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Sistema Digestório O Sistema Digestório é formado por um conjunto de órgãos que atuam no processo de transformação do alimento, que tem o objetivo de ajudar na absorção dos nutrientes. Tudo isso acontece por meio de processos mecânicos e químicos. O Sistema Digestório divide-se em duas partes. Uma delas é o tubo digestório (propriamente dito), que se divide em três partes: alto, médio e baixo. A outra parte corresponde aos órgãos anexos. Tubo digestório alto Boca, faringe e esôfago. Tubo digestório médio Estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo). Tubo digestório baixo Intestino grosso (ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, a curva sigmóide e o reto). Órgãos anexos Glândulas salivares, dentes, língua, pâncreas, fígado e vesícula biliar. Tubo Digestório Alto ● Boca: A boca é a porta de entrada dos alimentos no tubo digestivo. Ela corresponde a uma cavidade forrada por mucosa, onde os alimentos são umidificados pela saliva, produzida pelas glândulas salivares. Na boca ocorre a mastigação, que corresponde ao primeiro momento do processo da digestão mecânica. Ela acontece com os dentes e a língua. Em um segundo momento entra em ação a atividade enzimática da ptialina, que é amilase salivar. Ela atua sobre o amido encontrado na batata, farinha de trigo, arroz e o transformando em moléculas menores de maltose. ⇒ Língua: Órgão muscular revestido por mucosa e que exerce funções na mastigação, na deglutição, como órgão gustativo e na articulação da palavra. https://www.todamateria.com.br/saliva/ ⇒ Dentes: Os dentes são estruturas duras, calcificadas, que estão localizadas em nossa boca, presas ao maxilar superior e mandíbula e possuem como função a quebra do alimento em partículas menores para facilitar a ação de enzimas digestivas. Por isso, são essenciais no processo de digestão, através da mastigação. Cada dente tem sua função específica, e por isso a falta de qualquer que seja pode sim interferir no processo digestivo, causando danos a saúde do estômago e intestinos. Os quatro incisivos servem para cortar o alimento, os caninos furam, os pré-molares e molares ajudam a triturar o alimento. ⇒ Limites da Cavidade Bucal: 1) Lábios (Limite Anterior): Prega muscular revestida de mucosa. 2) Bochechas (Limite Lateral): pele, tela subcutânea, músculos e mucosa. 3) Palato (Limite Superior): teto da cavidade bucal ● Palato Mole: posterior (muscular). ● Palato Duro: anterior (ósseo). No palato projeta-se a úvula (mediana) e pregas denominadas: arco palatoglosso (anterior) e arco palatofaríngeo (posterior). Entre os dois arcos encontra-se a fossa tonsilar, ocupada pela tonsila palatina. https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-digestivo.htm ● Faringe: A faringe é um tubo muscular membranoso que se comunica com a boca, através do istmo da garganta e na outra extremidade com o esôfago. Para chegar ao esôfago, o alimento, depois de mastigado, percorre toda a faringe, que é um canal comum para o sistema digestório e o sistema respiratório. No processo de deglutição, o palato mole é retraído para cima e a língua empurra o alimento para dentro da faringe, que se contrai voluntariamente e leva o alimento para o esôfago. A penetração do alimento nas vias respiratórias é impedida pela ação da epiglote, que fecha o orifício de comunicação com a laringe. É dividida em três partes: 1. Nasofaringe: Superior e se comunica com a cavidade nasal através das coanas. 2. Orofaringe: Média e se comunica com a cavidade bucal através do istmo de fauces. 3. Laringofaringe: Inferior e se comunica posteriormente com a laringe e continuada pelo esôfago. ● Esôfago O esôfago é um órgão que apresenta formato cilíndrico, formado por tecido muscular, apresenta cerca de 25 cm de comprimento e 3 cm de diâmetro, controlado pelo sistema nervoso autônomo. É responsável por fazer a ligação da faringe até o estômago e levar os alimentos ingeridos até o estômago. O esôfago é classificado de três formas: Esôfago cervical: representa o início do órgão, o qual faz a ligação direta com a traqueia e possui cerca de 4 cm; Esôfago torácico: representa a maior região do esôfago, com aproximadamente 18 cm, estando localizado atrás do brônquio esquerdo; Esôfago abdominal: é uma região com cerca de 3 cm que se conecta diretamente com o diafragma, que por sua vez se liga ao estômago. Para desempenhar sua função, o esôfago apresenta uma parte