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PEDAGOGIA INTERDISCIPLINAR
Aula 3 
QUESTÃO 1 ED AMBIENTAL
 
A inserção da Educação Ambiental (EA) nos diferentes níveis e modalidades de ensino vem sendo discutida e contemplada pela legislação brasileira. A Lei Nº 9.795/1999, que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental, indica que a EA deve constituir uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal. A lei enfatiza, entre outros aspectos, que os conhecimentos relacionados à Educação Ambiental podem ser explorados de forma transversal, a partir de temas relacionados com o meio ambiente e a sustentabilidade socioambiental, como conteúdo dentro das disciplinas do currículo já instituído ou, ainda, pela combinação dessas formas. 
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Resolução Nº 2, de 15 de junho de 2012 (com adaptações). 
Questão 1 
As CN e a EA têm como objetivo de conhecimento os fenômenos naturais e as intervenções humanas, sendo a metodologia e a abordagem pedagógica o que difere as duas áreas.
A reflexão epistemológica fundamenta o ensino-aprendizagem das CN, enquanto a EA fundamenta-se em uma proposta interventiva, que impacta diretamente os fenômenos naturais.
A EA discute as consequências sociais e políticas das intervenções humanas no meio ambiente, enquanto as CN se ocupam das discussões acerca dos fenômenos naturais que provocam as desigualdades.
D-A função social do ensino-aprendizagem de CN deve considerar a relação com a EA e valorizar a construção e reconstrução das interpretações a respeito dos fenômenos naturais e das intervenções humanas.
E-O currículo das CN deve contextualizar temáticas relativas à EA, como aquecimento global, poluição ambiental, produção e tratamento de resíduos minerais e orgânicos, produção e consumo de energia, ecologia e sustentabilidade, pois a omissão da discussão sobre tais temas gera a apropriação equivocada de conceitos.
Introdução teórica ED AMBIENTAL
 
A lei enfatiza, entre outros aspectos, que os conhecimentos relacionados à Educação Ambiental podem ser explorados de forma transversal, a partir de temas relacionados com o meio ambiente e a sustentabilidade socioambiental, como conteúdo das disciplinas do currículo já instituído ou, ainda, pela combinação dessas formas. Assim, a função social do ensino-aprendizagem de Ciências da Natureza deve considerar a relação com a Educação Ambiental e valorizar a construção e reconstrução das interpretações a respeito dos fenômenos naturais e das intervenções humanas.
 
1.
ED AMBIENTAL 
Como um exemplo prático quanto à questão ambiental, pensemos que os fenômenos ambientais não são compreensíveis apenas com conhecimentos advindos da Geografia. São necessárias as contribuições das Ciências Naturais, da Economia, da Sociologia, da Demografia, da História etc. Diante disso, nas várias áreas do currículo escolar há, atualmente, de forma explícita ou não, ensinamentos baseados em inter, multi e transdisciplinaridade, ou seja, todas essas áreas educam sobre questões socioambientais pelas concepções e pelos valores que difundem.
Almeida (2007) acrescenta que a Educação Ambiental tem como finalidade contribuir para que todos os indivíduos, por um processo de formação contínua, desenvolvam os conhecimentos e as competências necessários para o exercício de uma cidadania responsável, que se traduza por um sentido de participação e empenho na resolução dos graves e complexos problemas ambientais que ameaçam a qualidade e a manutenção da vida humana e a de outras espécies. 
Resposta correta: letra d
D – Alternativa correta.
D-A função social do ensino-aprendizagem de CN deve considerar a relação com a EA e valorizar a construção e reconstrução das interpretações a respeito dos fenômenos naturais e das intervenções humanas.
JUSTIFICATIVA. As Ciências da Natureza devem se relacionar com a Educação Ambiental no sentido de estimular interpretações críticas a respeito dos fenômenos naturais e das intervenções humanas. 
 
