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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
PROVAS EM ESPÉCIE
Livro Eletrônico
ANDERSON FERREIRA
Servidor Público desde 2007, aprovado em 
diversos concursos públicos, dentre os quais: 
Professor da Secretaria de Educação do Distrito 
Federal; Analista do Tribunal Regional do Trabalho 
10ª Região; Agente de Polícia Civil do Distrito 
Federal e Escrivão de Polícia Civil do Distrito 
Federal (cargo ocupado nos tempos atuais).
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Provas em Espécie
Prof. Anderson Ferreira
Apresentação .............................................................................................4
Provas em Espécie ......................................................................................5
Da ata notarial ...........................................................................................6
Do Depoimento Pessoal ...............................................................................7
Da Confissão ..............................................................................................9
Da Prova Documental ................................................................................13
Da Força Probante do Documento ...............................................................13
Da Exibição do Documento ou da Coisa .......................................................14
Da Falsidade Documental ...........................................................................17
Da Prova Testemunhal ...............................................................................20
Da Prova Pericial ......................................................................................26
Da Inspeção Judicial .................................................................................33
Questões de Concurso ...............................................................................35
Gabarito. .................................................................................................48
Gabarito Comentado .................................................................................49
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Provas em Espécie
Prof. Anderson Ferreira
Apresentação
Olá, querido(a) estudante! É com grande alegria e imenso entusiasmo que iní-
cio, junto com você, companheiro(a) virtual, mais um encontro para tratar do nosso 
maravilhoso Processo Civil. O tema da aula de hoje será sobre provas em espécie. 
Vamos lá, vamos trabalhar!
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Provas em Espécie
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PROVAS EM ESPÉCIE
Bem, na aula passada, tratamos acerca da teoria geral das provas e, doravante, 
trabalharei as provas em espécie. Veja, a temática pode ser dividida em:
No que se refere às provas em espécie, a Nova Codificação Processual Civil dis-
ciplinou o tema, a partir do artigo 384, com os seguintes meios de prova:
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As provas mencionadas são típicas, porquanto encontram previsão no Código 
de Processo Civil de 2015. Saliento que esse rol é exemplificativo, uma vez que o 
artigo 369 da Lei de Ritos permite que as partes empreguem todos os meios 
legais e legítimos, mesmo que sem previsão na Codificação hodierna, para 
provar a veracidade dos fatos alegados e influenciar na convicção de Juiz, ou seja, 
permite a produção de provas atípicas, a fim de convencer o Julgador sobre 
aquilo que é alegado, desde que o elemento probatório não afronte a eticidade e 
moralidade.
Da ata notarial
A ata notarial era considerada uma prova atípica no Código de Buzaid (1973). 
No entanto, com o advento da nova legislação processual, ela está expressa a partir 
do artigo 384.
Essa prova em espécie possui o condão de atestar ou documentar a existência 
ou modo de existir de algum fato percebido por um tabelião (que possui fé pública), 
o qual verifica uma situação e a descreve mediante ata (certifica o fato por meio 
de instrumento público).
Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados 
ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por 
tabelião.
Diante do raciocínio apresentado, suponha que Bill S. Preston celebrou um con-
trato de compra e venda de cem gravatas borboletas verde cana com Ted Theodore 
Logan. Conquanto Bill tenha pagado pelo adorno, Ted não entregou o objeto da re-
lação contratual. Inconformado, Bill resolve ajuizar uma ação e solicita ao Tabelião 
que veja as mensagens entre os contratantes, por meio das quais Ted negocia as 
gravatinhas e afirma que mesmo tendo recebido o valor acordado, não iria entre-
gá-las. Bem, o tabelião poderá atestar a situação mediante a lavratura da ata.
Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados em arqui-
vos eletrônicos poderão constar da ata notarial.
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A ata verifica a existência ou modo de existir de algum fato, porém, não comprova 
a veracidade deles (dos fatos).
Do Depoimento Pessoal
Bem, ocorrerá o depoimento pessoal quando as partes (autor e réu) forem cha-
madas a prestar esclarecimentos acerca de fatos relativos ao processo. Antes de 
verticalizar um pouco mais acerca do depoimento das partes, é necessário que se 
estabeleça uma diferença entre depoimento pessoal e interrogatório, haja vista o 
artigo 385 do Código de Processo Civil citá-los em seu texto.
Veja, o depoimento visa o esclarecimento da parte acerca de fatos relativos ao 
processo, poderá ser requerido pelo adverso (a parte contrária) bem como pelo Juiz 
de ofício e ocorrerá na audiência de instrução e julgamento. Noutro giro, o interro-
gatório se presta a esclarecer algum ponto que não tenha ficado claro e pode ser 
requerido pelo adversário processual ou pelo Juiz a qualquer momento.
O novo CPC trouxe o depoimento pessoal de ofício, que é chamado de 
interrogatório, e deslocou para os poderes do Juiz. Um dos poderes do Juiz 
é interrogar as partes sobre a causa. A distinção principal é o fato de que 
o depoimento pessoal da parte admite a pena de confissão ficta, enquanto 
o interrogatório não pode ser feito sob pena de confissão ficta.
Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de 
que esta seja interrogada na audiência de instruçãoe julgamento, sem prejuí-
zo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.
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Ok, a parte será intimada pessoalmente para prestar o depoimento e Juiz irá 
adverti-la sobre a pena de confesso, a qual significa que serão presumidos 
verdadeiros os fatos alegados pela parte contrária (presunção relativa, juris 
tantum) caso o intimado não compareça à audiência ou compareça, mas 
se recuse a depor, se a parte não responder as perguntas a ela dirigidas ou for 
evasivo (se desviar das perguntas feitas) o Juiz irá avaliar os outros elementos pro-
batórios e, com base neles, irá declarar se a parte se recusou a depor.
A confissão, no depoimento pessoal, decorre não apenas do não comparecimento, 
mas decorre também do comparecimento sem depoimento.
Muitas vezes o pretenso depoente reside em local diverso de onde tramita o 
processo e, em razão disso, por meio dos recursos tecnológicos disponíveis, é ad-
missível a colheita do depoimento via videoconferência ou outro recurso de trans-
missão de dados em tempo real, situação possível na audiência de instrução.
No momento do depoimento a parte irá responder acerca dos fatos que interes-
sem ao processo. Porém, para isso, não poderá levar o depoimento escrito, afinal, 
imagine as partes levarem um Best Seller com o mesmo número de páginas de um 
Vade Mecum para a audiência... Aí, não! Contudo, a boa notícia, para o depoente, 
é que o artigo 387 da Lei de Ritos permite a consulta a breves apontamentos, cujo 
objetivo seja complementar esclarecimentos.
Agora, o artigo 388 da Lei de Ritos prevê alguns casos em que as partes não 
precisarão depor e sobre elas não incidirá a pena de confesso. Vamos analisar o 
dispositivo e seus incisos, venha comigo!
Art. 388. A parte não é obrigada a depor sobre fatos:
I – criminosos ou torpes que lhe forem imputados;
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Quer dizer, a parte não estará obrigada depor sobre fatos que acarretem au-
toincriminação (olha aí o princípio do nemo tenetur se detegere, visto nas aulas de 
Direito Penal e Processo Penal)
II – a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo;
O inciso mencionado evidencia a situação de psicólogos, médicos, advogados e 
líderes religiosos, por exemplo, aos quais segredos recônditos são confiados e, em 
razão da ética profissional, devem ser resguardados.
III – acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu côn-
juge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível;
Se houver desonra própria ou do cônjuge ou parente em grau sucessível, não 
há obrigatoriedade em depor. Situação interessante se refere ao fato de não haver 
menção ao amigo íntimo na codificação processual contemporânea.
IV – que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no 
inciso III.
Alguns processos podem apresentar riscos à integridade física da parte ou dos 
parentes dela e, se assim for o caso, também não haverá obrigatoriedade em de-
por.
Chamo sua atenção para o parágrafo único do artigo 388, que estabelece não 
serem aplicáveis as disposições mencionadas às relações familiares, até porque 
esses relacionamentos, muitas vezes, imprimem uma maior dificuldade em se an-
gariar provas.
Parágrafo único. Esta disposição não se aplica às ações de estado e de família.
Da Confissão
A confissão ocorre quando uma das partes admite fatos desfavoráveis aos seus 
interesses e, por conseguinte, favoráveis ao adversário. Ela pode ser:
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• Judicial: quando a parte admite fatos contrários ao próprio interesse durante 
o transcorrer do processo. Esse tipo de confissão poderá ser espontâneo, 
por meio da qual a parte confessará em outro momento que não seja no de-
poimento pessoal (a qual poderá ser emitida pela parte ou representante com 
poderes especiais) ou provocada, que ocorre durante o depoimento pessoal;
• Extrajudicial: quando a parte confessar fora do processo. Esse tipo de con-
fissão deverá ser provado por meio de documentação ou por prova testemu-
nhal, por exemplo. Esse tipo de confissão, caso tenha sido feita de forma oral, 
somente será válida se a lei não exigir prova literal, conforme o artigo 394 da 
Legislação Processual Civil.
Art. 389. Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a ver-
dade de fato contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário.
Art. 390. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada.
A confissão espontânea pode ser feita pelo procurador, desde que a procuração 
confira a ele esse poder especial, como, por exemplo, uma procuração ad judicia et 
extra, com o empoderamento para confessar ou transigir.
A confissão também poderá ser:
• Expressa: quando uma das partes admite algo que lhe é desfavorável por 
meio de escrito o externa de modo verbal;
• Ficta ou presumida: quando a parte, diante da pergunta, não responde à 
indagação ou é evasivo (parece uma minhoca ensaboada) ou não comparece 
à audiência. Essa confissão acarreta presunção de veracidade (juris tantum) 
acerca daquilo sobre o que se discute.
Se a relação processual contiver mais litigantes no polo passivo ou ativo (litis-
consórcio), a confissão de um não prejudicará os demais litisconsortes. Nas ações 
que versem sobre bens imóveis ou direitos reais sobre imóveis alheios, a confissão 
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de um dos cônjuges ou companheiros não terá efeitos sem a do outro, exceto se 
o regime de casamento for de separação absoluta de bens. Aliás, já comentei com 
você que quando se casa, a vida muda um pouquinho, e é preciso pedir autorização 
para confessar, assim como para jogar futebol com os amigos, respirar, gastar o 
próprio dinheiro...Essas coisinhas básicas... Rs... Brincadeira, viu?
Parágrafo único. Nas ações que versarem sobre bens imóveis ou direitos reais 
sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge ou companheiro não valerá 
sem a do outro, salvo se o regime de casamento for o de separação absoluta 
de bens.
Chamo sua atenção para o fato de que o artigo 392 da Codificação Processu-
al estabelece casos nos quais a confissão não será válida ou será ineficaz, vamos 
analisá-los:
Art. 392. Não vale como confissão a admissão, em juízo, de fatos relativos a 
direitos indisponíveis.
Ou seja, não valerá a confissão de fatos relativos a direitos indisponíveis, sobre 
os quais não é possível transigir, como saúde, a dignidadehumana, dentre outros.
§ 1º A confissão será ineficaz se feita por quem não for capaz de dispor do di-
reito a que se referem os fatos confessados.
Se não houver capacidade de dispor sobre o direito, não há de se falar em con-
fissão e, por conseguinte, na atribuição dos efeitos a ela atribuídos.
§ 2º A confissão feita por um representante somente é eficaz nos limites em 
que este pode vincular o representado.
Bem, se o representante não pode tratar sobre determinado assunto, menos 
ainda poderá incidir a confissão.
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Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro 
de fato ou de coação.
Sobre a confissão, os artigos do 213 e 214 do Código Civil foram incor-
porados pelo NCPC.
Art. 213. Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz de dis-
por do direito a que se referem os fatos confessados.
Parágrafo único. Se feita a confissão por um representante, somente é eficaz nos 
limites em que este pode vincular o representado.
Art. 214. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro 
de fato ou de coação.
Aquele que confessou não pode voltar atrás e dizer que não quer mais confessar 
(irrevogável), mas pode desfazer a confissão caso prove algum defeito (anulável).
Por que não cabe anular uma confissão por dolo, professor?
Veja, a confissão é ciência de fato. Só tem sentido invalidar a confissão 
se comprometer a declaração de ciência sobre o fato. Não há nenhuma ra-
zão para se invalidar por dolo, se ele não levou ao erro. Se o dolo não levou 
a erro, é irrelevante para a anulação da confissão.
O artigo 393 da Lei de Ritos versa sobre a anulação da confissão caso ela seja 
obtida por meio de erro de fato (falsa percepção da realidade), bem como por co-
ação (física ou moral), o que, diga-se de passagem, são vícios de consentimento 
em sede de Direito Civil e ensejam a anulação do negócio jurídico.
Consoante o artigo 395 do Código de Processo Civil, a confissão, em regra, 
é indivisível de modo que a parte não pode aceitá-la no trecho que a beneficiar 
e rejeitá-la no tópico que lhe for desfavorável. Entretanto, a confissão pode sofrer 
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cisão (separação) caso o confitente (aquele que confessa) acoste fatos novos ao 
processo, os quais sejam capazes de constituir fundamento de defesa de direito 
material ou de reconvenção (a qual amplia os limites objetivos da demanda).
Da Prova Documental
Quando falo a respeito de documentos, faço menção a informações que foram 
captadas e cristalizadas em um determinado suporte, seja o papel, DVD, CD, pen 
drive, Disquete (o que é isso professor? Esse suporte é pré-histórico!!!), fotogra-
fias, enfim, algum meio que registre uma informação escrita, captadas por sons ou 
imagens em um determinado momento e a mantém. Bem, nossa cultura fomenta 
esse tipo de prova, uma vez os contratos, em regra, são escritos (embora a legis-
lação civilista permita relações contratuais verbais).
Da Força Probante do Documento
Os documentos, no que se refere a quem o produziu, podem ser classifica-
dos em:
• Públicos: são documentos produzidos por servidores públicos, os quais ates-
tam fatos que ocorreram na presença deles;
Art. 405. O documento público faz prova não só da sua formação, mas também 
dos fatos que o escrivão, o chefe de secretaria, o tabelião ou o servidor decla-
rar que ocorreram em sua presença.
• Privados: São produzidos por particulares, ou seja, não contam com a par-
ticipação de servidores públicos.
Algumas provas dependem de solenidade, de modo que, caso elas não es-
tejam presentes, não poderão ser supridas por outra forma, como, por exemplo, 
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a exigência de escritura pública para a celebração de contrato de compra e venda 
de imóveis. Noutro giro, se a lei não exigir formalidades, o documento é denomi-
nado não solene. Chamo sua atenção para o fato de que o documento público 
produzido por oficial público incompetente ou sem as formalidades exigidas pela 
legislação, com assinatura das partes, é equiparado, em termos de força probante, 
a documentos particulares.