superior e uma inferior. A parte superior do esôfago possui um músculo denominado esfincter esofágico superior, responsável por abrir espaço necessário, afrouxando o esôfago para passagem de alimentos ou líquidos. A parte inferior do esôfago faz ligação com o estômago e recebe o nome de junção gastroesofágica. Nesta área, existe a presença do esfíncter inferior do esôfago, que auxilia no controle da passagem do alimento até o estômago. Esta ação faz com que o ácido estomacal e as enzimas digestivas não cheguem ao esôfago. O esôfago é composto por várias camadas que formam sua parede. São elas: 1. Mucosa https://www.todamateria.com.br/faringe/ https://www.todamateria.com.br/traqueia/ https://www.todamateria.com.br/diafragma/ https://www.todamateria.com.br/estomago/ A mucosa corresponde a camada que reveste o interior do esôfago. Ela se divide da seguinte forma: A. Epitélio: é a camada mais interna do esôfago e é formada por células denominadas células escamosas. B. Lâmina própria: é a camada de tecido conjuntivo formada sob o epitélio. C. Muscularis mucosa: representa a fina camada de músculo que fica localizado sob a lâmina própria. 2. Submucosa A submucosa representa a camada de tecido conjuntivo que fica localizado abaixo da mucosa, apresentando vasos sanguíneos e nervos. É nesta camada que o esôfago apresenta glândulas que secretam muco. 3. Muscularis própria A muscularis própria é uma camada de músculo que atua contraindo-se para que o alimento ingerido seja empurrado da garganta, passando pelo esôfago até chegar ao estômago. 4. Adventícia A adventícia corresponde a camada mais externa do esôfago, sendo formada por um tecido conjuntivo. ! É por meio de ondas de contrações, conhecidas como peristaltismo ou movimentos peristálticos, o conduto musculoso vai espremendo os alimentos e levando-os em direção ao estômago. Tubo Digestório Médio ● Estômago O estômago é uma grande bolsa que se localiza no abdômen, sendo responsável pela digestão das proteínas. A entrada do órgão recebe o nome de cárdia, porque fica muito próxima ao coração, separada dele somente pelo diafragma. Ele possui uma pequena curvatura superior e uma grande curvatura inferior. A parte mais dilatada recebe o nome de "região fúndica", enquanto a parte final, uma região estreita, recebe o nome de "piloro". O simples movimento de mastigação dos alimentos já ativa a produção do ácido clorídrico no estômago. Contudo, é somente com a presença do alimento, de natureza proteica, que se inicia a produção do suco gástrico. Este suco é uma solução aquosa, composta de água, sais, enzimas e ácido clorídrico. A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco que a protege de agressões do suco gástrico, uma vez que ele é bastante corrosivo. Por isso, quando ocorre um desequilíbrio na proteção, o resultado é uma inflamação da mucosa (gastrite) ou o surgimento de feridas (úlcera gástrica). A pepsina é a enzima mais potente do suco gástrico e é regulada pela ação de um hormônio, a gastrina. A gastrina é produzida no próprio estômago no momento em que moléculas de proteínas dos alimentos entram em contato com a parede do órgão. Assim, a pepsina quebra as moléculas grandes de proteína e as transformam em moléculas https://www.todamateria.com.br/estomago/https://www.todamateria.com.br/diafragma/ https://www.todamateria.com.br/pepsina/ menores. Estas são as proteoses e peptonas. Por fim, a digestão gástrica dura, em média, de duas a quatro horas. Nesse processo, o estômago sofre contrações que forçam o alimento contra o piloro, que se abre e fecha, permitindo que, em pequenas porções, o quimo (massa branca e espumosa), chegue ao intestino delgado. ● Intestino delgado Órgãos anexos que participam do processo digestivo no intestino O intestino delgado é revestido por uma mucosa enrugada que apresenta inúmeras projeções. Está localizado entre o estômago e o intestino grosso e tem a função de segregar as várias enzimas digestivas. Isto dá origem a moléculas pequenas e solúveis: a glicose, aminoácidos, glicerol, etc. O intestino delgado está dividido em três porções: o duodeno, o jejuno e o íleo. O duodeno é a primeira porção do intestino delgado a receber o quimo que vem do estômago, que ainda está muito ácido, sendo irritante à mucosa duodenal. Logo em seguida, o quimo é banhado pela bile. A bile é secretada pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, contendo bicarbonato de sódio e sais biliares, que emulsificam os