Questão 2 
O conceito de letramento é muito difícil de ser especificado porque remete tanto a um estado a que acede um sujeito quanto às habilidades deste mesmo sujeito de movimentar-se num mundo povoado de textos, tanto como leitor quanto como autor de novos textos a enriquecer o patrimônio de enunciados concretos disponível em diferentes esferas da comunicação social de uma dada sociedade. Ainda que o conceito teórico não se limite aos processos de iniciação ao mundo da escrita, são particularmente esses processos de iniciação que têm sido aplicados por nós, como se “letramento” fosse o nome a se dar à iniciação dos sujeitos sociais num mundo a que, por esse processo, passaria a ter acesso. Uma escola, qualquer que seja a escola, não poderia adotar níveis de letramento distintos para sujeitos sociais distintos, trabalhando para que alguns apenas cheguem a “respostas adequadas” ao seu contexto e levando outros a um letramento que lhes permita compreender as relações sociais, aprofundá-las ou trabalhar para modificá-las de forma crítica. Uma escola jamais poderá pôr como seus objetivos “respostas adequadas”, mas, sim, respostas críticas e, para chegar ao nível da crítica, é preciso definir-se como lugar de ensino-aprendizagem não da totalidade dos campos das atividades humanas (e, portanto, introdutora dos sujeitos sociais a todos os gêneros de discurso), mas de áreas socialmente privilegiadas que levem à constituição de sujeitos sociais críticos e eticamente responsáveis, no sentido de responsabilidade tal como cunhado por Bakhtin (2010): não uma responsabilidade moral para consigo mesmo, mas uma responsabilidade ética fundante da relação com a alteridade. 
GERALDI, J. A. A produção dos diferentes letramentos. Bakhtiniana, São Paulo, v. 9, n. 2, p. 25-34, 2014 (com adaptações).
Com base no texto acima, avalie as afirmativas. 
O letramento remete a um estado em que o sujeito é produtor de enunciados nas diferentes esferas da comunicação e das relações sociais de uma sociedade.
Os processos de iniciação ao mundo da escrita caracterizam o letramento, sendo fundamental o ensino de todos os gêneros discursivos e textuais na escola.
O autor do texto compreende o processo de letramento na perspectiva da formação de sujeitos sociais críticos e eticamente responsáveis, não apenas com sua individualidade, mas com a responsabilidade ética fundante da relação do Eu com o Outro.
No âmbito escolar, os processos de letramento devem ser direcionados para que os estudantes alcancem as respostas adequadas ao seu contexto e, posteriormente, compreendam, de forma crítica, as relações sociais.
	I e II.	B. I e III. 	C. III e IV.	D. I, II e IV.	E. I, III e IV.
É correto apenas o que se afirma em 
Introdução teórica Letramento
Segundo diversos profissionais da área de Educação, o indivíduo letrado não é aquele que sabe apenas ler e escrever de forma básica, mas, sim, aquele que é capaz de conhecer o uso da escrita e da leitura em seu dia a dia, utilizando-as e compreendendo-as nos mais diversos contextos. Então, a alfabetização é o processo de aprendizagem pelo qual se desenvolve a habilidade de ler e escrever, e o letramento é o processo no qual se desenvolve o uso competente da leitura e da escrita nas práticas sociais.
A pessoa letrada tem, portanto, forte familiaridade e habilidade com o ler e o escrever, muito além das habilidades básicas. O indivíduo letrado é um leitor competente, com capacidade de compreensão, interpretação e análise que vai além da mera decodificação de letras em sons, palavras e frases. Assim, uma das principais diferenças entre alfabetização e letramento está na qualidade do domínio sobre a leitura e a escrita: o sujeito alfabetizado sabe apenas codificar e decodificar o sistema de escrita; o sujeito letrado vai além, pois é capaz de dominar a língua no seu cotidiano, nos mais distintos contextos. O letramento remete a um estado em que o sujeito é produtor de enunciados nas diferentesesferas da comunicação e das relações em sociedade.
 
. Análise das afirmativas
 
I – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. O letramento é o processo que visa a tornar o sujeito capaz de produzir e interpretar diferentes enunciados em diversos contextos sociais.
III – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. No texto, o autor afirma que o letramento deve levar “à constituição de sujeitos sociais críticos e eticamente responsáveis, no sentido de responsabilidade tal como cunhado por Bakhtin (2010): não uma responsabilidade moral para consigo mesmo, mas uma responsabilidade ética fundante da relação com a alteridade”. 
 Alternativa correta: B.
 
Questão 3 
Questão 3 
A educação é uma prática social cada vez mais ampla e presente na sociedade contemporânea, pois vem-se multiplicando os ambientes e processos de aprendizagem formais e informais, envolvendo práticas pedagógicas e formativas em instituições educativas, no trabalho, nas mídias e nos espaços de organização coletiva, potencializados pelas tecnologias de comunicação e de informação. Isso se vincula às novas exigências e demandas do mundo do trabalho e da produção, assim como ao desenvolvimento científico e tecnológico, aos aspectos de constituição da cultura local, regional, nacional e internacional e à problemática ambiental e da saúde pública no país. 
Disponível em <http://www.conae2014.mec.gov.br>. Acesso em 16 jul. 2017.
 
