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Educação Ambiental - Conceitos e Vertentes - FINAL

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1 
 
 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: CONCEITOS E VERTENTES 
Inês de Oliveira Noronha1 
Arthur Ribas de Souza Sales2 
Fabíola Gonçalves Gabriel Ferreira3 
Renato Porto Ribeiro Mendes4 
 
Resumo: A Educação Ambiental é um conceito que passou por diversas 
atualizações e revisões ao longo das últimas décadas, a partir de estudos e 
pesquisas e também de práticas e experiências vividas pelos profissionais que a 
aplicam no Brasil. Como se trata de algo muito complexo, gera diversas 
interpretações, além do fato de possuir inúmeras vertentes e frentes de abordagem. 
Com isto, este artigo introduzirá o leitor aos preceitos da Educação Ambiental, bem 
como suas formas de aplicação. 
Palavras-chave: Educação Ambiental; Conceito; Histórico; Pedagogia; Meio 
Ambiente. 
Abstract: Environmental Education is a concept that has undergone several 
updates and revisions over the past decades, based on studies and research and 
also on practices and experiences lived by professionals who apply it in Brazil. As it 
is something very complex, it generates several interpretations, in addition to the fact 
that it has numerous approaches. Thus, this article will introduce the reader to the 
precepts of Environmental Education, as well as its forms of application. 
Key words: Environmental Education; Concept; Historic; Pedagogy; Environment. 
Introdução 
 
Existe atualmente a necessidade de se implementar iniciativas que levem em conta 
a existência de interlocutores e participantes sociais relevantes e ativos, por meio de 
práticas educativas para que, seja reforçada a constituição de valores éticos. Essas 
práticas implicam em mudanças de percepção e de valores, gerando um saber 
solidário e um pensamento complexo, aberto à diversidade, à possibilidade de 
construir e reconstruir interpretações, configurando novas possibilidades de ação. 
Um diálogo de saberes que permita formar um pensamento crítico, criativo e 
sintonizado com a necessidade de propor respostas para o futuro, capaz de analisar 
as complexas relações entre os processos naturais e sociais e de atuar no ambiente 
 
1 Doutora em Educação, Arqueóloga, Diplomado em Arqueologia e Patrimônio, Diretora Técnica da 
Socioambiental Projetos Ltda., em Belo Horizonte/MG – socioambientalprojetos@uol.com.br 
2 Engenheiro Ambiental, Técnico em Meio Ambiente, Analista Ambiental da Socioambiental Projetos 
Ltda., em Belo Horizonte/MG – arthursales.socioambiental@gmail.com 
3 Especialista em Educação Ambiental, Bacharel em Belas Artes – fabiolaggabriel@gmail.com 
4 Mestre em Educação, Especialista em Educação Ambiental, Graduado em Ciências Biológicas - 
renatomendesimagem@gmail.com 
2 
 