lipídios, fragmentando suas gotas em milhares de micro gotículas. Além disso, o quimo recebe também o suco pancreático, produzido no pâncreas. Ele contém enzimas, água e grande quantidade de bicarbonato de sódio, pois dessa forma favorece a neutralização do quimo. Assim, em pouco tempo, a “papa” alimentar do duodeno vai se tornando alcalina e gerando condições necessárias para ocorrer a digestão intra-intestinal. Já o jejuno e o íleo são considerados a parte do intestino delgado onde o trânsito do bolo alimentar é rápido, ficando a maior parte do tempo vazio, durante o processo digestivo. Por fim, ao longo do intestino delgado, depois que todos os nutrientes foram absorvidos, sobra uma pasta grossa formada por detritos não assimilados e com bactérias. Esta pasta, já fermentada, segue para o intestino grosso. → Digestão no intestino delgado Grande parte do processo da digestão dos alimentos ocorre no intestino delgado, onde várias substâncias são lançadas para garantir o aproveitamento dos nutrientes. No intestino, são lançados o suco pancreático, o suco entérico e a bile, uma substância sem enzimas. O suco pancreático, como o nome sugere, é produzido no pâncreas e possui algumas substâncias, tais como: ● tripsina e quimiotripsina, que estão relacionadas com a quebra de proteínas; ● amilase pancreática, relacionada com a quebra de polissacarídeos; ● lipase pancreática, responsável pela quebra dos lipídios. No suco entérico, produzido pela parede intestinal, temos enzimas como enteroquinase, que ativa a tripsina, e a erepsina, que quebra proteínas. A bile, diferentemente do suco pancreático e entérico, não apresenta enzimas. A função dessa substância produzida no fígado é emulsificar as gorduras. https://www.todamateria.com.br/digestao/ https://www.todamateria.com.br/intestino-delgado/ https://www.todamateria.com.br/bile/ https://www.todamateria.com.br/vesicula-biliar/ https://www.todamateria.com.br/reacao-neutralizacao/ https://escolakids.uol.com.br/figado.htm → Pregas, vilosidades e microvilosidades As vilosidades aumentam a superfície de contato O intestino delgado apresenta pregas, vilosidades e microvilosidades. As pregas são dobras na mucosa e submucosa desse órgão; as vilosidades são projeções do tecido epitelial presente na mucosa; as microvilosidades, por sua vez, são projeções da membrana plasmática localizadas em cada célula absortiva. Podemos dizer, de maneira resumida, que a parede interna do intestino possui dobras; o tecido superficial dessas dobras possui outras dobras, e as células presentes nesse tecido superficial apresentam prolongamentos. As pregas, vilosidades e microvilosidades garantem ao intestino delgado uma grande superfície de contato, o que aumenta a absorção dos nutrientes em virtude do contato com o produto da digestão. Estudos indicam que essas três estruturas juntas aumentam em até 600 vezes a superfície do intestino delgado. Tubo Digestório Baixo ● Intestino grosso O intestino grosso é o último órgão que atua no sistema digestório O intestino grosso mede cerca de 1,5 m de comprimento e 6 cm de diâmetro. É local de absorção de água (tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas), de armazenamento e de eliminação dos resíduos digestivos. Ele está dividido em três partes: o ceco, o cólon (que se subdivide em ascendente, transverso, descendente e a curva sigmoide) e reto. No ceco, a primeira porção do intestino grosso, os resíduos alimentares, já constituindo o “bolo fecal”, passam ao cólon ascendente, depois ao transverso e em seguida ao descendente. Nesta porção, o bolo fecal permanece estagnado por muitas horas, preenchendo as porções da curva sigmóide e do reto. O reto é a parte final do intestino grosso, que termina com o canal anal e o ânus, por onde são eliminadas as fezes. Para facilitar a passagem do bolo fecal, as glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco a fim de lubrificar o bolo fecal, facilitando seu trânsito e sua eliminação. Note que as fibras vegetais não são digeridas nem absorvidas pelo sistema digestivo, passam por todo tubo digestivo e formam uma porcentagem significativa da massa fecal. Sendo, portanto, importante incluir as fibras na https://escolakids.uol.com.br/membrana-plasmatica.htm https://www.todamateria.com.br/intestino-grosso/ alimentação para auxiliar a formação das fezes. ! Apêndice Não possui utilidade na vida adulta, mas auxilia na imunidade do tubo gastro intestinal de crianças em idade tenra (até 1 ano), quando ainda não têm sua microbiota intestinal totalmente desenvolvida. ! Movimentos Peristálticos Os movimentos peristálticos, também conhecidos como peristaltismo, consistem e movimentos involuntários realizados pelos órgãos do tubo digestivo (intestinos e esôfago). Esses movimentos são responsáveis por fazer com que o bolo alimentar caminhe ao longo destes, para que a digestão ocorra no devido local. É a musculatura lisa que impulsiona os movimentos peristálticos, porém é o sistema nervoso autônomo que o coordena. As contrações musculares, estimuladas pelos impulsos nervosos, originam ondas peristálticas, compostas por uma onda de relaxamento dos músculos circulares que ocasiona, por sua vez, uma onda de distensão que ocorre antes do bolo alimentar, além de uma onda de contração muito intensa da musculatura circular que ocorre depois do bolo alimentar, empurrando, assim, esse bolo ao longo do tubo digestivo. ! Reflexos gastroduodenocólicos São ativados: quando há mastigação, ao acordar e após a prática de atividades físicas. Glândulas Anexas ● Fígado O fígado é a maior glândula do corpo e depois da pele, o maior órgão. Situado baixo do diafragma, principalmente mais a direita e superior no abdome, onde é protegido pela caixa torácica. Apresenta uma pequena porção na metade esquerda do abdome. Ele desempenha um importante papel nas atividades vitais do organismo, seja interferindo no metabolismo dos carboidratos, lipídios (gorduras) e proteínas, seja secretando a bile, seja participando no mecanismo de defesa do organismo, através da degradação de substâncias tóxicas absorvidas do intestino e excretadas pela bile ou pelo sangue, onde os subprodutos da bile caem no intestino e são eliminados do organismo com as fezes. O fígado apresenta duas faces, a diafragmática convexa (anterior e pósteriosuperior) e a face visceral côncava (pósteroinferior). Na face visceral existem quatros lobos, o lobo direito, esquerdo, quadrado e caudado. Esta face é coberta pelo peritônio visceral e em contato com várias vísceras abdominais. Entreo lobo direito e o quadrado encontra-se a vesícula biliar. Entre o lobo direito e o caudado temos a veia cava inferior. Entre o lobo quadrado e caudado existe uma fenda transversal, por onde passam estruturas do pedículo hepático, como artéria hepática própria, veia porta, ducto hepático comum, nervos e vasos linfáticos. Na face diafragmática enxergamos o lobo direito e esquerdo, onde os mesmo são separados por uma prega de peritônio, o ligamento falciforme. Esta face é lisa e em forma de cúpula que se relaciona com o a concavidade da face inferior do diafragma, que a separa das pleuras, pulmões, pericárdio e coração. É coberta pelo peritônio visceral, exceto em uma região posterior, denominada área nua do fígado. Nesta face observamos mais três estruturas, o ligamento coronário, triangular direito e esquerdo, que são projeções do peritônio do diafragma para o fígado. No entanto, o ligamento redondo é o remanescente fibroso (involução) da veia umbilical, que levava o sangue rico em oxigênio e nutrientes da placenta para o feto. https://www.infoescola.com/sistema-digestivo/esofago/ https://www.infoescola.com/sistema-muscular/musculo-liso/ https://www.infoescola.com/fisiologia/contracao-muscular/ A bile e seus ductos biliares São os ductos biliares que conduzem a bile do fígado para o duodeno. A bile é produzida no fígado, armazenada e concentrada na vesícula biliar, que a libera de modo contínuo quando a gordura (lipídeos) cai no duodeno. É a bile que vai emulsificar (quebrar) a gordura para que possa ser absorvida na parte distal do intestino. Os ductos biliares são ductos hepáticos direito e esquerdo, hepático comum, cístico e colédoco. A bile vem dos ductos hepáticos direito e esquerdo e próximo a porta do fígado se unem para formar o ducto hepático comum. Este junta com o ducto cístico (que drena a vesícula biliar) para formar o ducto colédoco. O colédoco se abre no duodeno, quase sempre junto com o ducto pancreático. ● Vesícula Biliar A vesícula biliar é um órgão em forma de saco, parecido com uma pera, localizada abaixo do lobo direito do fígado. Sua função é armazenar a bile, líquido produzido pelo fígado que atua na digestão de gorduras no intestino. ● Pâncreas O Pâncreas é uma glândula endócrina (insulina e glucagon) e exócrina (suco pancreático), e é a mais volumosa do sistema digestório depois do fígado. É alongada, macia, lobulada e