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PROCESSO CIVIL I - PROVAS

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33
FACULDADE PROMOVE DE BELO HORIZONTE
CAMPUS JOÃO PINHEIRO
INGRID FERNANDES RAMALHO
GABRIELE CARVALHO SANTOS 
KALINI SOUZA DAVINI
LORENA XAVIER PEREIRA DE ALMEIDA 
MATHEUS MACIEL DO CARMO 
MEIOS DE PROVAS 
BELO HORIZONTE 
2019
Ingrid Fernandes Ramalho
Gabrielle Carvalho Santos
Kalini Souza Davini
Lorena Xavier Pereira de Almeida 
Matheus Maciel do Carmo
MEIOS DE PROVAS 
Trabalho acadêmico apresentado como requisito parcial de avaliação do curso de Direito da Faculdade Promove de Belo Horizonte, na disciplina de Processo Civil I. 
Orientador: Profa. Jordânia Cláudia de Oliveira Gonçalves.
Belo Horizonte 
2019
EPÍGRAFE
“A justiça tem numa das mãos a balança em que pesa o direito, e na outra a espada de que serve para defender. A espada sem a balança é a força brutal, a balança sem a espada é a impotência do direito.”
Rudolf Von Ihering
RESUMO
Os meios de provas são os mais utilizados atualmente para a legitimação da verdade no caso concreto e tem por finalidade prestar um elemento de comprovação e convencimento sobre os fatos alegados pelas partes em um processo judicial. São exemplos dos meios de provas previstos no Código de Processo Civil de 2015: prova testemunhal, pericial, depoimento pessoal e outras. 
As provas poderão ser revertidas para a outra nos casos em que existe a comprovação de uma obrigação. E devem ser adquiridas dentro dos padrões estabelecidos pela lei.
Palavras-chave: Provas. Meios de provas. Ônus da prova. Prova ilícita.
ABSTRACT
The means of evidence are the most used today for the legitimation of truth in the concrete case and is intended to provide an element of evidence and conviction about the facts alleged by the parties in a judicial process. Examples of the means of evidence provided for in the Code of Civil Procedure of 2015 are: testimonial evidence, expert witness, personal testimony and others.
The evidence may be reverted to the other in cases where there is evidence of an obligation. And they must be acquired within the standards set by law.
Keywords: Evidence. Means of proof. Burden of proof. Unlawful evidence.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................7
1. PROVA..............................................................................................................8
2.1- Princípios Fundamentais da Prova
2.1.1- Princípios do contraditório e da ampla defesa
2.1.2- Princípio da isonomia................................................................................9
2.1.3- Princípio da aquisição e comunhão de provas 
2.1.4- Princípio da oralidade e princípio do livre convencimento
3- ÔNUS DA PROVA............................................................................................10
3.1- Aspectos
3.2- Procedimento...............................................................................................11
4- MEIOS DE PROVAS........................................................................................12
4.1- Ata Notarial..................................................................................................13
4.1.1- Ata notarial de presença e declaração...................................................14
4.1.2- Ata notarial de verificação de fatos da rede de computadores e internet
4.1.3- Ata Notarial de verificação de fatos em diligência
4.1.4- Ata comparecimento e ausência de outrem
4.1.5- Ata de notoriedade...................................................................................15
4.2- Depoimento Pessoal....................................................................................16
4.2.1- Sanção
4.2.2- Procedimento
4.3- Confissão......................................................................................................19
4.3.1- Classificação
4.3.2- Legitimidade..............................................................................................20
4.3.3- Efeito
4.4- Exibição de Documento ou Coisa..............................................................21
4.5- Prova Documental.......................................................................................24
4.5.1- Tipos de prova documental
4.5.2- Da credibilidade.......................................................................................27
4.5.3- Do ônus....................................................................................................28
4.6- Prova Testemunhal....................................................................................29
4.6.1- Testemunhas
4.6.2- Produção de prova testemunhal.............................................................31
4.6.3- Intimação da testemunha.........................................................................32
4.6.4- Procedimento de oitiva............................................................................33
4.7- Prova Pericial...............................................................................................34
4.7.1- Aceitabilidade da pericia
4.7.2- Nova pericia...............................................................................................35
4.7.3- Procedimento
4.7.4- Prazo..........................................................................................................36
4.7.5- Valor probante da pericia
4.8- Inspeção Judicial.........................................................................................38
4.8.1- Inspeção direta e indireta
4.8.2- Inspeções realizadas fora da sede do juízo...........................................39
4.8.3- Auto de inspeção
5- PROVA EMPRESTADA...................................................................................40
6- PROVA ILÍCITA...............................................................................................41
7-CONCLUSÃO....................................................................................................42
REFERÊNCIAS....................................................................................................43
1- 
2- INTRODUÇÃO
	Os conflitos em uma sociedade são inúmeros e podem ser resolvidos extrajudicialmente (entre as partes) ou judicialmente (com a intervenção do Estado), na maioria dos casos nenhuma das partes assume a responsabilidade pelo descumprimento das obrigações e dessa forma a lide toma grande proporção, necessitando da intervenção estatal para sua resolução.
Para a aplicação do direito é absolutamente essencial à comprovação e investigação dos fatos alegações no decorrer do processo, e é nesse ponto que entram as provas, que servem para trazer a verdade substancial, e tem o poder de evidenciar para qual lado a balança da Justiça deverá pesar.
Garantindo interminavelmente os direitos a ampla defesa e o contraditório previstos no Art. 5º, LV, da CF/88.
Serão analisados a seguir os meios de provas: Ata Notarial, Depoimento Pessoal, Confissão, Exibição de Documento ou Coisa, Prova Documental, Prova Testemunhal, Prova Pericial e Inspeção Judicial, todos previstos no Código de Processo Civil de 2015.
3- 
PROVA 
A prova é a representação e demonstração dos elementos de realidade objetiva contidos no processo, pelo qual se busca mostrar a veracidade dos fatos alegados pelas partes.
De acordo com Humberto Theodoro (2017), o conceito de prova pode ser dividido em duas partes:
· Objetiva, que é a comprovação dos fatos contidos na petição inicial e na contestação, através de pericias, documentos e etc..
· E a subjetiva que seria a convicção adquirida pelo julgador de que os fatos demonstrados durante a fase do processo são verídicos.
O instituto da prova tem grande importância para a prestação jurisdicional de maior qualidade, visto que a ciência do direito é uma eterna busca pela essência da verdade, e a prova tem “[...] um caráter multifacetário, capaz de imprimir à figura, conforme o prisma através do qual de observa, diferentes nuances.” [footnoteRef:1] [1: ARENHART, Sérgio Cruz; MARINONI, LuizGuilherme. Prova. 2. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011. p. 59. ] 
2.1- Princípios Fundamentais da Prova
 Como em outros ramos do Direito as provas também tem seus princípios fundamentais, que são a base para que o seu procedimento, seja efetuado de acordo com o previsto na Constituição da República de 1988 e no Código de Processo Civil de 2015. Esses princípios são:
2.1.1- Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa;
Ambos previstos no art. 5º, LV da CR/88, são indispensáveis para um devido processo legal, justo. 
O princípio do contraditório assegura o direito de participação no processo em igualdade de condições. Mas não basta participar, deve ser assegurado o poder de influência, ou seja, fazer com que as alegações sejam examinadas efetivamente.
