Buscar

PROJETO LUZINETE APARECIDA CORTIM

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

5
Sistema de Ensino Presencial Conectado
PEDAGOGIA
luzinete aparecida Cortim
Autismo 
Desenvolvimento do cognitivo 
Colíder
2019
luzinete aparecida cortim 
Autismo
 Desenvolvimento do cognitivo
Projeto de Ensino apresentado á Universidade de Pitágoras– UNOPAR, com requisito parcial para a obtenção do título de Graduação do curso de pedagogia. 
Tutor Orientador: Marcia de Souza Quadros
Tutor de sala: Elaine Julião
Colíder
2019
 
CORTIM, Luzinete Aparecida. Autismo: desenvolvimento cognitivo. 2019. 25 páginas. Projeto de ensino (Graduação em Pedagogia)- Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade de Pitágoras, Colíder, 2019. 
RESUMO
O desenvolvimento cognitivo de cada pessoa que mostram que tem autismo ainda permanece pois não há explicação. São diversos os estudos atuais que tratam de indagações relacionadas ao Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), entretanto, ainda são poucos os trabalhos que abordam os aspectos cognitivos relacionados a este transtorno. Desse modo, considerando que ainda há muito a descobrir, especialmente se houverem pretensões de intervenção, objetivou-se com este projeto de revisão narrativa da literatura apresentar uma discussão sobre o desenvolvimento cognitivo de indivíduos com TEA, com ênfase nos aspectos referentes na educação Infantil. Apresentamos as principais alterações nos processos do desenvolvimento das características dos indivíduos com autismo, bem como a importância do desenvolvimento cognitivo impulsionado pela aprendizagem no âmbito de atividades interventivas voltadas ao contexto escolar. Sugere-se que pesquisas futuras sejam realizadas a fim de esclarecer questões não discutidas no projeto a exemplo das alterações em outros processos cognitivos também relevantes na compreensão do transtorno e das necessidades educativas especiais dos indivíduos com TEA.
Palavras-chave:. Autismo. Desenvolvimento. Cognitivo. Aprendizagem. Escolar.
	
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	4
2.1	AUTISMO	4
2.2	SINTOMAS DE AUTISMO	6
2.3	ALTERAÇÃO EMOCIONAL	6
2.4	OS PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO	7
2.5	OS TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO AUTISTAS	8
2.6	OS COMPORTAMENTOS DA CRIANÇA COM AUTISMO	9
2.7	DIAGNÓSTICO DE AUTISMO	10
2.8	DESENVOLVIMENTO DO COGNITIVO	15
3	PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO	19
3.1	TEMA E LINHA DE PESQUISA	19
3.2	JUSTIFICATIVA	19
3.3	PROBLEMATIZAÇÃO	20
3.4	OBJETIVO GERAL	20
3.5	OBJETIVOS ESPECÍFICOS	21
3.6	CONTEÚDOS	21
3.7	PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO	22
3.8	TEMPO DE REALIZAÇÃO DO PROJETO	22
3.9	RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS	24
3.10	AVALIAÇÃO	24
4	CONCLUSÃO	25
REFERÊNCIAS	26
INTRODUÇÃO
Discute-se acerca dos aspectos comportamentais, da linguagem e da comunicação dos indivíduos com TEA, contudo, aspectos relativos ao desenvolvimento cognitivo e, em especial, relacionados as características destes indivíduos pouco são mencionados nas pesquisas. Desse modo, pensando nas características do desenvolvimento e do funcionamento cognitivo dos sujeitos com autismo, podemos nos questionar se haveria alterações significativas nos processos durante ao seu desenvolvimento, bem como se este aspecto cognitivo é relevante na condução de intervenções educacionais com indivíduos que presentam TEA. 
Considerando estes questionamentos, o presente se propõe a promover uma discussão sobre a temática, apresentando alguns aspectos relativos ao desenvolvimento cognitivo de indivíduos com autismo. Abordamos especificamente da aprendizagem aspectos referentes à e discutiremos brevemente a respeito das possibilidades interventivas voltadas ao desenvolvimento de habilidades cognitivas no contexto escolar.
Ressaltamos aqui que a inclusão escolar de crianças com TEA se refere a uma alternativa que pode fornecer contatos sociais e viabilizar o desenvolvimento, no entanto, ainda esbarra em grandes problemáticas. Nesse contexto, é de grande importância o conhecimento adquirido no projeto mostrando o a interesse de aprender e também despertando a curiosidade de saber cada vezes 0mais.
Tendo as características em desenvolvimento nas crianças com transtornos do espectro autista para que assim sejam avançadas e implementadas práticas pedagógicas que considerem as especificidades e dificuldades do indivíduo, garantindo a real inclusão escolar (CAMARGO e BOSA, 2012). A temática abordada ainda se demonstra relevante tendo em vista que o TEA ocasiona dificuldades de aprendizagem que exigem, impreterivelmente, adaptações tanto pedagógicas quanto socioculturais no ambiente escolar. 
 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
AUTISMO 
Transtorno do Espectro Autista (TEA), ou simplesmente autismo. O distúrbio está relacionado a dificuldades de comunicação e interação social e, nos casos mais evidentes, costuma ser identificado logo na infância. 
Entende-se como base da tríade de incapacidades, a dificuldade de socialização. Este sintoma traz, para o indivíduo com o TEA, dificuldade de integração ambiental, que acarreta obstáculos ao desenvolvimento da autonomia e, consequentemente, oferece prejuízo na qualidade de vida. 
Silva (2012), afirma que: 
Pessoas com autismo apresentam muitas dificuldades na socialização, com variados níveis de gravidade. Existem crianças com problemas mais severos, que praticamente se isolam em um mundo impenetrável; outras não conseguem se socializar com ninguém; e aquelas que apresentam dificuldades muito sutis, quase imperceptíveis para a maioria das pessoas, inclusive para alguns profissionais. Estas últimas apresentam apenas traços do autismo, porém não fecham diagnóstico. (p. 22) 
O psiquiatra Inglês Michael Rutter, participante do movimento cognitivista, e apoiando-se na Teoria da Mente, apregoou que o cerne do autismo estava no campo cognitivo. 
Para Lima (2007 apud BRASIL, 2013): 
 Para a Teoria da Mente, por exemplo, as pessoas com autismo teriam dificuldades importantes nas capacidades de metarrepresentação e metacognição, ou seja, de imaginar e interpretar os estados mentais de terceiros, e também os próprios. Assim, colocar-se “no lugar do outro” e interagir socialmente a partir da decodificação dos sinais verbais e não-verbais que o parceiro emite seria tarefa quase impossível para uma pessoa com autismo (p. 28).
O diagnóstico precoce, aliás, é crucial para iniciar terapias que ajudam a lidar com os incômodos mais frequentes — psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e outros profissionais dão um suporte decisivo para a maioria dos portadores.
O transtorno de autismo afeta o sistema nervoso. O alcance e a gravidade dos sintomas podem variar amplamente. Os sintomas mais comuns incluem dificuldade de comunicação, dificuldade com interações sociais, interesses obsessivos e comportamentos repetitivos. O reconhecimento precoce, assim como as terapias comportamentais, educacionais e familiares podem reduzir os sintomas, além de oferecer um pilar de apoio ao desenvolvimento e na aprendizagem. Autismo clássico ou transtorno autista: É o caso mais comum. Esses indivíduos possuem dificuldades linguísticas e sociais, além de ser possível terem a parte cognitiva afetada;
O currículo educacional deve ser elaborado levando em consideração o contexto no qual a criança está inserida, bem como a forma como outras crianças realizam algumas tarefas e o ambiente onde essas tarefas são feitas. A escola deve ser um lugar de interação e socialização da criança, é onde ela descobre as regras a serem seguidas. A criança autista sente certa dificuldade em se expressar corretamente, mas a partir do momento que começa a treinar a linguagem oral aos poucos aparecem mudanças na linguagem, na socialização e na sua expressão oral, corporal e no desenvolvimento de sua aprendizagem. 
Esta posição vai de encontro com o posicionamento de Pires (2007), que observa que o educador e familiares ao lidarem com o autismo percebem em si um decréscimo de espontaneidade. Isto ocorre devido: 
O autismo é um distúrbio dacomunicação e viver com uma criança autista aumenta o potencial para não-comunicação, para a confusão e o desentendimento tanto na família quanto entre a família e outras instancias (PIRES, 2007).
. 
Os traços apresentados pelo grupo de crianças observado por Kanner eram, de acordo com Orrú: 
 
