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Fichamento02_ViniciusMachadoMoreira

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Vinícius Machado Moreira – Ciências Econômicas, Noturno. 
 
Fichamento 02 – Myrdal 
Capítulos 1, 2, 3, 4 e 5. 
CAPÍTULO 1 
 “As desigualdades econômicas internacionais, observadas da mais ampla 
perspectiva, correspondem a um modelo definido e simples.” (MYRDAL 1957) (p. 
17) 
 Os países desenvolvidos (em termos de renda per capta) são pouco numerosos, 
porém apresentam características semelhantes entre si. 
 Os países subdesenvolvidos tendem a ter um baixo nível de investimento além 
de uma baixa formação de capital se comparado aos desenvolvidos. 
 Ainda sobre os países subdesenvolvidos, algumas regiões relacionadas a esta 
categoria já se desenvolveram de forma rápida, no entanto, este 
desenvolvimento é notório pelo fato de estar conectado ao investimento 
estrangeiro em busca de recursos naturais oriundos destes locais. Exemplo: 
Europa explorando a África. 
 “A mudança do conceito estático para o dinâmico importa, pois, o registro de 
uma atitude positiva dos países mais ricos para o Grande Despertar dos países 
mais pobres e, portanto, o reconhecimento feito, naturalmente, de forma geral 
e vaga de que esses países tem direito de reivindicar padrões de renda mais altos 
a atingir elevado bem-estar e a desfrutar igualdade de oportunidades” (MYRDAL, 
1957) (p. 22) 
 Para Myrdal as teorias tradicionais não servem para explicar as desigualdades 
econômicas, o autor exemplifica ao citar que teoria do comercio internacional, 
“em termos causais”, não explica como as desigualdades surgem e porque elas 
tendem a aumentar. 
 Neste capítulo o autor reflete sobre alguns conceitos como; “país 
subdesenvolvido”, “equilíbrio estático” e outros, sendo que ele procura separar 
algumas características referentes aos países de primeiro mundo e países em 
desenvolvimento. 
 
CAPÍTULO 2 
 “Quase todos os que estudam os problemas ligados a desenvolvimento e 
subdesenvolvimento tem feito, de quando em quando, referências ao "círculo 
vicioso". O Prof. C. E. A. Winslow, por exemplo, em livro dedicado aos aspectos 
econômicos da saúde, afirma: "Era claro... que a pobreza e a doença formavam 
um círculo vicioso. Homens e mulheres eram doentes porque eram pobres; 
tornaram-se mais pobres porque eram doentes e mais doentes porque eram 
mais pobres” (MYRDAL, 1957) (p. 26) 
 Neste capítulo Myrdal demonstra que o processo acumulativo, quando não 
controlado, promove crescente desigualdade. O autor quer dizer que o processo 
acumulativo fomenta o enriquecimento do país rico além da pobreza do país 
subdesenvolvido. 
 As desvantagens da população negra nos EUA se refletem nos seus índices sociais 
e econômicos. O autor demonstra um estudo em que o problema social 
envolvendo a população negra envolve uma relação de causa entre o 
preconceito do opressor com o baixo padrão de vida do oprimido. 
 Para entender a questão do desenvolvimento e subdesenvolvimento o estudo 
deve se estender a questões não econômicas. 
 “É importante ter em mente que se a hipótese da causação acumulativa se 
justifica, um movimento ascendente do sistema inteiro pode resultar de medidas 
aplicadas nesse ou naquele de seus pontos; mas isto não equivale a dizer que 
seja indiferente, do ponto-de-vista prático e político, onde e como atacar o 
problema do desenvolvimento.” (MYRDAL, 1957) (p. 36) 
 Myrdal no capítulo 2 de sua obra demonstra a existência de um círculo virtuoso 
na casta, argumentando sobre as questões de discriminação e segregação nos 
EUA, e também relaciona o círculo virtuoso ao status (desenvolvida ou não) das 
nações. Percebe-se uma semelhança do autor com o argumento de Nurkse de 
que um “país é pobre porque é pobre”. 
 