Já o princípio da ampla defesa, assegura ao individuo o direito de valer-se de todos os meios e recursos admitidos pela lei para demonstrar suas alegações e provar seu direito. 
É importante salientar que é o respeito ao contraditório que assegura a ampla defesa.
2.1.2- Princípio da Isonomia
O referido princípio está insculpido no art. 5º, caput da CR/88, que prevê a igualdade de todos perante a lei, desta forma, nenhuma das partes pode ser impedida de demonstrar a autenticidade daquilo que alegou.
2.1.3- Principio da Aquisição e Comunhão das provas
O principio da aquisição é aquele em que os bens, provas ou as partes de colocam a disposição do juiz, para que ele examine da maneira necessária, permitindo o encerramento do litígio.
Já a comunhão de provas se refere à utilização de qualquer meio de prova produzido de maneira legítima, que poderá ser usada pelos sujeitos do processo.
Partindo do ponto de que as provas não tem titular, sendo destinada tanto as partes de maneira a garantir o embasamento das alegações, como ao juiz que utilizará das mesmas para fundamentar sua decisão do caso concreto. Defendendo a tese de que as provas são produzidas para o juízo.[footnoteRef:2] [2: FERREIRA, William, Santos. Princípios fundamentais da prova cível. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais,2014. p. 130-131.] 
2.1.4- Princípio da Oralidade e o Princípio do Livre Convencimento
Desde os procedimentos civis do passado, a forma oral é de grande prevalência, consistindo na apresentação de suas alegações de forma falada.
Anda lado a lado com o princípio do livre convencimento, visto que pela oralidade pode se afirmar que os elementos constitutivos do processo são verdadeiros, alcançando a convicção do juiz sobre as alegações e a resolução do conflito for favorável à parte.
4- 
ÔNUS DA PROVA
De acordo com Humberto Theodoro o
 “ônus consiste na conduta processual exigida da parte para que a verdade dos fatos por ela arrolados seja admitida pelo juiz.
Ônus, no direito processual, vem a ser uma conveniência de o sujeito agir de determinada maneira no intuito de não se expor às consequências desfavoráveis que poderiam surgir com sua omissão. Ou seja, esse conceito indica que o ônus não é uma obrigação, mas uma atitude positiva de um sujeito, a fim de evitar que sobre esse possa recair qualquer prejuízo de ordem processual.[footnoteRef:3]” [3: JÚNIOR, Humberto Theodoro. Curso de direito processual civil. Vol. I. 56. Ed. Rio de Janeiro. Editora Forense, 2017.] 
Está previsto no art. 373:
“Art. 373.O ônus da prova incumbe:
I- Ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II- Ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
§1º. Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo”[footnoteRef:4] [4: ÉSPEDES, Livia; CURIA, Luiz Roberto; ROCHA, Fabiana Dias da. Códigos de processo civil comparados. São Paulo: Saraiva, 2015.p. 128-129.] 
3.1- Aspectos do ônus da prova 
O ônus da prova tem aspectos subjetivos e objetivos.
O aspecto objetivo é prevalente na doutrina, pois, determina que o ônus funciona como um mecanismo ou técnica de julgamento, sobre os fatos alegados na fase instrutória.
Já o aspecto subjetivo está voltado para informar a parte qual a tarefa a ser desenvolvida para que a apuração dos fatos pelo juiz seja feita, e dessa forma atingir a solução do conflito.
3.2- Procedimento
A redistribuição do ônus da prova por ser feita por meio da parte ou decretada pelo juiz. Devendo anteceder a fase de saneamento no processo, haja vista que o juiz deverá definir a distribuição do ônus, observando o art. 373 do CPC/15 citado anteriormente.
Garantindo o cumprimento do contraditório e da ampla defesa.
5- MEIOS DE PROVAS 
Os meios de provas são os instrumentos ou atividades reconhecidas pelos direito como idôneos, e se tornam admissíveis para a solução da questão fática.
“As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.”[footnoteRef:5] [5: CÉSPEDES, Livia; CURIA, Luiz Roberto; ROCHA, Fabiana Dias da. Códigos de processo civil comparados. São Paulo: Saraiva, 2015.p. 127] 
São os meios de provas especificados no Código de Processo Civil (2015):
· Ata Notarial (art. 384);
· Depoimento pessoal (arts. 385 a 388);
· Confissão (arts. 389 a 395);
· Exibição de documento ou coisa (arts. 396 a 404);
· Prova documental (arts. 405 a 441);
· Prova testemunhal (arts. 442 a 463);
· Prova pericial (arts. 464 a 480) e,
· Inspeção judicial (arts. 481 a 484).
4.1 – Ata Notarial
Podendo também ser definido como instrumento público o qual o tabelião ou pessoa autorizada pela parte interessada relata (detalha) coisas, situações ou pessoas com a intenção de comprovar sua existência ou até mesmo o seu estado. Podemos ver narração de fatos presentes na ata notarial caracterizando-se a ausência de manifestação de vontades.
Art. 384- “A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por tabelião.
Parágrafo único(grifo do autor): Dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial. ”[footnoteRef:6] [6: CÉSPEDES, Livia; CURIA, Luiz Roberto; ROCHA, Fabiana Dias da. Códigos de processo civil comparados. São Paulo: Saraiva, 2015.p. 131.
] 
O principal requisito de uma ata notarial é constituir provas de fatos, onde se é conferido pelo tabelião à veracidade de tais provas citadas independente do fim, mesmo sendo judicialmente. Dito anteriormente a ata notarial tem poder para provar a integridade dos fatos expostos além de detectar conteúdos ofensivo ou até mesmo criminoso. 
Nas palavras do Dr. Ângelo Volpi Neto:
“Ata notarial é o instrumento pelo qual o notário, com sua fé pública autentica um fato, descrevendo-o em seus livros. Sua função primordial é tornar-se prova em processo judicial. Pode ainda servir como prevenção jurídica a conflitos.”[footnoteRef:7] [7: ] 
Necessariamente deve-se constar em uma ata notarial todas as qualificações de quem está solicitando, sendo imprecindível que sejam pessoas físicas capazes ou incapazes, maior de 16 anos ou via procuradores de pessoa jurídica. Sendo necessário o relato dos fatos podendo ser caracterizado asua licitude ou não. 
Atualmente nos deparamos com diferentes modos de utilizar-se da ata notarial, ainda mais com o uso consistente dos recursos da internet conhecido como "mundo cibernético" onde se pública e logo após já é possível à exclusão do conteúdo postado. Podemos observar quais são os meios mais comuns de atas notórias: 
4.1.1- Ata Notarial de presença e declaração
 Meio em que se fazem as narrativas fieis, formalmente e em linguagem formal, recolhendo as declarações da pessoa interessada, puras e simples que atingem direitos próprios. 
Ex.: Reuniões de Condomínio - um grupo de condomínios pode ser prejudicado pela redação oficial dos fatos desenrolados em assembleias e atas de reuniões. 
4.1.2- Ata Notarial de verificação de fatos da rede de comunicação de computadores ou internet 
Nesse estilo de ata pode-se solicitar que o tabelião acesse sites, verifique conteúdos relatando tudo que foi realizado como, uso de imagens etc.. Contendo algum tipo de injúria. Além disso, pode verificar todo o conteúdo de todas as redes sociais.