 
em uma perspectiva global, respeitando as diversidades socioculturais. Práticas 
com o objetivo de propiciar novas atitudes e comportamentos face ao consumo na 
nossa sociedade e de estimular a mudança de valores individuais e coletivos 
(JACOBI, 1997; 2005). 
Toda a humanidade defronta-se com uma série de problemas globais que 
consequentemente afetam negativamente a biosfera e a vida humana. Conforme 
Capra (2007) no fim do século XX, as preocupações com o meio ambiente adquirem 
suprema importância. Um marco do início desta discussão, na década de 1960, foi a 
publicação do livro “Primavera Silenciosa”, de Rachel Carson, em que a autora 
discute a qualidade de vida frente ao modelo de desenvolvimento que a 
humanidade ainda segue. A partir deste alerta, uma sequência de eventos, 
discussões e encontros, deram início a movimentos e reflexões ambientalistas 
(DIAS, 2001; MOURA, 2004). De acordo com Morin (1998) uma sociedade que vê 
somente o processo de produção e organização é cega para a realidade dos 
indivíduos e, naturalmente para a consciência e a subjetividade. Ainda segundo 
Capra (2007) em conformidade ao afirmar que quando estudamos os principais 
problemas, percebemos que estes não podem ser entendidos isoladamente, pois 
são problemas sistêmicos, o que significa que são interligados e interdependentes. 
Nesse sentido a Educação Ambiental é importante no processo de transformação 
estando entrelaçada a dois desafios vitais: a questão dos desequilíbrios ecológicos 
e a questão da educação. Assim, Reigota (1996) afirma que a educação contribui, 
pois se converte em um processo estratégico com o propósito de formar os valores, 
as habilidades e as capacidades para orientar a transição na direção da 
sustentabilidade. 
Embora os primeiros registros da utilização do termo “educação ambiental” tenham 
surgido no encontro da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) 
realizado em Paris (1948) (JACOBI, 2005), foi no ano de 1975, em Belgrado que se 
lançou o Programa Internacional de Educação Ambiental - PIEA que criou e 
formulou princípios norteadores futuros. 
O Congresso de Belgrado, promovido pela UNESCO (1975), definiu a Educação 
Ambiental como sendo um processo que visa: 
“(...) formar uma população mundial consciente e preocupada com o 
ambiente e com os problemas que lhe dizem respeito, uma população que 
tenha os conhecimentos, as competências, o estado de espírito, as 
motivações e o sentido de participação e engajamento que lhe permita 
trabalhar individualmente e coletivamente para resolver os problemas 
atuais e impedir que se repitam (...)” 
A Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rio-92 concebeu 
o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e 
Responsabilidade Global. O documento considera que a educação ambiental tem 
como propósito, uma sustentabilidade eqüitativa através de um processo de 
aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida. Trata-se 
de uma educação de valores e ações que contribuam para a transformação humana 
e social e para a preservação ecológica. Para tal, busca formar sociedades justas e 
ecologicamente equilibradas, que conservam entre si relações de interdependência 
e diversidade. 
3 
 
 
A Educação Ambiental no Brasil está regulamentada pela Lei n. 9.795 de 1999, que 
instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental - PNEA, sendo compreendida 
como os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem 
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para 
a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia 
qualidade de vida e sua sustentabilidade (BRASIL, 1999) 
Já no Capítulo 36 da Agenda 21, a Educação Ambiental é definida como o processo 
que busca: 
“(...) desenvolver uma população que seja consciente e preocupada com o 
meio ambiente e com os problemas que lhes são associados. Uma 
população que tenha conhecimentos, habilidades, atitudes, motivações e 
compromissos para trabalhar, individual e coletivamente, na busca de 
soluções para os problemas existentes e para a prevenção dos novos (...)” 
Existem ainda, além destas, diversas formas de se definir a Educação Ambiental, 
dentre as quais pode-se destacar: 
• É a preparação de pessoas para sua vida enquanto membros da biosfera; 
• É o aprendizado para compreender, apreciar, saber lidar e manter os 
sistemas ambientais na sua totalidade; 
• É a aprendizagem de como gerenciar e melhorar as relações entre a 
sociedade humana e o ambiente, de modo integrado e sustentável; 
• Significa aprender a empregar novas tecnologias, aumentar a produtividade, 
evitar desastres ambientais, minorar os danos existentes, conhecer e utilizar 
novas oportunidades e tomar decisões acertadas. 
É papel essencialmente importante para a Educação ambiental, que preconize 
sistematizar e socializar o conhecimento, bem como possibilitar a formação de 
cidadãos informados, conscientes e atuantes, para que as questões ambientais 
possam não ser apenas discutidas, mas para que se busquem soluções para as 
mesmas (LUCATTO E TALAMONI, 2007). 
Em síntese, pode ser definida como um processo dinâmico, crítico permanente e 
participativo, e as pessoas envolvidas são agentes de transformação social, que 
devem participar tanto do diagnósticodos problemas, quanto da busca de soluções 
e que possibilite, sobretudo, a tomada de decisões transformadoras a partir do 
ambiente a que pertencem, em um processo educacional que supere dissociação 
entre sociedade e natureza (DOURADO; BELIZÁRIO; PAULINO, 2015). Trabalha, 
basicamente, com a formação de conhecimentos, habilidades, valores e atitudes 
para o pleno exercício da cidadania no que diz respeito às questões 
socioambientais. 
 