Art. 406. Quando a lei exigir instrumento público como da substância do ato, 
nenhuma outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe a falta.
Art. 407. O documento feito por oficial público incompetente ou sem a obser-
vância das formalidades legais, sendo subscrito pelas partes, tem a mesma 
eficácia probatória do documento particular.
As cópias autenticadas com firma reconhecida possuem a mesma força proban-
te dos documentos originais, entendimento previsto no artigo 425, III. Além disso, 
o Novo Código estabelece que as cópias dos processos contam com a mesma força 
probatória das originais quando declaradas pelo advogado, o qual pode autenticá-
-las e, com efeito, se responsabiliza pela autenticação.
Bem, nos tempos atuais, vivemos na era da informática e o suporte em papel 
tende a ser muito diminuído nas repartições públicas, vide os processos judiciais 
eletrônicos. Sendo assim, as reproduções digitalizadas de documentos públicos ou 
particulares acostadas (juntadas) aos autos pelo Ministério Público e seus auxilia-
res, Defensoria Pública e seus auxiliares bem como pelas procuradorias e reparti-
ções públicas serão equiparados ao documento original, salvo se houver alegação 
motivada e com fundamentação de adulteração, consoante o inciso VI do artigo 
425 da Lei n. 13.105/2015.
Da Exibição do Documento ou da Coisa
Muitas vezes, durante a marcha processual, uma das partes pode requerer (pe-
dir) e o Juiz requisitar (ordenar) a apresentação de documento ou coisa em poder 
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da parte ou de terceiro. Trata-se de um incidente processual cuja intenção é a de 
que sejam exibidos documentos ou coisas. Seria o caso de um requerimento do 
autor para que um banco, o qual financiou o seu imóvel, apresente todos os valores 
recebidos por demonstrativo (exiba a documentação pertinente ao caso). Nesse 
exemplo, teríamos a figura do requerente (quem financiou o imóvel) e o requerido 
(o banco).
Quando esse pedido ou requisição é endereçado à parte, ela não tem a obriga-
ção de apresentá-lo, mas um encargo. Isso significa que se o documento não for 
apresentado, o Juiz admitirá os fatos alegados como verdadeiros, caso o requerido 
não evidencie que a coisa ou documento não estãoem seu poder, que as alegações 
não correspondem à verdade ou que a recusa foi dada por ilegítima, isto é, a parte 
arca com o ônus da não apresentação.
Já o terceiro para quem ocorreu o encargo de exibir o documento ou a coisa es-
tará obrigado a apresentá-la. Caso não faça, o Juiz poderá utilizar-se dos poderes a 
ele conferidos e expedir mandado de busca e apreensão, sem embargo de imputar 
o crime de desobediência e multa àquele que não atendeu à ordem para apresentar 
aquilo que o Julgador requisitou. Para que o terceiro exiba a coisa ou documento, 
o requerente irá propor uma ação incidente, uma vez que o terceiro não figura na 
relação jurídica originária, o que nos leva a verificar que será por meio de petição 
inicial com todas as formalidades previstas pela peça vestibular.
Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se 
encontre em seu poder.
O pleito formulado pela parte deverá trazer individualização da coisa ou docu-
mento a ser exibido, bem como a finalidade da apresentação e as circunstâncias as 
quais fundamentaram o pedido do requerente no sentido de afirmar que a docu-
mentação ou coisa se acha em poder da parte adversa.
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Art. 397. O pedido formulado pela parte conterá:
I – a individuação, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa;
II – a finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o docu-
mento ou com a coisa;
III – as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o docu-
mento ou a coisa existe e se acha em poder da parte contrária.
Uma vez cientificado acerca da necessidade de exibir o documento ou a coisa, 
o requerido responderá a nos cinco dias) subsequentes, lapso temporal no qual 
poderá apresentar o que foi exigido, alegar que não possui mais o documento ou 
coisa ou provar que a declaração não corresponde à verdade.
Art. 398. O requerido dará sua resposta nos 5 (cinco) dias subsequentes à sua 
intimação.
Parágrafo único. Se o requerido afirmar que não possui o documento ou a coisa, 
o juiz permitirá que o requerente prove, por qualquer meio, que a declaração 
não corresponde à verdade.
Cumpre destacar que o Julgador não admitirá que o requerido recuse a apre-
sentação do documento ou da coisa nos casos previstos no artigo 399 da Lei de 
Ritos, o qual colaciono abaixo:
Art. 399. O juiz não admitirá a recusa se:
I – o requerido tiver obrigação legal de exibir;
II – o requerido tiver aludido ao documento ou à coisa, no processo, com o 
intuito de constituir prova;
III – o documento, por seu conteúdo, for comum às partes.
Art. 400. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, 
por meio do documento ou da coisa, a parte pretendia provar se:
I – o requerido não efetuar a exibição nem fizer nenhuma declaração no prazo 
do art. 398;
II – a recusa for havida por ilegítima.
Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas, coer-
citivas, mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido.
O prazo para que o terceiro responda acerca da exibição da coisa ou documento 
sob sua posse é de 15 dias, consoante o artigo 401 do Código de Processo. O artigo 
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404 estabelece que tanto a parte como terceiro podem se eximir de exibir o docu-
mento nas seguintes hipóteses:
Art. 404. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou 
a coisa se:
I – concernente a negócios da própria vida da família;
II – sua apresentação puder violar dever de honra;
III – sua publicidade redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a 
seus parentes consanguíneos ou afins até o terceiro grau, ou lhes representar 
perigo de ação penal;
IV – sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou 
profissão, devam guardar segredo;
V – subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do 
juiz, justifiquem a recusa da exibição;
VI – houver disposição legal que justifique a recusa da exibição.
Parágrafo único. Se os motivos de que tratam os incisos I a VI do caput disserem 
respeito a apenas uma parcela do documento, a parte ou o terceiro exibirá a 
outra em cartório, para dela ser extraída cópia reprográfica, de tudo sendo la-
vrado auto circunstanciado.
O parágrafo único nos dá a ideia de que o documento poderá ser exibido, em parte, no 
cartório do Juízo para extração de cópias sobre o que não versar sobre os incisos I a VI 
do artigo 404.
Da Falsidade Documental
Muitas vezes o documento, seja público ou particular, que fora acostado aos 
autos, pode ser falso e, por conseguinte, deverá ser desentranhado (extraído) dos 
autos e imputada a responsabilidade criminal a quem procedeu à falsidade.
O novo Código de Processo Civil estatui que a falsidade ocorre quando for for-
mado um documento não verdadeiro (confeccionar uma certidão de nascimento 
falsa, por exemplo), alterar um documento verdadeiro (uma assinatura falsa) ou a 
fé relativa a ele (a crença na veracidade do documento). A autenticidade pode ser 
impugnada quando o documento for assinado em branco e houver preenchimento 
abusivo (como um documento assinado em um local e preenchido indevidamente 
em momento posterior) ou quando existir a impugnação do documento (quanto a 
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sua autenticidade) até que se possa verificar se ele é ou não autêntico. Veja como 
a Legislação Processual trata o tema:
Art. 427. Cessa a fé do documento público ou particular sendo-lhe declarada 
judicialmente a falsidade.