4.1.3- Ata Notarial de verificação de fatos em diligência
Podem-se descrever situações diversas, sempre em caso de diligências seja se o próprio tabelião se deparar com fatos em qualquer parte da cidade onde possa haver um contato via telefone ou por meio de outdoor em que seja transcrito o seu conteúdo fielmente. Dentre outras situações em que caibam aberturas de cofres bancários. 
4.1.4- Ata Notarial de compareimento e ausência de outrem
 A Ata Notarial funciona da seguinte forma, nesse caso o interessado agiria na posição de comprador em um compromisso de compra e venda. Depois de quitado o vendedor tenta alegar que existem empecilhos que impeçam o prosseguimento do mesmo, desse modo o interessado poderá solicitar que seja o vendedor notificado a comparecer em cartório para que seja firmada a escritura definitiva dentro de data e horário estabelecido pelo interessado. 
4.1.5- Ata Notarial de notoriedade 
Nessa ata relata-se uma pessoa física, declarando total capacidade dentre elas físicas e mentais. Podendo através de declaração do tabelião capacidade do interessado nos atos civis. 
Além disso, vale destacar que após a participação assídua do tabelião aquilo que seria fatos constatados como não jurídicos passam a ser fatos juridicamente tratáveis. 
A ata notarial já tinha um uso constante pelo próprio Processo civil, porém a partir da Lei nº 13.105 de 2015, resultou uma previsão legal como novidade. Concedendo a prova como forma de certificar os fatos descritos por um interessado que são repassados para um tabelião autorizando para que seja lavrada em um cartório notarial. 
Para melhor exemplificar podemos relatar fatos atuais que vem acontecendo no mundo virtual onde são denominados como “crimes cibernéticos”. Onde o dito crime é cometido e logo após se excluído. Entretanto, a Ata Notarial vem como um meio de autenticar a veracidade da existência daquela ofensa naquela data específica, enquanto houver seu registro.
Desse modo podemos caracterizar a ata notarial como um meio de prova de extrema utilidade e segurança pelo fato de ser um documento produzido por um agente público, onde se é transmitida a veracidade quanto aos fatos contidos na narração feita pelo interessado que a propõe. 
4.2- Depoimento Pessoal
Segundo Humberto Teodoro, “depoimento pessoal é o meio de prova, destinado a realizar o interrogatório da parte, no curso do processo.”[footnoteRef:8] [8: JÚNIOR, Humberto Theodoro. Curso de direito processual civil. Vol. I. 56. Ed. Rio de Janeiro. Editora Forense, 2017. p.1196.
] 
Os efeitos desse meio de prova atingem tanto o réu, quando o autor, pois ambos devem comparecer em juízo para prestar depoimento e responder perguntas feitas pelo juiz para esclarecimentos de questões do processo.
A parte que ainda não depôs, não pode assistir o depoimento da outra.
4.2.1 - Sanção 
As partes do processo são incumbidas a comparecer se forem intimadas a prestar o depoimento pessoal, se a parte recusar a comparecer ou se mesmo presente se recusar a prestar o depoimento, ou responder as perguntas do juiz, sofrerá sanção da pena de confissão. Porém é necessário que o depoente tenha sido intimado com advertência. 
Se houver recusa de depor ou sem motivos justificado a parte não responder as perguntas do juiz, o mesmo declarará na sentença. Então o juiz pode considerar a recusa do depoimento pessoal, e do depoimento prestado com omissões ou evasivas, e a consequências será pena de confesso, que será abordada nos próximos tópicos. 
4.2.2- Procedimento 
A forma de interrogação das partes é a mesma prevista para as testemunhas, no entanto prestará seu depoimento, fora da audiência, em local e hora pré-estabelecidos, se a parte for autoridade prestará seu depoimento conforme o previsto no art. 545 do CPC/15:
“Art. 454. São inquiridos em sua residência ou onde exercem sua função:
I - o presidente e o vice-presidente da República;
II - os ministros de Estado;
III - os ministros do Supremo Tribunal Federal, os conselheiros do Conselho Nacional de Justiça e os ministros do Superior Tribunal de Justiça, do Superior Tribunal Militar, do Tribunal Superior Eleitoral, do Tribunal Superior do Trabalho e do Tribunal de Contas da União;
IV - o procurador-geral da República e os conselheiros do Conselho Nacional do Ministério Público;
V - o advogado-geral da União, o procurador-geral do Estado, o procurador-geral do Município, o defensor público-geral federal e o defensor público-geral do Estado;
VI - os senadores e os deputados federais;
VII - os governadores dos Estados e do Distrito Federal;
VIII - o prefeito;
IX - os deputados estaduais e distritais;
X - os desembargadores dos Tribunais de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais Eleitorais e os conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal;
XI - o procurador-geral de justiça;
XII - o embaixador de país que, por lei ou tratado, concede idêntica prerrogativa a agente diplomático do Brasil.
§ 1º O juiz solicitará à autoridade que indique dia, hora e local a fim de ser inquirida, remetendo-lhe cópia da petição inicial ou da defesa oferecida pela parte que a arrolou como testemunha.
§ 2º Passado 1 (um) mês sem manifestação da autoridade, o juiz designará dia, hora e local para o depoimento, preferencialmente na sede do juízo.
§ 3º O juiz também designará dia, hora e local para o depoimento, quando a autoridade não comparecer, injustificadamente, à sessão agendada para a colheita de seu testemunho no dia, hora e local por ela mesma indicados.”[footnoteRef:9] [9: CÉSPEDES, Livia; CURIA, Luiz Roberto; ROCHA, Fabiana Dias da. Códigos de processo civil comparados. São Paulo: Saraiva, 2015.p. 149-150.] 
 Caso uma das partes resida em comarca diferente da que corre o processo, o depoimento pessoal pode ser colhido através de vídeo conferência ou outro recurso tecnológico que permita chamadas de vídeo, ao vivo.
De acordo com o previsto no art. 387, CPC/15[footnoteRef:10] a parte responderá pessoalmente pelos fatos sem direito a consulta a materiais preparados anteriormente, permitindo-lhe o juiz apenas pequenas consultas a notas breves, que colaborem com os esclarecimentos. [10: 9CÉSPEDES, Livia; CURIA, Luiz Roberto; ROCHA, Fabiana Dias da. Códigos de processo civil comparados. São Paulo: Saraiva 2015. p. 132.] 
De acordo com o Art. 388 do CPC/15:
“A parte não é obrigada a depor sobre: 
I- Criminosos ou torpes que lhe forem imputados;
II- A cujo respeito, por estado ou profissão deva guardar sigilo;
III- Acerca dos quais não possa responder por desonra própria, de seu cônjuge, de seu companheiro ou parente de grau sucessível;
IV- Que coloque em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III.
Paragrafo único(grifo do autor): Esta disposição não se aplica às ações de estado e de família.”[footnoteRef:11] [11: ] 
 Cabe enfatizar que o depoimento pessoal limita-se aos fatos elencados no processo, e é uma espécie de provaem que o depoente age de modo desfavorável para si mesmo, já que as provas produzidas serão mais vantajosas ao seu adversário. 
4.3- Confissão
Intimamente veiculada à figura do depoimento pessoal está a confissão, que nada mais é senão a admissão da verdade, referente aos fatos alegados pela outra parte, contrariando seu interesse. A confissão pode ser judicial, ou extrajudicial.
A confissão não deve ser confundida com a figura do reconhecimento da procedência do pedido, que é causa da extinção do processo, com julgamento de mérito. 