Incapacidade para estabelecer relações com as pessoas, um vasto conjunto de atrasos e alterações na aquisição e no uso da linguagem e uma obsessão em manter o ambiente intacto, acompanhada da tendência a repetir uma sequência limitada de atividades ritualizadas. (2012, p. 19) 
Transtornos invasivos ou sintomas: Nesse caso a pessoa não apresenta o quadro completo, mas sim sintomas do autismo clássico e Asperger, geralmente um pouco mais leves, o que não significa que não possuam muitos obstáculos sociais.
Os graus de autismo são divididos em:
· Leve, possui muita dificuldade em iniciar e manter conversas e interações sociais. Também pode ter dificuldade de organização, inflexibilidade e repetições de comportamentos Comunicação social: Na ausência de apoio, déficits na comunicação social causam prejuízos notáveis. Dificuldade para iniciar interações sociais e exemplos claros de respostas atípicas ou sem sucesso a aberturas sociais dos outros. 
· Moderado, é mais intenso e necessita de apoio constante. A partir daqui os prejuízos na parte linguística e comunicativa são facilmente notados. A falta de foco e concentração é muito comum; Comunicação social: Comportamentos repetitivos e restritos: Inflexibilidade do comportamento, dificuldade de lidar com a mudança ou outros comportamentos restritos/repetitivos aparecem com frequência suficiente para serem óbvios ao observador casual e interferem no funcionamento em uma variedade de contextos. Sofrimento/dificuldade para mudar o foco ou as ações.
· Grave, é o tipo de autismo mais intenso e problemático com graves dificuldades na questão social e interativa. É comum que esses indivíduos nem falem. A maneira de reagir aos estímulos do ambiente também são muito diferentes.
SINTOMAS DE AUTISMO
A maioria dos pais de crianças com autismo suspeita que algo está errado antes de a criança completar 18 meses de idade e busca ajuda antes que ela atinja 2 anos. Entre os sintomas apresentados, as crianças com autismo normalmente têm dificuldade em brincar de faz de conta, interações sociais e comunicação verbal e não verbal.
Algumas crianças com autismo parecem comuns antes de um ou dois anos, mas de repente "regridem" e perdem as habilidades linguísticas ou sociais que adquiriram anteriormente. Esse tipo de autismo é chamado de autismo regressivo. A visão, audição, tato, olfato paladar excessivamente sensíveis (por exemplo, eles podem se recusar a usar roupas "que dão coceira" e ficam angustiados se são forçados a usá-las)
ALTERAÇÃO EMOCIONAL
A educação mediática é importante para esta abordagem porquê ela acredita que o ser é um agente participante ativo em seu processo de aprendizagem e, por esta medida, o professor deve incentivar seu aluno de forma adequada, influenciando-o a explorar espontaneamente para adquirir informação, aprender e formar conhecimento.
Farrell (2008), caracteriza: 
A abordagem cognitiva de alunos com dificuldades comportamentais, emocionais e sociais, esses processos são levados em consideração como uma tentativa explicação para as dificuldades e uma forma de lidar com elas (2008, p. 38).
Como mudança na rotina, movimentos corporais repetitivos, demonstrar apego anormal aos objetos e os sintomas do autismo podem variar de moderados a graves.
OS PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO	
A linguagem escrita, falada e a não verbal, são constituídas por sinais que emitimos o tempo todo, pela fala, pelos gestos, pelas expressões corporais e faciais. As pessoas com autismo não possuem a capacidade de avaliar estas formas de comunicação, que de acordo com a descrição de Bosa (2007): 
Os déficits de linguagem seriam uma consequência da incapacidade destas crianças para se comunicarem com outras pessoas a respeito de estados mentais; os distúrbios no comportamento social refletiriam a dificuldade em dar um sentido ao que as pessoas pensam e ao modo como se comportam (p.4). 
 O mesmo autor continua afirmando que: 
 As pessoas com autismo experienciariam uma sobrecarga sensorial durante a interação social, considerando-se que o ser humano é uma das fontes mais ricas de estimulação simultâneas: tom da voz (estímulos auditivos); expressão facial (estímulo visual); gestos (estímulo visual periférico) e referência a objetos e eventos ao redor (estímulo visual e auditivo periférico). O retraimento social e as estereotipias seriam formas de fugir dessa sobrecarga. (p. 3)
· Não poder iniciar ou manter uma conversa social
· Comunicar-se com gestos em vez de palavras
· Desenvolver a linguagem lentamente ou não desenvolvê-la
· Não ajustar a visão para olhar para os objetos que as outras pessoas estão olhando
· Não se referir a si mesmo de forma correta (por exemplo, dizer "você quer água" quando a criança quer dizer "eu quero água")
· Repetir palavras ou trechos memorizados;
OS TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO AUTISTAS
· Síndrome de Asperger
A Síndrome de Asperger é um transtorno neurobiológico enquadrado dentro da categoria de transtornos globais do desenvolvimento. Ela foi considerada, por muitos anos, uma condição distinta, porém próxima e bastante relacionada ao autismo. A Síndrome de Asperger, assim como o autismo, foi incorporada a um novo termo médico e englobador, chamado de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Com essa nova definição, a síndrome passa a ser considerada, portanto, uma forma mais branda de autismo. Dessa forma, os pacientes são diagnosticados apenas em graus de comprometimento, dessa forma o diagnóstico fica mais completo
· Transtorno Autista ou Autismo Clássico
As pessoas com transtorno autista costumam ter atrasos linguísticos significativos, desafios sociais e de comunicação e comportamentos e interesses incomuns. Muitas pessoas com transtorno autista também têm deficiência intelectual. 
Para Silva (2012, p. 109): 
Para crianças com autismo clássico, isto é, aquelas crianças que tem maiores dificuldades de socialização, comprometimento na linguagem e comportamentos repetitivos, fica clara a necessidade de atenção individualizada. Essas crianças já começam sua vida escolar com diagnóstico, e as estratégias individualizadas vão surgindo naturalmente. Muitas vezes, elas apresentam atraso mental e, com isso, não conseguem acompanhar a demanda pedagógica como as outras crianças. Para essas crianças serão necessários acompanhamentos educacionais especializados e individualizados.