Parágrafo único. A falsidade consiste em:
I – formar documento não verdadeiro;
II – alterar documento verdadeiro.
Art. 428. Cessa a fé do documento particular quando:
I – for impugnada sua autenticidade e enquanto não se comprovar sua vera-
cidade;
II – assinado em branco, for impugnado seu conteúdo, por preenchimento 
abusivo.
Parágrafo único. Dar-se-á abuso quando aquele que recebeu documento assina-
do com texto não escrito no todo ou em parte formá-lo ou completá-lo por si 
ou por meio de outrem, violando o pacto feito com o signatário.
Infelizmente algumas pessoas assinam documentos em branco no afã de con-
seguirem um empréstimo para que esses papéis sejam preenchidos depois. Bem, 
caso o preenchimento ocorra posteriormente, de modo indevido, estará caracteri-
zado o abuso, o qual pode acarretar sanções criminais.
Art. 429. Incumbe o ônus da prova quando:
I – se tratar de falsidade de documento ou de preenchimento abusivo, à parte 
que a arguir;
II – se tratar de impugnação da autenticidade, à parte que produziu o docu-
mento.
Feitas as considerações acima, saliento que os artigos 430 ao 433 do Código de 
Processo permitem e disciplinam a arguição de falsidade documentalpor meio da 
qual o autor ou réu suscitam o falso.
Consoante o artigo 430 da Lei de Ritos, a falsidade deverá ser suscitada na con-
testação (momento em que o réu aponta o falso) ou na réplica (peça por meio da 
qual o autor indica a existência da falsidade). O prazo para arguição é de 15 dias 
(prazo preclusivo), contados da intimação da juntada do documento aos autos.
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Art. 430. A falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica ou no prazo 
de 15 (quinze) dias, contado a partir da intimação da juntada do documento 
aos autos.
A arguição de falsidade será resolvida pelo Juiz como uma questão incidental 
no processo, ou seja, um questionamento que orbita a marcha processual, mas 
não recairá sobre o mérito, exceto se a parte requerer que o julgador decida 
a falsidade como questão principal, por meio da qual o autor limita-se a 
declaração da autenticidade ou falsidade do documento.
Nas arguições de falsidade, a parte deverá expor os motivos da pretensão, con-
soante o artigo 431 da Lei de Ritos, bem como pretende provar a alegação. Seria 
o caso de um documento em que a parte verifica que a assinatura não é sua e so-
licita um exame pericial grafotécnico, a fim de provar o que alega. Após a oitiva do 
adverso, no prazo de 15 dias, a perícia será realizada, consoante ditames do artigo 
432 da Lei n. 13.105/2015. Agora, se a pare concordar em retirar o documento, 
não haverá perícia na documentação contestada.
Parágrafo único. Uma vez arguida, a falsidade será resolvida como questão in-
cidental, salvo se a parte requerer que o juiz a decida como questão principal, 
nos termos do inciso II do art. 19.
Art. 431. A parte arguirá a falsidade expondo os motivos em que funda a sua 
pretensão e os meios com que provará o alegado.
Art. 432. Depois de ouvida a outra parte no prazo de 15 (quinze) dias, será 
realizado o exame pericial.
Parágrafo único. Não se procederá ao exame pericial se a parte que produziu o 
documento concordar em retirá-lo.
Se a declaração sobre a falsidade documental for suscitada como questão prin-
cipal, ela constará na parte dispositiva da sentença (elemento essencial por meio 
do qual o Juiz resolve as questões principais a ele carreadas) e fará coisa julgada, 
o que a torna atacável por meio de recurso de apelação. Noutro giro, se a questão 
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for incidental, o recurso cabível será o de agravo de instrumento, consoante o ar-
tigo 1.015, IV.
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que 
versarem sobre:
VI – exibição ou posse de documento ou coisa;
Da Prova Testemunhal
Quando falamos em prova testemunhal, estamos diante de fatos que foram pre-
senciados ou conhecidos por pessoas (captados por meios sensoriais, tais como: 
visão e audição), cujo teor será reduzido a termo (escrito) e subscrito (assinado ao 
final), pois interessam ao processo.
A princípio, a prova testemunhal é admitida sempre, essa é a regra, excepciona-
lizada caso a lei traga disposição em contrário. Mesmo com a admissão das provas 
testemunhais pelo Código, o Juiz indeferirá a oitiva quando os fatos estiverem 
sido provados por documentos, houver confissão da parte ou quando os fa-
tos só puderem ser comprovados por meio de documentação ou avaliação 
do perito (prova pericial).
O CPC/73 e o Código Civil previa que, para contratos acima de 10 salá-
rios mínimos, não cabia prova exclusivamente testemunhal. Essas regras 
não existem mais.
Art. 443. O juiz indeferirá a inquirição de testemunhas sobre fatos:
I – já provados por documento ou confissão da parte;
II – que só por documento ou por exame pericial puderem ser provados.
Art. 444. Nos casos em que a lei exigir prova escrita da obrigação, é admissível 
a prova testemunhal quando houver começo de prova por escrito, emanado da 
parte contra a qual se pretende produzir a prova.
Uma vez arroladas as testemunhas elas deverão ser qualificadas, isto é, serão 
indicados dados pessoais como nome, estado civil, profissão, número da identidade, 
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local de trabalho, onde reside. Agora, é preciso destacar que essa qualificação ocor-
rerá sempre que possível, com base no artigo 450 da Lei de Ritos, porquanto, em 
alguns casos a parte não tem como indicar com precisão quem é a testemunha, 
pois só a conhece pelo primeiro nome ou sabe apenas onde ela reside e necessitará 
do auxílio do Poder Judiciário para identificar o pretenso depoente.
A parte pode provar os fatos por meio de testemunhas nas hipóteses do artigo 
446, as quais examino como você:
Art. 446. É lícito à parte provar com testemunhas:
I – nos contratos simulados, a divergência entre a vontade real e a vontade 
declarada;
Esse é um tema comentado nas aulas de Direito Civil e ocorre, por exemplo, 
quando alguém realiza uma simulação no negócio jurídico, como no caso em que 
um devedor, o qual não pagou uma dívida assumida por contrato, simula uma alie-
nação (venda) de um bem para o nome de um amigo, mas de fato continua a uti-
lizá-lo, ou seja, fez isso apenas para não cumprir a obrigação, a qual se satisfaria 
no patrimônio “alienado”, o que caracteriza um vício.
II – nos contratos em geral, os vícios de consentimento.
Seriam os negócios celebrados por meio de dolo, estado de perigo, coação, erro, 
ou seja, situações que comprometem a higidez da celebração do negócio jurídico e 
admitem a anulação.
Nosso sistema processual civil prevê alguns casos de pessoas que não poderão 
ser testemunhas haja vista serem incapazes (acometidas por enfermidade mental 
anterior ou contemporânea aos fatos), os cegos e surdos (quando essa função 
sensorial seja necessária para instrução) e os menores de 16 anos.
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Outro motivo para que não seja admitida a testemunha se refere ao fato de ela 
ser impedida, isto é, quando for cônjuge ou companheiro, ascendente ou des-
cendente, em qualquer grau civil da parte e colateral até o terceiro grau civil, seja 
por afinidade ou consanguinidade (exceto se o caso se relacionar com o interesse 
público, a causa se relacionar ao estado da pessoa a situação não puder ser obtida 
por outro modo e o Julgador entenda ser necessária ao exame de mérito).
