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Neoconstitucionalismo e Direitos Fundamentais

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Neoconstitucionalismo 
Neoconstitucionalismo é o que dentro do Direito garante os direitos fundamentais. Em sentido amplo representa a superação do positivismo jurídico, por ter ascendido à reformulação do ordenamento jurídico, que deixou de ser comprimido no estrito respeito à lei, pra se tornar inspirado pela Constituição que é a representação de armazenamento dos Direitos Fundamentais. Assim também é alterado o sistema de interpretação do Direito, que se torna mais voltado para uma observação mais valorativa das normas constitucionais. Com o Neoconstitucionalismo morre o Estado de Direito, que dá lugar ao Estado Democrático de Direito.
Segundo diversos autores, como Paolo Comanducci e Alfonso Garcia Figueroa, o Neoconstitucionalismo apresenta três vertentes substanciais, e são elas: 
Neoconstitucionalismo Teórico: Nesta vertente temos como traço marcante a positivação de um conjunto de direitos Fundamentais, pela ubiquidade de princípios e regras dentro da constituição, tendo uma constituição que ocupa seu espaço. 
Neoconstitucionalismo Ideológico: Esta linha interpretativa possui forte conteúdo conceitual, afasta a idéia de constituição como instrumento de limitação do poder estatal, para centrar sua visão na constituição como instrumento, máxima e por excelência, garantidor dos direitos fundamentais.
Neoconstitucionalismo Metodológico: Defende um entrelaçamento necessário entre Direito e Moral, onde os princípios e os direitos fundamentais constituem uma ponte entre Direito e Moral. 
O Neoconstitucionalismo possui características como a supremacia do Direito Constitucional, onde tudo o que está prescrito na constituição tem normatividade. Garantias, promoções e preservação dos direitos fundamentais ou humanos, em que a Constituição prevê a garantia de direitos individuais e políticos, direitos econômicos, sociais e culturais e também os direitos relativos ao desenvolvimento econômico, à paz e a preservação do meio ambiente. Força normativa dos poderes constitucionais, onde os princípios constitucionais passaram a ser previstos como normas. Constitucionalização do direito, onde o Neoconstitucionalismo coloca a Constituição como elemento centralizado. Ampliação da jurisdição constitucional, em que qualquer decisão judicial pode ser interpretada baseando-se na constituição. 
As criticas ao Neoconstitucionalismo possui fortes representantes como, Susanna Pozzolo, Paolo Comanducci, Mauro Barberis e Jürgen Habermas, que apresenta a critica de que, que a racionalidade exigida no direito deve ser obtida no processo legislativo. Outras criticas em geral podem ser colocadas nos seguintes termos: 
a) a de que o Neoconstitucionalismo fortalece o Judiciário em detrimento dos outros poderes e que tal fato é antidemocrático; 
b) em segundo, a de que sua preferência pelos princípios e ponderação às regras e a subsunção, é perigosa, principalmente em países como o Brasil com forte tradição de não diferenciar com exatidão o público do privado;
Pode-se concluir que o Neoconstitucionalismo não é para ser aplicado apenas no plano teórico. Exigindo do operador a interpretação e a utilização dos princípios constitucionais estabelecendo o bem social e a igualdade. Criando uma nova idéia constitucional, aplicando uma proteção aos direitos e garantias fundamentais, concretizada por uma nova cultura democrática inspirada no Neoconstitucionalismo.

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