· Transtornos invasivos do desenvolvimento
As pessoas que atendem alguns dos critérios de transtorno autista ou síndrome de Asperger, mas não todos, podem ser diagnosticadas com transtorno do desenvolvimento invasivo. As pessoas com esse tipo de transtorno geralmente têm sintomas menores e mais leves do que aqueles com transtorno autista. Os sintomas podem causar apenas desafios sociais e de comunicação.
As causas do autismo ainda são desconhecidas, mas a pesquisa na área é cada vez mais intensa. Provavelmente, há uma combinação de fatores que levam ao autismo. Sabe-se que a genética e agentes externos desempenham um papel chave nas causas do transtorno. De acordo com a Associação Médica Americana, as chances de uma criança desenvolver autismo por causa da herança genética são de 50%, sendo que a outra metade dos casos pode corresponder a fatores exógenos, como o ambiente de criação. De qualquer maneira, muitos genes parecem estar envolvidos nas causas do autismo. Alguns tornam as crianças mais suscetíveis ao transtorno, outros afetam o desenvolvimento do cérebro e a comunicação entre os neurônios.
Silva (2012), salienta esta nova perspectiva sobre o autismo como sendo de fatores originadores e de desenvolvimento, respaldados nas neurociências, cujo estudo tem demonstrado:
Que indivíduos com autismo aparentam ter dificuldades na área cognitiva de funções executivas. Essas funções são umconjunto de processos neurológicos que permitem que a pessoa planeje coisas, inicie uma tarefa, controle-se para continuar na tarefa, tenha atenção e, finalmente, resolva o problema. (p. 41)
Outros, ainda, determinam a gravidade dos sintomas. Quanto aos fatores externos que possam contribuir para o surgimento do transtorno estão a poluição do ar, complicações durante a gravidez, infecções causadas por vírus, alterações no trato digestório, contaminação por mercúrio e sensibilidade a vacinas. Estimule o desenvolvimento da criança com autismo
OS COMPORTAMENTOS DA CRIANÇA COM AUTISMO 
De acordo com Silva (2012), o autista não consegue unificar o mundo percebido como um todo, mas sim o mundo em pedaços. É a partir desta percepção de mundo fragmentado, que se pode compreender a característica autista pela necessidade de uniformidade e rotina; em estabelecer e manter interesses restritos e limitados; e comportamentos repetitivos, como uma tentativa de entrosar-se ao ambiente, organizando-o para torná-lo previsível.
Os movimentos repetitivos são ações involuntárias relacionadas tanto a partes do corpo como também é extensiva a objetos cuja atenção do indivíduo autista repousa durante a manifestação do comportamento.
Não responder com sorriso ou expressão de felicidade aos (seis) 6 meses, não imitar sons ou expressões faciais aos nove meses, não balbuciar aos (doze)12 meses, não gesticular aos (doze)12 meses, não dizer nenhuma palavra aos(dezesseis) 16 meses não dizer frases compostas de pelo menos duas palavras aos(vinte e quatro) 24 meses e perder habilidades sociais e de comunicação em qualquer idade.
Silva (2012), descreve que: 
Os comportamentos motores estereotipados e repetitivos, como pular, balançar o corpo e/ou as mãos, bater palmas, agitar ou torcer os dedos e fazer caretas, são sempre realizados da mesma maneira e alguns pais até relatam que observam algumas manias na criança que desenvolve tais comportamentos. [...] os comportamentos disruptivos cognitivos, tais como compulsões, rituais e rotinas, insistência, mesmice e interesses circunscritos que são caracterizados por uma aderência rígida a alguma regra ou necessidade de ter as coisas somente por tê-las. (p. 39-40)
DIAGNÓSTICO DE AUTISMO
Os médicos que pode dar o diagnóstico do autismo são feitos por uma equipe multidisciplinar, que envolve psiquiatra, psicólogo, neuropsicólogo, fonoaudiólogo, neurologista, terapeuta ocupacional, assim é possível avaliar de maneira completa e ampla, que poderá fazer um diagnóstico mais exato e preciso. Geralmente, ele é feito antes dos três anos de idade, já que os sinais do transtorno costumam aparecer cedo. 
Para realizar o diagnóstico, o médico utiliza o critério do Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria. Segundo AMERICANA, criança poderá ser diagnosticada com autismo se apresentar pelo menos seis dos sintomas clássicos do transtorno que é problemas comportamentais ou emocionais que apresentam, como agressividade, ansiedade, problemas de atenção, compulsões extremas que a criança não consegue controlar. Para se realizar o diagnóstico do TEA, faz-se necessário avaliar o caso por uma equipe multidisciplinar capacitada, pois é uma tarefa difícil de ser realizada por não haver um exame clinico como o de sangue, que o identifique.
Petersen & Wainer (2011) discorre que: 
Para identificar os critérios diagnósticos para o autismo é preciso possuir experiência e especialização, pois eles apresentam um alto grau de especificidade e sensibilidade em grupos de diversas faixas etárias e entre indivíduos com habilidades cognitivas e de linguagem variadas (p. 87). 
O diagnóstico é realizado baseando-se na tríade autista, ou seja, contempla as áreas da interação social, comunicação e comportamentos restritos. 
Acrescenta Petersen & Wainer (2011), que: 
A avaliação diagnóstica de crianças com suspeita de autismo deve compreender uma observação dos comportamentos desviantes em comparação com aqueles presentes no curso normal do desenvolvimento infantil, em especial nas dimensões de orientação e comunicação social, e não ser apenas uma checagem da presença ou ausência de sintomas (p. 87).
Não existe cura para autismo, mas um programa de tratamento precoce, intensivo e apropriado melhora muito a perspectiva de crianças pequenas com o transtorno. 
Seus pressupostos assentam-se no controle comportamental, no estabelecimento de metas, que exerçam uma função para o indivíduo e favoreça seu bom desenvolvimento, além de promover o processo de aprendizagem de novas habilidade. As medidas educativas tomadas devem estar sob a avaliação constante de profissionais capacitados. 
O mesmo autor discorre sobre a natureza do método: 
A palavra funcional se refere à maneira como os objetivos educacionais são escolhidos para o aluno enfatizando que aquilo que ele vai aprender tenha utilidade para sua vida a curto prazo. A palavra natural diz respeito aos procedimentos de ensino, ambiente e materiais os quais deverão ser os mais semelhantes possíveis aos que encontramos no mundo real (SUPLINO, 2005, p. 33).