 De acordo com Humberto Theodoro[footnoteRef:12] a confissão deve conter: [12: JÚNIOR, Humberto Theodoro. Curso de direito processual civil. Vol. I. 56. Ed. Rio de Janeiro. Editora Forense, 2017. p.1200.] 
· O reconhecimento de um fato alegado pela outra parte;
· A voluntariedade desse reconhecimento;
· Um prejuízo para o confitente, decorrência do reconhecimento.
Nesse caso existem elementos objetivos, que dizem respeito ao fato desfavorável para o confitente e que acaba o levanto a assumir sua veracidade. E também elementos subjetivos que é a pura intenção de confessar.
4.3.1- Classificação 
A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada:
· A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte ou com representante com poder especial.
· A confissão provocada constará do termo de depoimento pessoal.
A confissão faz prova contra o confitente, porém não prejudica os demais litisconsortes.
Se a ação judicial versa sobre bens imóveis, ou direitos reais sobre imóveis alheios, a confissão de um cônjuge só será válida, com a presença ou do outro, salvo em casamentos com regime de separação total de bens. 
4.3.2 - Legitimidade 
Não são validos atos de confissão ou admissão os fatos relativos a direitos indisponíveis. 
· A confissão não será válida se for feita por quem não for capaz de dispor a do direito a que se refere à confissão.
· A confissão só pode ser feita por representantes nos limites em que este pode ser anulada se decorreu de um erro de fato ou de coação.
4.3.4 - Efeito 
De acordo com Humberto Theodoro “a confissão costuma ser chamada de rainha das provas, pela maior força de convicção que gera no espírito do juiz.”[footnoteRef:13] [13: JÚNIOR, Humberto Theodoro. Curso de direito processual civil. Vol. I. 56. Ed. Rio de Janeiro. Editora Forense, 2017. p.1202.] 
A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada, se decorrer de erro de fato ou coação.
A confissão extrajudicial pode ser feita por escrito, nesse caso só terá valor, se for feita pela parte, por seu representante legal, por terceiro ou por testamento. Ou de forma oral, sendo eficaz nos casos em que a lei não exija prova literal. 
 Em regra, a confissão é indivisível, não podendo o confitente usar a parte que lhe favorece na confissão e rejeitar a parte que lhe prejudique, porém ela poderá ser divida quando o confitente, adicionar a ela novos fatos capazes de constituir fundamento de defesa ou de direito material ou reconvenção. 
4.4- Exibição de Documento ou Coisa
A exibição de documento ou coisa está prevista nos Artigos 396 ao 404 do CPC/15, que mantém a distinção procedimental, na exibição de documento ou coisa as partes podem recorrer a um tipo de documento que expresse certo pensamento. A parte que requerer pode provar utilizando a exibição de documento que a afirmação exposta é verdadeira. 
A exibição de documento ou coisa se difere da prova documental de acordo com o CPC, o exame do documento deve ser feito em juízo, no local onde se acha ou em que deve ser depositado. 
 De acordo com Nelson Neri Júnior “Se o pedido de exibição é bem fundando, seu indeferimento sumário consiste em cerceamento de defesa”. [footnoteRef:14] [14: JÚNIOR, Nelson Neri. ] 
Como prevê o Art. 396 NCPC, o juiz pode solicitar que seja exibido qualquer tipo de documento que estiver em posse do interessado para que se possa validar a veracidade dos fatos relatados. E muito comum em casos como esse que o juiz atue de oficio, conforme achar conveniente para o processo. Por exemplo, se o autor não apresenta os recibos de pagamento de determinada obrigação prevista em contrato ou o próprio bem objeto desse contrato, o juiz pode determinar que o autor a exiba em juízo, na medida em que isso for importante para o processo.
Nessa situação o Juiz pode conceder ou negar a exibição de documentos requerida pela parte.
Para que contenha validação o conteúdo do documento apresentado pelo requerido esse documento deve ser individualizado. 
Se declarado pelo requerido que não se possui o documento que usaria para exibição, o juiz dará o direito para que o próprio apresente os meios de provas. Em contrapartida se não ocorrer à exibição dos documentos dentro do prazo, e a validação do que se pretendia provar como verdadeiro, o juiz não admitirá que o requerido se recuse caso se tenha o dever legal de exibir. A lei gera obrigação quando se corresponde o direito cedido a certas pessoas. 
Para que prossiga o formulário de exibição deve se conter os requisitos do CPC/15, que servem para demonstrar ao juiz exatamente o que deve ser exibido.
“Art. 397. O pedido formulado pela parte conterá: 
I- a individuação, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa; e qual a finalidade dessa exibição para a elucidação dos fatos discutidos no processo.
 II- a finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o documento ou com a coisa.
 III- as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa existe e se acha em poder da parte contrária.”[footnoteRef:15] [15: 14 CÉSPEDES, Livia; CURIA, Luiz Roberto; ROCHA, Fabiana Dias da. Códigos de processo civil comparados. São Paulo: Saraiva 2015. p. 134.] 
Dentre eles o que chama mais atenção e gera uma grande importância está no inc. III, que exige a exposição dos motivos pelos quais a parte que pediu a exibição acredita que o “documento ou a coisa se acha em poder da parte contrária”. 
 Um exemplo que podemos abordar nessa situação está quando ocorre que uma das partes sabe que determinado documento não está na posse da outra, mas mesmo assim formula pedido de exibição, é evidente que a intenção é a de provocar constrangimentos no processo, como se a ausência de exibição indicasse alguma culpa ou dolo. Daí por que é preciso que o juiz avalie com rigor se há indícios de que aquilo que deve ser exibido está mesmo na posse daquele que deve promover a exibição, sempre levando em consideração a efetiva consistência da exposição das “circunstâncias” a que se refere o inc. III do art. 397.
O pedido de exibição apresentado pelo Juiz deverá ter objeto em que se trata e destinatário certo, a parte requerida deverá dar a sua resposta em prazo máximo de 5 ( cinco ) dias logo após a sua intimação. 
 “Art. 398. O requerido dará sua resposta nos 5 (cinco) dias subsequentes à sua intimação.
Parágrafo único.  Se o requerido afirmar que não possui o documento ou a coisa, o juiz permitirá que o requerente prove, por qualquer meio, que a declaração não corresponde à verdade. ”[footnoteRef:16] [16: ] 
Não se trata, aqui, de uma contestação, mas o requerido tem o ônus da impugnação especificada, pois eventual ausência de impugnação ou a utilização de termos vagos vai gerar a preclusão dessa faculdade de impugnar e, muito provavelmente, a imposição judicial da obrigação de exibir o documento ou a coisa.
Por fim, dentre todas as hipóteses apresentadas pelo CPC para que haja a possibilidade de exibição de documentos ou coisa em juízo, pode-se incluir uma sexta possibilidade que e se “houver disposição legal que justifique a recusa de exibição” [footnoteRef:17]. [17: CÉSPEDES, Livia; CURIA, Luiz Roberto; ROCHA, Fabiana Dias da. Códigos de processo civil comparados. São Paulo: Saraiva 2015. p. 136.] 
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4.5- Prova Documental
Documento é um tipo de material capaz de instruir, ensinar e mostrar. Para Humberto Teodoro Junior, a prova documental é o resultado de uma obra humana que tenha por objetivo a fixação ou retrataçãomaterial de algum acontecimento. 
O prova documentação é um instrumento físico que busca colaboração mediante a um fato alegado por alguma das partes em um processo jurídico.