Além do exposto, também será considerada impedida a testemunha que éparte na causa, ou que intervenha em nome da parte (como tutor, represen-
tante da pessoa jurídica, o próprio Juiz, o advogado e outras pessoas que tenham 
sido ou sejam assistentes das partes). As aludidas hipóteses estão previstas no 
§ 2º incisos I a III do artigo 447 do Código de 2015.
Ademais, o § 3º do artigo 447 do Código de Processo estabelece as testemu-
nhas que podem ser consideradas suspeitas nos seguintes casos: inimigos da 
parte ou amigos íntimos delas (porque aí fica difícil agir com imparcialidade, 
né?), ou se o pretenso depoente tiver interesse no litígio.
O condenado por crime de falso testemunho e o que, por seus costu-
mes, não for digno de fé não estão mais no rol dos suspeitos.
Embora o Código trate acerca da impossibilidade de incapazes (menores), im-
pedidos e suspeitos figurarem como testemunhas, a mesma codificação permite ao 
Juiz colher o depoimento deles quando necessário sem que prestem compromisso 
de dizer a verdade. No entanto, o Julgador irá valorar os depoimentos conforme o 
caso e merecimento.
Bem, cumpre destacar que as testemunhas não são obrigadas a depor em re-
lação a tudo, pois existem fatos que podem prejudicar os parentes dela ou violar 
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sigilos relacionados ao exercício profissional do pretenso depoente, como nos casos 
dos médicos.
Art. 448. A testemunha não é obrigada a depor sobre fatos:
I – que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou companheiro 
e aos seus parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o 
terceiro grau;
II – a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.
Quanto à produção de provas, o Código prevê que o rol de testemunhas está li-
mitado a 10 (dez) que podem ser substituídas nos seguintes casos previstos pelo 
artigo 451 da Lei Processual:
Art. 451. Depois de apresentado o rol de que tratam os §§ 4º e 5º do art. 357, 
a parte só pode substituir a testemunha:
I – que falecer;
II – que, por enfermidade, não estiver em condições de depor;
III – que, tendo mudado de residência ou de local de trabalho, não for encon-
trada.
Se a testemunha residir em local diverso da sede do Juízo (onde, em regra são 
ouvidas) a oitiva poderá ser realizada por videoconferência ou outro meio tecno-
lógico, que poderá ocorrer durante a audiência de instrução. Os aparatos para a 
realização da oitiva mencionada deverão ser disponibilizados pelos Juízos.
Existem pessoas que, em razão do cargo ocupado, serão inquiridas na própria 
residência ou no local onde exercem as funções laborais. O artigo 454 do Novo Có-
digo prevê o rol de testemunhas nessa condição, as quais veremos abaixo:
Art. 454. São inquiridos em sua residência ou onde exercem sua função:
I – o presidente e o vice-presidente da República;
II – os ministros de Estado;
III – os ministros do Supremo Tribunal Federal, os conselheiros do Conselho 
Nacional de Justiça e os ministros do Superior Tribunal de Justiça, do Superior 
Tribunal Militar, do Tribunal Superior Eleitoral, do Tribunal Superior do Traba-
lho e do Tribunal de Contas da União;
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IV – o procurador-geral da República e os conselheiros do Conselho Nacional 
do Ministério Público;
V – o advogado-geral da União, o procurador-geral do Estado, o procurador-
-geral do Município, o defensor público-geral federal e o defensor público-geral 
do Estado;
VI – os senadores e os deputados federais;
VII – os governadores dos Estados e do Distrito Federal;
VIII – o prefeito;
IX – os deputados estaduais e distritais;
X – os desembargadores dos Tribunais de Justiça, dos Tribunais Regionais Fe-
derais, dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais Eleito-
rais e os conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Fede-
ral;
XI – o procurador-geral de justiça;
XII – o embaixador de país que, por lei ou tratado, concede idêntica prerroga-
tiva a agente diplomático do Brasil.
Caso as autoridades sejam arroladas como testemunhas, o Juiz remeterá a 
elas uma cópia da petição inicial, a qual conterá informações acerca dos fatos, 
e solicitará à testemunha que indique o dia, hora e lugar para que seja realizada a 
inquirição. Caso a autoridade não faça a indicação no prazo de um mês, o Julgador 
marcará a inquirição, a qual se dará, de modo preferencial, na sede do Juízo, o que 
é a regra. O mesmo ocorrerá se o pretenso depoente não comparecer, de forma 
injustificada, no dia, hora e lugar determinado.
Nos tempos atuais, o advogado poderá intimar testemunhas que reputar rele-
vantes para o processo. Nesse caso, deverá informar à testemunha o dia, hora e 
lugar da inquirição e dispensar a intimação do Juízo. O artigo 455, § 1º, consigna 
que a intimação deverá ser feita por carta com aviso de recebimento (AR) e cópia 
da correspondência relativa à intimação e comprovante do recebimento acostados 
aos autos com antecedência, de, pelo menos, três dias da data da audiência.
A parte também pode se comprometer a levar a testemunha sem intimá-la, po-
rém, caso não ela não compareça, presume-se que a parte desistiu da inquirição.
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Muitas vezes, a intimação feita pelo Poder Judiciário se faz necessária, sendo 
assim, o artigo 455, § 4º, estabelece as hipóteses nas quais a comunicação será 
feita pela via judicial, vamos ver:
§ 4º A intimação será feita pela via judicial quando:
I – for frustrada a intimação prevista no § 1º deste artigo;
Esse é o caso da intimação feita pelo advogado.
II – sua necessidade for devidamente demonstrada pela parte ao juiz;
Como nos casos das testemunhas que se recusam a comparecer em Juízo quan-
do a parte solicita.
III – figurar no rol de testemunhas servidor público ou militar, hipótese em 
que o juiz o requisitará ao chefe da repartição ou ao comando do corpo em que 
servir;
No inciso acima, o Juiz oficiará ao órgão para que o servidor compareça para 
depor em dia, hora e lugar marcados.
IV – a testemunha houver sido arrolada pelo Ministério Público ou pela Defen-
soria Pública;
V – a testemunha for uma daquelas previstas no art. 454.
São as testemunhas inquiridas na própria residência ou onde exercem as fun-
ções.
Bem, feitas as considerações acima, antes de o Juiz iniciar os depoimentos, 
qualificará a testemunha e verificará se há algum grau de parentesco com a parte 
ou interessado no processo (em caso afirmativo, poderá escutá-la como informan-
te) e perguntará se há algum caso de impedimento suspeição ou incapacidade que 
comprometa a inquirição além de informar à testemunha acerca do compromisso 
de dizer a verdade e adverti-la sobre a sanção penal (crime de falso testemunho) 
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em caso de afirmação falsa, calar ou ocultar a verdade. Saliento que é permitido à 
parte contrária contraditar a testemunha, ou seja, alegar que sobre ela recaem 
incapacidade, suspeição ou impedimento para oitiva.
As testemunhas são ouvidas separadamente, primeiro as do autor e depois as 
do réu de modo que uma não ouça o depoimento das outras. Embora a Codificação 
Processual traga essa ordem, ela poderá ser alterada, caso as partes concordem.