A maioria dos programas aumentará os interesses da criança com uma programação altamente estruturada de atividades construtivas. Os recursos visuais geralmente são úteis.
O principal objetivo do tratamento é maximizar as habilidades sociais e comunicativas da criança por meio da redução dos sintomas do autismo e do suporte ao desenvolvimento e aprendizado.
A educação mediática é importante para esta abordagem porquê ela acredita que o ser é um agente participante ativo em seu processo de aprendizagem e, por esta medida, o professor deve incentivar seu aluno de forma adequada, influenciando-o a explorar espontaneamente para adquirir informação, aprender e formar conhecimento.
 Farrell (2008), caracteriza: 
 A abordagem cognitiva de alunos com dificuldades comportamentais, emocionais e sociais, esses processos são levados em consideração como uma tentativa explicação para as dificuldades e uma forma de lidar com elas (2008, p. 38).
 Mas a forma de tratamento que tem mais êxito é o que é direcionado às necessidades específicas da criança. Um especialista ou uma equipe experiente deve desenvolver o programa para cada criança. Há várias terapias para autismo disponíveis, incluindo:
Terapias de comunicação e comportamento embora, como salienta Farrell (2008), a terapia comportamental atualmente considera os pensamentos, as motivações e os estados emocionais e os sociais, que não são relevados por enquadrar-se em comportamentos íntimos (privados), mas que podem ser observados através dos comportamentos operantes.
 A abordagem comportamental define o comportamento como: 
Aquilo que uma pessoa faz e diz. Ele é uma ação (“chorar”) e não uma característica da pessoa (“alta”). Aquelas coisas que estão “na sua cabeça”, como pensamentos, intenções, ideias, planos, etc., não são comportamentos (LEAR, 2004, pag. 21). 
Psicólogo para se realizar a mudança do comportamento é preciso que se conheça o comportamento indesejado, identificando sua contingência, seus reforçadores etc. Para que isso ocorra o psicólogo comportamental lança mão de uma ferramenta: a avaliação comportamental. 
 Mayer (1995 apud SILVARES, 2008), discorre:
 É possível ao psicólogo comportamental tentar entender que princípios de comportamento estão envolvidos em seu trabalho. Há, entretanto, três considerações a fazer. A primeira é que essa análise não deve ser durante o atendimento. Se o psicólogo estiver preocupado com ela enquanto interage com o cliente, pode deixar de estar sensível às contingências presentes naquele momento do processo terapêutico. Ela deve ser uma reflexão posterior, que, com a prática, pode até ocorrer de forma concomitante. A segunda consideração é que um relato de caso para colegas ou para a comunidade cientifica deveria ser feito de forma descritiva, e só numa análise posterior seriam usados termos e conceitos técnicos. Isto é, em vez de dizer que, quando o cliente disse X o terapeuta reforçousua verbalização, é mais correto dizer que, quando o cliente disse X o terapeuta disse Y, o que provavelmente foi reforçador. Dessa forma fica mais fácil rever possíveis erros de interpretação. A terceira consideração é quando à possibilidade de sucesso nesta tarefa. Pode ser que não consigamos relacionar todas as nossas praticas com os princípios do comportamento. Mesmo que isso aconteça, ainda assim, ela é útil. Só aí poderíamos afirmar que faltam conceitos dentro da abordagem (ou que nos faltam conhecimentos), o que levaria ou a novas pesquisas ou à busca de outros modelos conceituais. (p.228) 
O autismo inclui um amplo espectro de sintomas. Portanto, uma avaliação única e rápida não pode indicar as reais habilidades da criança. O ideal é que uma equipe de diferentes especialistas avalie a criança com suspeita de autismo. Eles podem avaliar: comunicação, linguagem, habilidades motoras, fala, êxito escolar e habilidades de pensamento. 
Não existem medicamentos capazes de tratar os principais sintomas do autismo, mas, muitas vezes, são usados medicamentos para tratar problemas comportamentais ou emocionais que os pacientes com autismo apresentem, como agressividade, ansiedade, problemas de atenção, compulsões extremas que a criança não pode controlar, hiperatividade, impulsividade, irritabilidade, alterações de humor, surtos, dificuldade para dormir e ataques de raiva.
Nem todos os especialistas concordam que as mudanças na dieta fazem diferença, nem todas as pesquisas sobre esse método mostraram resultados positivos, mas se você está considerando essas ou outras alterações alimentares como via de tratamento para seu filho, é recomendável uma conversa com um gastroenterologista (especialista no sistema digestório) e com um nutricionista. Algumas crianças com autismo parecem responder a uma dieta sem glúten ou sem caseína. O glúten é encontrado em alimentos que contêm trigo, centeio e cevada. A caseína é encontrada no leite, no queijo e em outros produtos lácteos. Existem muitos tratamentos anunciados para o autismo que não têm base científica e histórias de "curas milagrosas" que não atendem às expectativas. Se seu filho tem autismo, pode ser útil falar com outros pais de crianças autistas e com especialistas em autismo. Acompanhe o avanço das pesquisas na área, que está se desenvolvendo rapidamente. Um exemplo desses tratamentos precoce são as infusões de secretina. Houve muita empolgação com esse método de tratamento no passado. Agora, depois de muitas pesquisas realizadas em vários laboratórios, é possível que a secretina não faça nenhum efeito para crianças com autismo. No entanto, as pesquisas continuam.
Não há cura para o autismo. No entanto, existe uma série de métodos de habilitação de aprendizagem e desenvolvimento para que as pessoas com espectro de autismo tenham uma boa qualidade de vida.
O mesmo autor discorre que as “várias patologias associadas com o TEA suportam a hipótese de que as manifestações comportamentais no autismo podem ser secundárias a uma grande variedade de insultos ao cérebro” (ROTTA, 2007, p. 427).
 O mesmo autor ressalta que: 
Hoje, sabe-se que o autismo não é uma doença única, mas sim um distúrbio de desenvolvimento complexo, que é definido de um ponto de vista comportamental, que apresenta etiologias múltiplas e que se caracteriza por graus variados de gravidade (ROTTA, 2007, p. 423). 
 