 
4 
 
 
Características da Educação Ambiental 
De acordo com a Conferência de Tbilisi, ocorrida em 1977, na ex-União Soviética, 
Educação Ambiental tem como principais características ser um processo: 
• Dinâmico integrativo: é um processo permanente no qual os indivíduos e a 
comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem o 
conhecimento, os valores, as habilidades, as experiências e a determinação 
que os tornam aptos a agir, individual e coletivamente e resolver os 
problemas ambientais. 
• Transformador: possibilita a aquisição de conhecimentos e habilidades 
capazes de induzir mudanças de atitudes. Objetiva a construção de uma 
nova visão das relações do ser humano com o seu meio e a adoção de novas 
posturas individuais e coletivas em relação ao meio ambiente. A consolidação 
de novos valores, conhecimentos, competências, habilidades e atitudes 
refletirá na implantação de uma nova ordem ambientalmente sustentável. 
• Participativo: atua na sensibilização e na conscientização do cidadão, 
estimulando-o a participar dos processos coletivos. 
• Abrangente: extrapola as atividades internas da escola tradicional, deve ser 
oferecida continuamente em todas as fases do ensino formal, envolvendo a 
família e toda a coletividade. A eficácia virá na medida em que sua 
abrangência atingir a totalidade dos grupos sociais. 
• Globalizador: considera o ambiente em seus múltiplos aspectos: natural, 
tecnológico, social, econômico, político, histórico, cultural, moral, ético e 
estético. Deve atuar com visão ampla de alcance local, regional e global. 
• Permanente: tem um caráter permanente, pois a evolução do senso crítico e 
a compreensão da complexidade dos aspectos que envolvem as questões 
ambientais se dão de um modo crescente e contínuo, não se justificando sua 
interrupção. Despertada a consciência, ganha-se um aliado para a melhoria 
das condições de vida do planeta. 
• Contextualizador: atua diretamente na realidade de cada comunidade, sem 
perder de vista a sua dimensão planetária. 
Além dessas sete características da Educação Ambiental definidas pela Conferência 
de Tbilisi, existe uma oitava, recentemente incorporada entre as características que 
a educação ambiental formal5 deve ter no Brasil: 
• Transversal: propõe-se que as questões ambientais não sejam tratadas 
como uma disciplina específica, mas sim que permeie os conteúdos, 
objetivos e orientações didáticas em todas as disciplinas. A educação 
ambiental é um dos temas transversais dos Parâmetros Curriculares 
 
5 Considera-se Educação Ambiental Formal aquela que é ministrada dentro das instituições de 
ensino. 
5 
 
 
Nacionais do Ministério da Educação e Cultura. 
Princípios da Educação Ambiental 
Conforme proposto na Conferência de Tbilisi, os princípios que devem nortear 
programas e projetos de trabalho em educação ambiental são: 
• Considerar o ambiente em sua totalidade, ou seja, em seus aspectos naturais 
e artificiais, tecnológicos e sociais (econômico, político, técnico, histórico-
cultural e estético); 
• Construir-se num processo contínuo e permanente, iniciando na educação 
infantil e continuando através de todas as fases do ensino formal e não 
formal; 
• Empregar o enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo específico de 
cada disciplina, para que se adquira uma perspectiva global e equilibrada; 
• Examinar as principais questões ambientais em escala pessoal, local, 
regional, nacional, internacional, de modo que os educandos tomem 
conhecimento das condições ambientais de outras regiões geográficas; 
• Concentrar-se nas situações ambientais atuais e futuras, tendo em conta 
também a perspectiva histórica; 
• Insistir no valor e na necessidade de cooperação local, nacional e 
internacional, para prevenir e resolver os problemas ambientais; 
• Considerar, de maneira clara, os aspectos ambientais nos planos de 
desenvolvimento e crescimento; 
• Fazer com que os alunos participem na organização de suas experiências de 
aprendizagem, proporcionando-lhes oportunidade de tomar decisões e de 
acatar suas consequências; 
• Estabelecer uma relação para os alunos de todas as idades, entre a 
sensibilização pelo ambiente, a aquisição de conhecimentos, a capacidade 
de resolver problemas e o esclarecimento dos valores, insistindo 
especialmente em sensibilizar os mais jovens sobre os problemas ambientais 
existentes em sua própria comunidade; 
• Contribuir para que os alunos descubram os efeitos e as causas reais dos 
problemas ambientais; 
• Salientar a complexidade dos problemas ambientais e, consequentemente a 
necessidade de desenvolver o sentido crítico e as aptidões necessárias para 
resolvê-los; 
• Utilizar diferentes ambientes educativos e uma ampla gama de métodos para 
6 
 
