os quadris estão deslocados, as pregas estão simétricas, mas estendem-se posterior e lateralmente à abertura anal ➢ Teste de Ortolani. ○ é um teste de redução do quadril, ou seja, quando um recém-nascido com a articulação coxofemoral luxada é examinado, a cabeça femoral é reduzida no acetábulo com a manobra, assim sendo demonstrada a luxação. ○ Coloca-se a criança em posição supina em mesa de exame firme. A criança precisa estar relaxada, não chorar nem resistir ao exame. ○ Examina-se um lado do quadril de cada vez. Com uma mão, estabiliza se a bacia; com a outra, colocam-se os dedos médio e o indicador no trocânter maior e abraça-se a coxa com a mão e o polegar sobre o joelho. Não se coloca o polegar no triângulo femoral, pois isso pode causar dor e reação da criança. A manobra é realizada com delicadeza. ○ Não se pode comprimir demais os dedos sobre a coxa do bebê. Com o quadril fletido em 90°, abduz-se a coxa e, com o dedo indicador ou o médio, empurra-se, de baixo para cima e de fora para dentro, pelo trocânter maior, a cabeça femoral para dentro do acetábulo.○ O examinador sente o ressalto de redução do quadril. ○ A seguir, aduz-se o quadril. A cabeça femoral irá se deslocar para fora do acetábulo com ressalto de saída. ○ Não se pode esquecer que esse é um teste de sensibilidade e não de força. O ressalto é sentido nos dedos, não pelos ouvidos por meio de ruídos do tipo clunk. ○ É importante não confundir o ressalto de entrada e saída da cabeça femoral com o roçar miofascial da banda iliotibial, ou dos glúteos no trocânter maior, ou, ainda, o fenômeno do vácuo articular no quadril. ○ A subluxação da patela, durante o exame, também pode causar crepitação, confundindo o exame ➢ Teste de Barlow ○ O sinal de Barlow é exatamente o oposto, ou seja, é uma manobra provocativa da luxação de um quadril instável. ○ feito para o diagnóstico de instabilidade do quadril. ○ A criança é colocada da mesma forma que para o teste de Ortolani. A extensão do quadril aumenta a sua instabilidade, enquanto a hiperflexão deixa-o mais estável. ○ O quadril deve ser testado em 45° de flexão e 5 a 10° de adução, ou seja, em posição de instabilidade. Com os dedos indicador e médio por cima do trocânter maior e o polegar no terço médio da coxa (não em cima do trocânter menor), empurra-se a cabeça femoral, lateral e posteriormente, na tentativa de deslocar o quadril. ○ Quando o quadril é instável, a cabeça femoral se desloca para fora do acetábulo, por meio do ressalto de saída. ○ A seguir, desfaz-se a compressão ânteroposterior e, de maneira delicada, abduz-se e flexiona-se o quadril. A cabeça femoral será reduzida para dentro do acetábulo, com o ressalto de entrada. ○ Em caso de dúvida, testa-se o quadril em posição de maior instabilidade, ou seja, com maior extensão e adução. ○ No quadril subluxado, a cabeça femoral não consegue ser empurrada para fora do acetábulo, não ocorre o ressalto de saída, somente um deslizamento, e uma leve telescopagem pode ser sentida, já que o quadril está parcialmente luxado observações sobre os exames clínicos : ● A manobra de Ortolani não deverá ser executada com esforço e, sim, com delicadeza e com a criança perfeitamente calma, pois é uma redução do quadril luxado. Uma criança que está chorando muito, agitada, dificultará e atrapalhará sobremaneira a realização e a conclusão do exame. ● Em poucas semanas, se o quadril permanecer luxado, a limitação da abdução da articulação será evidente e um sinal clínico importante. ● A abdução máxima dos quadris do recém-nascido, considerada como normal, tem um valor acima dos 60 graus. ● Com o crescimento da criança e o quadril luxado, os sinais clínicos tornam-se mais óbvios. ● Com o passar do tempo, torna-se mais difícil e impossível a redução da luxação pela manobra de Ortolani, passando, então, este sinal a ser negativo. (a perda progressiva da frouxidão ligamentar e pelo aumento da força muscular, que mantém o quadril luxado) ● A limitação da abdução torna se maior. ● Entre 3-6 meses de idade, a redução do quadril de uma criança acordada poderá ser difícil; por isto, nesta faixa etária não é comum encontrarmos crianças com o sinal de Ortolani positivo. Portanto, neste grupo, a manobra de Ortolani perde o seu valor diagnóstico. ● O examinador deve considerar, também, o fato de a criança apresentar “estalidos” quando da realização do exame