O autismo pode estar associado a outros distúrbios que afetam o cérebro, como a Síndrome do X frágil, déficit intelectual e esclerose tuberosa. Algumas pessoas com autismo podem, também, desenvolver convulsões. O estresse de lidar com o autismo pode levar a complicações sociais e emocionais para a família e os cuidadores, bem como para a própria pessoa com autismo. 
Os familiares de indivíduos autistas são de grande importância para promover o desenvolvimento da comunicação, da interação social e do afeto, pois é o núcleo familiar que pode, juntamente com os profissionais capacitados, estimular e interagir de maneira adequada, tanto em casa como na escola, para que o indivíduo tenha bons resultados no seu desenvolvimento. 
Sendo assim, a família deve trabalhar junto ao filho autista em parceria com os educadores, focando-se no desenvolvimento adequado da criança. 
Cunha (2012), em sua obra, afirma: 
Ensinar para a inclusão social, utilizando os instrumentos pedagógicos da escola e inserindo também a família, é fortalecê-la como núcleo básico das ações inclusivas e de cidadania. Para a escola realizar uma educação adequada, deverá, ao incluir o educando no meio escolar, incluir também a sua família nos espaços de atenção e atuação psicopedagógica. (p. 90)
Por isso, acompanhamento psicológico tanto para um, quanto para o outro é essencial. O autismo continua sendo um distúrbio difícil para as crianças e suas famílias, mas a perspectiva atual é muito melhor do que na geração passada. 
Naquela época, a maioria das pessoas com autismo era internada em instituições. Hoje, com o tratamento correto, muitos dos sintomas do autismo podem melhorar, mesmo que algumas pessoas permaneçam com alguns sintomas durante toda a vida. 
A maioria das pessoas com autismo consegue viver com suas famílias ou na sociedade. A perspectiva depende da gravidade do autismo e do nível de tratamento que a pessoa recebe.
Procurar ajuda de outras famílias que tenham parentes com autismo e por profissionais que deem o suporte necessário aos parentes também é uma alternativa interessante.
DESENVOLVIMENTO DO COGNITIVO
O desenvolvimento cognitivo depende do envolvimento de várias funções e do bom desempenho destas, a exemplo da linguagem, da coordenação motora e do suporte afetivo emocional. Tratando-se dos indivíduos com autismo em contexto escolar, a prática docente precisa estar voltada para atividades que estimulem o desenvolvimento de áreas específicas da aprendizagem nas quais estes possuem mais dificuldades. Conforme Cunha (2016) atividades que envolvam música, jogos coletivos que utilizem tecnologias digitais e estimulem o raciocínio e, pesquisas em áreas distintas do conhecimento sobre temas que o estudante tem interesse são exemplos de atividades que estimulam o desenvolvimento de habilidades cognitivas como a atenção, percepção, cognição e a linguagem.
Para auxiliar o professor na sua tarefa de educar o aluno com autismo, de modo que ele desenvolva adequadamente as competências cognitivas e sociais, existem diversas formas de ensino estruturado que visam orientar o professor com a demanda trazida por pessoas com autismo, nos diferentes graus apresentados pelo Transtorno. 
Neste sentido a preparação do professor para lidar com os alunos com autismo é de suma importância, pois este profissional é um dos principais responsáveis pela construção do conhecimento pedagógico no aluno, bem como, os valores e as normas sociais. 
As limitações cognitivas, procuro oferecer situações e propostas de atividades que oportunizem o desenvolvimento cognitivo, a atenção e concentração. A proposta educativa tem que, por finalidade, cobrir o déficit da criança autista, uma vez que esta demanda tenha sido levantada. Gabbard (2009) descreve que a intervenção deve ser concentrada na educação em seis áreas:
 1 -comunicação funcional espontânea,
 2- Habilidades sociais, 
3- Habilidades lúdicas, 
4- Desenvolvimento cognitivo ensinado em contextos naturais para facilitar a generalização
 5- Redução de comportamentos problemáticos 
 6- Habilidades para o funcionamento acadêmico.
O ensino cognitivo proporciona a criança que adquira funções que lhe sejam úteis no seu cotidiano. O CFN, a ABA e o TEACCH, trazem um rico conhecimento para se realizar esta tarefa de forma adequada, com resultado comprovado.
A análise aplicada do comportamento (ABA) é um método que se utiliza da avaliação comportamental para ajudar, não só a aquisição de bons comportamentos e o abandono dos inadequados, mas ela é uma ferramenta que possibilita estabelecer a base para que aconteça a aprendizagem, pois sua fundamentação está nos princípios científicos daaprendizagem.
De acordo com a descrição de Anderson (2007), a ABA: 
É o uso cientifico dos princípios da abordagem comportamental para desenvolver, manter e aumentar comportamentos desejados e diminuir comportamentos indesejados. Envolvendo uma serie de diferentes estratégias, que podem ser utilizadas em variadas situações para modificar ou ensinar novos comportamentos. (p.10).
Kearney (2008) descreve o emprego da ABA como uma forma para modificar o comportamento de acordo com a vida real, ou seja, a intervenção deve ocorrer para que a pessoa possa se beneficiar com o que foi aplicado em sua diária. O método, de acordo com o mesmo autor, baseia-se naquilo que é real, observável e mensurável e não com diagnósticos abstratos. Ela consiste em observar de perto o que está acontecendo e como é percebido o resultado da intervenção para que, caso precise, fazer ajustes na intervenção da forma que precisar. 
A educação da pessoa com deficiência era voltada para as características diagnósticas e aspectos limitantes da patologia. O prognóstico educativo era limitado à capacidade apresentada e não se fazia algo que ultrapassasse essa limitação. O CFN tem como perspectiva atuar não sobre os pré-conceitos atribuídos ao TEA, mas nas possibilidades, alternativas, saídas criativas para que a educação aconteça. 
