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1 Janaina Alves de Carvalho HAM -V EXAME FÍSICO DO OMBRO ASPECTOS ANATÔMICOS E FUNCIONAIS: • 3 Diartroses: glenoumeral, acromioclavicular e esternoclavicular. • 3 Sistemas Osteotenomioligamentares de deslizamento: Subacromial, umerobicipital e escapulotorácico. • 14 Ligamentos; • 19 Músculos; FUNÇÕES: • Permite a ação conjunta do braço e do antebraço através da integridade e funcionalidade dessas estruturas; • Funciona como um dos mecanismos de equilíbrio e propulsão do corpo como um todo; • Proporciona uma grande estabilidade dinâmica. 2 Janaina Alves de Carvalho HAM -V MÚSCULOS Deltóide Inervação: nervo axilar (C5 e C6) Ação: abdução do braço, auxilia nos movimentos de flexão, extensão, rotação lateral e medial e flexão e extensão horizontal do braço e fixa a articulação do ombro. Peitoral maior Inervação: Nervo peitoral lateral e medial (C5, C6 ,C7 ,C8 E T1) Ação: fixo no tórax: adução, rotação medial do braço, auxilia na abdução e flexão do braço até 90°. A porção esternal faz extensão e a porção clavicular faz flexão horizontal. Fixo no braço: eleva tronco. Redondo maior Passa internamente- entre costelas e úmero Inervação: Nervo subescapular (C5 e C6) Ação: rotação medial, adução e extensão do braço e fixação da articulação do ombro Coracobraquial Inervação: Nervo musculocutâneo (C6 e C7) Ação: Flexão e adução do braço e deprime o ombro Manguito Rotador Função: Manter a cabeça do úmero contra a cavidade glenóide, reforçar a cápsula articular e resistir ativamente em direção anterior, posterior e superior. Ou seja, mobilidade e estabilidade. • Redondo Menor • Supra- Espinhoso • Infra- Espinhoso 3 Janaina Alves de Carvalho HAM -V • Subescapular Redondo menor Inervação: Nervo axilar (C5 e C6) Ação: rotação lateral do braço e fixação da articulação do ombro. Infra- Espinhoso Inervação: Nervo supraescapular (C5 e C6) Ação: Rotação lateral do braço, fixação da articulação do ombro e auxilia na extensão horizontal do braço. Supra -Espinhoso (+ importante do manguito) Inervação: nervo supraescapular (C5 e C6) Ação: Auxilia o deltóide na abdução do braço (até aproximadamente 30°), auxilia na rotação lateral e fixa a articulação do ombro. Subescapular Inervação: nervo subescapular (C5 e C6) Ação: Rotação medial e fixação da articulação do ombro e auxilia na extensão e abdução do braço. SEMIOLOGIA – HISTÓRIA CLÍNICA Registro detalhado dos dados pessoais, sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Constitui: Identificação: • nome, idade, sexo, cor, estado civil, profissão, nacionalidade, naturalidade e procedência. Anamnese- Obtenção de dodos relacionadas a queixa e duração dos sintomas, elaboração da história evolutiva da doença (início até o momento da consulta), descrição e cronologia dos sintomas. Instabilidade • Localização; • Tipo (pontada, facada, alfinetada, peso, queimação). • Extensão; • Irradiação para MMSS- envolvimento das raízes nervosas; • Fatores de melhora e piora; • Fenômenos associados; • Horário de aparecimento e duração. Anamnese -DOR • Início: Insidioso (degenerativo) ou repentino; • Tipo: Surda (crônica) ou aguda (processo infeccioso/ lesão traumática); • Localização: localizada, difusa, irradiada; • História Clínica: movimentos e posição, microtraumatismos e esforços intensos, medicamentos e repouso, período do dia, movimentos específicos e temperatura; Anamnese- INSTABILIDADE • Primeiro Episódio (idade e mecanismo) • Frequência e causas de recidivas; • Voluntária, associada a alterações de psiquismo ou posturais; • Involuntárias e transientes, ou fugazes. (súbita e momentânea, dor paralisante). 4 Janaina Alves de Carvalho HAM -V Anamnese- LESÃO DE OMBRO • Dor: doenças inflamatórias, infecciosas e traumáticas; • Diminuição da força muscular: doenças neuromusculares e hipotrofia por desuso; • Bloqueio de movimento: causa mecânica, deformidades adquiridas e congênitas, ou evolução de doença degenerativa, traumática ou infecciosa. ANAMNESE • IDADE • Infância: congênitas, infecções, traumáticas obstétricas; • Adolescentes e adultos jovens: traumáticas agudas; • Idosos: processos degenerativos, tumores, microtraumatismos, osteoartroses primárias. • Sexo • Antecedentes mórbidos: doenças reumáticas, hereditárias, infecciosas, metabólicas e neurológicas. EXAME FÍSICO Inspeção Estática: • Vestígios de lesão traumática; • Deformidades; • Relevo muscular (lesões nervosas, desuso); • Escápula Alada; • Posição anormal do membro superior; • Deformidade do ventre do bíceps braquial. Inspeção Dinâmica: Isolamento de cada articulação do cíngulo articular, bem como, analisa comparativamente o