As perguntas direcionadas às testemunhas serão feitas a elas diretamente, isto 
é, não precisam ser feitas ao Juiz para que sejam reperguntadas ao inquirido (típico 
de um sistema de condução presidencialista de inquirição, previsto no Tribunal do 
Júri, quando um jurado faz uma pergunta). O Julgador não permitirá preguntas que 
possam induzir a resposta, não tiverem relação com a atividade probatória (tipo 
perguntar qual cor preferida da testemunha, rs) ou que tiverem sido respondidas.
Caso o Juiz indefira as perguntas, elas serão transcritas no termo de audiência, 
se a parte assim o requerer, além do que as testemunhas devem ser tratadas com 
urbanidade.
Wuando as testemunhas divergirem em determinado ponto relevante, que pode 
influenciar no julgamento, o Juiz poderá determinar uma acareação, por meio da 
qual a questão controvertida será reperguntada as testemunhas e reduzidas a ter-
mo em auto de acareação (a qual pode ser realizada por videoconferência ou outro 
meio tecnológico em tempo real). Esse ato pode ser ordenado pelo Juiz de ofício ou 
requerido pela parte, consoante o artigo 461 do Código de Processo Civil.
Da Prova Pericial
Quando se analisa a prova pericial, está-se diante de uma prova técnica, mais 
complexa, a qual depende de um perito (auxiliar da justiça que detém uma expertise, 
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uma qualificação em determinado assunto) que emitirá um laudo, a fim de nortear 
a decisão do Juiz.
A prova pericial pode consistir em:
• Exame: recai sobre pessoas ou coisas;
• Vistoria: é realizada sobre bens imóveis;
• Avaliação: sobre um bem (valor).
Como estamos diante de uma prova que pode demandar dinheiro e tempo, ela 
poderá ser indeferida nos casos elencados pelo artigo 464, § 1º, que passamos a 
analisar abaixo:
§ 1º O juiz indeferirá a perícia quando:
I – a prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico;
Ou seja, fatos que podem ser avaliados por pessoas desprovidas de conheci-
mento especializado ou científico.
II – for desnecessária em vista de outras provas produzidas;
Como o Juiz não está obrigado a decidir com base na prova pericial, em virtude 
da persuasão racional, o corpo probatório pode ser suficiente para a emissão da 
sentença.
III – a verificação for impraticável.
Há casos em que não há possibilidade de realização da perícia, como, por exem-
plo, uma perícia em um barco que afundou em alto mar e o local é inacessível.
Além disso, a perícia poderá ser substituída pela prova técnica simplificada, 
que consiste na inquirição de especialista sobre ponto controverso relativo à causa, 
o qual possui menor complexidade, o que deve ser requerido pelas partes ou de 
ofício pelo Juiz.
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§ 2º De ofício ou a requerimento das partes, o juiz poderá, em substituição à 
perícia, determinar a produção de prova técnica simplificada, quando o ponto 
controvertido for de menor complexidade.
§ 3º A prova técnica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialis-
ta, pelo juiz, sobre ponto controvertido da causa que demande especial conhe-
cimento científico ou técnico.
O especialista deverá ter formação acadêmica específica na área de seu depoi-
mento. Destinei uma aula própria para tratar a respeito do perito, bem como do as-
sistente técnico. Porém, nesse ponto da nossa caminhada, irei relembrar algumas 
características desses profissionais, haja vista o tema ora tratado exigir.
Bem, o perito é um auxiliar da justiça que deve agir com diligência e impar-
cialidade o qual responde por prejuízos causados e tem por objetivo entregar um 
laudo, cujo escopo é auxiliar o Juiz a emitir a decisão sobre o processo. Além disso, 
compete ao aludido profissional responder a quesitos (perguntas) formulados pelas 
partes acerca do assunto objeto da perícia. Chamo sua atenção para o fato de que 
sobre o perito recairão as hipóteses de impedimento e suspeição (artigos 144 e 145 
do Código de Processo Civil), que podem ser arguidas pelas partes no prazo de 15 
dias contados do despacho de nomeação do perito (normalmente no saneamento 
do processo).
Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de 
imediato o prazo para a entrega do laudo.
§ 1º Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do 
despacho de nomeação do perito:
I – arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;
II – indicar assistente técnico;
III – apresentar quesitos.
Vamos relembrar outros conceitos, em apertada síntese, sobre alguns pontos 
relativos ao perito, os quais foram trabalhados em aula passada:
• o Novo CPC estatui que perito tem que ser legalmente habilitado, ou seja, 
aquele que se cadastrou;
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• artigo 156, § 1º estabelece que os peritos serão nomeados entre os profis-
sionais legalmente habilitados nos órgãos técnicos ou científicos devidamente 
inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o Juiz está vinculado;
• consoante o § 2º da legislação processual, para formação do cadastro, os tri-
bunais devem realizar consulta pública.
O inciso II do artigo 465 versa sobre o assistente técnico, que, tal qual o pe-
rito, fora analisado em aula própria. No entanto, vale relembrar alguns conceitos 
acerca desse profissional. Veja, o assistente é parcial (ao contrário do perito) e é 
contratado pela parte (o perito é nomeado pelo Juiz) para emitir parecer (não é 
laudo) e sobre ele não recaem as hipóteses de suspeição ou impedimento. Contudo 
o assistente não deverá agir com má-fé. O assistente terá acesso às diligências e 
exames realizados pelo perito.
§ 2º O perito deve assegurar aos assistentes das partes o acesso e o acompa-
nhamento das diligências e dos exames que realizar, com prévia comunicação, 
comprovada nos autos, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias.
Os honorários do perito serão arbitrados no início da atividade pericial e o Julga-
dor poderá autorizar o pagamento no importe de até cinquenta por cento do valor 
quando o aludido auxiliar da justiça iniciara atividade laborativa e o restante ao 
final, com a entrega do laudo. No entanto, esse valor pode ser reduzido quando a 
perícia não estiver a contento ou for inconclusiva.
§ 4º O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos hono-
rários arbitrados a favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanes-
cente ser pago apenas ao final, depois de entregue o laudo e prestados todos 
os esclarecimentos necessários.
Essa é uma regra nova. O Juiz pode dizer que o perito poderá ser pago até 50 
% dos honorários. E, ao final, ser exigido o restante.
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§ 5º Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a 
remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho.
Segundo o artigo 95 do Novo Código de Processo Civil,
Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo 
a do perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a 
perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas as partes.
Quando a perícia tiver de ser realizada por cartas (precatória, rogatória, de or-
dem) a nomeação de perito ou assistente pode ser realizada por nomeação no Juiz 
deprecado, ou seja, onde deva ser realizada a perícia.
§ 6º Quando tiver de realizar-se por carta, poder-se-á proceder à nomeação 
de perito e à indicação de assistentes técnicos no juízo ao qual se requisitar a 
perícia.
O perito pode não aceitar o encargo ou ser recusado quando sobre ele recaírem 
as hipóteses de impedimento ou suspeição, as quais, caso sejam aceitas pelo Juiz, 
acarretam substituição por outro profissional. Além disso, o artigo 468 da Legis-
lação Processual estabelece os casos nos quais o perito poderá ser substituído, 
acompanhe comigo:
Art. 468. O perito pode ser substituído quando:
I – faltar-lhe conhecimento técnico ou científico;
II – sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi 
assinado.
§ 1º No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à corporação 
profissional respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada tendo em 
vista o valor da causa e o possível prejuízo decorrente do atraso no processo.
Nos casos acima mencionados, o perito deverá restituir os valores recebidos, 
pois não realizou a atividade para a qual estava incumbido, sob pena de ficar impedido 
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de atuar como perito judicial pelo prazo de cinco anos, conforme o § 2º do artigo 
468 do Código de Processo Civil.