Suplino (2005) descreve que: 
O CFN é mais do que ações isoladas. É um conjunto de instruções e informações que reúnem não apenas uma prática a ser desenvolvida em sala de aula, como também uma filosofia e um conjunto de procedimentos (p. 32) 
O método, portanto, tem como proposta tornar o indivíduo funcional no meio ambiente em que está inserido, proporcionando-lhe rápida adaptação.
O programa TEACCH, de acordo com Nicolas e Medina (2003), possui como principal objetivo, promover a preparação das pessoas dentro do espectro autista a se adaptarem aos contextos ambientais que estão inseridos, preparando as condições familiares, escolares e da comunidade a fim de reduzir a manifestação dos comportamentos desadaptados, para incluir o indivíduo de forma funcional.
De acordo com Schopler (2001, APUD, NICOLAS; MEDINA, 2003), os princípios que fundamenta o TEACCH, são: 
 Ajuste perfeito, colaboração entre pais e professores, intervenção eficaz, ênfase na teoria cognitiva e comportamental, aconselhamento e diagnóstico precoce, ensino estruturado com audiovisual, Formação multidisciplinar no modelo generalista (p.2). 
Estes princípios suscitam que os educadores e familiares recebam uma capacitação dentro da estrutura do programa TEACCH para que compreendam cada passo que ele fornece e enfatiza. 
Para Vatavuk (1997), é fundamental que os profissionais recebam capacitação em oito áreas, cujos conceitos e questões tem dirigido a maior parte da atividade de pesquisa do TEACCH durante os últimos 30 anos, são eles:
1.Avaliações da criança em diferentes situações;
 2. Envolvimento dos pais em colaboração com a família;
3. Ensino estruturado;
 4. Manejo de comportamento;
5. Desenvolvimento e aquisição de comunicação espontânea;
6. Aquisição de habilidades sociais; 
7. Como ensinar capacitando nas áreas de independência e vocacional;
8. O desenvolvimento de habilidades de lazer e recreação;
Compreender que a dimensão da elaboração dos níveis de apoio proporcionado pelo programa depende de vários fatores, como nível evolutivo de cada indivíduo. Este indicador age para que o ambiente seja preparado de modo a enriquecer o conhecimento existente e favorecer a aquisição de novas competências nos autistas. 
1. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
TEMA E LINHA DE PESQUISA
O tema do presente projeto de pesquisa aborda as dificuldades da sala de aula para trabalhar o desenvolvimento dos alunos com TEA (Transtorno do Espectro Autista), ao tempo que faz reflexão sobre uma pratica pedagógica mais eficiente.
Sabe-se que crianças com autismo apresentam um desafio para o sistema educacional, uma vez que se mostram inábeis para entender regras, e formas de aprendizagens mais complexas são ingênuas não gostam de contatos físicos, falam junto às pessoas em vez de para elas, não entendem algumas brincadeiras nem jogos e são facilmente oprimidas pelas mudanças, são sensíveis a pressões do ambiente, ansiosas e tendem a temer obsessivamente quando não sabem o que esperar, porém se adaptam facilmente a rotina e aprendem de forma concreta, assim o auxílio dos jogos e das brincadeiras são ferramentas eficazes. 
JUSTIFICATIVA
As brincadeiras e os jogos são indispensáveis no relacionamento entre as pessoas, fontes importantes de desenvolvimento e de aprendizagem, pois promove interação social, expressão afetiva, desenvolvimento da linguagem e principalmente desenvolvimento cognitivo, experimentação de possibilidades motoras, apropriação de regras sociais e imersão no universo cultural. devem estar presentes em todas as fases do desenvolvimento dos autistas, através de intervenções adequadas às suas singularidades e complexidades e de atividades individualizadas, que garantam a motivação estimulando a socialização para que os mesmos conquistem dentro de sua realidade a maior independência possível.
Este projeto partiu da problemática de aprendizagem dos alunos com transtornos do espectro autista e surge como intervenção para às dificuldades encontradas e diagnosticadas em sala de aula como: dificuldade de leitura, concentração, retenção de informações explícitas em textos, conhecer e associar números a quantidades, conhecer o sistema monetário e principalmente em despertar o interesse desses alunos pela aprendizagem tanto escrita quanto a numérica. 
Nesse sentido o projeto será interdisciplinar e abrange estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental I. Tem como objetivo propor ações educativas que possam atender às reais necessidades dos educados através de uma metodologia de aprendizagem mais concreta e flexível, com base nos recursos tecnológicos, pedagógicos e nas adaptações curriculares e jogos lúdicos que garantam a inclusão, reduzindo os problemas e dificuldades de aprendizagem dos alunos autistas, preparando-os para terem cada vez mais autonomia e para serem pessoas atuantes e participativas na sociedade e evitar que eles percam o estímulo na sala de aula. 
Envolve as disciplinas de: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História, Geografia e Arte, serão trabalhadas atividades concretas e adaptações curriculares pensada na aprendizagem do aluno e de acordo com a sua necessidade, tempo e nível de aprendizagem, através de métodos lúdicos, jogos e atividades concretas, para que a aprendizagem se torne mais eficaz. 
PROBLEMATIZAÇÃO
Como as brincadeiras lúdicas e os jogos podem ser ferramenta concreta na aprendizagem cotidiana dos autistas? De que forma posso adequar na prática pedagógica uma adaptação curricular que favoreça o desenvolvimento cognitivo estimulando o aprender e o interesse pelas situações cotidianas e pelos objetos de aprendizagens através de jogos e brincadeiras?
 