Sendo necessária a autenticidade da prova ali apresentada, dar-se após apresentação em juízo e sem a impugnação da parte contraria, como previsto no artigo 411 do CPC e seus incisos, quando não é apresentada duvida em relação a sua procedência, anexada ao processo atesta a declaração que a ela foi atribuída comprovando algo que esteja em discussão na lide tramitada. 
4.5.1- Tipos de Provas Documentais 
· Documentos Públicos
Podemos afirmar que o rol que abrange as provas documentais é resumidamente atribuído em duas qualificações, provas publicas e privadas. Sendo assim qualquer representação material que possa comprovar alguma situação pode ser taxado como prova documentação, por exemplo, fotografias, desenhos, escritos físicos como os contratos, gravações, print’s modernamente falando, declarações, certidões, etc...
Apresentado no artigo 405 a 407 do CPC, onde prevê especificamente, os documentos púbicos são aqueles que perante a oficial público que tenha fé publica são confeccionados com a intenção de comprovação de algum fato, ato ou negócio jurídico qualquer. Declarações feitas na presença de oficial, a partir de um fato que tenha sido atestado em sua presença, terá a mesma importante que qualquer outra prova apresentada, devido às circunstâncias ali presenciadas como as assinaturas, nome das partes, testemunhas, entre outros fatores. 
Porém o artigo 406 atesta que se uma lide decorrer de uma declaração de fé publica e for atestada por ela, nenhuma outra prova que não seja tal declaração valerá como prova, por mais especial que seja, na da suprirá a falta. 
Vale ressaltar que o Código de Processo Civil, devido a dificuldade de apreciação de documentação publica em original, descreve como força probante;
Art. 425. Fazem a mesma prova que os originais:
I - as certidões textuais de qualquer peça dos autos, do protocolo das audiências ou de outro livro a cargo do escrivão ou do chefe de secretaria, se extraídas por ele ou sob sua vigilância e por ele subscritas;
II - os traslados e as certidões extraídas por oficial público de instrumentos ou documentos lançados em suas notas;
III - as reproduções dos documentos públicos, desde que autenticadas por oficial público ou conferidas em cartório com os respectivos originais;
IV - as cópias reprográficas de peças do próprio processo judicial declaradas autênticas pelo advogado, sob sua responsabilidade pessoal, se não lhes for impugnada a autenticidade;
V - os extratos digitais de bancos de dados públicos e privados, desde que atestado pelo seu emitente, sob as penas da lei, que as informações conferem com o que consta na origem;
VI - as reproduções digitalizadas de qualquer documento público ou particular, quando juntadas aos autos pelos órgãos da justiça e seus auxiliares, pelo Ministério Público e seus auxiliares, pela Defensoria Pública e seus auxiliares, pelas procuradorias, pelas repartições públicas em geral e por advogados, ressalvada a alegação motivada e fundamentada de adulteração.
§ 1º Os originais dos documentos digitalizados mencionados no inciso VI deverão ser preservados pelo seu detentor até o final do prazo para propositura de ação rescisória.
§ 2º Tratando-se de cópia digital de título executivo extrajudicial ou de documento relevante à instrução do processo, o juiz poderá determinar seu depósito em cartório ou secretaria. [footnoteRef:18] [18: CÉSPEDES, Livia; CURIA, Luiz Roberto; ROCHA, Fabiana Dias da. Códigos de processo civil comparados. São Paulo: Saraiva 2015. p. 140-141.] 
Se competir documento público irregular, feito por oficial publico irregular como descrito no artigo 407 pode haver desconsideração de tal prova, dependendo da análise dos fatos ali apresentados em que se instaura a lide discutida, por motivos de segurança publica e a confiabilidade da relação ligada aos órgãos públicos. 
· Documentos Particulares
Para os documentos particulares, podemos falar que é autorizado a utilização deles escritos ou não escritos, como fotográficas, prints’s... Como fala o artigo 408 qualquer declaração dos documentos apresentados presumem-se verdadeiras em relação a aquele que o apresentou, aceitando então provas em contrário. 
Quando, todavia, contiver declaração de ciência, relativa a determinado fato, prova a declaração, mas não o fato declarado, competindo ao interessado em sua veracidade o ônus de provar o fato, pois um documento que faz referência a um fato que alguém declarou somente pode provar a declaração e jamais o fato declarado. Referida declaração corresponde a uma prova testemunhal, só que declarada por escrito. (Almeida, 2012)
Quando houver dúvidas ou objecções em relação a datas dos documentos particulares apresentados poderá comprovar para resolução de oposição qualquer meio de direito, contudo em relação a terceiros na lide o artigo 409, parágrafo único pontua as situações em que são admitidas como meios de provar autenticidade de tal documento. 
Falando da veracidade dos documentos particulares apresentados somente é autêntico quando reconhecido firma presencialmente em caso de declarações e outros documentos onde conste a assinatura do signatário, mesmo que referido documento para apreciação do juiz não venha a exigir tal procedimento. Apresenta-se o artigo 411 do Código de Processo Civil as circunstâncias que se considera um documento autêntico, caso não seja feita nenhuma das formas descritas de autenticação e ainda si levado em juízo, a outra parte pode impugnado, somente poderá determinar pelo juiz a autenticação de documento apresentado sem essa comprovação, somente quando estiver comprovada suspeita quanto a sua autenticidade.
Documentos ainda que autenticados podem ser impugnados.
Em situação em que a parte em que se foi apresentado o documento contra, desejar impugná-lo, deve observar os prazos para o mesmo, sendo de 15 dias. Caso não seja feito, presumisse a veracidade do documento, mas se a parte provar que o mesmo foi obtivo através de coação, erro ou ate mesmo dolo, perde-se a eficácia da presunção de veracidade. 
Nos artigos 413 a 419 falará dos meios de provas de particulares, sendo elas:
· Telegrama;
· Radiograma;
· Cartas e os registros domésticos (fotos, cartões, etc.);
· Nota descrita pelo credor, em qualquer parte de documento representativo de obrigação;
· Livros empresariais e, 
· Escrituração contábil.
É necessário pontuar que os meios de prova documental é necessário que sejam obtidos licitamente, nos casos acima pontuados em caso de impugnação da parte contraria, o juiz determinará exame pericial, caso não ocorra a impugnação é presumido então que a foi aceita pela parte. 
Mencionado artigo 423 e 423 informa que as provas particulares como fotográficas e ou outros documentos, valerá como certidão sempre que o escrivão ou chefe de secretaria certificar a autenticidade de acordo com o original, sendo assim a copia terá o mesmo valor que o original caso as partes certifique-se, juntas da conformidade entre a copia e o original. 
4.5.2- Da Credibilidade
Finaliza a credibilidade de documentos, públicos ou particulares, quando é declarado judicialmente a falsidade de tal, como descrito no artigo 426 caso tiver algum vicio em sua forma, o juiz dará fundamentalmente sua fé perante análise de todos os elementos ali presentes. 
Art. 427. Cessa a fé do documento público ou particular sendo-lhe declarada judicialmente a falsidade.Parágrafo único. A falsidade consiste em:I - formar documento não verdadeiro;II - alterar documento verdadeiro.
 Art. 428. Cessa a fé do documento particular quando:
I - for impugnada sua autenticidade e enquanto não se comprovar sua veracidade;
II - assinado em branco, for impugnado seu conteúdo, por preenchimento abusivo.