CAPÍTULO 3 
 “Sugeri que o princípio da interdependência circular dentro do processo de 
causação acumulativa tem validade em todo campo das relações sociais. Esta 
deve ser a principal hipótese a considerar no estudo do subdesenvolvimento e 
do desenvolvimento econômico.” (MYRDAL, 1957) (p. 39) 
 A decisão de localizar uma indústria em determinado local impulsiona o 
desenvolvimento deste local. 
 Neste capítulo o autor analisa sobre a tributação, os efeitos fiscais e o papel do 
estado na igualização inter-regional. 
 Para Myrdal, o “mercado” é uma ferramenta que tem como tendência operar no 
sentido da desigualdade. 
 Os centros comerciais se localizam onde existem condições naturais mais 
favoráveis. 
 “As localidades e regiões, onde a atividade econômica se está expandindo, 
atrairão imigração em massa de outras partes do país. Como a migração e 
sempre seletiva, pelo menos com respeito ao fator idade, esse movimento por 
si mesmo tendera a favorecer as comunidades de crescimento rápido e a 
prejudicar as outras.” (MYRDAL, 1957) (p. 44) 
 A industrialização é uma força dinâmica tendo em vista o conceito de 
desenvolvimento, por isso, as regiões consideradas mais pobres têm como 
especificidade características agrícolas. 
 Neste capítulo, o autor analisa que o baixo índice de desenvolvimento de uma 
região, se dá através de uma enorme desigualdade econômica, e que isto por si 
só já é um grande obstáculo ao progresso. 
 
CAPÍTULO 4 
 “[...]Nesses países, iniciaram-se politicas estatais que visavam a maior igualdade 
regional: as forças do mercado que provocam "efeitos regressivos" foram 
anuladas e as que promovem "efeitos propulsores" apoiadas.” (MYRDAL, 1957) 
(p. 57-58) 
 O autor neste capítulo foca no papel do estado e argumenta que nos países 
pobres, os programas que visam o “estado de bem-estar” são adotados numa 
escala muito inferior se comparado aos países em desenvolvimento, sendo que 
os países pobres sofrem com o “modus operandi” das forças de mercado. 
 Os serviços públicos quando destinados a uma região de um país pobre, muitas 
das vezes, são aplicados em regiões mais ricas 
 “Acredito que seria compensador analisar, comparativamente, a evolução dos 
países mais ricos desde o “Estado Opressor” até o “Estado do Bem Estar”, 
principalmente do ponto de vista de sua relação com o progresso econômico e 
de seu caráter como parte do processo social acumulativo. Ha muitas diferenças 
individuais entre países, particularmente no tocante ao tempo, mas creio que a 
principal conclusão seria a de que as formas de sequência histórica foram, 
basicamente, análogas, bem como o mecanismo circular causal dos fatores 
sociais, econômicos e políticos que tornam o processo acumulativo.” (MYRDAL, 
1957) (p. 65) 
 Neste capítulo o autor analisa sobre o papel do estado em induzir o progresso 
econômico diferenciando o que alguns países fizeram, conceitos como a 
“harmonia criada” e o “sistema de preços” também são demonstrados para um 
melhor entendimento da relação entre as forças de mercado e o estado. 
CAPÍTULO 5 
 Tanto no plano internacional quanto nacional o comércio não opera, 
necessariamente, no sentido da igualdade. Nos países subdesenvolvidos, ao 
contrário, pode provocar fortes efeitos regressivos. 
 Os países subdesenvolvidos que não protege a sua indústria sofrem com a 
interação dos países industrializados. 
 “[...]É fácil dar exemplos de países subdesenvolvidos cuja cultura se empobreceu 
à medida que se desenvolviam seus contatos comerciais com o mundo exterior.” 
(MYRDAL, 1957) (p. 72) 
 O efeito positivo de maior destaque para os países subdesenvolvidos no 
comércio internacional segundo o autor é fomentar a sua produção primária que 
não só emprega mão-de-obra, mas também compõe as suas exportações. 
 Os efeitos regressivos do comércio internacional superam os efeitos propulsores 
compensatórios. 
 O impacto econômico do colonialismo deve ser levado em conta, pois, a partir 
do momento em que os colonizadores fazem dos países colonizados não só um 
mercado, mas uma fonte de matéria prima barata, os países subdesenvolvidos 
perdem grande parte de sua autonomia nesse “jogo de forças”. 
 A situação internacional não detém de umaautoridade capaz de equalizar as 
forças para que o progresso se dê de forma “justa” 
 Myrdal conclui este capítulo salientando que a situação dos países 
subdesenvolvidos não está “perdida” e que estes ainda podem controlar o 
comercio internacional no tocante as suas importações e exportações. 
 
 
Fichamento feito tendo como base o seguinte referencial bibliográfico: 
MYRDAL, G. Teoria Econômica e Regiões Subdesenvolvidas. Rio de Janeiro: UFMG 
Biblioteca, 1960. Caps. 1 ao 5.

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