 
comunicar e adquirir conhecimentos sobre o meio ambiente, privilegiando as 
atividades práticas e as experiências pessoais (CZAPSKI, 1998). 
Ainda, segundo Reigota (1997), “a educação, seja formal, informal, familiar ou 
ambiental, só é completa quando a pessoa pode chegar nos principais momentos 
de sua vida a pensar por si próprio, agir conforme os seus princípios, viver segundo 
seus critérios” e aponta que a Educação Ambiental tem como prioridade a questão 
‘por que fazer’ o que potencializa a conscientização do indivíduo, dando a ele, 
responsabilidades e autonomia, tanto para realização de suas ações, como para 
reivindicação de seus valores (REIGOTA, 1996). Ferraz (1995) complementa 
quando afirma que a questão ambiental está permeada de valores éticos e 
espirituais que são na essência, os princípios do espírito humano e da própria vida. 
Educação Ambiental Crítica x Educação Ambiental Conservadora 
Nos últimos anos, tem-se discutido acerca do modelo crítico e do modelo 
conservador da Educação Ambiental, e suas diferenças, vantagens e desvantagens. 
A tendência é que, cada vez mais, a Educação Ambiental crítica tome o lugar da 
conservadora, pois esta última, segundo Prasniski et al. (2013): 
“[...] está inserida nas práticas que abordam a preservação das plantas, dos 
animais e do meio ambiente como um todo, pois é dele que o homem 
obtém recursos. Essa linha mais tradicional simplifica ou reduz fenômenos 
complexos da realidade (GUIMARÃES, 2007b). Essa postura 
conservacionista resume-se a ações pontuais, desconectadas do todo, 
comprometendo sua eficácia (PRASNISKI, 2013).” 
Ou seja, a Educação Ambiental conservadora estabelece um foco na relação entre 
o cidadão e o meio ambiente, de uma forma em que os humanos não se 
reconhecem como parte da natureza, mas que reconhecem o meio ambiente como 
fonte de recursos a serem explorados para as necessidades humanas. Há a visão 
de que o homem, com esta exploração dos recursos naturais, agride o meio 
ambiente e, com isso, assume a culpa e a responsabilidade pela sua conservação. 
Segundo os autores mencionados anteriormente, esta visão não possibilita uma 
abordagem interdisciplinar da Educação Ambiental, pois acaba por colocar barreiras 
na interação entre as ciências sociais e ciências naturais, assim como dentro das 
próprias ciências (PRASNISKI et al., 2013). 
A visão conservacionista ainda abrange uma concepção de que a conscientização 
ecológica seria um instrumento capaz de solucionar a maior parte dos problemas 
ambientais, o que é contraposto pela visão de Guimarães (2007): 
“Essa educação não pode e/ou não quer perceber as redes de poder que 
estruturam as relações de dominação presentes na sociedade atual, tanto 
entre pessoas (relações de gênero, de minorias étnicas e culturais),entre 
classes sociais, quanto na relação “norte-sul” entre as nações, assim como 
também entre as relações de dominação que se construíram historicamente 
entre sociedade e natureza. São nessas relações de poder e dominação 
que podemos encontrar um dos pilares da crise ambiental dos dias de hoje 
(GUIMARÃES, 2007b, p.35).” 
7 
 
