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DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CLORETOS EM UMA ÁGUA NATURAL

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MÉTODO/ SUBSEÇÃO: 
MÉTODO TITULOMÉTRICO 
TÍTULO: 
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CLORETOS EM UMA ÁGUA NATURAL 
PROFESSOR RESPONSÁVEL: 
Janaina Lopes Leitinho 
CURSO: 
ENGENHARIA AMBIENTAL 
DISCIPLINA: 
Química Analítica Aplicada 
 
1 – OBJETIVOS 
 
 Esta aula prática tem como objetivo geral, desenvolver habilidades e 
competências referentes à técnica analítica de titulometria de precipitação. 
 
1.1. Objetivos específicos 
 
Como objetivos específicos se destacam os seguintes pontos: 
- reconhecer as aplicações da titulometria de precipitação enquanto técnica 
analítica; 
- distinguir os diferentes métodos empregados na titulometria de precipitação; 
- aplicar o método de Mohr na determinação da concentração de íons cloretos 
em uma água. 
 
 
 
2 – ABORDAGEM TEÓRICA 
 
2.1 – Titulometria de precipitação 
 
 A titulometria de precipitação é um tipo de análise titulométrica baseada 
em reações de formação de compostos pouco solúveis. O titulante mais usado 
em titulometria de precipitação é o nitrato de prata (AgNO3), e os métodos que 
utilizam esse reagente são chamados de métodos argentimétricos. 
 As principais aplicações da titulometria de precipitação são as 
determinações de haletos (Cl-, Br-, I-) e de ânions de comportamento semelhante 
aos haletos (SCN-, CNO-, CN- , etc.), mercaptanas, ácidos graxos e alguns 
ânions divalentes. 
 Existem 03 (três) métodos químicos usando indicadores visuais que são 
mais usados em titulometria de precipitação: o método de Mohr, o método de 
Fajans e o método de Volhard. 
 As curvas de titulação para a titulometria de precipitação são, geralmente, 
gráficos da variação de pAg (pAg = - log [Ag+]) em função do volume de AgNO3 
adicionado ao titulado. A figura 01 mostra um exemplo curva de titulação típica 
da titulometria de precipitação. 
 
 
 
Figura 01 – Curva de titulação de 
50 mL de uma solução de Cl- 0,01 
mol/L c/ uma solução de AgNO3 
0,02 mol/L 
(Kps = 1,8 x 10-10). 
 
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Volume de AgNO3 (mL)
p
A
g
REGIÃO DE EXCESSO REGIÃO DE EXCESSO 
DE HALETODE HALETO
REGIÃO DE EXCESSO REGIÃO DE EXCESSO 
DE AgNODE AgNO33
VOLUME DE EQUIVALÊNCIA = VE
PE
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Volume de AgNO 3 (mL)
p
A
g
REGIÃO DE EXCESSO REGIÃO DE EXCESSO 
DE HALETODE HALETO
REGIÃO DE EXCESSO REGIÃO DE EXCESSO 
DE AgNODE AgNO33
VOLUME DE EQUIVALÊNCIA = VE
PE
a) Método de Mohr: 
 O método de Mohr utiliza os íons cromato (CrO42-) como indicador. O íon 
cromato forma um precipitado vermelho-tijolo de cromato de prata (Ag2CrO4) 
com os íons prata em excesso, nas proximidades do ponto de equivalência. 
Esse método pode ser usado na determinação de cloretos, brometos e cianetos. 
O método requer que exista um pequeno excesso de íons prata no ponto final 
de titulação. Para reduzir-se o erro de titulação costuma-se realizar uma 
titulação em branco. 
 
b) Método de Fajans 
 
 O método de Fajans utiliza um indicador que muda de coloração segundo 
este esteja em solução ou adsorvido na superfície de um sólido, estes 
indicadores são chamados de indicadores de adsorção. O método de Fajans 
resulta em titulações exatas, reprodutíveis e rápidas. Porém, este método é 
limitado a relativamente poucas reações onde precipitados coloidais são 
rapidamente formados. Pode-se determinar por este método íons cloreto, 
brometo e iodeto. 
 
c) Método de Volhard 
 
 No método de Volhard os íons Ag+ são titulados com uma solução padrão 
de tiocianato: 
Ag+(aq) + SCN
-
(aq) AgSCN(s) 
 O íon Fe3+ serve de indicador e a solução torna-se vermelha desde que 
exista um leve excesso de íons SCN-, devido à formação de um complexo entre 
o Fe3+ e o íon SCN-: 
Fe3+ + SCN- Fe(SCN)2+ 
 
2.2 – Determinação de cloretos pelo método de Mohr 
 
As reações envolvidas na determinação de cloretos pelo método de Mohr 
são as seguintes: 
 
 
 Observa-se que o número de moles de nitrato de prata gastos na titulação 
é equivalente ao número de moles de íons cloreto presentes na amostra: 
3AgNOCl
nn  (1) 
 
 Em termos das concentrações em quantidade de matéria e dos volumes 
da amostra e de titulante teremos a seguinte expressão: 
 
Reações:
Ag+(aq) + Cl
-
(aq)  AgCl(s) (reação de titulação)
Ag+(aq) + CrO4
2-
(aq)  Ag2CrO4(s) (reação do indicador)
Precipitado
branco 
(Kps = 1,82 x 10
-10)
Precipitado 
vermelho-tijolo
(Kps = 1,2 x 10
-12)
33 AgNOAgNOamostraCl
VMVM  (2) 
 
Ou rearranjando a equação: 
amostra
AgNOAgNO
Cl V
VM
M 33

 (3) 
 