Conforme comentei, linhas acima, o perito deverá responder a quesitos formu-
lados pelas partes, porém, algumas inquirições serão indeferidas pelo Juiz, caso 
sejam impertinentes bem como o Julgador poderá formular perguntas que entenda 
necessárias ao esclarecimento do assunto.
O Juiz poderá escolher o perito em cadastro do Tribunal. Agora, as partes tam-
bém podem convencionar a escolha do aludido profissional desde que sejam plena-
mente capazes e a causa admita autocomposição.
Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o 
mediante requerimento, desde que:
I – sejam plenamente capazes;
II – a causa possa ser resolvida por autocomposição.
§ 1º As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos assisten-
tes técnicos para acompanhar a realização da perícia, que se realizará em data 
e local previamente anunciados.
§ 2º O perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente, laudo 
e pareceres em prazo fixado pelo juiz.
§ 3º A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria realizada 
por perito nomeado pelo juiz.
§ 2º É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem como 
emitir opiniões pessoais que excedam o exame técnico ou científico do objeto 
da perícia.
A perícia deve se ater o objeto da perícia. Qualquer violação a esse artigo é violação 
ao requisito formal do laudo, que implicará em nulidade.
§ 3º Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos po-
dem valer-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo 
informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte, de ter-
ceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, 
mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao es-
clarecimento do objeto da perícia.
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Existem casos em que as perícias são complexas e exigem mais de uma área de 
conhecimento de modo que o Juiz pode nomear mais de um perito, bem como as 
partes indicar mais de um assistente técnico. Além, disso, algumas perícias podem 
ser mais trabalhosas e, por essa razão, permitem que o perito, de modo justificado, 
solicite prorrogação de prazo, uma vez, com acréscimo de metade do tempo inicial-
mente solicitado, conforme o artigo 476 da Lei 13.105 de 2015.
Após as atividades laborais, o perito irá protocolar o laudo em juízo com ante-
cedência mínima de 20 dias antes da audiência de instrução e julgamento de modo 
que as partes serão intimadas e poderão se manifestar, no prazo comum de 15 
dias, bem como os assistentes técnicos poderão apresentar em igual prazo o pare-
cer com suas conclusões.
Caso a perícia não tenha sido clara, poderá ser determinada nova perícia pelo 
Juiz, ou a requerimento da parte. A segunda perícia recairá sobre os mesmos fatos 
e visa corrigir omissões ou inexatidões da primeira e compete ao Juiz valorar as 
duas perícias, conforme estabelece o artigo 480 do Código de Processo Civil.
Art. 480. O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a realização 
de nova perícia quando a matéria não estiver suficientemente esclarecida.
§ 1º A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre os quais recaiu a 
primeira e destina-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão dos resultados 
a que esta conduziu.
§ 2º A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a primeira.
§ 3º A segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao juiz apreciar o va-
lor de uma e de outra.
O Juiz poderá desconsiderar o que o laudo pericial concluiu. Contudo, 
deverá fazê-lo de forma motivada. (vide STJ, 4ª Turma, REsp 1.095.668-
RJ, Rel. Min Luís Felipe Salomão, julgado em 12/3/2013 (Info 519)). Ade-
mais, com base no convencimento motivado, as conclusões do laudo peri-
cial podem ser desconsideradas com estribo em outras provas (vide STF. 
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Prof. Anderson FerreiraPlenário. RE 567708/SP, rel. orig. Min. Gilmar Mendes, red. p/o acórdão 
Min. Cármen Lúcia, julgado em 8/3/2016 (Info 817)).
Segundo o artigo 82, § 1º, da Lei de Ritos:
Art. 82. Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às 
partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no proces-
so, antecipando-lhes o pagamento, desde o início até a sentença final ou, na 
execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título.
§ 1º Incumbe ao autor adiantar as despesas relativas a ato cuja realização o 
juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público, quando sua 
intervenção ocorrer como fiscal da ordem jurídica.
Além disso, o artigo 95 da Lei de Ritos dispõe que:
Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo 
a do perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a 
perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas as partes.
Da Inspeção Judicial
A inspeção judicial ocorre quando o Juiz vai ao encontro de coisas ou pessoas 
com o objetivo de examiná-las, observá-las e, ao inspecioná-las, esclarecer os fa-
tos que importem à demanda e interessem no processo decisório. Essa inspeção 
poderá ocorrer em qualquer fase do processo.
Art. 481. O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase 
do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato 
que interesse à decisão da causa.
Durante a inspeção, o Julgador pode ir acompanhado de um ou mais peritos, 
quando entender que esse acompanhamento se faz necessário, a fim de melhor 
verificar ou interpretar os fatos. São hipóteses que tornam viável a inspeção judicial: o 
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Juiz julgar necessário, a fim de melhor verificar ou interpretar os fatos que 
devam ser observados, quando as coisas não puderem ser apresentadas 
em juízo sem consideráveis despesas ou graves dificuldades ou quando 
determinar a reconstituição dos fatos, conforme estabelece o artigo 483 
da Lei de Ritos.
Art. 483. O juiz irá ao local onde se encontre a pessoa ou a coisa quando:
I – julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que 
deva observar;
II – a coisa não puder ser apresentada em juízo sem consideráveis despesas 
ou graves dificuldades;
III – determinar a reconstituição dos fatos.
É vedada a visita “surpresa”, ou seja, que o Juiz vá ao local da inspeção sem 
comunicar as partes, porquanto elas têm direito de assistir à inspeção, prestar es-
clarecimentos e fazer observações que entenderem relevantes para a causa. Por 
fim, ao final da inspeção, será produzido um auto circunstanciado, no qual será 
mencionado tudo aquilo que for relevante para o julgamento da causa.
Bem, feitas as considerações acima, vamos iniciar nossa habitual bateria de 
exercícios, a qual nos ajuda a fixar os conceitos vistos no decorrer da aula.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (FGV/2018/TJ-SC/TÉCNICO JUDICIÁRIO AUXILIAR) Marcelo, menor 
absolutamente incapaz, devidamente representado, sem requerer o benefício da 
gratuidade de justiça, propôs uma ação de indenização em face de uma empresa 
particular, pedindo o ressarcimento de dano material de 50 mil reais. Funcionando 
como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público requereu a produção de prova 
pericial para a instrução do feito. As partes não se opuseram ao requerido pelo 
Ministério Público, tendo o perito estipulado o valor de seus honorários em dez mil 
reais para a elaboração de sua perícia técnica, o que foi deferido pelo juízo.
Nesse sentido, incumbe:
a) ao autor adiantar os dez mil reais referentes ao valor da perícia;
b) ao Ministério Público adiantar os dez mil reais referentes ao valor da perícia;
c) à empresa ré adiantar os dez mil reais referentes ao valor da perícia;
d) ao Poder Judiciário adiantar os dez mil reais referentes ao valor da perícia;
e) ao Poder Executivo adiantar os dez mil reais referentes ao valor da perícia.
Questão 2 (2018/CESPE/DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO) Não havendo processo 
anterior que trate da situação, a demonstração de que determinado fato ocorreu 
em rede social acessível pela Internet poderá ser realizada com a juntada aos autos
Parte superior do formulário
a) de declaração pessoal do autor.
b) de prova emprestada.
c) do computador.
d) da prova pericial.
e) de ata notarial.