 
Já a Educação Ambiental crítica representa um contraponto à visão 
conservacionista, na medida em que leva em consideração as mudanças geradas 
pelo sistema capitalista e também a estruturação das sociedades responsáveis 
pelas atividades que degradam o meio ambiente, através do estímulo ao 
consumismo (PRASNISKI et al., 2013). Ou seja, traz uma nova abordagem que 
estimula o questionamento dos sistemas econômicos e políticas que, por vezes, 
buscam camuflar as reais causas da degradação ambiental. 
De acordo com Sauvé (2005, p. 30): 
“Esta corrente insiste, essencialmente, na análise das dinâmicas sociais 
que se encontram na base das realidades e problemáticas ambientais. (…) 
Esta postura crítica, com uma componente necessariamente política, 
aponta para a transformação de realidades. (…) dela emergem projetos de 
ação em uma perspectiva de emancipação, de libertação das alienações 
(SAUVÉ, 2005).” 
Ou seja, ao invés de responsabilizar a todos os indivíduos da mesma forma pela 
degradação ambiental, como faz a visão conservacionista, a Educação Ambiental 
crítica considera os padrões de consumo e questiona as desigualdades sociais, 
tendo em vista que a parcela mais carente da população é a mais prejudicada pela 
degradação do meio ambiente. 
 Por fim, Prasniski et al. (2013) concluem: 
“Enfim, a EA Crítica questiona as raízes da degradação, não as formas que 
devem ser utilizadas para amenizar os efeitos da degradação, não 
comportando separações entre cultura-natureza, fazendo a Crítica ao 
modelo de sociedade vigente, sendo efetivamente autocrítica (LOUREIRO, 
2007). Procura entender os reais motivos da poluição, do consumismo 
exagerado, das desigualdades sociais, e refletir sobre o papel da educação 
nesse contexto. Seu objetivo é buscar perspectivas e possibilidades que 
possam trazer mudanças à realidade atual (PRASNISKI et al., 2013)”. 
A Tabela abaixo sintetiza os preceitos de ambas as vertentes, crítica e 
conservadora, a partir de quatro características dos processos de Educação 
Ambiental. 
Tabela 1: Educação Ambiental Crítica x Conservadora 
Características Crítica Conservadora 
Visão de Homem Situado histórica e socialmente Abstrato, genérico 
Visão de Sociedade Conflituosa e desigual Conjunto de indivíduos 
Papel da Educação 
Problematizador e 
transformador 
Instrumental e viés 
comportamentalista 
Foco 
Compreensão e transformação 
da dinâmica social 
Mudanças de comportamentos, 
atitudes e valores morais 
individuais 
Fonte: Adaptado de Layrargues (In: Loureiro et al., 2006, p. 98); Loureiro, 2006, p. 111-112. 
 
8 
 
 
Pedagogia Ambiental 
A Pedagogia Ambiental é entendida por Luzzi (2012, p. 115), citado por Koppe & 
Boer (2016), como um processo que “surge de diálogos e tenta ‘significar a relação 
pedagógica como mediadora da relação do homem com a natureza, consigo mesmo 
e com os outros homens’. (LUZZI, 2012, p. 115)”. 
As mesmas autoras ainda citam Reigota (2010), que declara que “esta modalidade 
de ensino propõe a participação da sociedade em discussões sobre os assuntos 
ambientais, promovendo o laço entre a natureza e o homem”. 
Fonseca et al. (2012) ressalta que as crises ambientais atuais são reflexo das crises 
de racionalidade vividas pela civilização moderna. Citando Leff (2001), os autores 
demonstram que “os problemas ambientais são fundamentalmente problemas do 
conhecimento, tendo fortes implicações em toda a política ambiental e para a 
educação escolar”. 
Os mesmos autores ainda afirmam que a educação brasileira não aborda as 
questões ambientais de forma a estimular debates, reflexões e construções de 
conhecimento para a compreensão do meio ambiente. Ou seja, é necessário um 
efetivo engajamento na formação de um modelo sustentável de crescimento, com 
práticas pedagógicas que propiciem um desenvolvimento claro dos conceitos de 
conscientização e de cidadania. 
Importante salientar que os problemas ambientais não se restringem à problemas 
de informação e de conhecimento. Faz-se necessário acrescentar à esta 
complexidade, uma “deficiência” na percepção dos indivíduos. Capra (2006 apud 
PENTEADO, 2010) afirma que a crise ambiental é tambem uma crise de percepção: 
“(...) esses problemas [a crise ambiental] precisam ser vistos, exatamente, 
como diferentes facetas de uma única crise, que é, em grande medida, uma 
crise de percepção. Ela deriva do fato de que a maioria de nós, e em 
especial nossas grandes instituições sociais, concordam com os conceitos 
de uma visão de mundo obsoleta, uma percepção da realidade inadequada 
para lidarmos com nosso mundo superpovoado e globalmente interligado.” 
(CAPRA, 2006) 
Segundo DOURADO; BELIZÁRIO; PAULINO (2015), a escola é um ambiente 
importantíssimo para a formação do sujeito ecológico, mas, para isso, precisa 
também se inspirar nos mesmos valores, contra o conservacionismo e a favor da 
sustentabilidade. A Educação crítica vem ao encontro deste pensamento, visto que 
tem como premissa pensar na pesquisa-ação-reflexão de modos de 
ensinar/aprender que levem em conta as complexas questões da sustentabilidade, 
aliadas a estratégias que permitam aos sujeitos serem autores dessa 
transformação. 
Silva (2010), em sua análise da pedagogia ambiental, reforça que: 
“É necessário ressignificar os conteúdos, contextualizá-los, usá-los como 
aportes educativos para compreender a dimensão local e global dos 
problemas e a relação de mútua implicação entre ambos. É necessário, 
ainda, que os conhecimentos sejam ressignificados para oferecer respostas 
9 
 
