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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE SÃO CAETANO

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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE SÃO CAETANO- PERNAMBURCO 
 
 Luiz Augusto, nacionalidade Brasileiro, estado civil, profissão: comerciante, portador da cédula de identidade RG n°, devidamente inscrito no CPF n°, titulo de eleitor n°123456, residente e domiciliado na Rua: Araras n°21, Bairro: São Lucas na cidade de São Caetano, estado Pernambuco, por seu advogado que subscreve(instrumento de mandato incluso) com endereço profissional, Bairro, São Caetano, estado de Pernambuco, local indicado para receber as devidas intimações nos termos do Art.39, inciso I do Código de Processo Civil, vem perante vossa Excelência com fulcro no Art.5°, inciso LXXIII da Constituição Federal e na Lei 4717/65 propor:
ACÃO POPULAR
Em face do MUNICÍPIO SÃO CAETANO, pessoa jurídica de direito público interno com sede na Bairro, Cidade São Caetano, Estado Pernambuco, do Prefeito Jacinto Jacaré, brasileiro, casado, profissão: Prefeito, portador da cédula de identidade RG n°, devidamente inscrito no CPF n°, residente e domiciliado, bairro, cidade São Caetano, estado PE, pelos motivos de fato de direito a seguir aduzidos
I- DOS FATOS 
O Município São Caetano, por meio de um decreto cujo(Decreto Municipal n°1/2019), o Prefeito Jacinto Jacaré transferiu a cobrança do serviço de estacionamento em locais públicos, os denominados “ ZONA AZUL”, para uma devida associação de comerciantes locais cujo o nome(ACSC-PE) denominado presidente Sr: Sombra, e seu amigo pessoal e um dos principais colaborador de sua campanha eleitoral.
Acontece que ele transferiu o serviço sem que fosse realizada a devida licitação, tal modalidade imposta aos ente públicos para realizar a denominada concessão de serviços públicos com base na lei n° 8.666 de 21 de Junho de 1993
Contudo é cabível salientar que o mesmo Luiz Augusto, é morador de São Caetano no Estado de Pernambuco, e atualmente comerciante, e muito engajado em política, tendo inclusive encerrado um mandato como vereador há um pouco mais de um mês. Devidamente correto com suas obrigações eleitorais com o título de eleitor n°123456, em anexo certidão de quitação eleitoral. 
O mesmo ficou inconformado com uma decisão do prefeito da sua cidade, tendo em vista que como já foi supramencionado e fielmente ativo nos quesitos direitos e deveres em que compõe a sua estimada cidade, o requerente ficou inconformado com tal atitude do prefeito Jacinto Jacaré ter subestimado sua população e ter beneficiado um amigo, tendo em vista que este é um dos principais apoiadores de sua campanha eleitoral e é sabido que como Prefeito é de suma importância agir amparado na Lei que no caso em questão com fulcro na lei 8.666 de 21 de Junho de 1993.
II- LEGITIMIDADE 
A) ATIVA 
A Ação Popular tem previsão no Art 5°, inciso LXXIII da Constituição Federal.Esse Artigo garante de uma forma o seu ajuizamento a todos os direitos, político, o que é o caso do autor conforme comprovado pelo titulo eleitoral e certidão de obrigações eleitorais.
B) PASSIVA
O réu apontado nessa peça processual é devidamente responsável pelo ato ilegal, lesivo ao Patrimônio Publico conforme o Art. 6° da Lei 4171/65: “ A ação será proposta contra pessoas publicas ou privadas e as entidades referidas no Art 1° contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado o que, por omissas, tiveram dado oportunidades á lesão e contra os beneficiários direitos do mesmo.”
C) PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCUA 
A tutela de Urgência na Ação Popular está prevista no Art 5° Paragrafo 4° da lei 4717/65: 
Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município.
§ 4º Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado. (Incluído pela Lei nº 6.513, de 1977)
Contudo a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciaria de cada Estado, o for para as causas que interessem á União, ao Distrito Federal e ao Estado ou Município. O Art demostra a probabilidade do direito e o perigo do dano ou risco do resultado útil do processo.
 
III- DO CABIMENTO AÇÃO POPULAR 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Podemos dizer que com base no Art. Acima citado admite a impetração da Ação Popular, por qualquer cidadão, que visa anular o ato lesivo ao patrimônio público, por sua vez, à moralidade administrativa ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. Conforme a lei 4717/65 que estabelece tal rito da presente ação. Conforme a constituição federal a celebração de contrato concessão, sem a devida licitação é contrato administrativo que ofende a moralidade administrativa. 
IV- INTIMAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
Ao ministério publico é cabível o acompanhamento da ação, que por sua vez atua de uma forma como fiscal da Lei com base no parágrafo 46° da Lei 4.717/65
V- FUNDAMENTOS 
 Conforme o Art 37 da CF/88 na Lei os Princípios da Administração Pública: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”
Pela supremacia do Interesse Publico, pela razoabilidade e proporcionalidade do seus atos, pela motivação, pela segurança jurídica e pela ampla defesa e contraditório nas relações com os administrados. Outro principio constitucional administrativo de imensa relevância e o da obrigatoriedade de licitação para contratação com a Administração publica prevista no art 37, XXI. 
Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratadas mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei.
O desrespeito a esse principio pode constituir improbidade administrativa e inclusive a ocorrência de crimes de modalidade licitatória 
 A ação popular está prevista no art 5° LXXIII, da Cf/88 que dispõe:
Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio publico ou de entidade que o Estado participe á moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus de sucumbência. 
Somente quem estiver no gozo de seus direitos políticos que pode ingressar com Ação Popular, por esta razão anexo a certidão de quitação eleitoral juntamente com titulo de leitor para fins comprobatório.
 VI-LIMINAR 
Trata-se o presente caso de grande relevância, tendo em vista que é cabível evitar lesão ao patrimônio público, em virtude de imoralidade administrativa.
VII-DOS PEDIDOS 
Pelo exposto, requer a Vossa excelência
a) A citação do Réu para a devida contestação a presente ação, sob pena da aplicação dos efeitos da revelia.
b) A condenação do reu no pagamento ao autor, das custas e demais despesas judiciais e extrajudiciais.
c) A confirmação da liminar, nos termos em que foi requerida.
d) A produção das provas documentais 
e) A devolução do dinheiro públicoeventualmente recebido pela Associação (ACSC-UF).
Dá-se á causa o valor de R$ .......... ( valor por extenso).
Pede deferimento.
São Caetano, .... de abril de 2020
Keila Mara Ojeda Fernandes 
OAB/ .........

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