Parágrafo único. Dar-se-á abuso quando aquele que recebeu documento assinado com texto não escrito no todo ou em parte formá-lo ou completá-lo por si ou pormeio de outrem, violando o pacto feito com o signatário.[footnoteRef:19] [19: CÉSPEDES, Livia; CURIA, Luiz Roberto; ROCHA, Fabiana Dias da. Códigos de processo civil comparados. São Paulo: Saraiva 2015. p. 142.] 
Podendo ser depreciados por meio de contestação ou replica os vícios expostos no prazo se ate 15 dias, apresentando os motivos, meios de provas que comprovará a alegação, previsto nos artigos 430 a 433.
4.5.3- Do Ônus
Presente no artigo 429, o ônus restará aquele que apresentará o documento, sempre quando houver impugnação de autenticidade, falsidade de documentos ou preenchimento abusivo.
Necessário sempre que a parte contrária se manifeste pois caso não seja feito, será considerado como verdade! 
4.6- Prova Testemunhal
A denominada prova testemunhal hoje possui um embasamento jurídico previsto no código de processo civil, especificamente entre os art. 442 e art. 463, onde é possível verificar todas as instruções necessárias que visam coordenar a oitiva de testemunhas.
Logo no início do estudo dos artigos citados anteriormente, percebe-se que o uso da prova testemunhal é amplamente admissível, tendo como exceção apenas as hipóteses previstas no art. 443, I e II, onde na verdade se tratam de situações nas quais a simples oitiva da testemunha não traria segurança para o deferimento de uma sentença ou onde a parte já teria confessado algo crucial sobre a lide em questão.
É importante ressaltar que realmente á casos onde a lei vai exigir prova escrita da obrigação, entretanto mesmo nessas hipóteses, é admissível a prova testemunhal, sendo necessário que se faça presente o começo da mesma de maneira escrita emanado da parte contra a qual se pretende produzir a prova, art.444.
4.6.1- Testemunhas 
 Após a verificação das hipóteses onde é aceito a prova testemunhal, é imprescindível saber, quem são as pessoas que podem ser consideradas como testemunhas dentro de um processo, e para isso o CPC através do art. 447, subdivide em incapazes, impedidos e suspeitos, sendo esses, os não reconhecidos como prova testemunhal, salvo em situações especificas também previstas em lei. 
Começando pelos incapazes, o CPC denomina como incapazes os interditados devido enfermidades ou deficiência mental, e ate mesmo os que apenas no momento do fato venham a sofrer um retardo mental, tornando-os incapazes de discernir os acontecimentos.
Dentro dos incapazes a lei ainda prevê os menores de 16 anos e os cidadãos surdos e cegos quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam. 
 Agora falando sobre os impedidos que também estão previstos no art.447, é totalmente compreensível o impedimento dos mesmos que irei citar a seguir, pois claramente poderíamos ter uma total distorção das informações prestadas pelas testemunhas com o intuito de favorecer alguma das partes. São considerados impedidos o cônjuge, companheiro, o ascendente e descendente em qualquer grau, e o colateral até o terceiro grau de alguma das partes por consanguinidade ou afinidade. 
Por fim temos os denominados como suspeitos, que também se enquadram na explicação anterior, sendo eles os inimigos da parte ou seus amigos íntimos, e qualquer um que tenha interesse no litigio. Até mesmo na doutrina é possível a verificação de posicionamentos que levam ao mesmo entendimento, como por exemplo, Humberto Theodoro Junior, “Não podem ter interesse na causa e devem satisfazer a requisitos legais de capacidade para o ato que vão praticar.”[footnoteRef:20] [20: JÚNIOR, Humberto Theodoro. Curso de direito processual civil. Vol. I. 56. Ed. Rio de Janeiro. Editora Forense, 2017. p.1244.] 
Finalizando a analise do art. 477, é possível que surja certas duvidas, como a de quão importante poderia ser o depoimento de alguma dessas pessoas caracterizadas como incapazes, impedidos e suspeitos dentro da resolução de um processo, e pensando nisso foi criado o paragrafo quarto, onde diz que o juiz poderá admitir o depoimento das testemunhas menores, impedidas e suspeitas quando for necessário, podendo ainda o juiz atribuir os valores que possam vir a ter o depoimento dos mesmos.
Obs.: Para as testemunhas é guardado o direito de não depor sobre fatos que lhe acarretam graves danos, bem como ao seu companheiro e aos seus parentes consanguíneos ou afins até o terceiro grau.
4.6.2 – Produção de prova testemunhal
 Na criação da prova testemunhal são indispensáveis alguns dados das testemunhas, sendo esses: 
	-Nome
	-Idade
	-CPF
	- RG
	-Estado Civil
	
	
	
	-Profissão
	-Endereço da residência
	-Endereço do local de trabalho
	
 
 Depois do devido registro da testemunha, a mesma somente poderá ser substituída nas hipóteses de falecimento, grave enfermidade, ou que tendo mudado de endereço (residencial e do trabalho), não for encontrado.
Quando a oitiva da testemunha, que residir em comarca, seção ou subseção judiciaria diversa daquela onde tramita o processo, poderá ser realizada por meio de vídeo conferencia ou outro recurso tecnológico de transmissão de imagens e som em tempo real, o que poderá ocorrer também, durante a audiência de instrução e julgamento, sendo os juízes os responsáveis por manter equipamentos para a transmissão e recepção de sons e imagens.
Em contra partida, quando em meio ao processo temos a participação de alguns membros específicos do legislativo, judiciário e executivo o art.454, informa que os mesmos serão inquiridos em suas residências ou no local onde exercem suas funções são esses: 
“[...]
I - o presidente e o vice-presidente da República;
II - os ministros de Estado;
II - os ministros do Supremo Tribunal Federal, os conselheiros do Conselho Nacional de Justiça e os ministros do Superior Tribunal de Justiça, do Superior Tribunal Militar, do Tribunal Superior Eleitoral, do Tribunal Superior do Trabalho e do Tribunal de Contas da União;
IV - o procurador-geral da República e os conselheiros do Conselho Nacional do Ministério Público;
V - o advogado-geral da União, o procurador-geral do Estado, o procurador-geral do Município, o defensor público-geral federal e o defensor público-geral do Estado;
VI - os senadores e os deputados federais;
VII - os governadores dos Estados e do Distrito Federal;
VIII - o prefeito;
IX - os deputados estaduais e distritais;
X - os desembargadores dos Tribunais de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais Eleitorais e os conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal;
XI - o procurador-geral de justiça;
XII - o embaixador de país que, por lei ou tratado, concede idêntica prerrogativa a agente diplomático do Brasil.”[footnoteRef:21] [21: CÉSPEDES, Livia; CURIA, Luiz Roberto; ROCHA, Fabiana Dias da. Códigos de processo civil comparados. São Paulo: Saraiva 2015. p. 142.] 
4.6.3- Intimação da testemunha
A intimação da testemunha é de responsabilidade do advogado, dispensando a intimação do juízo. A intimação devera ser realizada por carta com aviso de recebimento, cumprindo o advogado juntar aos autos, com antecedência de pelo menos 3 dias da data da audiência, cópia da correspondência de intimação e do comprovante de recebimento.
Obs.: A inercia na realização da intimação do advogado, importara a desistência da inquirição da testemunha.