 
condizentes com os contextos e com vistas à mudança do local para o 
global e do global para o local (SILVA, 2010).” 
Ou seja, a pedagogia ambiental demanda uma educação que faça uso dos 
conhecimentos das ciências humanas e da natureza, dos esquemas cognitivos 
emergentes, dos saberes populares das comunidades tradicionais, sem qualquer 
preterimento ou supervalorização de antemão de um ou de outro, sem qualquer 
hierarquização entre eles. É necessário reformar as lógicas de construção do 
conhecimento, os processos de formação humana e os seus currículos em todos os 
níveis, os objetivos pedagógicos, e as relações do homem com seu ambiente social 
e natural (SILVA, 2010). 
Sendo assim, a pedagogia ambiental está alinhada com o conceito de Educação 
Ambiental crítica, possibilita que o sujeito enxergue a complexidade das relações 
ambientais, sociais e culturais e, desta forma, possa agir em consonância (FARIAS 
& CARVALHO, 2007 apud FONSECA et al., 2012). O conhecimento adquirido 
direciona o sujeito para o entendimento do ser humano como parte do meio 
ambiente e co-dependente deste, servindo de ponto de partida para a 
desconstrução do modelo conservacionista (GAZZINELLI, 2002 apud FONSECA et 
al., 2012). 
Meio Ambiente, Sociedade e Interdisciplinaridade 
O método científico, desenvolvido por René Descartes (1596-1650) desencadeou a 
visão fragmentada dos seres e dos fenômenos naturais existentes. Com isso, os 
conhecimentos passaram a ser organizados e “armazenados” em compartimentos 
estanques que não se comunicam. Durante o processo educacional, ao longo dos 
séculos, fez com que os indivíduos se tornassem especialistas. 
Esta organização educacional fez com que perdêssemos a capacidade de 
compreender a complexidade dos organismos e do próprio planeta Terra. Caminho 
este que nos afastou da natureza e nos fez perder o entendimento da dependência 
existente entre o Homo sapiens e o ambiente. 
A constatação dos sérios problemas ambientais, gerados por esta visão 
fragmentada do mundo fez com que a humanidade busque refazer o caminho. 
Através da interdisciplinaridade, as instituiçõesse esforçam para esta reconexão 
dos conhecimentos e dos homens com o meio. 
Segundo Coimbra (2012), a interdisciplinaridade ocorre a partir do momento em que 
cada indivíduo interpreta o ambiente de acordo com os seus conhecimentos, 
contribuindo para a compreensão do todo e relacionando-se com outras 
observações feitas pelos demais. Há uma integração e promoção da interação de 
pessoas, áreas, disciplinas, produzindo conhecimentos mais amplos e coletivizados. 
As leituras e análises diferentes do mesmo aspecto permitem a elaboração de 
saberes que buscam um entendimento e uma compreensão do ambiente por inteiro. 
Nas últimas décadas os especialistas de variados campos do saber vêm falando 
intensamente em interdiciplinaridade. Este termo vem ganhando destaque e 
importância uma vez que o sistema educacional tradicional não cumpre com o seu 
10 
 