físico que podem não ser do quadril instável ou luxado. ● De qualquer forma, acreditamos que o médico berçarista, ou o neonatologista, deverá enviar a criança para consulta especializada com o ortopedista nas seguintes eventualidades: 1) achados clínicos de instabilidade ou de luxação do quadril; 2) nos casos de dúvida; e, 3) os pacientes de “alto risco” – parto pélvico, primeira gestação, mãe jovem, antecedentes familiares – independentemente do resultado do exame físico efetuado. diagnóstico clínico (DC) ● relativamente simples, seguro e que proporciona um tratamento geralmente eficaz ● tratamento precoce proporciona níveis de, aproximadamente, 96% bons resultados. ● no recém-nascido e nos bebês o diagnóstico da DDQ é eminentemente clínico e realizado com as manobras de Ortolani e de Barlow ● varia de acordo com: ○ a idade da criança, ○ o grau de deslocamento da cabeça femoral (instável, subluxada ou luxada) ○ e quanto à condição do deslocamento, se pré-natal, perinatal ou pós-natal. ➢ Do nascimento aos 6 meses ○ rn: o dc de luxação do quadril é feito pelo teste de Ortolani e o de instabilidade, pelo teste de Barlow. ○ Contudo, antes de aplicar esses testes, é preciso examinar o quadril e os membros inferiores, em busca de outros aspectos sugestivos de DDQ, como: Assimetria de pregas nas coxas e poplíteas. Costuma acontecer no recém-nascido pela obliquidade pélvica, com contratura no quadril em abdução de um lado e em adução do outro, o que poderá estar comprometido ➢ Dos 6 aos 12 meses ○ Com o progressivo deslocamento posterolateral e cranial da cabeça femoral, aumentam as alterações anatômicas na articulação. ○ Contratura em adução do quadril: a abdução do quadril luxado é progressivamente limitada ○ Encurtamento aparente da coxa:sinal de Galeazzi positivo ○ Postura em rotação externa do membro inferior: com o quadril e o joelho em extensão, o membro inferior fica posicionado em rotação externa. ○ Assimetria das pregas glúteas: as pregas ficam assimétricas e são mais acentuadas na luxação unilateral ➢ Após a marcha ○ a criança anda com claudicação por conta da fraqueza do glúteo médio e do encurtamento aparente do membro afetado. ○ Em ortostatismo, apresenta lordose lombar excessiva, rotação externa do membro inferior, trocânter maior proeminente e sinal de Trendelenburg positivo ○ Com o aumento da contratura em adução do quadril, ocorre geno valgo compensatório exames de imagem ● radiografia convencional ○ valor limitado na confirmação diagnóstica da DDQ nos recém-nascidos, pois as epífises femorais proximais (cabeças dos fêmures) não estão ossificadas até os quatro a seis meses de vida. ○ começará a ser útil para a confirmação da DDQ mais tarde, após os quatro meses de idade da criança. + núcleo de ossificação da cabeça femoral será radiograficamente visível a partir do quarto ou sexto mês de vida. ○ Na avaliação radiográfica para o diagnóstico da DDQ, nos primeiros meses de vida, temos que lançar mão de medidas e sinais indiretos, tais como: linhas dos quadrantes, linha horizontal de Hilgenreiner e linha vertical de Perkins, linha de Shenton e o índice acetabular ● ultrassonografia ○ no neonato tem um potencial óbvio, pois evidenciará claramente as estruturas cartilaginosas que são precariamente delineadas pela radiografia simples ○ Dois métodos são usados para avaliar o quadril: o estático de Graf, que analisa o fêmur proximal e o contorno da pelve, e o dinâmico de Harcke, que emprega a ultrassonografia em tempo real, o que permite o exame dinâmico, com o quadril em movimento, fundamentando-se na reprodução das manobras de Barlow e Ortolani. O método de Graf mede a displasia cartilagínea, e o de Harcke, a estabilidade do quadril. ● tomografia axial computadorizada (TAC) ○ permite a observação da interposição do tendão do músculo iliopsoas e da hipertrofia do pulvinar, mesmo sem a contrastação da cápsula e do interior da cavidade articular como, também, evidenciar as subluxações femorais e a medida do ângulo de anteversão acetabular. ○ Este exame poderá ser realizado mesmo com a criança usando aparelho gessado e será útil, portanto, para informar a exata posição de redução tratamento: ● é desafiador ● objetivos: diagnóstico o mais precocemente possível, a redução da articulação e a estabilização do quadril em uma posição segura. ● divide-se as possibilidades do tratamento de acordo