De acordo com Lobo Neto (2002), uma discussão da educação e da relação pedagógica só é possível na medida em que a situamos como prática social. A educação é fenômeno de âmbito social, já que é produzida historicamente e está inserida no contexto cultural. É produzida na relação de interação intencional entre os seres humanos e destes com a natureza e com o mundo das coisas.
Toda atividade educacional, que se concretiza em relações pedagógicas é, portanto, uma prática social que apresenta características históricas, implicações teóricas, compromissos políticos, e que tem reflexos nos meios produtivos.
Nesse sentido, a educação, a ciência e a tecnologia são elementos relevantes nos processos de desenvolvimento econômico e social e guardam efetiva relação com o contexto de reestruturação produtiva e a sociedade do conhecimento.
Desde a década de 1980, as transformações econômicas e políticas, internacionais e brasileiras, decorrentes da reestruturação produtiva, da mundialização do capital e da revolução tecnológica, ocasionaram processos de regulação que acarretaram mudanças nas políticas educacionais, que passaram a ser orientadas, cada vez mais, pela lógica da competição e do mercado.
A fim de resguardar a sociedade de uma lógica educacional “cega”, voltada apenas para o mercado e para a competição, o Estado e os governos são instâncias centrais na formulação e na implantação de políticas públicas que contribuam para mudanças sociais efetivas, tendo em vista fatores como a formação para o exercício da cidadania e a ampliação dos mecanismos de equalização das oportunidades de educação, trabalho, saúde e lazer.
A proposição de uma política nacional de educação, no tocante a um Sistema Nacional de Ensino, depende, essencialmente, de processos e ações governamentais centralizadas, embasadas no ordenamento legal. Sua materialização, no entanto, depende fundamentalmente de ações das escolas, dos docentes, das comunidades em que estão inseridas essas escolas etc. Além disso, as instituições de ensino no Brasil têm sua administração a cargo de diferentes instâncias, de forma descentralizada, já que as escolas podem ser municipais, estaduais, federais, privadas etc. 
	Q	UESTÃO
 
Com base no cartum e no texto apresentados, avalie as afirmativas. 
A educação, a ciência e a tecnologia são elementos relevantes nos processos de desenvolvimento econômico e social, sem, no entanto, guardar efetiva relação com o contexto de reestruturação produtiva e a sociedade do conhecimento.
O Estado e os governos são instâncias centrais na formulação e na implantação de políticas públicas que contribuam para mudanças sociais efetivas, tendo em vista a formação para o exercício da cidadania e a ampliação dos mecanismos de equalização das oportunidades de educação, trabalho, saúde e lazer.
Desde os anos 1980, as transformações econômicas e políticas no cenário internacional e no Brasil, decorrentes da reestruturação produtiva, da mundialização do capital e da revolução tecnológica, implicaram processos de regulação que acarretaram mudanças nas políticas educacionais, que passaram a se orientar, cada vez mais, pela lógica do mercado e da competição.
A proposição e a materialização de uma política nacional de educação, no âmbito de um Sistema Nacional de Ensino, dependem, essencialmente, de processos e ações governamentais centralizadas, consubstanciadas no ordenamento legal.
	I e IV.	B. II e III. 	C. III e IV.	D. I, II e III.	E. I, II e IV.
É correto apenas o que se afirma em
RESPOSTA
Alternativa B. II E III
 II – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. O Estado e os governos conduzem as políticas públicas, que devem ter em vista a formação para o exercício da cidadania e a ampliação dos mecanismos de equalização das oportunidades de educação, trabalho, saúde e lazer. 
 
III – Afirmativa correta. 
JUSTIFICATIVA. Desde o final do século XX, têm sido observadas alterações nas políticas educacionais, que passaram a ser orientadas pela lógica do mercado e da competição, refletindo valores da sociedade capitalista global. 
Resposta
IV – Afirmativa incorreta.
JUSTIFICATIVA. A proposição e a materialização de uma política nacional de educação, no âmbito de um Sistema Nacional de Ensino, não dependem, essencialmente, de processos e ações governamentais centralizadas, consubstanciadas no ordenamento legal. A materialização de uma política nacional de educação depende fundamentalmente de ações das escolas, dos docentes, das comunidades em que estão inseridas essas escolas etc. Além disso, a administração das instituições de ensino no Brasil fica a cargo de diferentes instâncias, de forma descentralizada. As escolas podem ser municipais, estaduais, federais, privadas etc. Embora haja diretrizes e normas comuns a serem seguidas por todas as instituições de ensino, não se trata exatamente de uma estrutura centralizada. 
 