 
propósito original que deveria promover a participação dos discentes como sujeitos 
criticos e autonômos capacitados a tomar decisões eticamente responsáveis. Ao 
contrário disso, tem-se um sistema educacional em que os conhecimentos foram 
fragmentados e acondicionados em “gavetas” que não se interagem nem dialogam. 
Seguindo a lógica industrial em que cada setor possui um conjunto de funcionários. 
Cada servidor é treinado para desenvolver parte da fabricação, Assim se dá com os 
conhecimentos que não conversam entre si. 
Grande parte da crise socioambiental tem a sua origem nesta perda da capacidade 
de “costurar” conhecimentos e atitudes. A perda da compreensão de que tudo está 
interligado. Diante deste contexto, a interdicisciplinaridade faz-se urgente em nossas 
práticas educativas. 
Na Educação Ambiental, é dito que o fundamento para o desenvolvimento de 
qualquer prática é a sua característica interdisciplinar, o que se baseia na sua 
análise histórica, inclusive como ferramenta para a reconstrução das práticas 
educacionais conservadoras (COIMBRA, 2012). 
As práticas em Educação Ambiental necessitam de boa fundamentação conceitual, 
de forma que é necessário estender as análises conceituais, para que as propostas 
sejam efetivamente amplas, profundas e sofisticadas, tornando seus objetivos, e 
possíveis resultados, eventos sólidos, capazes de contrapor antigas leituras e 
conceitos, bem como transformá-los (COIMBRA, 2012). 
Boff (2004) enfatiza que hoje domina a ética utilitarista e antropocêntrica que 
considera o ser humano no auge da evolução e que ele pode ter tudo de acordo 
com seus desejos e preferências. Diante dessa realidade, a busca por sociedades 
sustentáveis envolve a transformação dos padrões de produção e consumo, dos 
valores associados às relações entre humanos e natureza e entre homens. 
Figura 1: Antropocentrismo 
 
Fonte: https://bit.ly/2XTpwwa. 
11 
 
 
Isso inclui uma mudança nos processos de tomada de decisão sobre o 
desenvolvimento humano, que deve ser democratizada, fortalecendo o atendimento 
às comunidades locais, onde as pessoas mais diretamente afetadas pelos danos ao 
meio ambiente vivem e trabalham. 
Leff (2006) considera que o enfrentamento dos problemas ambientais é resultado da 
produção de um conhecimento que tem racionalidade própria e que persegue a 
reapropriação social da natureza por parte dos indivíduos através de uma mudança 
de postura e da adoção de uma nova ética comportamental. 
Figura 2: Interdisciplinaridade na Educação Ambiental 
 
Fonte: https://bit.ly/2MUsfPr. 
Conrado & Silva (2017) afirmam que “especializar tanto nossa vida e a ciência, sem 
estarmos conectados ao meio em que vivemos, faz com que não percebamos a teia 
que o une e que nos mantêm conectados”. Os autores atribuem a este fato o 
surgimento de grande parte dos problemas socioambientais do planeta, citando as 
mudanças climáticas, a extinção de espécies nativas, além de problemas do próprio 
ser humano enquanto ser social. 
Os mesmos autores concluem ainda que na prática interdisciplinar o que se 
pretende não é acabar com as disciplinas, mas sim integrá-las de maneira que seus 
objetivos sejam alcançados, chegando-se a uma totalidade, a uma unicidade. Logo, 
são necessárias metodologias que tornem o ensino mais dinâmico, apontando para 
a solução de problemas, ou seja, o processo educativo interdisciplinar deve estar 
conectado a atitudes que façam parte do cotidiano dos alunos/seres humanos que 
estão em formação. 
A Política Nacional de Educação Ambiental estabelece ainda que os estudos, 
pesquisas e experimentações devem-se voltar para o desenvolvimento de 
instrumentos e metodologias destinadas à incorporação da dimensão ambiental nos 
diferentes níveis e modalidades de ensino, de forma interdisciplinar, apoiando as 
iniciativas de experiências locais e regionais (BERGMANN e PEDROZO, 2008). 
Desta forma, é necessário pensar a interdisciplinaridade na Educação Ambiental em 
termos de processo de formação completa do ser humano como agente ambiental, 
onde é preciso sempre partir de um referencial seguro, pautado no suporte teórico-
prático (COIMBRA, 2012). Ao falarmos de formação completa, estamos trazendo 
12 
 
 
para cada indivíduo, a capacidade de perceber, analisar e conduzir de maneira mais 
plena e autônoma toda a sua potencialidade enquanto ser criativo e autor de sua 
vida. São estes indivíduos que podem exercer efetivamente a cidadania, 
contribuindo para uma coexistência integral e sustentável no planeta. 
Nesse contexto, a Educação Ambiental requer uma série de sistemas, modelos e 
esquemas didáticos capazes de formar e disseminar uma consciência ambiental na 
sociedade. Nesta busca, permeia espaços formais, não formais e informais de 
relações de ensino-aprendizagem, em um processo de criação, resgate, ensino e 
aplicação de diferentes metodologias que potencializem a criticidade. 
Referências 
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Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação 
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