rasa acinzentada. Situada transversalmente do duodeno ao baço e posteriormente ao estômago, em posição retroperitoneal, estando fixada à parede posterior do abdome. Essa glândula apresenta quatro partes, cabeça, colo, corpo e cauda. A cabeça representa uma extremidade voltada para o lado direito, dilatada e envolvida pelo duodeno. O colo liga a cabeça ao corpo. O corpo encontra-se disposto transversalmente continuado pela cauda. A cauda representa a extremidade final, esquerda e afinada. É uma glândula exócrina e endócrina. A exócrina produz o suco pancreático que é liberado no duodeno através do ducto pancreático para atuar na digestão. Já a endócrina produz a insulina que e encaminha para o sangue para também participar no processo de digestão dos nutrientes. ● Glândulas Salivares Localizam-se na cavidade bucal e são responsáveis pela produção de saliva. http://drauziovarella.com.br/corpo-humano/figado/ São classificadas como glândulas exócrinas, com a função de secretar saliva. A saliva é importante para o início do processo de digestão. Ela amolece os alimentos para que possam entrar no tubo digestório, lubrifica as partículas alimentares, atua com ação antibiótica e elimina alguns germes. A saliva é o resultado da produção de todo o conjunto de glândulas salivares. Entretanto, cada uma a produz com composição e quantidades diferentes. Existem várias glândulas salivares minúsculas com ductos que se abrem na cavidade bucal. Elas estão presentes nas mucosas das bochechas, pela língua e pelo céu da boca. A saliva produzida pelas glândulas salivares menores não possuem enzimas. Porém, três pares são os mais importantes por serem maiores e produzirem a maior parte da saliva, com a presença de enzimas que contribuem para digestão química dos alimentos. São eles: glândulas parótidas, submaxilares e sublinguais. Glândulas parótidas As glândulas parótidas localizam-se abaixo e à frente das orelhas. Elas pesam entre 25 e 30 gramas, são as maiores. Elas são responsáveis pela produção de cerca de 30% da saliva. A saliva produzida é rica em amilase e glicoproteínas. As glândulas parótidas apresentam um sistema de ductos que convergem para um ducto único, o ducto de Stensen, que se abre na cavidade oral. Glândulas submaxilares As glândulas submaxilares, também chamadas de submandibulares, localizam-se na parte interna da mandíbula. Pesam em torno de 8 gramas. Elas produzem aproximadamente 60% da saliva, constituída por amilase e algumas glicoproteínas, também apresenta as mucinas. As mucinas são glicoproteínas que proporcionam viscosidade à saliva e evitam o ressecamento da mucosa bucal. O principal ducto excretor das glândulas submaxilares é o ducto de Wharton, que se abre na parte debaixo da língua. Glândulas sublinguais As glândulas sublinguais localizam-se abaixo da língua. Possuem forma que assemelha-se com amêndoas e pesam entre 3 e 5 gramas. Elas produzem aproximadamente 5% da saliva, de constituição viscosa e rica em mucina. As glândulas sublinguais podem conter até 20 ductos excretores, entretanto são de menor extensão. Os ductos excretores se abrem abaixo da língua. Conheça mais sobre as Glândulas do Corpo Humano. Histologia A glândulas salivares são formadas por grãos aglomerados, chamados de ácinos. A partir deles, partem ductos ramificados que liberam a saliva para os diversos pontos espalhados pela cavidade bucal. A glândula salivar é constituída por ácinos, sistema tubular e ductos excretores. Existem também dois tipos de células secretoras: as células serosas e as células mucosas. As células serosas possuem formato piramidal. Elas produzem proteínas e glicoproteínas, em geral, com atividades enzimáticas e antimicrobianas. Além disso, também secretam água, íons, enzimas e glicoproteínas. As glândulas parótidas são constituídas, predominantemente, por células serosas. As células mucosas, geralmente, possuem formato tubular e são características por acumular grande quantidade de muco. Essa condição https://www.todamateria.com.br/enzimas/ https://www.todamateria.com.br/glandulas-do-corpo-humano/ https://www.todamateria.com.br/glandulas-do-corpo-humano/ chega a comprimir as organelas e o núcleo da célula. O principal produto das células mucosas são as mucinas. As glândulas submaxilares e sublinguais apresentam células serosas e mucosas. Esfíncteres do Sistema Digestório → Esfíncter Esofágico Superior → Esfíncter Esofágico Inferior → Esfíncter Pilórico ou Piloro → Esfíncteres