Alternativa correta: B.
QUESTÃO 4
Questão 4.
De certa forma, todas as teorias pedagógicas e educacionais são também teorias sobre currículo. As diferentes filosofias educacionais e as diferentes pedagogias, em diferentes épocas, bem antes da institucionalização do estudo do currículo como campo especializado, não deixaram de fazer especulações sobre o currículo, mesmo que não utilizassem o termo.
Com as teorias críticas, aprendemos que o currículo é, definitivamente, um espaço de poder. O currículo reproduz culturalmente as estruturas sociais. O currículo transmite as ideologias dominantes. Foi também com as teorias críticas que, pela primeira vez, aprendemos que o currículo é uma construção social. O currículo é uma invenção como qualquer outra: o Estado, a nação, a religião, o futebol... Ele é o resultado de um processo histórico. 
SILVA, T. T. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2010 (com adaptações).
Questão 28 – Enade 2017.
Segundo as teorias críticas, o conhecimento científico é compreendido como verdadeiro, e, assim, o foco do processo pedagógico é a organização do currículo na escola a partir da seleção de conhecimentos a serem ensinados.
As teorias críticas preceituam que os objetivos, os procedimentos e a avaliação sejam determinados pelas disciplinas escolares.
O currículo na escola deve ser compreendido, segundo as teorias críticas, em seus aspectos estruturais e relacionais, ou seja, em sua relação com as estruturas econômicas e sociais.
Aspectos do contexto escolar, como atitudes e valores, não explicitados no currículo formal, são considerados relevantes pelas teorias críticas, por contribuírem para as aprendizagens sociais.
É corretoapenas o que se afirma em
	I e II.	B. II e III. 	C. III e IV.	D. I, II e IV.	E. I, III e IV.
As teorias de currículo propriamente ditas, como campo específico, surgiram no início do século XX nos Estados Unidos. Em 1918, Bobbitt escreveu o livro The curriculum. Nessa concepção, buscava-se a eficiência na aquisição de habilidades e conhecimentos considerados necessários. Na segunda metade do século XX, sob influência do pensamento de Marx, Gramsci, Althusser, Foucault e outros, ganham força as teorias críticas, que veem o currículo como um instrumento de ideologia, inserido nas relações sociais de poder.
No século XXI, as teorias pós-críticas ganham espaço ao apontar o currículo como reprodutor de visões que desvalorizam os grupos minoritários (referentes ao gênero, à sexualidade, à etnia) e propor mudanças nessa perspectiva, de modo que o multiculturalismo seja considerado
Introdução teórica
De forma geral, podemos apontar os elementos-chave de cada linha de pensamento da forma a seguir.
Teorias tradicionais: ensino, aprendizagem, avaliação, metodologia, didática, organização, planejamento, eficiência e objetivos.
Teorias críticas: ideologia, reprodução cultural e social, poder, classe social, capitalismo, relações sociais de produção, conscientização, emancipação e libertação, currículo oculto, resistência.
Teorias pós-críticas: identidade, alteridade, diferença, subjetividade, significação-discurso, saber-poder, representação, cultura, gênero, raça, etnia, sexualidade e multiculturalismo.
Teorias críticas
Para as teorias críticas, o currículo é um espaço de poder, pois ele reproduz as estruturas sociais. Trata-se de uma forma de transmitir ideologia, no sentido marxista. Devemos lembrar que, para Marx, ideologia é um conjunto de proposições que fazem parecer que os interesses da classe dominante são interesses coletivos. Trata-se de uma forma de pensar que mascara as relações de poder e mantém o status quo com menor uso da violência. 
Segundo Silva (2010), as teorias críticas
começam por colocar em questão precisamente os pressupostos dos presentes arranjos sociais e educacionais. As teorias críticas desconfiam do status quo, responsabilizando-o pelas desigualdades e injustiças sociais. As teorias tradicionais eram teorias de aceitação, ajuste e adaptação. As teorias críticas são teorias de desconfiança, questionamento e transformação radical. Para as teorias críticas, o importante não é desenvolver técnicas de como fazer o currículo, mas desenvolver conceitos que nos permitam compreender o que o currículo faz.
Em 1970, algumas obras são consideradas marcos do pensamento educacional crítico:
A pedagogia do oprimido, de Paulo Freire;
Os aparelhos ideológicos do Estado, de Louis Althusser;
A reprodução, de Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron.
	Na concepção crítica, o pensamento da classe dominante é transmitido, de forma explícita ou implícita, por meio do currículo. Dessa forma, o currículo não é neutro, é resultado das relações de poder.
III – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. Na concepção crítica, há estreita relação entre o currículo e as estruturas socioeconômicas. 
 
IV – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. As teorias críticas consideram o currículo oculto. Atitudes e valores, não explicitados no currículo formal, são considerados relevantes pois contribuem para as aprendizagens de caráter social. 
Alternativa correta: C.
Questão 5.
A identidade e o papel docente têm-se alterado ao longo dos anos. O entimema que concebe o professor como aquele ser que seduz, que encanta pelo conhecimento, tem ficado apenas na memória dos professores. Na Idade Média, o entimema que se consolidou foi o do professor sacerdote, que professava uma fé. Na Idade Moderna, o entimema identificava o professor como aquele que tinha o poder de interferir na mobilidade social de seus alunos e era capaz de possibilitar ascensão para aqueles que se dispunham a dedicar-se ao trabalho acadêmico. Na Idade Mídia, o papel do professor está subsumido de valor e, na maioria das vezes, o professor aparece retratado de forma caricaturada. O fracasso dos alunos é estampado nos meios de comunicação e aponta que os professores não conseguem cumprir o seu papel social.
Disponível em <http://33reuniao.anped.org.br>. Acesso em 21 jun. 2017.
5Questão 31 – Enade 2017.
 