A intimação será feita pela via judicial quando a intimação através do advogado for frustrada, ou quando a testemunha for servidor público ou militar, ou se a testemunha for uma das descritas no art.454, que foram citadas anteriormente.
Obs.:	Nas duas modalidades de intimação que foi citado acima, no caso de inercia na realização da intimação, importara desistência na inquirição da testemunha.
4.6.4- Procedimento de oitiva
O juiz realizara o interrogatório da forma prevista em lei, sendo de maneira separada e sucessivamente, sendo primeiro as testemunhas do autor e depois as testemunhas do réu, sendo possível a alteração da ordem do interrogatório mediante concordância de ambas as partes, art.456. Logo no início do depoimento, as testemunhas terão que declararou confirmar seus dados, se possuem alguma relação de parentesco com a parte ou com interesse no objeto do processo, sendo necessário ainda que as testemunhas de ambas as partes aleguem o compromisso de dizer a verdade dos fatos que souber, e do que lhe for perguntado.
Obs.: O juiz advertira a testemunha de maneira prevista em lei, nas hipóteses de afirmação falsa ou quando ocorra a omissão da verdade.
Caso uma das partes por algum motivo alegue a incapacidade, impedimento ou suspeição de alguma das testemunhas, a testemunha poderá comprovar a sua capacidade, através de documentos comprobatórios ou com testemunhas, sendo até três, apresentadas no ato e inquiridas em separado, art. 457.
Após toda verificação da capacidade das testemunhas, se inicia o processo de oitiva, que poderá ser documentado por meio de gravação. O depoimento quando for digitado, deverá ser assinado pelo juiz, pelo depoente e pelos procuradores, tendo a ressalva de que, se ocorrer recurso em processo em autos não eletrônicos, o depoimento somente será digitado caso seja impossível o envio da documentação eletrônica, art.460. 
Finalizado o procedimento testemunhal, a testemunha poderá requerer ao juiz o pagamento de todos os custos relacionados as despesas referentes ao deslocamento para a audiência, art.462. E por fim, vale ressaltar que o depoimento prestado em juízo é considerado serviço público, não podendo se vitima de perda de salário nem descontos no tempo de serviço do seu possível trabalho. 
 
 
4.7- Prova Pericial
Podemos dizer que não é exigido do magistrado um conhecimento amplamente técnico específico sobre as provas ali apresentadas, fazendo que seja necessário um estudo mais aprofundado para ocorrer o descobrimento da verdade e então ter um julgamento justo. 
Descrito no artigo 464 a 484 do novo Código de Processo Civil, a prova pericial é um meio de grade importância quando solicitado para resolução do conflito. O meio de prova pericial se destina a proporcionar ao juiz, através do perito, um conhecimento preciso e aprofundado a respeito de um determinado fato, podendo assim solucionar a lide em questão. Se destacando devido ao seu alto nível de complexibilidade, a prova pericial aproxima-se muito do fato de testemunhar coisas passadas e como descrito no artigo 464 do CPC a prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.
4.7.1- Aceitabilidade da Perícia 
Como não se trata de uma prova convencional em um julgamento e podendo gerar custos para as partes, somente é admitida a prova quando os outros meios de apuração dos fatos expostos não forem suficientes para o convencimento de algum ato ou documento exposto na lide. A seguir o artigo 464 do CPC/15, traz os casos de indeferimento:
“Art.464. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.
§1º. O juiz indeferirá a perícia quando:
I - a prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico;
II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas;
III - a verificação for impraticável.”[footnoteRef:22] [22: CÉSPEDES, Livia; CURIA, Luiz Roberto; ROCHA, Fabiana Dias da. Códigos de processo civil comparados. São Paulo: Saraiva 2015. p. 153.] 
Em determinadas situações onde não existe mais o objeto a ser periciado, será admitido à perícia indireta, através de registros oficiais, da capacidade da pessoa já falecida, entre outras formas. 
Para Luiz Wambier[footnoteRef:23], a perícia trata-se de um meio de prova que causa atraso no andamento do processo, por esse motivo que a perícia se realiza e se faz necessária quando ela seja: [23: WAMBIER, Luiz Rodrigues. TALAMINI, Eduardo. Curso avançado de processo civil- Teoria geral do processo de conhecimento. Vol. I. 14. Ed. São Paulo. Editora Revista dos Tribunais, 2014. p. 580.] 
a) Útil: somente existirá perícia para o afastamento de qualquer dúvida que apareça em relação às provas e fatos apresentados, quando para que ocorra tal ato seja necessário o conhecimento técnico. 
b) Necessária: como meio de prova, encontra-se a perícia juntamente situada no campo do direito de provas. Assim, se a compreensão do fato já tiver sido feita por outro meio, será dispensada a perícia.
c) Praticável: não se defere prova pericial quando seu objeto não permite mais o exame, seja pelo motivo que não mais existe, ou por ter sofrido alterações substâncias, não deixando vestígios.
4.7.2- Nova Perícia
O juiz quando julgar procedente e necessário, poderá solicitar nova perícia, fazendo de ofício ou requerimento, logo após o recebimento do laudo ao processo ou após os esclarecimentos dos peritos e auxiliares em audiência. (Art. 480, NCPC).
Não sendo corriqueira essa solicitação da segunda perícia, ela somente será feita quando mesmo após o laudo já ter sido realizado ainda persistir situações obscuras e o juiz notar a necessidade para tomar uma decisão coerente aos fatos da lide. 
Terá a mesma finalidade da primeira perícia realizada (Art. 480, §1º), realizando o mesmo procedimento comum, porém os peritos e auxiliares não poderão ser os mesmo que anteriormente. 
Lembrando que a solicitação e a apreciação desse segundo laudo não invalida ou anula o primeiro apresentado. 
4.7.3- Procedimentos
Theodoro diz em sua doutrina que o pedido para a prova pericial pode ser feita em alguns momentos do processo.
Pode se formular tal pedido na petição inicial, na contestação ou na reconvenção, também aceito o pedido da perícia na réplica do auto em resposta a outra parte.
Poderá o perito e seus assistentes técnicos utilizar de qualquer meio necessário e disponível para fazer conclusão de seu trabalho, podendo então ouvir testemunhas, solicitar e realizar exames laboratoriais, solicitar documentos que estejam em poder das partes ou em repartições públicas como descrito o artigo 473, §3º do CPC de 2015. 
4.7.4- Prazo
Citado no artigo 476 do CPC o juiz poderá, por motivos justificáveis, disponibilizar a prorrogação por uma única vez, a metade do prazo originalmente fixado.
Sendo necessária a protocolização em cartório do laudo com prazo mínimo de 20 dias antes da audiência de instrução e julgamento.
Descrito no artigo 477, estão às exigências, prazos e formas de questionamento das partes, resposta do perito e assistentes técnicos;
“Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.
§ 1º As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu respectivo parecer.
§ 2º O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer ponto:
I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do juiz ou do órgão do Ministério Público;
II - divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte.
§ 3º Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte requererá ao juiz que mande intimar o perito ou o assistente técnico a comparecer à audiência de instrução e julgamento, formulando, desde logo, as perguntas, sob forma de quesitos.
§ 4º O perito ou o assistente técnico será intimado por meio eletrônico, com pelo menos 10 (dez) dias de antecedência da audiência.”[footnoteRef:24] [24: CÉSPEDES, Livia; CURIA, Luiz Roberto; ROCHA, Fabiana Dias da. Códigos de processo civil comparados. São Paulo: Saraiva 2015. p. 157..] 
