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ATIVIDADE CASO CLINICO 5 - RUMINANTES

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QUESTÕES RESPONDIDAS 
 
Qual a suspeita inicial a partir do histórico? 
Resposta: São suspeitas as enfermidades como timpanismo, acidose lática ruminal, obstrução 
esofágica e pneumonia. 
 
Quais as anormalidades encontradas no exame físico? 
Resposta: No exame físico é notado que os animais estão magros, com escore corporal 2, com 
respiração tóraco-abdominal, ingurgitamento das jugulares, abafamento das bulhas cardíacas, 
edema em região de peito e mandíbula, febre, hipomotilidade rumenal, mucosas oculares e 
vulvar pálidas, TPC de 4’’, uma pelagem áspera e arrepiada com presença de ectoparasitas. 
 
Qual o sistema afetado? 
Resposta: Sistema cardiocirculatório, respiratório e digestório. 
 
Qual a região afetada? 
Resposta: Região torácica e abdominal, no qual, devido a ingestão de um corpo estranho pelos 
animais, primeiramente foi afetado o retículo que foi perfurado, entrando em contato com o 
peritônio, e posteriormente região de tórax levando a um piotórax e pericardite pela perfuração 
do saco pericárdico. 
 
Quais os possíveis diagnósticos diferenciais? 
Resposta: Peritonite, piotórax, pericardite, reticulopericardite e miocardite bacteriana por 
trombo proveniente em fígado. 
 
Quais exames complementares? Alterações? 
Resposta: Foi coletado o sangue do animal para ser feito um hemograma e bioquímico, além 
de um esfregaço sanguíneo, além disso, foi feito um ultrassom do coração, abdômen, e coleta 
de líquido peritoneal. 
No hemograma notou-se no animal 1 um hematócrito um pouco aumentado e PPT maior que o 
limite demonstrando uma desidratação, anemia leve, baixo índice de hemoglobina que explica 
a dificuldade respiratória pelo baixo transporte de oxigênio, presença de fibrinogênio alto 
devido inflamação e leucócitos aumentados. No animal 2 notou-se um fibrinogênio alto por 
possível inflamação e leucócitos aumentados. Em ambos animais a leucocitose por neutrofilia 
demonstra ser algo mais crônico, uma provável infecção. No bioquímico GGT aumentada e 
AST aumentada demonstrando uma possível lesão hepática. No esfregaço sanguíneo notou 
presença de Babesia bovis, mas uma contaminação baixa. No US do coração notou efusão 
pleural com conteúdo hipoecoico, e enquanto isto, no US de tórax presença de exsudato no saco 
pericárdico, deslocamento do coração, deposito de conteúdo sobre o epicárdio, efusão pleural, 
presença de filamentos aderidos no diafragma e pulmões deslocados medialmente e 
dorsalmente. Por fim foi coletado o liquido peritoneal, que mostrou a presença de um exsudato, 
com bactérias na citologia, glicose reduzida em comparação ao sangue indicando a formação 
de fibrina na cavidade abdominal consumindo esta glicose, aumento da quantidade de linfócitos 
e macrófagos, e células nucleadas incontáveis. 
 
Qual o diagnóstico definitivo? 
Resposta: Reticulo pericardite traumática, onde primeiramente uma reticulo peritonite, que 
evoluiu e afetou o pericárdio causando uma pericardite. Além disso, devido a queda da 
imunidade o animal apresentou babesiose no esfregaço sanguíneo, provavelmente secundária. 
 
Qual o tratamento? Qual o prognóstico? 
Resposta: O tratamento consiste em tratar a babesiose com imizol por exemplo, tratar o 
piotórax com drenagem e lavagem, colocando sonda para drenar o conteúdo purulento, fazer 
uma antibioticoterapia sistêmica agressiva com uso de oxitetraciclina, além da lavagem diária 
de tórax e abdômen, tentativa de drenagem da efusão pericárdica, fluidoterapia, analgésico, 
antiinflamatório como o flunixin meglumine por no máximo 5 dias. Diante do exposto, o 
prognóstico é desfavorável.

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