O trabalho do professor foi modificado ao longo da história, bem como seu status profissional.
Na Idade Média, predominou a laicidade do magistério.
O trabalho do professor na Idade Moderna foi marcado pelo entimema da doação ao outro, visando à salvação dos alunos. 
O trabalho do professor na Idade Mídia é pautado na inserção das tecnologias e nas relações da sociedade.
 
É correto apenas o que se afirma em 
I e IV.
II e III.
III e IV.
I, II e III.
I, II e IV.
 
A formação do professor 
Na Idade Média, período em que a influência da Igreja Católica permeava toda a vida política e social, o professor era sacerdote, e a educação tinha caráter religioso. Na Idade Moderna e na Contemporânea, o racionalismo e os valores iluministas colocaram o conhecimento e a educação como elementos de ascensão social. 
 Na atualidade, a educação apresenta demandas específicas, que dialogam com a globalização e com as necessidades das sociedades interligadas pela tecnologia. Segundo Morin (2000), na sociedade globalizada em que vivemos já não há espaço para um saber fragmentado e descontextualizado, levando em conta que os problemas são cada vez mais planetários e multi-poli-inter-transdisciplinares. 
Na atualidade, período chamado de Idade Mídia, em trocadilho com Idade Média, o papel do professor parece ter perdido prestígio, pelo menos no que se refere à percepção do papel desse profissional junto à sociedade. Frequentemente, o professor é descrito de forma caricatural, e é atribuída a ele, quase exclusivamente, a responsabilidade pelo baixo desempenho dos alunos, ou seja, o professor tem sido apontado como um profissional que não consegue cumprir seu papel profissional ou social.
I – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. De fato, o trabalho do professor foi modificado ao longo da história, bem como seu status profissional. Antes, a função exercida pelo professor parecia ser de maior prestígio e status que agora.  
IV – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. O trabalho do professor na Idade Mídia envolve o uso de novas tecnologias e está pautado nas relações da sociedade globalizada.
Alternativa correta: A. 
Questão 6.
Aprovado pela Lei N° 13.005/2014, o Plano Nacional de Educação (PNE) para o decênio 2014-2024 constitui-se em instrumento de planejamento governamental que cumpre uma das prescrições da Cosntituição Federal de 1988 (art. 165, parágrafo 4º). O PNE visa à realização de 20 metas. A essas metas são vinculadas 253 estratégias, que devem ser cumpridas em sua vigência. Entre essas metas, estão a meta 15 – que trata da garantia, em regime de colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, no prazo de um ano de vigência desse PNE, da política nacional de formação dos profissionais da educação – e a meta 20 – que trata da ampliação do investimento público em educação pública. 
Disponível em <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em 22 mai. 2017 (com adaptações).
 
6Questão 32 – Enade 2017.
Nesse contexto, o PNE também estabelece a
implementação de programa de concessão de bolsas de estudos a professores de idiomas das escolas públicas de educação básica para realizarem estudos de imersão e aperfeiçoamento.
universalização da oferta e das matrículas em cursos de formação inicial e continuada de profissionais que atuam na educação formal.
implementação de programas de formação de profissionais da educação para as escolas do campo e de comunidades indígenas e quilombolas e para a educação especial.
formação em nível superior dos profissionais da educação básica, em cursos de licenciatura na área em que atuam.
implementação de cursos e programas para assegurar formação específica em nível médio,nas respectivas áreas de atuação, aos docentes em efetivo exercício.
 
A Lei Nº 13.005, de 25 de junho de 2014, aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e também dá outras providências. Dentre suas principais diretrizes, os cinco primeiros artigos da lei destacam o que segue.
 
Art. 1o É aprovado o Plano Nacional de Educação - PNE, com vigência por 10 (dez) anos, a contar da publicação desta Lei, na forma do Anexo, com vistas ao cumprimento do disposto no art. 214 da Constituição Federal.
Art. 2o São diretrizes do PNE:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;
IV - melhoria da qualidade da educação;
V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;
VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;
VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do país;
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;
IX - valorização dos (as) profissionais da educação;
X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.
Art. 3o As metas previstas no Anexo desta Lei serão cumpridas no prazo de vigência deste PNE, desde que não haja prazo inferior definido para metas e estratégias específicas.
Art. 4o As metas previstas no Anexo desta Lei deverão ter como referência a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, o censo demográfico e os censos nacionais da educação básica e superior mais atualizados, disponíveis na data da publicação desta Lei.
Parágrafo único. O poder público buscará ampliar o escopo das pesquisas com fins estatísticos de forma a incluir informação detalhada sobre o perfil das populações de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência.
Art. 5o A execução do PNE e o cumprimento de suas metas serão objeto de monitoramento contínuo e de avaliações periódicas. 
O PNE, para a sua devida execução, visa à realização de 20 metas, tendo a si vinculadas 253 estratégias que devem ser cumpridas durante a vigência do PNE (de 2014 a 2024). 
 