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Questão 3 (2018/CESPE/PC-MA/MÉDICO LEGISTA) De acordo com o Código de 
Processo Civil, o(a)
I – perito, para o desempenho de sua função, poderá ouvir testemunhas, facul-
dade que não se estende aos assistentes técnicos.
II – laudo pericial deverá conter a indicação do método utilizado.
III – perito poderá ser intimado para audiência por meio eletrônico.
IV – escolha do perito é prerrogativa exclusiva do juiz.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
Questão 4 (2017/CESPE/TRT-7ª REGIÃO/CE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JU-
DICIÁRIA) Designada a audiência de instrução e julgamento relativa a ação ajui-
zada pelo Ministério Público contra determinada empresa por supostas irregulari-
dades, o Ministério Público arrolou testemunhas.
Nessa situação, conforme disposições do CPC, a intimação das testemunhas deverá 
ser realizada por
Parte superior do formulário
a) via judicial.
b) edital.
c) carta com aviso de recebimento.
d) carta simples.
Questão 5 (2017/CESPE/TRE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) 
No que se refere às provas no processo civil, assinale a opção correta.
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a) Foi adotado o sistema do livre convencimento puro na valoração das provas 
pelo juiz.
b) O ônus da prova incumbirá à parte que produziu o documento, quando for con-
testada a autenticidade deste.
c) Devido ao fato de os indivíduos com menos de dezesseis anos de idade serem 
incapazes para depor, o juiz não pode admitir que eles deponham.
d) É permitido ao advogado requerer o depoimento pessoal da parte que esteja 
sob o seu patrocínio.
e) São admitidos os meios típicos e atípicospara a prova dos fatos em juízo, ainda 
que tais meios sejam moralmente ilegítimos.
Questão 6 (2018/CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/JUDICIÁRIA) Acerca do 
procedimento comum, julgue o item que se segue.
Por ser matéria de ordem pública, a distribuição diversa do ônus da prova não é 
possível por convenção das partes.
Questão 7 (2018/CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA 
AVALIADOR FEDERAL) À luz das disposições do Código de Processo Civil (CPC), 
julgue o próximo item.
No que se refere à formação do conjunto de provas no processo, a possibilidade 
de o magistrado atuar de ofício está expressamente prevista em lei e é compatível 
com a adoção, pelo CPC, de um modelo de processo cooperativo.
Questão 8 (CESPE/2018/PC-MA/MÉDICO LEGISTA) Nas perícias cíveis, quando 
a prova do fato depender de conhecimento técnico e científico, o juiz será assistido 
por perito. Após a ciência de sua nomeação, caso não apresente escusa, o perito 
deverá
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a) comprovar regularidade com órgão fiscalizador da profissão em quinze dias.
b) apresentar seu laudo em vinte dias.
c) confirmar, em três dias úteis, a aceitação do encargo pericial.
d) apresentar, em cinco dias, proposta de honorários.
e) oferecer quesitos, caso deseje, em dez dias.
Questão 9 (CESPE/2017/MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/ADAP-
TADA) Julgue os itens a seguir, a respeito de provas, revelia, sentença e coisa jul-
gada.
Nos casos em que a causa possa ser resolvida por autocomposição, as partes, se 
plenamente capazes, poderão consensualmente escolher o perito, antecipando-se 
à nomeação deste pelo juiz.
Questão 10 (2018/FCC/TRT-15ª REGIÃO-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JU-
DICIÁRIA - OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL) Sobre provas, conside-
re:
I – O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, 
atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.
II – O documento feito por oficial público incompetente ou sem a observância 
das formalidades legais, sendo subscrito pelas partes, tem a mesma eficácia 
probatória do documento particular.
III – Se for arrolado como testemunha, o juiz da causa declarar-se-á suspeito, 
ainda que nada saiba sobre os fatos, por ficar demonstrado seu vínculo pes-
soal com a parte que o arrolou.
IV – O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na con-
testação, apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos ou 
documentos elucidativos que considerar suficientes.
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V – O juiz, apenas por ato de ofício, pode, em qualquer fase do processo, ins-
pecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato ou direito que 
interesse à solução da causa.
Está correto o que consta APENAS de
a) III, IV e V.
b) II, III e V.
c) I, II, III e IV.
d) I, II e IV.
e) I, III e V.
Questão 11 (2018/FCC/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO/REAPLICAÇÃO) Conside-
re as assertivas abaixo.
I – O depoimento pessoal da parte não pode ser determinado de ofício pelo juiz.
II – Em ações de estado e de família, a parte não é obrigada a prestar depoimen-
to sobre fatos, ainda que venham a resultar em desonra própria.
III – Haverá confissão ficta quando a parte, pessoalmente intimada para prestar 
depoimento pessoal e advertida da pena de confesso, não comparece em 
juízo.
IV – É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.
V – A parte não tem legitimidade para requerer o seu próprio depoimento pes-
soal.
Em consonância com as disposições do Código de Processo Civil, está correto o 
que se afirma APENAS em
a) II e IV.
b) II, III e V.
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c) I, II e V.
d) III, IV e V.
e) I, III e IV.
Questão 12 (2018/FCC/PGE-TO/PROCURADOR DO ESTADO) No que se refere às 
regras da confissão previstas no CPC, a confissão
a) em juízo vale como admissão de fatos relativos a direitos indisponíveis, se feita 
por agente maior e capaz.
b) é revogável, como regra, por se tratar de ato jurídico unilateral, podendo ainda 
ser anulada se decorreu de erro de fato, de dolo ou de coação.
c) judicial só pode ser espontânea, já que a confissão provocada é exclusiva do 
procedimento extrajudicial.
d) judicial faz prova contra o confitente, prejudicando os litisconsortes.
e) extrajudicial, quando feita oralmente, só terá eficácia nos casos em que a lei 
não exija prova literal.
Questão 13 (2017/FCC/TST/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Sobre 
as provas, segundo as normas do novo Código de Processo Civil, considere:
I – É assegurado à parte requerer o próprio depoimento pessoal, assim como o 
da parte contrária.
II – A confissão judicial faz prova contra o confitente e em prejuízo dos litiscon-
sortes, caso se trate de litisconsórcio unitário.
III – Cabe à parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consue-
tudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, independentemente de determi-
nação do juiz.
IV – Quando contiver declaração de ciência de determinado fato, o documento 
particular prova a ciência, mas não o fato em si, incumbindo o ônus de pro-
vá-lo ao interessado em sua veracidade.
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V – A nota escrita pelo credor em qualquer parte de documento representativo 
de obrigação, ainda que não assinada, faz prova em benefício do devedor.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e V.
b) II e III.
c) IV e V.
d) II e IV.
e) I e III.
Questão 14 (2017/FCC/TST/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO) Com relação à 
prova documental, a legislação processual civil sobre a matéria estabelece:
a) Quando intimada para se manifestar sobre documento constante dos autos, po-
derá a parte impugná-lo como meio de prova, o que significa alegar sua falsidade.
b) Nos casos em que a lei exigir documento público como da substância do ato, se 
a prova legal existir validamente, o juiz poderá admitir outros meios de prova, em 
atenção ao princípio do livre convencimento motivado.
c) Quando o documento particular contiver declaração de ciência de determinado 
fato, incumbirá ao signatário o ônus de provar a veracidade ou não do fato contido 
no documento.
d) Caso haja arguição de falsidade de documento juntado

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