 Quando um branco é utilizado para corrigir parte do erro de titulação, 
devemos subtrair o volume de titulante gasto na titulação do branco do volume 
gasto na titulação da amostra. A equação 3 pode ser então re-escrita: 
 
amostra
branco
AgNO
amostra
AgNOAgNO
Cl V
VVM
M
)(
333

 (4) 
 
 Considerando que para fins práticos, a concentração de cloretos em uma 
água é expressa em ppm, podemos calcular converter a molaridade em 
concentração em mg/L de cloretos: 
 
amostra
Cl
branco
AgNO
amostra
AgNOAgNOppm
Cl V
MMVVM
C
1000)(
333



 (5) 
 
Onde: ClM = concentração de cloretos em mol/L na amostra; 3AgNOM = 
concentração em mol/L da solução de nitrato de prata usada como titulante; 
3AgNO
V = volume de nitrato de prata gasto na titulação para reagir com a totalidade 
dos cloretos presentes na amostra; amostraV = volume de amostra utilizado na 
titulação; amostraAgNOV 3 = volume de nitrato de prata gasto na titulação da amostra; 
branco
AgNOV 3 = volume de nitrato de prata gasto na titulação do branco; ClMM = massa 
molar do íon cloreto = 35,5 g/mol; ppm
Cl
C  = concentração de íons cloreto em ppm. 
 
EXEMPLO: Na determinação do teor de cloretos em uma água natural pelo 
método de Mohr, 100 mL de uma amostra da água analisada necessitaram de 
20 mL de uma solução 0,01 mol/L de nitrato de prata para atingir o ponto final de 
titulação. Uma titulação em branco gastou 0,2 mL da mesma solução de nitrato 
de prata. Calcule a concentração de íons cloreto nessa água em mg/L . 
 
Solução: 
Dados: 
3AgNO
M = 0,01 mol/L 
amostraV = 100 mL 
amostra
AgNOV 3 = 20 mL 
branco
AgNOV 3 = 0,2 mL 
Cl
MM = 35,5 g/mol 
Aplicando a equação 5: 
 
amostra
Cl
branco
AgNO
amostra
AgNOAgNOppm
Cl V
MMVVM
C
1000)(
333




 
)(100
)/(1000)/(5,35))(2,0)(20()/(01,0
mL
gmgmolgmLmLLmol
C ppm
Cl


 
LmgC ppm
Cl
/74,66 
 
8.2.3 – Teor de cloretos e qualidade da água 
 
O cloreto é um dos íons mais abundantes nas águas naturais e 
residuárias. Nas águas potáveis o cloreto produz um sabor salgado, variável e 
que depende dos tipos de cátions predominantes na água. Por exemplo, uma 
concentração de cloreto de 250 mg/L fornece um sabor salgado detectável 
quando o sódio é o cátion principal, porém concentrações de até 1000 mg/L de 
cloretos não apresentarão sabor salgado caso o cálcio e o magnésio sejam os 
cátions predominantes. 
A concentração de cloretos é maior nos esgotos domésticos que nas 
águas naturais devido a excreção de cloretos presentes na alimentação humana. 
Os efluentes industriais também apresentam, algumas vezes, teores elevados 
de cloreto. 
As águas com teor de cloreto elevado podem danificar tubulações e 
estruturas metálicas, prejudicar o crescimento das plantas e tornar a água 
imprópria para consumo humano. A portaria 1469 do Ministério da Saúde 
estabelece que os cloretos sejam aceitos numa concentração de até 250 mg/L 
em águas potáveis. Para águas minerais a concentração máxima de cloretos é 
de 100 mg/L. Para águas de caldeiras admite-se uma concentração de até 50 
mg/L de cloretos. 
 
3 – MATERIAIS E REAGENTES 
 
MATERIAIS REAGENTES 
2 erlenmeyers de 250 mL solução de nitrato de prata 0,01 mol/L 
bureta de 25 mL solução de cromato de potássio 5 % 
suporte parabureta carbonato de cálcio PA 
funil 
2 béqueres de 50 mL 
2 provetas de 100 mL 
 
4 – PROCEDIMENTO PRÁTICO 
 
a) Colocar num erlenmeyer de 250 mL, 100 mL da amostra de água, juntar uma 
pitada de carbonato de cálcio e 4 ou 5 gotas de cromato de potássio. 
b) Faça paralelamente uma prova em branco, afim de melhor visualizar o ponto 
final da titulação, por comparação, substitua o volume da água em amostra por 
igual volume de água destilada. Anote o volume gasto nesta titulação. 
c) Titule a solução contida no erlenmeyer, com nitrato de prata até que apareça 
uma cor parda clara (tijolo ou avermelhada) persistente. 
d) O volume (mL) utilizado no cálculo será dado pela diferença entre o volume 
gasto para titular a amostra menos o volume gasto na titulação em branco. 
 
 
5 – PÓS-LABORATÓRIO 
 
a) Cite algumas situações práticas em sua área profissional onde a concentração 
de íons cloreto é um parâmetro importante. 
b) Como podemos padronizar uma solução de nitrato de prata? Pesquise. 
c) Qual é a finalidade da prova em branco na determinação de cloretos em uma 
água? 
d) Calcule a concentração de íons cloreto na solução titulada no ponto de 
equivalência? (desconsidere a presença do cromato de potássio) 
 
6 – BIBLIOGRAFIA 
 
1 - HARRIS, Daniel C. Análise química quantitativa. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 
2001. 862 p. 
2- SKOOG, D.H. et al. Fundamentos de Química Analítica. 8. ed. São Paulo: 
Thomson, 2006. 999 p. 
3 - BACCAN, Nivaldo et al. Química analítica quantitativa e elementar. 2. ed. 
rev. ampl. São Paulo: Edgard Blücher; Campinas

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