 A meta 15, inserida em um bloco de metas que trata da valorização dos profissionais da educação, tem como objetivo primordial:
 
garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
 
Já a meta 20, cujo foco é a ampliação do investimento público em educação pública, visa a: 
ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto (PIB) do País no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei [2019] e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio [2024].
D – Alternativa correta. 
JUSTIFICATIVA. De fato, no contexto da questão, cujos focos são a meta 15 (que trata da garantia de formação dos profissionais da educação, em regime de colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios) e a meta 20 (que trata da ampliação do investimento público em educação pública), o PNE estabelece a formação em nível superior dos profissionais da educação básica, em cursos de licenciatura na área em que atuam. Conforme o constante na meta 15, “assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam”. 
 
Questão 7
Do ponto de vista formal, atualmente todos os alunos podem visar à excelência, na medida em que todos podem, em princípio, entrar nas áreas de maior prestígio, desde que autorizados por seus resultados escolares. A escola é gratuita, os exames são objetivos e todos podem tentar a sorte. O quadro formal da igualdade de oportunidades e do mérito foi globalmente instalado em grande número de países. 
DUBET, F. O que é uma escola justa? Cadernos de Pesquisa. São Paulo, v.34, n. 123, p. 539-55, 2004 (com adaptações).
 
A escola legitima, pela via da apreciação do mérito pessoal dos alunos, as diferenças e as desigualdades entre indivíduos, transformando-as em um escalonamento dos rendimentos escolares. Assim, legitima-se como instituição que oferece oportunidades para todos, ainda que não ofereça a todos a mesma coisa. 
SACRISTÁN, J. G. A educação obrigatória: seu sentido educativo e social. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001 (com adaptações).
 Considerando-se o contexto meritocrático exposto pelos autores, estimulado pela ampla utilização das avaliações externas como instrumentos de quantificação da qualidade da educação, cabe ao professor, no exercício da sua profissão, propor alternativas que visem a garantir a igualdade de oportunidades para todos os alunos. Nesse contexto, avalie as afirmativas.
.
Sendo a escola uma instituição pública e as avaliações externas padronizadas, cabe ao professor preparar seus estudantes para que alcancem bom desempenho nos exames e obtenham os melhores índices possíveis a fim de conseguir acesso às áreas de maior prestígio.
É importante atuar com responsabilidade na formação e na preparação dos estudantes para as avaliações e fortalecer seus méritos pessoais, o que exige focalizar a Língua Portuguesa e a Matemática como prática eficiente de melhoria do rendimento escolar.
Participar de ações colaborativas na escola, a partir de um planejamento coletivo em que se utilizem os índices obtidos em avaliações externas como mais um elemento de análise da realidade escolar, sem desconsiderar a realidade de cada aluno, é uma prática que contribui para a formação não só do estudante, mas também do profissional.
De posse dos resultados das avaliações externas, o docente deve embasar-se nos fundamentos da pesquisa educacional, para identificar avanços e problemas pelos quais passa a escola e, a partir desse diagnóstico, propor ações para melhorar o processo educativo. 
	I e II.	I e III.	III e IV.	I, II e IV.	II, III e IV.
É correto apenas o que se afirma em
Introdução teórica
O conceito de meritocracia pode ser entendido como a existência da possibilidade de ascensão social com base no mérito individual. No ambiente escolar, remete à adoção do merecimento como parâmetro que baliza todos os tipos de processos seletivos (vestibulares, programas de intercâmbio, bolsas de estudo etc.).
Ocorre que, ao se defender a meritocracia, costuma-se tomar por merecimento a maior nota numa avaliação, considerando todos os concorrentes como iguais, independentemente da classe social e das oportunidades que tiveram ao longo da vida, não importando se puderam ou não estudar na melhor escola, se foram alunos de bons professores, se trabalhavam para ajudar a família etc. Dessa forma, embora a meritocracia aparente ser uma forma justa de seleção, pode acabar mascarando ou até mesmo corroborando as desigualdades existentes
O quadro formal da igualdade de oportunidades e do mérito foi instaurado em um grande número de países (DUBET, 2004). No Brasil, onde isso também ocorreu, as grandes desigualdades socioeconômicas acabam fazendo com que a escola legitime, e até acentue, pela mera apreciação do mérito pessoal dos alunos, a desigualdade entre os indivíduos. Acaba havendo uma distorção: a escola estabelece-se e legitima-se como instituição que parece oferecer oportunidades iguais a todos, porém sem proporcionar a todos a mesma base.
Nesse contexto em quea meritocracia escamoteia problemas graves em nossa sociedade, o papel do professor ganha ainda mais destaque, pois ele é o profissional que, em condições propícias de trabalho, pode propor alternativas que visem à igualdade de oportunidades a todos os alunos. Por exemplo, sua participação em ações colaborativas na escola, a partir de um planejamento coletivo em que se utilizem os índices obtidos em avaliações externas como mais um elemento de análise da realidade escolar, sem desconsiderar a realidade de cada aluno, é uma prática que contribui para a formação não só do estudante, mas também do profissional.
III – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. O planejamento coletivo escolar baseado em dados obtidos em avaliações externas é importante para que se analise melhor a realidade e para que se alcancem melhores resultados. Esse planejamento deve considerar as condições de vida dos alunos. 
 