4.7.5- Valor Probante da Perícia 
Sendo algo de extrema importância e utilidade na resolução da lide, o laudo pericial, busca atribuir ao processo, visões em que o juiz sozinho não conseguiria identificar e concluir. Captando então a fundo as impressões de um fato, documento, momento ou coisa por meio do conhecimento técnico específico que o perito possui e consegue utilizar para concluir através de exames e constituir seu laudo. 
O perito é apenas um auxiliar no processo, fazendo com que as decisões ocorram de forma justa, jamais poderá substituir o juiz e o laudo nunca poderá ter força maior que as demais provas para decisão.4.8- Inspeção Judicial
A inspeção judicial é o meio pelo o qual o juiz consegue de maneira clara e direta, ter acesso a informações e fatos que estão ligados ao litigio. O art. 481 do CPC/15 garante que a inspeção poderá ser realizada em qualquer fase do processo, podendo ser relacionada a pessoas ou coisas.
4.8.1- inspeção direta ou indireta
A inspeção judicial pode ser direta ou indireta, diferença entre os dois tipos é substancial, pois, reside em saber quem faz o exame da coisa ou pessoa, se é o juiz ou um especialista.
Será direta quando o objeto for inspecionado diretamente pelo juiz , que será somente auxiliado per técnicos.
Quando for necessária a inspeção da coisa ou pessoa por um especialista, a inspeção será direta. Devendo o especialista transmitir imediatamente ao juiz as informações que obtiver.
É muito comum observarmos a da inspeção indireta nos evoca a prova pericial aludida acima, mas, apesar de serem muito parecidas pela presença de um expert no assunto não podemos confundi-las. Partindo do ponto que a inspeção judicial indireta é informal e que não existem quesitos elaborados pelas partes, e as informações obtidas são passadas ao juiz no exato momento da inspeção, tornando-as diferentes.
No ato de realização da inspeção, o juiz poderá estar acompanhado por um ou mais peritos, sendo ainda garantido o direito a ambas as partes de assisti-la, auxiliando através de esclarecimentos e observações que considerem ser importantes para a causa.
4.8.2- inspeções realizadas fora da sede do juízo
A regra para a inspeção judicial, é que ela se faça em sede do juízo.
Especialmente quando está relacionada a bens móveis, todavia quando se trata de bens imóveis, por razões óbvias, essa regra não tem aplicação. As exceções estão previstas no art. 483 do CPC/15.
“Art. 483. O juiz irá ao local onde se encontre a pessoa ou coisa quando:
I- Julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva observar;
II- A coisa não puder ser apresentada em juízo sem consideráveis despesas ou graves dificuldades;
III- Determinar a reconstituição dos fatos.
Parágrafo único: O auto poderá ser instruído com desenho gráfico ou fotografia.”[footnoteRef:25] [25: CÉSPEDES, Livia; CURIA, Luiz Roberto; ROCHA, Fabiana Dias da. Códigos de processo civil comparados. São Paulo: Saraiva 2015. p. 158-159.] 
4.8.3- Auto de inspeção
Uma vez concluída a diligência, o juiz mandara lavrar auto circunstanciado, mencionando nele tudo quanto for útil ao julgamento da causa. Porquanto, apenas dessa forma o magistrado poderá argumentar sua decisão e as partes terão argumento para manifestar.
6- PROVA EMPRESTADA
De acordo com Humberto Theodoro
“Por prova emprestada entendesse aquela que foi produzida em outro processo e que é trasladada por meio de certidão para os autos de nova causa, nos quais entra sob a forma documental. Pode se referir a qualquer uma das modalidades probatórias, como documentos, testemunhas, confissões, perícias ou depoimento pessoal. É, enfim, o aproveitamento de atividade judiciária já anteriormente praticada, em nome do princípio da economia processual.”[footnoteRef:26] [26: JÚNIOR, Humberto Theodoro. Curso de direito processual civil. Vol. I. 56. Ed. Rio de Janeiro. Editora Forense, 2017. p. 1153.] 
O atual Código de Processo Civil prevê em seu art. 372 essa utilização, garantindo o princípio da instrumentalidade que traz economia e celeridade processual. 
5.1- Requisitos
Com essa previsão todo meio de prova produzido em um processo, poderão ser utilizados em outros processos. Todavia existe um requisito que precisa ser cumpridos de acordo com o art. 372 do CPC/15 “o juiz poderá admitir a utilização de prova emprestada produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observando o contraditório.”[footnoteRef:27] [27: CÉSPEDES, Livia; CURIA, Luiz Roberto; ROCHA, Fabiana Dias da. Códigos de processo civil comparados. São Paulo: Saraiva 2015. p. 128.] 
O contraditório referido no artigo acima citado não se refere ao direito da pare contra quem o documento é produzido de impugná-lo no processo atual.
É importante ressaltar que o valor que foi dado à aquela prova no processo anterior em nada, tem importância, tendo em conta que se trata de um novo julgador e que outros meios também serão utilizados para trazer a verdade no caso atual.
	
7- PROVA ILÍCITA
 
É aquela obtida com violação das regras de direito material ou normas constitucionais art. 5, LVI, CR/88.
São exemplos de prova ilícita:
· Confissão obtida por tortura;
· Intercepção telefônica clandestina;
· Depoimento de testemunha sob coação;
· Obtenção de prova documental mediante furto;
· Documento material ideologicamente falso, ou
· Qualquer prova produzida sem observância ao contraditório.
No que diz respeito à ilicitude da prova no plano do direito processual, podemos concluir que deve a inadmissão da prova deve considerar o momento de seu requerimento.
No que diz respeito à testemunha coagida a ilicitude se dá na ocorrência da coação. Já a testemunha que se vale de conhecimento obtido de modo ilícito, a violação ocorre no momento da produção da prova (oitiva de testemunha).
Quando se viola o contraditório na produção de prova, ou não se permitem as partes acompanharem a pericia, através dos auxiliares por não saberem a data nem a hora que a prova teve inicio, também é considerado ilicitude na produção da prova, visto que traz o art. 474 “as partes terão ciência da data e do local designados pelo juiz ou indicados pelo perito para ter início à produção de prova.”[footnoteRef:28] [28: CÉSPEDES, Livia; CURIA, Luiz Roberto; ROCHA, Fabiana Dias da. Códigos de processo civil comparados. São Paulo: Saraiva 2015. p. 156.] 
Uma prova produzida a partir da ilicitude viola normas processuais e pode se transformar de uma simples irregularidade a uma lesão a direito fundamental processual. Resultando da não admissão da prova no processo como também na arguição de má-fé no processo.
8- CONCLUSÃO
Diante do exposto se constata a importâncias das provas no processo civil, tendo em vista sua valoração como elemento indispensável para o esclarecimento dos fatos alegados no processo e influenciando diretamente a decisão do julgador na resolução da lide. 
Devendo sempre observar, os requisitos previstos na Lei e podendo ser utilizada também, a Doutrina e a Jurisprudência, relacionada ao caso concreto, pois somente assim será alcançada a efetiva aplicação da justiça âmbito do direito.
REFERÊNCIAS
CÉSPEDES, Livia; CURIA, Luiz Roberto; ROCHA, Fabiana Dias da. Códigos de processo civil comparados. São Paulo: Saraiva 2015. 383 p.
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