contralateral. A partir da posição anatômica, com os braços ao lado do tórax. • Abdução • Elevação • Adução • Flexão • Extensão • Rotação Interna • Rotação Externa A partir dos braços em abdução de 90°, no plano coronal. • Rotação Interna • Rotação Externa PALPAÇÃO • Palpe a clavícula, partir da região medial até a região lateral; • Pontos sensíveis à palpação, saliências anormais, simetria e posição; • Palpar articulações esternoclavicular e acromioclavicular. • Flexionar e estender o ombro -> Crepitação • Esternoclavicular (Dor, edema e mobilidade anormal) • Clavícula (deformidade, dor, edema, crepitação e sinal de trauma) • Acromioclavicular (Dor, edema, crepitação e mobilidade anormal) -> SINAL DA TECLA • Supra espinhal, Infra espinhal e deltóide. FORÇA MUSCULAR • Fins práticos de comparação pré e pós operatório • Força de elevação (abdução plano da escápula) • Rotação interna e externa TESTE DO IMPACTO DE NEER • Ms extensão e rotação neutra; • Elevado passiva e rapidamente no plano da escápula; • O tubérculo maior do úmero projeta- se contra a face ântero- inferior do acrômio e reproduz o impacto, com a dor característica provocada pela irritação da bolsa serosa e do tendão do supra- espinhal. 5 Janaina Alves de Carvalho HAM -V TESTE DO IMPACTO DE HAWKINS-KENNEDY TESTE DO IMPACTO DE YOKUM • Mão sobre o ombro oposto; • Fletir o braço elevando ativamente o cotovelo, sem elevar o cíngulo escapular; • O tubérculo maios desloca-se sob o ligamento coracoacromial e sob a articulação acromioclavicular que se for saliente pela possível presença de ostéfitos, agravará a queixa dolorosa; Esse teste poderá acusar lesão acromioclavicular. TESTE DO SUPRA- ESPINHAL (TESTE DO JOBE) • Elevação ativa do MS no plano da escápula em extensão e rotação interna, contra resistência; • A resposta poderá ser apenas dor na face ântero- lateral do ombro acompanhada ou não de diminuição da força ou mesmo da incapacidade de elevar o MS, indicando tendinites até roturas completas do tendão. • Obs: Pode ser para ruptura ou processos inflamatórios (lesão do supra espinhoso). TESTE DO BICEPS (Speed ou “palm up” TESTE DO INFRAESPINHAL TESTE DO INFRAESPINHAL DE PATTE • MS em abdução de 90° com o cotovelo em 90° de flexão e o paciente deve forçar a rotação externa contra resistência oposta e as respostas possíveis são avaliadas como nos testes anteriores. 6 Janaina Alves de Carvalho HAM -V TESTE DA ROTAÇÃO EXTERNA NÃO MANTIDA” CANCELA” TESTE DA QUEDA DE BRAÇO TESTE DO SUBESCAPULAR DE GERBER (“LIFT OF TEST”) • Dorso da mão ao nível de L5; • Afastá-las ativamente das costas rodando internamente o braço; • A incapacidade de fazê-lo ou de manter o afastamento, se feito passivamente pelo examinador, indica grave lesão do subescapular.TESTE DO SUBESCAPULAR (“ Abdominal Press Test”) TESTE DA COMPRESSÃO ARTICULAR ATIVA DE O’ BRIEN 7 Janaina Alves de Carvalho HAM -V TESTES RELACIONADOS COM A ESTABILIDADE TESTE DE APREENSÃO • Examinador faz abdução, rotação externa e extensão passivas do braço; • Pressiona com o polegar da outra mão a face posterior da cabeça do úmero; • Se houver instabilidade anterior, a sensação de luxação iminente gera temor e apreensão do paciente. TESTE DA INSTABILIDADE POSTERIOR (FUKUDA) • Adução, flexão e rotação interna passivas do braço; • Procura deslocar posteriormente a cabeça do úmero; • Instabilidade Posterior- cabeça do úmero resvala da borda posterior da glenóide- Subluxação. TESTE DA “GAVETA “ANTERIOR E POSTERIOR” • Examinador atrás do paciente; • Paciente em pé ou sentado; • Examinador fixa a escápula do paciente; • Segura firme cabeça do úmero que procura deslocar em sentido anterior e posterior; • Hiper-Elasticidade articular: deslocam < 25%, bilateral, sem queixa de dor. • Instabilidade ou frouxidão capsuloligamentar: dor e deslocamento. TESTE DO SULCO • Braço ao lado do corpo é puxado em sentido caudal; • Braço em 90° de abdução, é forçado para baixo; • Frouxidão capsuloligamentar: aparecimento de um sulco de 1 cm ou mais entre acrômio e cabeça do úmero. 8 Janaina Alves de Carvalho HAM -V TESTE DE RECOLOCAÇÃO • Paciente em decúbito dorsal, cotovelo fletido em 90°, braço abduzido em 90° e colocado em rotação externa máxima; • Segura a cabeça do úmero para cima e traciona para cima – Dor no paciente com Subluxação anterior. • Empurra a cabeça do úmero para baixo, procurando reduzí-la - Dor cessa nos pacientes com subluxação e contínua nos que tem SD.do Impacto Secundário a instabilidade. ➢ Obs: Os testes que estão escritos em vermelho serão os que ele irá cobrar. Referência Bibliográfica: BARROS Filho, T.E.P.Lech O.Exame Físico em Ortopedia.São Paulo.Sarvier,2011.