IV – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. A análise da realidade escolar tem nos resultados das avaliações externas uma ferramenta importante e deve embasar a proposta de ações que visem à melhora da educação.
 
Alternativa correta: C.
Questão 8
O problema a seguir foi proposto pela professora de matemática a grupos de estudantes de uma turma do sexto ano do Ensino Fundamental: “Ana, João, Maria e Pedro mediram o comprimento de um mesmo muro. João usou uma fita métrica graduada em centímetros; Pedro usou uma régua de 2 decímetros de comprimento, sem graduação; Maria usou uma régua de 1 metro de comprimento, sem graduação; e Ana usou uma ripa de madeira que ela encontrou no chão. Os resultados numéricos das medidas feitas, apresentados em ordem crescente, foram os seguintes: 6, 25, 31, 626. Qual é, aproximadamente, o comprimento da ripa de madeira que Ana usou para medir o muro?”. Após resolver o problema, cada grupo explicou, por escrito, as regras matemáticas que usou para elaborar a solução. A partir do trabalho realizado em cada grupo, a turma construiu uma formulação coletiva dessas regras, registrando isso por escrito. Finalmente, cada grupo comparou a resposta construída coletivamente com a resposta de seu próprio grupo, decidindo quais as vantagens e as desvantagens de cada uma dessas formulações. 
 Com base na metodologia de resolução de problemas e no papel mediador do docente, avalie as afirmativas. 
A metodologia de resolução de problemas possibilita explorar conceitos matemáticos em contextos reais, mobilizar os alunos na busca de soluções e valorizar diferentes estratégias de resolução.
O papel mediador do professor, nesse contexto específico, é o de controlar os resultados obtidos, valorizando acertos e corrigindo erros.
A metodologia de resolução de problemas privilegia o trabalho individual do aluno, considerando as diferentes estratégias utilizadas na busca da resposta correta.
O professor mediador cria condições para a comunicação de estratégias utilizadas pelos alunos para a resolução de problemas e incentiva a discussão, valorizando o trabalho realizado. 
 
É correto apenas o que se afirma em 
I e III.
I e IV.
II e IV.
I, II e III.
II, III e IV.
Metodologia de resolução de problemas 
 
A resolução de problemas é um método conhecido, especialmente na prática educativa da matemática, por envolver o aluno em situações da vida real, o que o motiva para o desenvolvimento do pensar matemático pela resolução de algo palpável, tangível, real.
Essa metodologia proporciona uma mobilização dos diversos saberes do aluno, a fim de que ele consiga encontrar uma solução plausível para um problema proposto. Nesse processo de mobilização de saberes, o aluno pode montar estratégias, desenvolver raciocínio lógico (primordial em áreas como a matemática) e checar se a estratégia utilizada para a resolução de determinado problema foi ou não válida para alcançar o objetivo (processo que favorece o amadurecimento de estruturas cognitivas
Sob a ótica da metodologia de resolução de problemas, a busca de solução para um problema prático passa a ser pensada como metodologia de ensino, um ponto de partida e um meio para o entendimento da Matemática. Um problema proposto é considerado elemento iniciador de todo o processo de conhecimento do aluno com relação aos conceitos matemáticos, e seu foco está na ação por parte do aluno, de forma a contribuir para a formação de conceitos antes mesmo de sua apresentação em linguagem formalmente matemática.
Os PCNs de Matemática (BRASIL, 1998) elucidam que a resolução de problemas possibilita que os alunos mobilizem conhecimentos e desenvolvam a capacidade de gerenciar as informações que têm ao seu alcance. Assim, os estudantes, mais independentes e autoconfiantes, terão ampliados não somente seus conhecimentos a respeito dos conceitos e dos procedimentos matemáticos, mas também do mundo em geral. “Resolver problemas” é algo cotidiano, muito presente na vida das pessoas; exige delas estratégias de enfrentamento e soluções. O aprendizado e o desenvolvimento de estratégias auxiliam o aluno a enfrentar novas situações também em outras áreas do conhecimento.
Sob esse enfoque metodológico, o da resolução de problemas, o professor precisa assumir papel de mediador para trabalhar adequadamente, criando condições para a discussão das estratégias utilizadas pelos alunos para a resolução de problemas, incentivando o debate e valorizando o trabalho realizado, a fim de desenvolver no aluno a capacidade de enfrentar situações desafiadoras, interagir entre os pares, desenvolver a comunicação, a criatividade e o senso crítico.
Por último, é importante recordar que, na área educacional, o professor tido como mediador é aquele que trabalha com a mediação pedagógica, com a atitude de se colocar como um facilitador, um motivador da aprendizagem, que não foca seus esforços diretamente nos resultados ou nas respostas finais, prontas. Para o professor mediador, o processo de resolução que o aluno percorre é de fundamental importância. 
 
