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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE – CES UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA E MATEMÁTICA – UAFM FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL 1 PROFESSORA: VERA SOLANGE ALUNOS: BRUNO GALDINO DOS SANTOS FELIPE GALDINO DOS SANTOS CUITÉ – PB 2019 PÁGINA 1 EXPERIÊNCIA I – MEDIDAS DE COMPRIMENTO, MASSA E FORÇA INTRODUÇÃO A física é uma ciência experimental. Os experimentos exigem medidas, e normalmente usamos números para descrever essas medidas. Qualquer número usado para descrever quantitativamente um fenômeno físico denomina-se grandeza física. Quando medimos uma grandeza, sempre comparamos a um padrão de referência. Tal padrão define uma unidade de grandeza. O metro é uma unidade de distância, e o segundo é uma unidade de tempo. Quando usamos um número para descrever uma grandeza física, precisamos sempre especificar a unidade que estamos usando. Para calcular medidas confiáveis e precisas, necessitamos de medidas que não variem e que possam ser reproduzidas por observadores em diversos locais. O sistema de unidades usado por cientistas e engenheiros, em todas as partes do mundo, denomina-se normalmente ‘sistema métrico’, porém, desde 1960, ele é conhecido oficialmente como Sistema Internacional, ou SI. Este experimento teve como objetivo se familiarizar com os insrumentos de medidas e utilizá-los para medições de comprimento, massa e força. Por consequência, calcular volume, área e densidade de diversos objetos. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS Nessa experiência foram utilizados os seguintes materiais: régua milimetrada, paquímetro, balança de precisão, dinamômetro, bloco de madeira e cilindro metálico. PÁGINA 2 Com a régua milimetrada medimos e anotamos o comprimento, a largura e a altura do bloco de madeira. Com o paquímetro, repetimos as medições anteriores e anotamos os resultados. Em seguida, com o auxílio do paquímetro, medimos o diâmetro e a altura do cilindro metálico. Tabela 1 – Dimensões do bloco de madeira C L H Régua milimetrada 8 cm 0,495 m 0,36 m Paquímetro 8,075 cm 5,01 cm 3,625 cm Tabela 2 - Dimensões do cilindro metálico D H Paquímetro 1,9 cm 4,01 cm Prosseguindo o experimento, obtivemos a massa do bloco de madeira e do cilindro metálico, por meio de uma balança de precisão. E finalizamos o experimento medindo o peso do bloco de madeira com o dinamômetro. Tabela 3 – Massa do bloco de madeira e do cilindro metálico Bloco de madeira Cilindro metálico Balança de precisão 93,729 g 30,138 g Tabela 4 – Peso do bloco de madeira Bloco de madeira Dinamômetro 0,82 N ANÁLISE DOS DADOS Após a coleta dos dados, foram calculados e analisados os seguintes dados: - Bloco de madeira PÁGINA 3 H= 3,625 cm L = 5,01 cm C = 8,075 cm P – Perímetro da face maior do bloco de madeira P = 2C + 2H = 2 x 8,075 + 2 x 3,625 = 16,15 + 7,25 = 23,4 cm A – Área da face maior do bloco de madeira A = C x H = 8,075 x 3,625 = 29,271875 cm² V – Volume do bloco de madeira V = C x L x H = 8,075 x 5,01 x 3,625 = 146,6520938 cm³ D – Densidade do bloco de madeira 𝑃 = 𝑚𝑔 ⇒ 𝑚 = 𝑃 𝑔 = 0,82 9,8 = 0,083673469 𝑘𝑔 = 8,3673469 𝑔 𝑑 = 𝑚 𝑣 = 8,3673469 146,6520938 = 0,057055761 𝑔/𝑐𝑚³ - Cilindro metálico V – Volume do cilindro metálico 𝑅 = 𝐷 2 = 1,9 4,01 = 0,473815461 𝑐𝑚 PÁGINA 4 𝑣 = 𝜋𝑟2ℎ = 3,14 𝑥 (0,473815461)2𝑥 4,01 = 2,826783038 𝑐𝑚³ D – Densidade do cilindro metálico 𝑑 = 𝑚 𝑣 = 30,138 2,826783038 = 10,66158937 g/cm³ CONCLUSÕES Com o experimento realizado, conclui-se que não é possível construir um instrumento que meça as dimensões exatas de um corpo, pois ao se realizar uma medida, há sempre fontes de erro que a afetam. As fontes de erro fazem com que toda medida realizada, por mais cuidadosa que seja, esteja afetada por um erro experimental. Concluímos também que não seria correto medir a mesa onde ocorreu o experimento utilizando o paquímetro, pois o mesmo é muito pequeno e sua precisão é muito grande para se medir uma mesa. Observando a densidade do bloco de madeira e o cilindro metálico, podemos perceber que a densidade do cilindro é maior do que a densidade do bloco de madeira, ou seja, o cilindro é menos denso que o bloco de madeira. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. FISICA I - MECÂNICA, 12a ed. São Paulo, Addison Wesley, 2008. PÁGINA 5 EXPERIÊNCIA II – QUEDA LIVRE INTRODUÇÃO O exemplo mais familiar de um movimento com aceleração constante é a queda livre de um corpo atraído pela força gravitacional da Terra. Tal movimento despertou a atenção de filósofos e cientistas desde tempos remotos. No século IV a.C., Aristóteles pensou (erroneamente) que objetos mais pesados caíam mais rapidamente do que objetos leves, com velocidades proporcionais aos respectivos pesos. Dezenoves séculos mais tarde, Galileu afirmou que um corpo deveria cair com aceleração constante independentemente do seu peso. Experiências demonstram que, quando os efeitos do ar podem ser desprezados, Galileu está correto; todos os corpos de um dado local caem com a mesma aceleração, independentemente das suas formas e dos seus respectivos pesos. Além disso, quando a distância da queda livre é pequena em comparação com o raio da Terra, e ignoramos os pequenos efeitos exercidos pela rotação da Terra, a aceleração é constante. O movimento ideal resultante de todos esses pressupostos denomina-se queda livre. A aceleração constante de um corpo em queda livre denomina-se aceleração da gravidade, e seu módulo é designado por g, onde na superfície terrestre seu valor aproximado é de 9,8 m/s². Esta experiência teve como objetivo estudar o movimento de queda livre de um corpo e, a partir desse estudo, determinar o valor da aceleração da gravidade; facilitando a compreensão do conteúdo por meio de uma forma prática. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS Nesse experimento os materiais utilizados foram: ● Aparelho de queda livre: aparelho para medição dos tempos de queda de uma esfera em função da altura da queda e em associação com um contador digital. ● Esfera de aço PÁGINA 6 Inicialmente, pegou-se uma esfera de aço e a prendeu no mecanismo de soltura em uma determinada altura inicial. O sensor de impacto ficou posicionado de modo que quando a esfera chegasse a ele o tempo de medição fosse interrompido. A medição foi iniciada quando a esfera partiu da posição inicial. A cada trajetória percorrida pela esfera, mediu-se o tempo percorrido. Esse procedimento foi realizado para as seguintes alturas: 80 cm, 55 cm e 40 cm. Para cada altura o procedimento foi repetido cinco vezes, determinando assim uma média para cada altura. ANÁLISE DOS DADOS Calculando o tempo médio percorrido por cada trajetória temos: Tabela 1 – Alturas da esfera e seus respectivos tempos de queda 1 2 3 H (m) 0,80 0,55 0,40 𝜟𝒕 (s) 0,4096 0,342 0,294 Considerando que a esfera parte do repouso, podemos determinar sua equação horária: PÁGINA 7 𝐻 = 𝑔(𝛥𝑡)2 2 Utilizando essa equação, calculamos a aceleração da gravidade para cada altura. Os resultados estão dispostos na tabela abaixo: Tabela 2 – Aceleração da gravidade da esfera a partir da altura e do tempo 1 2 3 H (m) 0,80 0,55 0,40 𝜟𝒕 (s) 0,4096 0,342 0,294 g (m/s²) 9,54 9,40 9,26 O valor médio da aceleração da gravidade é: 𝑔 = 9,40 𝑚/𝑠² CONCLUSÕES Ao fim do experimento, concluímos que o valor experimental da gravidade é 9,40 m/s², no entanto, sabe-se que o valor teórico da gravidade é 9,8 m/s². Logo percebe-se quehá um erro percentual de aproximadamente 4,08%, o que pode ser decorrente de erros dos operados, do ambiente em que foi realizado a atividade, entre outros, onde os valores experimentais obtidos refletiram a inexatidão dos resultados. Em linhas gerais, os resultados foram razoavelmente satisfatórios pois forneceram números um pouco abaixo do valor teórico, não equiparável ao esperado pelo objetivo da experiência. Essa experiência é de um movimento retilíneo uniformemente variado, onde sua principal característica é a aceleração constante sofrida pelo corpo, mudando de velocidade num dado incremento ou decremento conhecido. A queda livre dos corpos, em regiões próximas à Terra, é um movimento retilíneo uniformemente variado. Uma vez que nas proximidades da Terra o campo gravitacional PÁGINA 8 pode ser considerado uniforme. O movimento retilíneo pode ainda variar sem uma ordem muito clara, quando a aceleração não for constante. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. FISICA I - MECÂNICA, 12a ed. São Paulo, Addison Wesley, 2008. PÁGINA 9 EXPERIÊNCIA III – MEDIDA DO TEMPO DE REAÇÃO DE UMA PESSOA INTRODUÇÃO Segundo Andrade (2006) o estudo do tempo de reação teve seu início após um incidente do Observatório de Greenwich, ocorrido em 1975, a partir daí foi afastada a hipótese que tempo de reação era nulo. O tempo de reação representa o nível de coordenação neuromuscular, onde os estímulos visuais, auditivos ou táteis são decodificados pelo nosso corpo através de vários processos físicos, químicos e mecânicos. Onde os quais viajam através de vias aferentes e chegam ao cérebro como estímulos sensoriais, logo depois disso o cérebro envia um comando até a unidade motora desejada. Segundo Querubino (2009), tempo de reação ou reflexo de um indivíduo tem início com uma mensagem enviada ao cérebro e termina quando o corpo executa uma resposta ou reação física. Esta experiência tem como objetivo determinar o tempo de reação individual de um experimentador, facilitando assim a compreensão do conteúdo abordado em sala de aula, por meio de uma atividade dinâmica e interativa. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS Para a determinação do tempo de reação, foi utilizada uma régua milimetrada, para analisar a reação de duas pessoas, servindo como uma forma de medir o comprimento e o tempo (por meio de cálculos) que uma pessoa levará para perceber que o objeto está caindo e poder assim reagir fechando a mão e não deixar o objeto cair. Para realizar esse experimento, foi necessário que um elemento do grupo segurasse a régua deixando-a na unidade 0 cm, alinhado e centralizado entre os dedos do outro elemento, assim sendo, quando solta a régua e o outro componente a segura, saberemos a distância e a partir dela pode-se determinar o tempo de reação da pessoa ao segurar a régua. Para obter uma média de cada um do grupo, foi necessário fazer 10 execuções, para cada membro a ser avaliado, anotando a medida de cada vez lançado. ANÁLISE DOS DADOS PÁGINA 10 O tempo de reação foi calculado, pela seguinte equação 𝑆 = 𝑔𝑡2 2 , onde g será um constante, a qual o seu o seu valor será 9,8 m/s². Para isso desprezamos a resistência do ar em relação à régua. Tabela 1 – Tempo de reação do experimentador I em cada posição 1 2 3 4 5 S (cm) 39 40,5 21 18,2 13 𝜟𝒕 (s) 2,880602774 2,935476329 2,113784546 3,872340426 1,663116787 6 7 8 9 10 S (cm) 20 21 25,5 14 9,5 𝜟𝒕 (s) 2,062842493 2,113784546 2,329277123 2,978723404 1,421716074 Tabela 2 – Tempo de reação do experimentador II em cada posição 1 2 3 4 5 S (cm) 21,5 14,5 14 12,7 17,5 𝜟𝒕 (s) 2,138800618 1,756447091 1,725897855 1,643814971 1,929612462 6 7 8 9 10 S (cm) 13 13,5 11 14,5 13 𝜟𝒕 (s) 1,663116787 1,694798049 1,529844937 1,756447091 1,663116787 Logo em seguida, foi feito a medição do tempo de reação para cada tabela. Para encontrar esse tempo, foi calculado o valor médio de cada tabela através da seguinte expressão: 𝑡𝑟 = 𝛴𝛥𝑡 10 onde, 𝑡𝑟: tempo de reação 𝛥𝑡: tempo de queda livre Obtemos os seguintes valores: PÁGINA 11 Experimentador I: 𝑡𝑟 = 2,43716645 s Experimentador II: 𝑡𝑟 = 1,750189665 s CONCLUSÃO Ao se frear um carro obedecendo a um sinal de trânsito, o tempo de reação individual é muito importante, pois quanto mais rápido é o tempo de reação individual para frear o carro, menor é a distância percorrida pelo carro, podendo assim evitar vários transtornos. Embora varie, a variação do tempo de reação das pessoas é muito pequena, tornando assim possível encontrar um tempo padrão para construção de sinais de trânsito. Sendo assim, o tempo de reação individual é muito importante ao se medir um intervalo de tempo da ordem do tempo de reação para poder criar um padrão acima desse intervalo, minimizando a quantidade de erros em medida de tempo e a qualidade dos dados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, A. Tempo de reação, flexibilidade e velocidade acíclica de membros inferiores de atletas de Tae Kwon DO, 2006. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd96/tkd.htm. Acesso em 15/06/2019. QUERUMBINO, A., Tempo de Reação Humana sob Condição de Estresse, Ciências Biológicas na UNIVAP, 2009.
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