com as diferentes faixas etárias, por ocasião do diagnóstico. ➢ Tratamento do rn - 3 meses ○ Nesta faixaetária o tratamento é baseado no conceito de que: mantendo-se o posicionamento do quadril reduzido em flexão e em leve abdução, ocorrerá o estímulo necessário para o desenvolvimento normal da articulação. ○ uma vez estabelecido o diagnóstico de instabilidade ou de luxação do quadril, o tratamento será iniciado visando a redução da cabeça femoral na cavidade acetabular e a sua manutenção até a certeza da estabilidade articular. ○ Inúmeros aparelhos ortopédicos estão disponíveis nos dias de hoje para cumprir o objetivo do tratamento inicial. ○ mais comumente usado é o suspensório de Pavlik. → proporciona a simultânea flexão e abdução da articulação coxofemoral graças às tiras que se unem com relativa facilidade. + ação está baseada no princípio de redução em flexão, evitando uma posição de abdução forçada da articulação. + No trabalho, os autores mostram que 89% dos quadris luxados em crianças menores de seis meses de idade foram reduzidos com sucesso e apresentaram um desenvolvimento normal com o uso desta órtese + Porém, se a redução concêntrica não é obtida nas primeiras duas a três semanas de uso do suspensório, esta conduta será abandonada em favor da tração seguida pelas técnicas clássicas de redução do quadril. + As falhas de redução com o uso do Pavlik geralmente são devidas a um mau acompanhamento da criança pelo médico no ambulatório. + Quando a opção é pelo uso do suspensório, é necessário que a criança seja examinada com frequência para avaliar a correta aplicação do mesmo, geralmente, a cada semana. + a criança permanecerá 6-8 sem usando o aparelho ou, como regra prática, aproximadamente (duas vezes o valor da idade em que iniciou o uso do suspensório de Pavlik) + Lembramos que o suspensório de Pavlik poderá ser usado até aos 4-6 mesess de idade da criança + Em caso de falha com o uso do suspensório a opção é a redução incruenta e a imobilização em aparelho gessado (precedida ou não por um período de tração) para esta faixa etária. ➢ Tratamento dos três meses de vida até a idade da marcha ○ a maioria poderá ser tratada com a redução incruenta (fechada) e a imobilização em aparelho gessado pelvipodálico ○ No ato operatório poderá ser necessária a tenotomia percutânea dos músculos adutores do quadril. ○ Quando não conseguimos a redução por manobras fechadas, a redução aberta (cruenta) está indicada. ○ Assim, as indicações para a redução cruenta são: 1) a cabeça femoral permanece acima da cartilagem trirradiada no exame radiográfico; 2) arco de redução/luxação é menor do que 25° após a tenotomia dos adutores; 3) a cabeça femoral não entra no acetábulo; 4) a cabeça femoral permanece lateralizada em relação ao acetábulo após quatro semanas de redução parcial; e 5) a redução previamente testada falhou. ○ Após o período de imobilização no aparelho gessado, que variará de dois a três meses, o paciente passa a utilizar uma órtese de abdução (por exemplo, tipo Milgram) por mais dois a três meses. ○ A criança com DDQ requer avaliação clínica e radiográfica, com tratamento ortopédico e observação quando indicado, até a maturidade esquelética. ➢ Tratamento após a idade da marcha ○ não deveria existir, pois o ideal é que o diagnóstico seja efetuado bem antes desta faixa etária; ○ entretanto, em algumas crianças, pode ocorrer a falha tanto do diagnóstico como do consequente tratamento precoce. ○ A abordagem e os tipos de tratamento nas crianças com idades superiores a um ano e meio ou dois anos, são motivo de controvérsia. ○ Pode ser indicada a tentativa de redução fechada (incruenta) ou, então, a redução aberta (cruenta) será praticamente obrigatória. ○ Nesta faixa etária, quando do ato operatório, ainda teremos de considerar o encurtamento femoral (ósseo) para permitir a redução articular como, também, as operações com osteotomias complementares na região acetabular ○ O limite de idade para indicação das tentativas de redução do quadril será até os quatro ou cinco anos de vida da criança. ○ Após esta idade, as denominadas operações “de salvamento” da articulação são utilizadas, incluindo as osteotomias pélvicas mais elaboradas e difíceis (tipos Steel, de Chiari, poligonal pélvica e outras) ou pensaremos nas artroplastias totais do quadril.
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