. Análise das afirmativas
 
I – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. A metodologia de resolução de problemas, ao trazer para o aluno uma situação concreta, possibilita que ele apreenda e aplique conceitos matemáticos na busca de soluções. 
IV – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. O professor mediador deve valorizar os percursos dos alunos na busca de soluções e deve criar condições para que as estratégias utilizadas na resolução de problemas sejam compartilhadas. Dessa forma, ele incentiva a discussão e a troca de experiências. 
Alternativa correta: B. 
Questão 9
Historicamente, o financiamento da escola pública no Brasil tem sido um direito conquistado com muitas lutas, especialmente para garantir o acesso e a permanência da classe trabalhadora nessa instituição. Desde que a educação era uma espécie de concessão do rei de Portugal aos jesuítas até a vinculação para a Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE), estabelecida pela Constituição Federal de 1988, a história do financiamento da educação se concentra no movimento por preservação, restabelecimento e aumento dos percentuais de vinculação.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Pradime: Programa de Apoio aos Dirigentes Municipais de Educação. Brasília, 2006 (com adaptações 9Questão 35 – Enade 2017.
Tendo como referência a política de financiamento vigente no Brasil, avalie as afirmativas.
Os percentuais mínimos, estabelecidos constitucionalmente, que os entes federados devem vincular para serem aplicados na MDE são: 18% pelo governo federal, 25% por estados e Distrito Federal e 30% por municípios.
Os municípios devem atuar na Educação Infantil e, com prioridade, no Ensino Fundamental, podendo oferecer outros níveis apenas quando estiverem atendidas, na plenitude, as necessidades de sua área de competência. 
A não aplicação pelo município do percentual mínimo obrigatório resultante da receita de impostos em MDE pode acarretar a intervenção do Estado, a rejeição das contas pelo Tribunal de Contas, a impossibilidade de celebração de convênios com o estadoe a União e a perda de assistência financeira tanto pelo estado quanto pela União.
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), de natureza contábil, é constituído por 20% de recursos distribuídos aos estados e seus municípios, proporcionalmente ao número de escolas públicas existentes em cada um deles.
	I e IV.	II e III.	III e IV.	I, II e III.	I, II e IV.
É correto apenas o que se afirma em
Financiamento da escola pública no Brasil
 
Atualmente, o financiamento da escola pública no Brasil está vinculado às ações de “Manutenção e Desenvolvimento do Ensino” (MDE), estabelecidas pela Constituição Federal de 1988. O MDE corresponde a todas as ações que visam a alcançar os objetivos primordiais da educação nacional. Essas ações, citadas a seguir, são especificadas pelo artigo 70 da LDB.
Remunerar e aperfeiçoar os profissionais da educação.
Adquirir, manter, construir e conservar instalações e equipamentos necessários ao ensino.
Manter serviços relacionados ao ensino.
Realizar estudos e pesquisas visando ao aprimoramento da qualidade e à expansão do ensino.
Realizar atividades necessárias ao funcionamento do ensino, como vigilância e aquisição de mate
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), é um fundo especial, de caráter contábil e de âmbito estadual (um fundo por estado e um do Distrito Federal, totalizando vinte e sete fundos), formado quase totalmente por recursos provenientes dos impostos e transferências dos estados, Distrito Federal e municípios, vinculados à educação por força do disposto no art. 212 da Constituição Federal. 
Além desses recursos, uma parcela de recursos federais também compõe o Fundeb, em caráter de complementação, sempre que, no âmbito de cada estado, seu valor por aluno não alcance o mínimo definido nacionalmente, e todo recurso gerado é redistribuído para aplicação exclusiva na educação básica, independentemente de sua origem. Na distribuição desses recursos, consideram-se as matrículas nas escolas públicas e conveniadas, levantadas pelo último censo escolar realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC).
Análise das afirmativas
 
II – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. De acordo com a legislação, os municípios devem atuar na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. Os municípios podem oferecer outros níveis de educação quando os de sua competência tiverem sido atendidos.
 
III – Afirmativa correta.
JUSTIFICATIVA. A não aplicação pelo município do percentual mínimo obrigatório resultante da receita de impostos em MDE tem implicações, como a intervenção do Estado, a rejeição das contas pelo Tribunal de Contas e a impossibilidade de celebração de convênios com outras esferas de poder. Além disso, o município perde a assistência financeira dada pelo estado e pela União.

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