Anais: Existem dois esfíncteres anais (Localizados no ânus): o esfíncter interno e o esfíncter externo. ● Peritônio: Peritônio é uma membrana serosa que reveste as paredes da cavidade abdominal e recobre órgãos abdominais e pélvicos. Entre as suas duas camadas - parietal e visceral - está a cavidade peritoneal. A função do peritônio é sustentar e proteger os órgãos abdominopélvicos, pois, reduz o atrito e é resistente à infecção. Além disso, é responsável pelo armazenamento de gordura. O peritônio é formado por duas camadas: ● Peritônio parietal - camada externa que se adere às paredes abdominais anterior e posterior. ● Peritônio visceral - camada interna que recobre os órgãos abdominais. Ela é formada a partir da reflexão do peritônio parietal da parede abdominal para as vísceras. Apesar de nos adultos o peritônio parecer estar espalhado por todo o abdome, existe uma razão(embrio)lógica por trás disso. Durante o desenvolvimento intrauterino, só existe o peritônio parietal, que forma um saco fechado e ocupando a maior parte da cavidade abdominal. Neste estágio, os órgãos abdominais são pequenos e pressionados contra a parede abdominal posterior. A medida que os órgãos se desenvolvem e crescem, eles projetam-se em direção à cavidade peritoneal, sem contudo entrar dentro dela. A cavidade então tem seu formato modificado e se aperta para preencher qualquer espaço existente entre os órgãos abdominais, devido à pressão sofrida. É a mesma ideia de apertar sua mão contra um balão cheio de água, o balão muda sua forma ao redor da sua mão, mas sua mão não entra dentro do balão. Dessa forma, nenhum órgão fica neste espaço potencial. Cavidade Peritoneal A cavidade peritoneal é um espaço potencial encontrado entre as camadas parietal e visceral do peritônio. A cavidade é preenchida por uma pequena quantidade de fluido peritoneal seroso secretado pelas células mesoteliais, que revestem o peritônio. O líquido peritoneal permite que as camadas do peritônio deslizem uma sobre a outra com pequeno atrito, enquanto se movimentam junto com os órgãos abdominopélvicos. Quando o peritônio se dobra ao recobrir os órgãos, ele forma bolsas (recessos) que podem se encher de fluidos, caso haja uma inflamação dos órgãos adjacentes. Divisões Saco menor (bolsa omental) A bolsa omental ou saco menor é encontrada posterior ao estômago e ao fígado e anterior ao pâncreas e ao duodeno. A função do saco menor é prover espaço para o livre movimento do estômago. Ela tem um formato irregular com um recesso superior e um inferior. O recesso superior é limitado pelo diafragma e pelo ligamento coronário do fígado, enquanto o recesso inferior fica entre as dobras do omento maior. Saco menor - um diagrama O saco menor se comunica com o saco maior via forame epiplóico (forame omental), que encontra-se posterior à https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/parede-abdominal https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/bolsa-omental https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/estomago https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/pancreas https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/diafragma borda livre do omento menor. Este forame tem bordas bem definidas: ● Anterior – ligamento hepatoduodenal. ● Posterior – veia cava inferior e pilar direito do diafragma. ● Superior – lobo caudal do fígado. ● Inferior – parte superior do duodeno. Saco maior O saco maior se estende do diafragma até a cavidade pélvica. Ele é dividido em compartimento supracólico e infracólico pelo mesocólon transverso. O compartimento supracólico encontra-se anterior e superior ao mesocólon transversos e contém o fígado, o estômago e o baço. O compartimento infracólico é inferior e posterior ao mesocólon transverso. Olhando de uma perspectiva anterior, o compartimento infracólico é dividido, pela raiz do mesentério do intestino delgado, em espaços infracólicos direito e esquerdo. O compartimento infracólico contém o intestino delgado, cólon ascendente e cólon descendente. Mesentério O mesentério é formado pelas dobras do peritônio que suspendem os órgãos da parede abdominal posterior. A projeção de um órgão no peritônio cria uma dobra peritoneal que se estende da parede abdominal, envolve esse órgão e volta para a parede abdominal. Essas camadas dobradas de peritônio são o mesentério. O mesentério leva feixes neurovasculares através de sua gordura, entre as camadas peritoneais, para suprir