OBJETIVO GERAL
· Propor ações educativas que possam atender às reais necessidades dos educados através de uma metodologia de aprendizagem mais concreta e flexível, com base nos recursos tecnológicos, pedagógicos e nas adaptações curriculares que garantam a inclusão, reduzindo os problemas e dificuldades de aprendizagem dos alunos autistas, preparando-os para terem cada vez mais autonomia e para serem pessoas atuantes e participativas na sociedade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
· Aprimorar o processo de alfabetização, consciência fonológica e o desenvolvimento da leitura e a escrita;
· Incentivar a leitura de mundo e a construção do conhecimento através da leitura de: livros e fichas de leituras, textos e anúncios de compra e venda etc.;
· Aprender a utilizar o dinheiro: comprar, pagar, conferir o troco; 
· Reconhecer o jogo como ferramenta didática imprescindível no processo ensino aprendizagem;
· Planejar atividades lúdicas voltadas para o domínio do sistema monetário.
CONTEÚDOS
O Projeto será realizado de forma interdisciplinarenvolvendo as disciplinas de língua portuguesa, matemática, ciências, história, geografia e arte com as seguintes atividades, formação de palavras através de figuras, som, letra e silaba inicial e final, junção de silabas, formação de frases utilizando o jogo dos dados, ditado e auto ditado, leitura de fichas de leituras com silabas canônicas e não canônicas, textos variados como: anúncios, contos, leitura de livros, situações problemas etc. Buscar leituras do interesse dos alunos através de temas e pesquisas de sua escolha de uma forma que eles possam compreender e transmitir essa compreensão tanto na oralidade quanto na escrita. Através de atividades variadas, jogos, desafios simples de compra e venda com dinheirinho, situações problemas, e também, com o auxílio, incentivo e monitoramento dos pais nas atividades concretas. Fazer com que o aluno perceba que jogando e através do uso dos jogos ele apresenta melhor desempenho na realização dessas atividades. Essas atividades serão planejadas e realizadas de forma concreta utilizando jogos como: jogo das compras, monopólio atividades variadas com dinheirinho. Estudar o reino animal buscando informações sobre os animais que aparecem no texto como: pato, peru, galinha e bode. seu habitat, se são ovíparos ou mamíferos, como se alimentam e dormem, e em que região são mais comuns. Pesquisar fazendo um estudo sobre a história da moeda, se ela sempre existiu e se não existia como era adquiridas as mercadorias, etc. Após a atividade concreta será feita uma socialização para analisar a importância e os benefícios de saber poupar e gastar.
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO
O projeto deverá iniciar com a leitura do livro “como se fosse dinheiro” da autora ruth rocha e a socialização da mesma, a partir daí, será realizado uma sequência de atividades pensada e desenvolvidas de acordo com a necessidade de cada aluno autista, poderá fazer adaptação de atividades para os mesmos, confecção de materiais pedagógicos, atividades utilizando o jogo das compras, e dominó das cédulas de dinheiro que ao jogar simula troco e aperfeiçoa o conhecimento das notas e atividades concretas de compra e venda utilizando o dinheirinho. 
Poderá realizar pesquisa sobre as moedas de outros países, e estudos sobre os animais que aparecem na história como pato, peru, galinha e bode e a classificação dos mesmos, pesquisa sobre as moedas dos países vizinhos do brasil, atividades com situações problema de adição subtração, atividades com anúncios envolvendo operações de adição, subtração, multiplicação, divisão e sobre o gênero textual “anuncio”. Será feito a leitura e interpretação do texto, será utilizado figuras dos animais que aparecem no texto e a leitura dos seus respectivos nomes, produção de anúncios de compra e venda, produção de frases e desenho dos animais que aparecem no texto. 
TEMPO DE REALIZAÇÃO DO PROJETO 
O projeto será realizado de julho a setembro, e terá duração de um bimestre, segue um cronograma com a finalidade de programar cada etapa de realização e objetivar cada processo para alcançar o resultado esperado. 
		Atividades
	Julho
	Agosto
	Setembro
	Leitura do livro Como se fosse dinheiro de Ruth Rocha e socialização, figura dos animais que aparecem no texto e escrita do nome de cada animal com silaba inicial e final.
	X
	