os órgãos. O mesentério do intestino delgado é simplesmente chamado de mesentério ou mesentério próprio, enquanto os mesentérios das outras partes do sistema digestivo tem nomes mais específicos: mesocólon transverso, mesocólon sigmóide e mesoapêndice. Você notará o prefixo “meso” antes da parte correspondente do intestino. Omento O omento é formado por duas camadas de peritônio que se fundiram e se estende do estômago e do duodeno proximal até os órgãos vizinhos. Existem duas subdivisões do omento, dependendo se ele se estende da curvatura maior ou menor do estômago. O omento maior cai como uma cortina cobrindo a superfície anterior do intestino delgado. Ele se origina do duodeno proximal e da curvatura maior do estômago e, então, se dobra para se ligar superiormente à superfície anterior do cólon transverso e ao seu mesentério, na borda inferior. O omento menor se estende superiormente, indo da curvatura menor do estômago e duodeno proximal para o fígado. Ligamentos Peritoneais Ligamentos peritoneais são duplicações do peritônio e podem fazer parte do omento. Eles têm duas funções principais: ● Ligar órgãos à parede abdominal e/ou aos outros órgãos abdominais e mantê-los em posição ● Levar estruturas neurovasculares que suprem os órgãos abdominais Com base na qual se originam, os ligamentos peritoneais são classificados como ligamentos esplênicos, gástricos ou hepáticos. Ligamentos esplênicos Ligamento pré-cólico (sustentaculum lienis) Ligamento gastroesplênico Ligamento esplenorrenal https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/ligamento-hepatoduodenal https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/ligamento-hepatoduodenal https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/diafragma https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/figado https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/duodeno https://www.kenhub.com/pt/study/bolsa-omental https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/estomago https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/baco https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/intestino-delgado https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/colon https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/duodeno Ligamentos gástricos Ligamento gastrofrênico Ligamento gastrocólico Ligamentos hepáticos Ligamento falciforme Ligamento gastrohepático Ligamento hepatoduodenal Os ligamentos dignos de nota são o ligamento hepatogástrico e o ligamento hepatoduodenal, que fazem parte do omento menor. O ligamento hepatoduodenal carrega a tríade portal - veia hepática portal, artéria hepática própria e ducto biliar comum. Os ligamentos gastrofrênico, gastrocólico e esplenorrenal formam parte do omento maior. Relações Peritoneais Dependendo de quão profundamente os órgãos abdominais mergulham no peritônio durante o seu desenvolvimento, eles podem ser classificados em: ● Órgãos intraperitoneais ● Órgãos retroperitoneais (primariamente e secundariamente retroperitoneais) Os órgãos intraperitoneais são completamente envolvidos pelo peritônio visceral. Esses órgãos são o fígado, baço, estômago, parte superior do duodeno, jejuno, íleo, cólon transverso, cólon sigmóide e parte superior do reto. Os órgãos retroperitoneais são encontrados posterior ao peritônio, no espaço retroperitoneal, com somente sua parede anterior recoberta pelo peritônio parietal. Se eles se desenvolvem e permanecem fora do peritônio, eles são órgãos primariamente retroperitoneais: rim, glândulas adrenais e ureter. Outros órgãos retroperitoneais se desenvolvem dentro do peritônio, mas depois movem-se para atrás dele: pâncreas, duodeno distal e cólons ascendente e descendente. https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/ligamento-hepatoduodenal https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/ligamento-hepatoduodenal https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/duodeno https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/jejuno https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/ileo https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/colon https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/reto https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/rins https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/ureteres https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/pancreas
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