	
	Desenho e pintura dos animais, interpretação do texto referente a leitura e produção de frases.
	X
	
	
	Pesquisa sobre cada animal, seu habitat e classificação.
	X
	X
	
	Jogo das compras através de material concreto “dinheirinho”.
	
	X
	X
	Operação de adição e subtração, multiplicação e divisão, jogo de dominó das cédulas de dinheiro.
	
	X
	X
	Adaptação Curricular com situações problemas utilizando dinheirinho, pesquisa sobre a história da moeda no brasil, e também, sobre o nome das moedas dos países vizinhos do Brasil, gênero textual anúncio.
	
	X
	X
	Produção textual do anúncio através de figuras.
	
	
	X
RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
Segue abaixo o detalhamento dos recursos e materiais utilizados na execução do projeto.
	Materiais/Recursos
	Quantidade
	Jogo das Compras
	23
	Folha A4 Impressa
	23
	Dominó das Cédulas
	02
	Livro “Como se Fosse Dinheiro” Autoria Ruth Rocha
	01
	Caderno, Lápis, Cola e tesoura
	Vários
	Jornal, revistas com Anúncios;
	05
	Jogos de memória com Cédulas de Dinheiro;
	03
	Calculadora;
	05
	Papéis variados
	Vários
	Computadores para Pesquisa
	10
	Cédulas de Dinheirinho;
	Várias
AVALIAÇÃO
A avaliação inicia no contexto escolar, para observação do desempenho dos alunos. O ensino deve ser organizado, levando-se em conta as distintas competências e habilidades dos alunos, assim o processo de avaliação a princípio se dará através do diagnóstico, depois de forma somativa, através da observação, participação dos alunos levando em conta suas habilidades, especificidades e autonomia na realização das atividades propostas no plano e através dos resultados obtidos de forma global.
CONCLUSÃO
Espera-se que ao final da realização do projeto as ações de intervenção dos alunos tenham sido adquiridas de forma significativa e os objetivos atingidos para a maior autonomia e segurança na realização das atividades do cotidiano e das atividades escolares, desenvolvido e aprimorado habilidades de leitura e escrita, habilidades de interpretação, aprendido a realizar atividades que envolva o sistema monetário e o uso adequado do mesmo, valorizando as aprendizagens cotidianas. Por fim, que os alunos estejam sentindo-se mais estimulados pelos estudos e com uma visão de mundo mais ampla.
O projetos pra ter conhecimento do autista no ambiente escolar, porque estas crianças pode aprender no tempo delas, o professor deve respeitar o limite de cada um, pois são crianças igual as outras apenas precisa ter mais cuidado e atenção e adaptar as atividade da formar que eles pode fazer e se interessar.
Para entender as crianças autistas deve-se olhar sob a perspectiva da própria criança autista, olhar através de seus olhos. Somente desta forma o professor/educador será capaz de contribuir de alguma forma para a aprendizagem destas crianças. 
Obviamente esta pesquisa não chega ao seu limite, pois qualquer profissional, principalmente na área da educação, não pode se considerar detentor de todo saber a respeito de qualquer assunto, senão não seria capaz de atuar em uma sociedade que está em constante mudança.
REFERÊNCIAS
Revisado por Dra. Evelyn Vinocur, psiquiatra e mestre em neuropsiquiatria pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e psicoterapeuta cognitivo comportamental, especializada em Saúde Mental da Infância e Adolescência pela Santa Casa de Misericórdia do Estado do Rio de Janeiro (SCMRJ) e pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Membro associado da Associação Brasileira de Psiquiatria (CRM-RJ: 303514).
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-V), Fifth Edition. Arlington, VA, American Psychiatric Association, 2013. 
 
ANDERSON, M. Tales from the table: Lovaas/ABA intervention with children on the autistic spectrum. Pentonville Road London, 2007. 
 
ASSOCIAÇÃO PSIQUIATRICA AMERICANA. Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM-IV). Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. 
 
BOSA C. A. As Relações entre Autismo, Comportamento Social e Função Executiva. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2001. 
 
 CUNHA, E. Autismo e inclusão: psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família. 4 ed. Rio de Janeiro: Wak, 2012. 
 
FARRELL, M. Dificuldades de relacionamento pessoal, social e emocional. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
 
 
FONSECA, V. Aprender a aprender: a educabilidade cognitiva. ARTMED, 1998. 
GABBARD, G. O. Tratamento dos transtornos psiquiátricos. Artmed, 2009. 
 
LEAR, K. Help us learn: a self-paced training program for aba Part I: training manual. Toronto, Ontario – Canada, 2ª Ed., 2004. 
MATO GROSSO. Documento de Referência Curricular para Mato Grosso. Concepções para Educação Básica. 2018.
NICOLÁS F. T.; MEDINA C.G. TEACCH: Más que un Programa para la Comunicación. I Jornadas de Comunicación Aumentativa y Alternativa. Consejería de Educación y Cultura. Servicio de Atención a la Diversidad. Septiembre, 2003. 
 
ORRÚ, E. S. Autismo, linguagem e educação: interação social no cotidiano escolar. Rio de Janeiro: Wak, 2012. 
 
PETERSEN, C. S; WAINER, R. Terapias cognitivo-comportamentais para crianças e adolescentes. Porto Alegre: Artmed, 2011. 
 
PIRES, L. Do silêncio ao eco: autismo e clínica Psicanalítica. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Fapesp, 2007. 
 
ROTTA, N. T. Transtorno de aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto alegre: Artmed, 2007. 
SCHIMIDT, C; BOSA, C. A investigação do impacto do autismo na família: revisão crítica da literatura e proposta de um novo modelo. Interação em Psicologia, v. 7, n. 2, 2003. 
 
SILVA, A. B. B. Mundo singular: entenda o autismo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. 
 
SILVARES, E. F. M. Estudos de caso em psicologia clínica comportamental infantil. 5ª ed. Campinas, SP: Papirus, 2008. SMITH, D. D. Introdução à educação especial: ensinar em tempos de inclusão. Artmed Editora, 2008. 
 
SUPLINO, M. Currículo Funcional Natural: guia prático para a educação na área de autismo e deficiência mental. SEDH/PR, 2005.

Continue navegando